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Pesquisadores de Minas Gerais apontam que atividades físicas podem reduzir risco de Covid-19

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Uma pesquisa realizada pelo Instituto Federal do Sul de Minas apontou que atividades físicas podem reduzir o risco de Covid-19. A pesquisa foi coordenada pelo professor, doutor em engenharia biomédica e diretor-geral do Campus Muzambinho (MG), Renato Aparecido de Souza, em parceria com outros quatro professores e um médico cardiologista.

O estudo foi publicado por uma revista científica internacional. Após mais de 10 meses de estudos, os professores envolvidos na pesquisa conseguiram traçar um paralelo em como o novo coronavírus interfere no Sistema Renina Angiotensina Aldosterona e como os exercícios físicos poderiam modular essa relação.

“Este é um sistema importante do corpo humano. Ele tem atuação fisiológica ampla, de controle das funções do organismo, dentre elas o controle da instabilidade hemodinâmica. Sua ligação com a Covid-19 se dá uma vez que o vírus tem sítio de ligação na ECA2, uma enzima que controla uma das vias do Sistema”, explicou Renato.

Segundo o líder da pesquisa, foi necessário muito estudo sobre exercícios físicos e o Sistema Renina Angiotensina Aldosterona. Ele ressalta que ainda não há nenhum estudo que testa a relação entre exercício físico, Covid-19 e o Sistema, mas que este estudo prevê uma hipótese de rota fisiológica teórica dessa relação.

“Nossa pesquisa aponta uma relação fisiológica e fisiopatológica entre o exercício, a Covid-19 e o Sistema Renina Angiotensina Aldosterona”, afirmou.

Resultados


Segundo o pesquisador, a rota fisiológica sugere o sistema como um elo. A fechadura do novo coronavírus é a ECA 2, presente no tecido pulmonar. Se ativada pela Covid-19, ela pode gerar inúmeras consequências, podendo levar à morte.

“O Sistema Renina Angiotensina Aldosterona possui algumas vias, dentre elas a via clássica onde a Angiotensina 1 é convertida em Angiotensina 2 por meio da enzima ECA. Há também uma outra via, considerada como alternativa da ECA 2, onde a Angiotensina 1 é convertida em Angiotensina 1-7 por meio da enzima conversora de Angiotensina 2 (ECA 2)”, explicou.

Ainda de acordo com o professor, o exercício aumenta o número de fechaduras. Mesmo o vírus alcançando a ECA 2, o organismo diminuiria o impacto negativo da infecção.

Portanto, os pesquisadores acreditam que o exercício físico deveria ser considerado como uma medida protetiva protocolar, tal qual a lavagem de mãos e uso de máscaras no combate/enfrentamento à Covid-19.

Fonte: G1.

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