Jornal Folha Regional

Especialista alerta sobre a importância de ações em atenção ao Dia da Hipertensão para pacientes diabéticos

Professor de Endocrinologia do Centro Universitário São Camilo informa que hipertensão é uma condição comum em pacientes diabéticos.

Especialista alerta sobre a importância de ações em atenção ao Dia da Hipertensão para pacientes diabéticos´- Foto: reprodução

No 26 de abril acontece o Dia Nacional da Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. Uma data que procura conscientizar a população sobre a importância da prevenção da doença que acomete cerca de 36 milhões de pessoas adultas no Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Segundo o professor de Endocrinologia do Centro Universitário São Camilo, Leonardo Alvares, pessoas com Diabete Mellitus devem ter atenção redobrada à pressão alta, uma vez que “a associação dessas duas doenças é especialmente preocupante devido ao aumento do risco de complicações vasculares ateroscleróticas como o infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral, e complicações microvasculares com consequente alterações renais e oftalmológicas, alertou.”

A hipertensão é uma condição comum entre pacientes diabéticos, e sua prevalência varia de acordo com diversos fatores, como duração do diabetes, idade, sexo, etnia, índice de massa corporal (IMC). Estudos demonstraram que o controle da pressão arterial reduz significativamente o risco de eventos cardiovasculares e complicações microvasculares em pacientes com diabetes.

“A avaliação da pressão arterial deve ser uma prática rotineira em todas as consultas clínicas, com confirmação da hipertensão através de múltiplas leituras, incluindo medições em diferentes dias. A individualização das metas de tratamento é fundamental, considerando fatores como riscos de eventos cardiovasculares, idade e comorbidades para otimizar os resultados clínicos e melhorar a qualidade de vida dos pacientes com diabetes e hipertensão”, disse o professor Leonardo Alvares.

De acordo com o professor, a intervenção no estilo de vida desempenha papel crucial no manejo da pressão arterial elevada. Estratégias como perda de peso, adoção de dieta balanceada, redução do consumo de sódio, aumento da atividade física e cessação do tabagismo são fundamentais para controlar a pressão arterial e melhorar a saúde metabólica e vascular. A promoção de mudanças sustentáveis no estilo de vida deve ser parte integrante do tratamento do diabetes e da hipertensão. “Considerando a importância deste tema e alinhando-se ao Dia da Hipertensão, a comunidade médica está intensificando seus esforços para promover a conscientização e oferecer orientações atualizadas sobre o manejo da pressão arterial elevada em pacientes com diabetes’, finalizou o médico.

Hipertensão e hipotensão: entenda sintomas, diferenças e riscos

Pressão alta ou baixa? Veja o que é cada condição de saúde, suas causas e consequências

Por Alberto Borges

Hipertensão e hipotensão: entenda sintomas, diferenças e riscos - Foto: reprodução
Hipertensão e hipotensão: entenda sintomas, diferenças e riscos – Foto: reprodução

O dia 26 de abril é conhecido por ser o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, e de acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 36 milhões de brasileiros têm hipertensão, e o controle do quadro de pressão alta depende da mudança de hábitos e cuidados diários com o estilo de vida. Os índices saíram de 22,6% de hipertensos em 2006 para 26,3% em 2021, segundo o relatório Vigitem Brasil 2006-2021 publicado naquele ano. A hipertensão não é a única condição de saúde relacionada à pressão arterial, já que existe também a hipotensão ou pressão baixo. Abaixo, o EU Atleta traz os riscos e as distinções entre a pressão alta e pressão baixa, com ajuda de especialistas. Confira!

O que é?

Hipertensão

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença crônica, caracterizada por níveis elevados da pressão sanguínea dentro dos vasos, e é definida por níveis de pressão maiores ou iguais a 140×90 mmHg. A doença pode afetar o sistema renal, hormonal, cardiovascular e neurológico.

As recomendações sobre estilo de vida e terapia farmacológica são muito semelhantes, e incluem o uso de bloqueadores do sistema renina-angiotensina, antagonistas do cálcio e tiazídicos.

A última diretriz da Sociedade Brasileira de Hipertensão classificou a hipertensão como uma doença crônica não transmissível (DCNT) definida por níveis pressóricos, em que os benefícios do tratamento (não medicamentoso e/ou medicamentoso) superam os riscos.

Hipotensão

A hipotensão é definida quando os níveis de pressão arterial estão abaixo ou iguais a 90×60 mmHg. É um quadro transitório gerado pelo sistema nervoso autônomo (SNA), caracterizado por um conjunto de sintomas onde a pressão arterial pode ter valores inferiores ao padrão. A pressão é influenciada pelo sistema nervoso autônomo, simpático e parassimpático, este último representado pelo nervo vago, cuja função é reduzir a pressão arterial. Quando qualquer destes sistemas está em desequilíbrio, a pressão arterial pode reduzir.

Causas

Hipertensão

A hipertensão, de acordo com a médica cardiologista Aline Azevedo da Silveira, é uma doença multifatorial. Entre as causas estão: herança genética, idade avançada (onde ocorre o enrijecimento da parede arterial dos grandes vasos), colesterol alto e fatores modificáveis como sobrepeso e obesidade, alimentação inadequada (rica em alimentos industrializados) e sedentarismo.

A nutricionista Nemesis Monteiro explica que a condição é dependente de fatores genéticos, epigenéticos, ambientais e sociais, podendo ter causas endócrinas ou não endócrinas.

– Obesidade, apnéia obstrutitva do sono, sedentarismo, consumo elevado de bebida alcoólica, sexo, etnia, estresse, tabagismo e dieta rica em sódio, com o excesso de sal contido em temperos industrializados ou alimentos ultraprocessados, podem desempenhar um papel no desenvolvimento da hipertensão arterial em pessoas que têm uma tendência genética – comenta.

Além dos fatores de risco, estudos apontam que o número de casos aumenta com o envelhecimento, podendo ser maiores em indivíduos do sexo masculino com até 50 anos de idade e em mulheres após os 50 anos, em consequência da menopausa e da queda de estrogênio. Por fim, a obesidade e o sobrepeso podem acelerar em até dez anos o aparecimento da doença.

Hipotensão

Segundo Aline, as causas são inúmeras. Entre elas estão: diminuição do volume sanguíneo circulante (desidratação, sangramentos), alguns medicamentos, disautonomias (como diabetes e doença de Parkinson), mudanças posturais, reações alérgicas, exposição ao calor, valvopatias, infarto agudo do miocárdio, choque séptico, tromboembolismo pulmonar, entre outras. Pessoas saudáveis podem ter pressão baixa sem que isso esteja relacionado a alguma doença.

Todavia, também pode vir acompanhada de um conjunto de fatores sem causa específica, acometendo o indivíduo em situações comuns como: pós-raquianestesia em parto cesariano; permanecer longo tempo em pé; estar em local fechado e com temperaturas elevadas (metrô, ônibus, avião ou elevador); perdas sanguíneas agudas e perdas sanguíneas menores, como em exame de sangue ou doação de sangue em indivíduos hipotensos.

Existem as causas menos comuns: uso de anti-hipertensivos, ansiolíticos, antidepressivos, diuréticos e analgésicos; gravidez, principalmente pelo aumento da progesterona provocado pela própria gestação; uso abusivo de álcool; arritmia cardíaca; hipotireoidismo; indivíduos diabéticos (hipoglicemia); infecção grave (choque séptico) e em reação alérgica grave (choque anafilático); problemas emocionais.

Sintomas

Hipertensão

Os sintomas da hipertensão costumam aparecer apenas quando a pressão fica muito alta. Nesse caso, a pessoa hipertensa pode sentir:

  • Dor no peito;
  • Dor de cabeça;
  • Tontura;
  • Zumbido no ouvido;
  • Fraqueza;
  • Visão turva;
  • Sangramento nasal.

Hipotensão

A hipotensão em boa parte das vezes pode ser assintomática. Entretanto, Nemesis aponta que quando a queda de pressão é abrupta, o indivíduo pode sentir:

  • Dores de cabeça;
  • Náuseas;
  • Tontura;
  • Fraqueza;
  • Sensação de desmaio.

Riscos

Hipertensão

De acordo com as especialistas, os riscos da hipertensão não controlada incluem a doença renal crônica, acidente vascular encefálico, infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca e renal, diminuição da acuidade visual. As complicações nos órgãos-alvo, fatais e não fatais, incluem:

  • Coração: doença arterial coronária, insuficiência cardíaca, fibrilação atrial e morte súbita;
  • Cérebro: acidente vascular encefálico, isquêmico ou hemorrágico, demência;
  • Rins: doença renal crônica, que pode evoluir para necessidade de terapia dialítica;
  • Sistema arterial: doença arterial obstrutiva periférica.

Hipotensão

Quando a hipotensão é severa e associada a sintomas, é fundamental a avaliação médica devido à possibilidade de doenças como infarto agudo do miocárdio, tromboembolismo pulmonar e, principalmente, complicações severas como choque.

Os riscos mais temidos por especialistas são a perda de consciência ou traumas mais graves relacionados ao crânio (traumatismo pela queda da própria altura), fraturas em membros superiores ou inferiores, AVC (Acidente Vascular Cerebral) hemorrágico e parada cardíaca. Em casos mais graves o choque hipotensivo é gerado por infecções como pielonefrite ou uma infecção urinária não tratada.

Pode levar à morte?

Hipertensão:

Sim, pois por se tratar de condição frequentemente assintomática, a hipertensão arterial costuma evoluir com alterações estruturais ou funcionais em órgãos como coração, cérebro, rins e vasos. Segundo o Ministério da Saúde, a hipertensão arterial sistêmica é a principal causa de morte no país: anualmente são 300 mil óbitos, 820 por dia, 30 por hora e um a cada 2 minutos.

A pressão alta é o principal fator de risco modificável com associação independente, linear e contínua para doenças cardiovasculares, doença renal crônica e morte prematura. Associa-se a fatores de risco metabólicos para as doenças dos sistemas cárdio circulatório e renal, como dislipidemia, obesidade abdominal, intolerância à glicose e diabetes melitus.

Hipotensão:

A hipotensão também pode levar ao óbito, principalmente se acometer indivíduos mais debilitados como gestantes, idosos, pacientes com doenças neurológicas, pessoas muito magras ou com doenças associadas. Isso pode ocorrer principalmente pelo risco da queda e possíveis ferimentos que podem acometer o indivíduos, o tempo que ficará sem assistência ou até mesmo a falta de oxigenação cerebral, neste último os danos podem ser irreversíveis.

Quais os riscos para atletas?

Hipertensão:

A cardiologista explica que em pessoas com pressão normal, o exercício aeróbio induz a um aumento da pressão máxima ou sistólica, proporcional ao aumento da intensidade de exercício, e isso é fisiológico. Quando a doença não é diagnosticada de forma adequada ou não há o tratamento adequado, níveis de pressão elevados no pico do esforço podem favorecer complicações como arritmias e acidente vascular encefálico.

Nemesis alerta que o uso indiscriminado de suplementos estimulantes pode aumentar o risco pressão alta em atletas e praticantes de atividades físicas. Entretanto, observa-se baixa incidência de doenças cardiovasculares em indivíduos fisicamente ativos.

Hipotensão:

Guilherme Renke, endocrinologista e médico do esporte, observa que os treinamentos de força podem levar à pressão baixa por conta do sistema nervoso parassimpático, pois ele tem a função de fazer o organismo baixar a tensão, principalmente em iniciantes. No esporte aeróbico de baixa a média intensidade e longa duração, pode ocorrer pelo nível de sódio e água no suor, em casos de falta de reposição.

Os atletas precisam ter auxílio médico e realizar avaliações do metabolismo com frequência, como testes de VO2. A hidratação é fundamental, antes e durante o treino. Independentemente do papel na manutenção da pressão arterial, a hidratação mantém o funcionamento normal dos músculos.

Quais são as formas de prevenção?

Hipertensão:

Segundo a diretriz brasileira de hipertensão, algumas medidas de prevenção são pautadas no:

  • Controle do ganho de peso;
  • Dieta saudável: em destaque está a dieta DASH e suas variantes com baixa quantidade de gordura, como as dietas mediterrânea, vegetariana/vegana, nórdica, low carb. Os benefícios podem ser maiores quando associados a uma redução de ingestão de sódio. Uma alimentação rica em frutas, verduras, legumes, cereais, alimentos integrais, leite e derivados, gorduras mono e polinsaturadas, gordura saturada de vegetal (abacate, coco e açaí), além de indicar menor quantidade de gordura saturada de origem animal e sal, pode contribuir com efeitos positivos sobre a pressão arterial favorecer o controle da obesidade e sobrepeso;
  • Controle do consumo de sódio;
  • Suplementação de potássio, sendo esta uma alternativa segura, sem importantes efeitos adversos, com impacto significativo na pressão arterial e pode ser recomendada para a prevenção do aparecimento da hipertensão. O consumo de alimentos pobres em sódio e ricos em potássio, como feijões, ervilha, vegetais de cor verde-escura, banana, melão, cenoura, beterraba, frutas secas, tomate, batata-inglesa e laranja, é incentivado;
  • Prática de atividade física regular: adultos devem ser aconselhados a praticar pelo menos 150 minutos por semana de atividades físicas moderadas ou 75 minutos por semana de vigorosas. Os exercícios aeróbicos (caminhada, corrida, ciclismo ou natação) podem ser praticados por 30 minutos em cinco a sete dias por semana. A realização de exercícios resistidos por dois a três dias por semana também é recomendada. Para um benefício adicional, em adultos saudáveis, recomenda-se um aumento gradual da atividade física para 300 minutos por semana de intensidade moderada ou 150 minutos por semana de atividade física vigorosa;
  • Controle do consumo de álcool: a ingestão de bebida alcoólica deve ser limitada a um máximo de 30 g de álcool por dia. Isso equivale a uma garrafa de cerveja (5% de álcool, 600 mL); ou duas taças de vinho (12% de álcool, 250 mL); ou uma dose (42% de álcool, 60 mL) de destilados (uísque, vodca, aguardente). Esse limite deve ser reduzido à metade para homens de baixo peso, mulheres com sobrepeso e/ou triglicerídeos elevados. Indivíduos abstêmios não devem ser induzidos a beber;
  • Fatores psicossociais: o manejo do estresse pode contribuir para a prevenção da hipertensão;
  • Suplementos alimentares: algumas substâncias cuja suplementação tem alguma evidência de discreta redução da pressão alta são: vitamina C, peptídeos bioativos derivados de alimentos, alho, fibras dietéticas, linhaça, chocolate amargo (cacau), soja, nitratos orgânicos e ômega;
  • Combate ao tabagismo: o fumo é o único fator de risco totalmente evitável de doença e morte cardiovasculares, e seu enfrentamento precisa ser feito e incentivado;
  • Espiritualidade: o conceito de espiritualidade, que transcende religiosidade, significa um conjunto de valores morais, emocionais, de comportamento e atitudes com relação ao mundo. Estudos apontam algumas evidências sobre os benefícios na redução do risco de mortalidade em doenças cardiovasculares e níveis de pressão. Segundo o estudo de coorte Black Women’s Health Study, as mulheres que lidavam com as situações de estresse (coping) usando a espiritualidade e a religiosidade tinham um risco menor de desenvolver hipertensão no seguimento de 10 anos, e essa associação era mais forte naquelas que relataram maior nível de estresse.

Hipotensão:

A prática de exercício físico pode ser uma boa estratégia de prevenção da pressão baixa, principalmente pela atividade física promover o ganho de massa muscular em membros inferiores, o que favorece o retorno venoso pela contração das panturrilhas. Em idosos, jovens e gestantes, são incentivadas atividades que fortaleçam as panturrilhas, a hidratação e o consumo de sal de forma equilibrada.

Também é favorável evitar as situações que levam o indivíduo a apresentar hipotensão através de uma boa hidratação, evitando períodos longos em pé ou locais fechados e quentes e praticando atividade física regular (especialmente exercícios isométricos).

Tratamentos:

Hipertensão:

O tratamento engloba medidas comportamentais e mudança de estilo de vida, incluindo alimentação adequada e orientada, atividade física regular, controle da respiração, estresse e espiritualidade. Quando indicado, há tratamento farmacológico com medicações visando a proteção cardiovascular.

Existem fortes evidências de que os seguintes fatores são importantes no tratamento: combate ao tabagismo; melhora do padrão alimentar; redução do consumo de sódio; aumento do consumo de alimentos fonte de potássio; consumo de laticínios e chocolate intensos com percentual acima de 70% cacau; manutenção de bons níveis de vitamina D; perda de peso; redução do consumo de bebidas alcoólicas; prática de atividade física regular com intensidade moderada; respiração lenta; controle de estresse; espiritualidade e religiosidade.

Hipotensão:

A nutricionista pontua que o tratamento é pautado em medidas básicas como:

  • Melhora da hidratação oral ou endovenosa (em casos mais graves, para repor volume);
  • Consumo adequado de sal (em pessoas que não sejam hipertensas);
  • Consumo de frutas ricas em água;
  • Evitar chás diuréticos para minimizar os efeitos da perda de líquidos em excesso;
  • Evitar o consumo de bebida alcoólica que o seu consumo sem a hidratação adequada, que pode gerar o aumento da perda urinária e uma queda abrupta da pressão arterial;
  • Medidas como deitar-se com as pernas elevadas (principalmente em gestantes, idosos e jovens);
  • Uso de meias elásticas.

A especialista em cardiologia finaliza ao dizer que é importante avaliar a causa da hipotensão. Na grande maioria dos pacientes, medidas comportamentais conseguem restabelecer os níveis de pressão normal. Entre elas, como hidratação, deitar com pernas elevadas, meias elásticas. Mas quando a pressão baixa é consequência de outra doença, o tratamento dessa doença deve ser prioridade, assim como a necessidade de ajuste medicamentoso quando este é a causa da hipotensão.

Fontes:

Aline Azevedo (@draalinecardio) – cardiologista ecocardiografista, afiliada do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais)/Cabo Frio. 

Especialista em clínica médica pelo HFAG, em cardiologista pela UERJ e em ecocardiografista pela UFRJ, com título de especialista pela sociedade brasileira de cardiologia.

Nemesis Monteiro nutricionista especialista em emagrecimento funcional aliado à reprogramação mental para mulheres. Graduada pela UERJ, palestrante, pós_graduada em Nutrição Clínica Ortomolecular, Biofuncional, Fitoretapia (Faculdade Redentor). Membro da Sociedade Brasileira de Medicina da Obesidade (SBMO), especialista em Emagrecimento Funcional aliado à reprogramação mental para mulheres.

Guilherme Renke (@endocrinorenke), sócio fundador do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), endocrinologista e médico do esporte, mestre em cardiologia. 

Sócio fundador do Instituto Nutrindo Ideais, médico formado pela Universidade Estácio de Sá, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Médico do Esporte com Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, Pós Graduado em Cardiologia pelo Instituto Nacional de Cardiologia do Rio de Janeiro, Mestre em Cardiologia (INC). Também possui aprimoramento em Endocrinologia pela Harvard Medical School, Post Graduate Course Obesity Medicine (Boston, EUA) e pelo American Board of Obesity Medicine (EUA). Dr. Renke também é pesquisador aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro – FAPERJ (Inovações no esporte 2012).

Retirado de: EU Atleta / Por Alberto Borges

Endocrinologista pediátrico alerta para riscos da hipertensão infantil

Endocrinologista pediátrico alerta para riscos da hipertensão infantil - Foto: reprodução
Endocrinologista pediátrico alerta para riscos da hipertensão infantil – Foto: reprodução

O dia 26 de abril é voltado à Prevenção e Combate Nacional à Hipertensão Arterial. Reconhecida como um problema global de saúde pública, a hipertensão requer atenção até mesmo durante a infância, devido ao aumento de casos, principalmente associados ao sobrepeso e à obesidade nessa faixa etária.

Segundo o endocrinologista pediátrico Dr. Miguel Liberato, crianças maiores de 3 anos devem ter sua pressão arterial medida pelo menos uma vez por ano, pois a hipertensão nessa faixa etária é frequentemente assintomática, podendo apresentar sintomas como cefaleia, irritabilidade e distúrbios do sono. “A obesidade infantil está crescendo cada vez mais em todo o mundo. Dados da Organização Mundial da Saúde já nos revelam que o número de crianças e adolescentes obesos aumentou drasticamente na última década, com projeções alarmantes para o futuro próximo”, conta o especialista.

No Brasil, estima-se que até 2035, metade das crianças e adolescentes estarão com excesso de peso, posicionando o país entre os primeiros no ranking mundial de obesidade nessa faixa etária. “O impacto a longo prazo é preocupante, já que a obesidade na infância tem alta probabilidade de persistir na vida adulta, aumentando o risco de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes tipo 2, hipertensão arterial, dislipidemia, síndrome metabólica e certos tipos de câncer”, explica.

Para o Dr. Miguel, a prevenção da obesidade infantil deve começar em casa, com medidas para promover hábitos alimentares adequados desde os primeiros dias de vida. O aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida é crucial, assim como a introdução de alimentos complementares saudáveis e a promoção de atividades físicas adequadas para cada idade. “Reduzir o tempo de tela e estabelecer uma rotina de sono saudável são igualmente importantes na prevenção da obesidade infantil”, recomenda ele.

Minas bate recorde de mortes por dengue; 2024 se torna o pior ano da epidemia

Minas bate recorde de mortes por dengue; 2024 se torna o pior ano da epidemia – Foto: reprodução

Minas Gerais registrou recorde no número de mortes por dengue. Conforme dados atualizados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) nesta segunda-feira (22), 288 pessoas perderam a vida pela doença em 2024. O número de óbitos é maior do que o registrado em 2016 – maior ano epidêmico, quando o Estado somou 281 mortes. As cidades mineiras já tinham apresentado o maior saldo de contaminados da história, porém, agora, o ano também é marcado como a fase em que a arbovirose foi mais fatal.  

Segundo levantamento do painel de monitoramento de arboviroses, outros 730 óbitos estão em investigação. Ao todo, 495.490 casos de dengue foram confirmados no Estado em 2024 e mais de 1,1 milhão são classificados como prováveis. O número de casos prováveis também representa um recorde em relação a 2016, quando 521.047 casos prováveis foram notificados no Estado. 

Em fevereiro de 2024, o secretário de Saúde do estado, Fábio Baccheretti, afirmou que o Estado viveria sua pior epidemia de dengue, superando os números de 2016. “Nunca vivenciamos uma inclinação tão grande de dengue. Nosso recorde era um pouco menos de 600 mil casos prováveis em 2016, que é a nossa base de comparação, já que nem todos os casos da doença são confirmados, mas vamos ultrapassar isso. Não temos dúvidas que esse será o pior ano de dengue da história de Minas”, disse à época. 

A reportagem questionou a Secretaria de Estado de Saúde sobre o caso e aguarda retorno. A matéria será atualizada tão logo um posicionamento seja enviado. 

Estresse e sedentarismo acendem alerta para hipertensão em pessoas cada vez mais jovens

Mortes pela doença aumentaram 72% na última década; Na semana do Dia Nacional de Prevenção à Hipertensão Arterial (26/4), especialista destaca a importância de melhorar o bem-estar do corpo e da mente em todas as idades

Estresse e sedentarismo acendem alerta para hipertensão em pessoas cada vez mais jovens - Foto: reprodução
Estresse e sedentarismo acendem alerta para hipertensão em pessoas cada vez mais jovens – Foto: reprodução

A hipertensão, fator de risco cardiovascular que pode evoluir para doenças graves, como, por exemplo, infarto e AVC, deixa, em sua data nacional de prevenção (26/4), um alerta aos jovens.

Embora menos frequente na faixa etária, a enfermidade em pessoas entre os 30 e 40 anos está em ascensão. “Alguns dos principais motivos para esse fenômeno é a rotina cada vez mais intensa e exigente de trabalho, onde os jovens estão sempre conectados e disponíveis, associados ao sedentarismo e maus hábitos alimentares, que causam maiores níveis de tensão vascular, influindo na distribuição sanguínea do corpo”, explica o Dr. Roberto A. Vasques Jr., coordenador de Cardiologia do Hospital São Luiz Jabaquara. 

De acordo com o especialista, para não se chegar à velhice hipertenso, algo comum a 65% dos idosos, os mais novos devem se antecipar e agir preventivamente, incluindo ações funcionais, saudáveis e proativas ao bem-estar corporal, psicológico e espiritual.

“Dietas baixas em gordura, tais quais a mediterrânea, a vegetariana/vegana, a nórdica, além de uma ingestão baixa de carboidrato e sódio, trarão benefícios de longo prazo. Um apoio mental, de psicólogos/psicoterapeutas, e até mesmo espiritual, é igualmente recomendável. Tudo isso promoverá uma rotina mais saudável e equilibrada nesses dias corridos”, analisa.

No Brasil, de acordo com o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, o número de hipertensos está em expansão na última década. Em 2021 foram registradas 39.964 mortes pela doença, dado 72% superior em relação ao de 2011, com 23.233 óbitos por pressão alta.

“Podemos dizer que o Brasil vive uma transição epidemiológica de hipertensão arterial. A interpretação dos números sugere que as próximas gerações sofrerão com um incremento substancial na prevalência de hipertensos e suas complicações, como reflexo direto os maus hábitos atuais”, alerta Vasques.

Outro agravante é o fato da hipertensão arterial ser assintomática, já que menos de 10% dos portadores apresentam sintomas, como tontura, falta de ar, palpitações, dores de cabeça e alteração na visão. Essa característica da doença ressalta o papel primordial dos exames de rotina para diagnóstico precoce, fundamental para iniciar o tratamento adequado antes do surgimento de outras complicações.  

“É importante que o paciente esteja em dia com seus exames, mas também mantenha o zelo com a própria saúde. Ações como praticar esportes e atividades físicas, controlar o peso, não fumar, ingerir álcool com parcimônia e controlar o diabetes complementam a chave para não ter problemas arteriais na juventude e, por consequência, na maturidade”, finaliza o profissional do São Luiz Jabaquara.

Localizado na zona Sul da capital paulista, o hospital da Rede D’Or conta com um Ambulatório Cardiovascular e equipe altamente especializada. O serviço possui um parque tecnológico moderno e diversificado, pronto para a realização de consultas, exames e cirurgias, além de um pronto-socorro completo voltado a cuidados preventivos ao coração e artérias.

O que é pressão arterial?

Caracterizada pela elevação sustentada acima de 140×90 mmHg (milímetro de mercúrio) dos níveis de pressão nas artérias (principais canais por onde o sangue é distribuído), a hipertensão é um caso único na medicina, diagnosticada por uma medida matemática de razão/proporção, encontrada em simples checagens de contração braçal.

O primeiro número refere-se à pressão máxima ou sistólica, que corresponde à contração do coração. Já o segundo tem a ver com a força do movimento de diástole, quando o coração relaxa e espalha sangue novo na corrente.

A condição pode ser primária, quando genética e determinada por histórico familiar, ou secundária, decorrente de outras comorbidades, como questões renais, da tireoide, diabetes, estresse e colesterol alto. 

Paciente supera câncer raro após receber prognóstico de morte

Paciente supera câncer raro após receber prognóstico de morte - Foto: arquivo pessoal
Paciente supera câncer raro após receber prognóstico de morte – Foto: arquivo pessoal

Apesar de vários exames afirmarem que o nódulo que o headhunter Julio Cesar Dantas tinha na garganta era benigno, ele tinha um pressentimento ruim. “Passei três anos tentando descobrir o que era. Fui em três médicos sem que nenhum fechasse o diagnóstico”, conta ele.

Julio Cesar fez até uma biópsia do nódulo. O resultado não apontou o problema que só foi identificado em maio de 2020: ele tinha um linfoma raro, o das células do manto (LCM).

A notícia ruim veio acompanhada de várias outras. Não só se tratava de um tipo de câncer agressivo e considerado incurável, como também era uma sentença de morte. As primeiras previsões eram de que ele viveria apenas mais algumas semanas. Com muita sorte, poucos meses.

O linfoma do manto

O LCM é uma doença rara com uma taxa de sobrevida mediana de apenas 3 a 5 anos. A condição representa apenas 5% dos cerca de 12 mil casos de linfomas não Hodgkin diagnosticados anualmente no Brasil e, embora progrida em geral de forma lenta, ele é resistente ao tratamento e há poucos anos não havia chance de dar mais anos de vida aos pacientes.

Geralmente, os tumores são identificados em homens a partir dos 60 anos. Julio tem apenas 45 anos. O LCM atinge as células do manto, que estão na borda externa dos gânglios linfáticos, medula e baço.

“O linfoma do manto pode aparecer de diversas formas, algumas sintomáticas, outras, não. Ele pode causar um aumento dos gânglios, como uma íngua na garganta; sintomas de anemia; aumento súbito dos linfócitos do sangue ou lesões no intestino que ficam invisíveis por algum tempo”, explica o hematologista Rony Schaffel, especialista em linfoma, professor da UFRJ e médico de Julio.

Paciente supera câncer raro após receber prognóstico de morte - Foto: arquivo pessoal
Paciente supera câncer raro após receber prognóstico de morte – Foto: arquivo pessoal

Uma luta pelo diagnóstico

O caso de Julio Cesar era um dos praticamente assintomáticos. Ele não sentia nada além do caroço em seu pescoço, que era sensível ao toque e tinha cerca de oito centímetros de diâmetro. “Dava para pegar com o dedo”, lembra.

A primeira biópsia que ele fez antes do diagnóstico apontou que se tratava de um tumor benigno, mas ele ainda tinha o pressentimento de que algo a mais estava acontecendo. Julio continuou procurando médicos e foi só quando finalmente passou por um pet scan (um exame de corpo inteiro que identifica tumores distribuídos pelo organismo) que veio o diagnóstico.

“Fui para a consulta com certa tranquilidade. Sabia que tinha um linfoma, mas tinha pesquisado e visto que era um tipo de câncer que se recuperava de forma relativamente fácil. Foi só diante do médico que descobri que meu tumor era de um tipo mais raro e que meu prognóstico era viver apenas mais algumas semanas”, conta.

Ele foi encaminhado para uma consulta com Schaffel para debater o caso. O especialista apontou que não havia, até 2020, nenhum caso de paciente com linfoma do manto que tivesse alcançado a remissão (ausência total de tumores no corpo). “Eu disse para ele que estava determinado a ser o primeiro”, lembra Julio.

Tratamentos para tentar reverter a doença

O tratamento começou com altas doses de quimioterápicos, mas o câncer não estava respondendo bem às tentativas. A principal esperança passou a ser o transplante de medula.

Em fevereiro de 2021, ele passou pelo procedimento usando células do próprio organismo, o chamado transplante autólogo. A técnica injeta células-tronco do próprio paciente de volta na medula dele após uma quimioterapia intensa para recuperar o organismo.

Entretanto, Julio Cesar acabou tendo falência medular, quando o tratamento torna a produção de sangue do organismo insuficiente. Para piorar, o headhunter contraiu no hospital uma infecção por superbactéria (KPC), o que aumentou a quantidade de remédios administrados.

Apesar de todo o esforço, o tratamento não foi suficiente para eliminar o câncer. Uma pequena porção de células do linfoma se preservou no intestino de Julio Cesar e, sobrevivendo a todo o tratamento, elas se tornaram mais resistentes. O tumor passou para o tipo blastoide, uma forma ainda mais resistente de células do LCM que corresponde a cerca de 10% dos casos.

Paciente supera câncer raro após receber prognóstico de morte - Foto: arquivo pessoal
Paciente supera câncer raro após receber prognóstico de morte – Foto: arquivo pessoal

“Esse tipo de linfoma é o mais agressivo que temos. As células do linfoma do manto já são naturalmente mais resistentes ao tratamento: elas ficam muito tempo no organismo e isso as torna difíceis de serem identificadas como ameaças pelas defesas do corpo. Para piorar, as células blastoides são mais fortes e raramente podem ser destruídas”, explica o hematologista Schaffel.

Transformação de fé

Em maio de 2021, quando o câncer de Julio Cesar se transformou, ainda não estavam disponíveis opções de tratamento mais avançadas, como o tratamento com CAR-T que vem sendo testado no Brasil com bons resultados para esse tipo de linfoma.

Como as células tinham se tornado do tipo blastoide menos de três meses após o transplante de medula, os médicos a voltaram a desenganar Julio. As chances de alcançar a remissão eram praticamente nulas.

“Para mim, essa jornada passou a ser sobrenatural. Embora eu tenha sempre sido um homem muito pragmático, o que ocorreu comigo foi um milagre. Acabei desenvolvendo uma sensibilidade muito grande e uma relação muito próxima com Deus. Decidi continuar o tratamento e pedia a cura nas minhas orações. No final da terapia, já conseguia sair da quimio e ir jogar futebol com meus filhos. Era um progresso inexplicável”, lembra.

Contra todos os prognósticos, em janeiro de 2022 os exames apontaram que o tratamento funcionou e não havia mais registro de células cancerígenas no organismo de Julio Cesar.

“Ainda estou em uma jornada que está longe de acabar. Tenho que continuar o acompanhamento, mas a doença me transformou como indivíduo. Hoje, acredito que sirvo a um propósito”, conclui ele.

Para o hematologista que acompanhou o caso de Julio Cesar, o fato de ele ter alcançado a remissão diante de tantos prognósticos negativos é de fato uma raridade que deve ser muito celebrada. A ciência tem trabalhado para que essas histórias de superação sejam cada vez mais comuns.

Em março de 2024, começou a ser vendido no Brasil um remédio específico para tratamento do linfoma de manto, o Jaypirce (pirtobrutinitbe), da farmacêutica Eli Lilly. Ele inibe a produção de uma enzima no organismo que é característica desse tipo de linfoma e atua de forma específica, diminuindo os impactos de quimioterapias mais genéricas que eram feitas anteriormente, como as que Julio Cesar fez.

Vacina Mais Minas: mais de 450 municípios promovem Dia D para ampliar cobertura vacinal

Vacina Mais Minas: mais de 450 municípios promovem Dia D para ampliar cobertura vacinal - Foto: divulgação
Vacina Mais Minas: mais de 450 municípios promovem Dia D para ampliar cobertura vacinal – Foto: divulgação

A vacinação no Brasil já foi motivo de orgulho nacional. Referência mundial, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) desenvolveu expertise em logística e operacionalização da vacinação em todo o território brasileiro, de dimensões continentais. Nos últimos anos, a cobertura vacinal vem preocupando especialistas, pois as metas de vacinação nem sempre têm sido alcançadas. A situação acende o alerta, pois doenças contagiosas que foram erradicadas ou controladas no país podem voltar a dar as caras. Mas no que depender do Governo de Minas, esse cenário irá mudar e a imunização no Brasil será motivo de alegria novamente.

Saúde na Escola, saúde na sociedade

Uma das estratégias para mudar esse cenário, é a estratégia Vacina Mais Minas da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) – que tem o objetivo de sensibilizar a população para a importância de manter em dia o cartão de vacinação, atingindo as coberturas vacinais recomendadas pelas autoridades em Saúde. Um reforço importante para mobilizar a comunidade escolar é lançar mão do Programa Saúde na Escola, que por meio de ações intersetoriais das Secretarias de Saúde e Secretarias de Educação, estão promovendo ações de mobilização no ambiente escolar entre os dias 8 e 12/4. 

As ações que serão promovidas têm foco em ações educacionais voltadas para a abordagem da importância e da segurança da vacinação, ações de verificação da situação vacinal e a atualização da Caderneta de Vacinação, seja através de orientação aos pais para que procurem a UBS mais próxima de sua residência ou realizando a vacinação no próprio ambiente escolar de acordo com Calendário Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde. 

Segundo Camila Helen, superintendente de Atenção Primária à Saúde da SES-MG, “as ações de mobilização social visam alcançar o aumento de cobertura vacinal em todo o território mineiro e para isso é necessária uma forte articulação entre as secretarias municipais de Saúde e Educação”. 

Camila ressalta que o Programa Saúde na Escola é uma estratégia consolidada e importante para levar a temática Saúde para dentro do ambiente escolar. “Contamos com essa estratégia de mobilização do dia 8 ao dia 13, tendo como o Dia D o sábado, dia 13 de abril, com objetivo de alcançarmos um aumento de cobertura em todo o território de Minas Gerais”, conclui a superintendente. Mais de 1800 escolas – estaduais, municipais e particulares – estão engajadas no esforço de ampliar as coberturas vacinais em Minas.

Dia D de Vacinação, vacina mais perto da comunidade  

Para o Dia D de imunização da estratégia Vacina Mais Minas, a expectativa é que mais de 450 cidades em Minas estejam com as Unidades de Saúde abertas no sábado (13/4) ou realizem ações de vacinação em locais de grande circulação de pessoas para atualizar os cartões de vacinação da população.  

A supervisão do Dia D e das ações de mobilização nas escolas são das 28 unidades regionais de Saúde. É o caso da região Sul de Minas, onde a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Varginha vem coordenando a mobilização de 50 municípios e quase 170 escolas. 

Além das diversas ações de mobilização, a SRS está trabalhando de forma alinhada com outros órgãos e entidades. “Estamos atuando de forma intersetorial, contando com a participação integrada das vigilâncias, sobretudo a epidemiológica, junto com a atenção à saúde, em conjunto com a referência do Programa Saúde na Escola”, relata Luiz Paulo Riceputi Alcântara, superintendente da SRS Varginha. 

“Temos buscado parcerias com outros órgãos estaduais e municipais, como a Superintendência Regional de Ensino, secretarias municipais de Saúde e a secretarias municipais de Educação”, completa o superintendente.

Para reforçar a mobilização local, a SES-MG disponibiliza o material de comunicação para ser utilizado nas ações de divulgação da estratégia Vacina Mais Minas. São peças que podem ser editadas conforme informações das escolas e dos municípios. Nas escolas, o material pode ser trabalhado para incentivar os pais e responsáveis a vacinarem as crianças e adolescentes. 

O material está disponível neste link

Vacinas salvam vidas – atitude coletiva

Quem se vacina, além da proteção individual contra a doença para a qual se vacinou, também não transmite a doença a outras pessoas. Assim, quanto mais pessoas vacinadas em um bairro ou cidade, por exemplo, menos chances a doença tem de se propagar entre a população. É uma proteção individual e coletiva. Algumas doenças como poliomielite, difteria, sarampo e outras, ainda existem. Mas só estão sob controle porque a comunidade se protege por meio da vacinação coletiva. Porém, essa proteção está em risco com os números cada vez menores de cobertura vacinal – por isso a estratégia da SES-MG – de ampliar a vacinação por meio de ações de sensibilização e vacinação extramuros – é tão importante. Durante a ação Vacina Mais, Minas, todas as vacinas oferecidas gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde), tanto as de rotina (disponíveis o ano todo) como as de campanha (oferecidas em períodos específicos de acordo com as sazonalidades de cada doença) serão oferecidas a toda população. 

São elas:

1. BCG
2. Hepatite B
3. Penta
4. Pólio inativada
5. Pólio oral
6. Rotavírus
7. Pneumo 10
8. Meningo C
9. Febre amarela
10. Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)
11. Tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e
varicela)
12. DTP
13. Hepatite A
14. Varicela
15. Difteria e tétano adulto (dT)
16. Meningocócica ACWY
17. HPV quadrivalente
18. dTpa
19. Influenza (ofertada durante Campanha anual)
20. Pneumocócica 23-valente (Pneumo 23)

Para saber mais sobre as vacinas oferecidas no PNI e o calendário rotineiro de vacinação, acesse o site www.saude.mg.gov.br/vacinamaisminas

Investimento na vacinação extramuros e Vacimóvel

O esforço do Governo de Minas para ampliar o alcance da vacinação e aumentar as coberturas vacinais no estado, se traduz em uma política pioneira no Brasil, com um dos maiores investimentos feitos por um Estado nessa área – cerca de R$ 265 milhões investidos em vacinação em Minas Gerais. 

Dentro da estratégia de vacinação extramuros, as cidades mineiras estão recebendo incentivos do Estado para a aquisição dos Vacimóveis, uma van adaptada para que seja um pequeno centro de vacinação itinerante, equipada com refrigeração, pia para higienização, cadeiras e mesas, além de armários e com toda estrutura adequada para que as equipes de vacinação realizem seu trabalho com eficiência e segurança. 

Com o Vacimóvel, os municípios podem levar as vacinas “onde o povo está”, reforçando uma das principais diretrizes da SES-MG nesta gestão, que é levar a saúde mais perto do cidadão.

Para a aquisição dos veículos adaptados, o incentivo financeiro total da SES-MG supera os R$ 100 milhões. De acordo com o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, todos os municípios acima de 50 mil habitantes receberam recurso para ter seu próprio Vacimóvel, e os demais serão contemplados por meio dos consórcios de saúde, que também receberão recurso para compra, num total de 253 veículos. 

“Temos a convicção que a vacinação extramuros é fundamental para ampliarmos a cobertura vacinal em todo o estado. Além da ação de rotina nos postos de saúde, nossa estratégia é levar a vacina para perto das pessoas, nas praças, rodoviárias e onde realmente a população circula”, destacou. 

Para o subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, Eduardo Campos Prosdocimi, a estratégia permite “ampliar o alcance das equipes de vacinação, ao implementar ações extramuros e itinerantes, o que permite que aquela parcela da população que, por qualquer motivo, não pode se deslocar aos centros tradicionais de vacinação, possam receber sua dose de imunizante”, disse o subsecretário. 

Outra novidade é o investimento de mais de R$ 165 milhões para premiar os municípios que melhorarem a sua cobertura vacinal. A ideia é incentivar que os municípios alcancem os índices de vacinação recomendados pelas autoridades de saúde.

Alcançando resultados

Os esforços da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES – MG), para aumentar as coberturas vacinais vêm dando resultados. “No último ano de 2023 e também 2022, temos um cenário da vacinação no estado que vem apresentando melhoria significativa nos índices de vacinação”, afirma Eduardo Prosdócimi, subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG. 

Segundo o secretário, no período pré-pandemia até o início da pandemia, Minas vinha registrando quedas nos índices vacinais. Com as diversas ações da SES-MG que buscam o aumento das coberturas vacinais, os índices vêm apresentando melhoras significativas. Segundo Prosdócimi, “isso se dá graças ao grande objetivo que a SES-MG tem de aumentar os índices de vacinação”. Para o subsecretário, o projeto estratégico Vacina Mais Minas é “um projeto inovador que faz grandes investimentos no aumento da cobertura vacinal em Minas. “Somente no ano passado, foram mais de R$ 265 milhões investidos”, finaliza Eduardo.

Para saber mais, acesse: www.saude.mg.gov.br/vacinamaisminas

Veículo da prefeitura de São José da Barra envolve em acidente em Passos

Veículo da prefeitura de São José da Barra envolve em acidente em Passos - Imagem: Reprodução
Veículo da prefeitura de São José da Barra envolve em acidente em Passos – Imagem: Reprodução

Nesta sexta-feira (5), a Polícia Militar foi acionada na rua dos Brandões, bairro Belo Horizonte em Passos (MG), onde o motorista, J.B.L., 61 anos, relatou que estava no veículo oficial I/FIAT CRONOS DRIVE 1.3, ano 2022, cor branca, o qual pertence a prefeitura de São José da Barra (MG), e que enquanto transitava no sentido decrescente da via, logo após a abertura do fluxo do semáforo no cruzamento com a rua Santos Dumont, seguiu em frente, momento que visualizou à sua esquerda o caminhão FORD/CARGO 2431, ano 2018, cor branca, placas de Passos, o qual colidiu lateralmente contra a parte traseira do lado esquerdo do CRONOS, o que resultou em danos na lateral esquerda, porta esquerda traseira, calota da roda traseira e para-choque dianteiro direito.

Ainda segundo o condutor, após o impacto, o veículo CRONOS atingiu e derrubou uma motocicleta que estava estacionada à direita da via.

Em contato com o caminhoneiro, M.T.V., de 41 anos, este informou que conduzia o caminhão FORD/CARGO, pela rua dos Brandões, no sentido decrescente e seguiu em frente após abertura do fluxo do semáforo da rua Santos Dumont, em seguida percebeu um impacto na lateral direita sobre a roda do caminhão, que resultou em danos nos parafusos da roda dianteira direita.

A PM vistoriou os veículos FIAT CRONOS e FORD/CARGO, bem como o seus documentos, os quais não haviam restrições ou impedimentos e foram liberados para seus respectivos condutores.

Ninguém ficou ferido.

Estudo alerta que casos de câncer de próstata deve dobrar até 2040

Estudo alerta que casos de câncer de próstata deve dobrar até 2040 – Foto: reprodução

O envelhecimento da população deve impulsionar a incidência de câncer de próstata em todo o mundo nas próximas décadas. De acordo com cientistas, os registros de novos casos da doença devem saltar de 1,4 milhão em 2020 para 2,9 milhões até 2040. No mesmo período, pesquisadores projetam alta de 85% nas mortes pela doença, que vão se aproximar de 700 mil ocorrências por ano.

A estimativa faz parte de novo estudo publicado nesta quinta-feira (04/04) por comissão científica da revista “The Lancet”, desenvolvida com o apoio do Instituto de Pesquisa sobre Câncer do Reino Unido. Segundo os autores, a tendência é que o ritmo de crescimento da doença seja maior em países de baixa e média renda.

“À medida que mais e mais homens ao redor do mundo chegam à meia-idade e à velhice, haverá um aumento inevitável no número de casos de câncer de próstata. Sabemos que esse aumento de casos está chegando, então precisamos começar a planejar e agir agora”, afirma Nick James, principal autor do estudo.

O especialista destaca a importância da detecção precoce e programas de educação para atenuar os impactos da doença. “Isso é especialmente verdadeiro para países de baixa e média renda, que suportarão o peso avassalador dos casos futuros”, acrescenta James.

A comissão do “The Lancet” aponta para a urgência de se ampliar a capacidade de atendimento cirúrgico e de radioterapia nesses países. Hoje, uma das principais barreiras para tratamento de pacientes é a falta de serviços e profissionais especializados. Segundo o estudo, a implementação de centros regionais poderia fornecer a infraestrutura necessária para aumentar o treinamento e melhorar o acesso.

Os principais fatores de risco para o câncer de próstata são idade e histórico familiar. Homens com mais de 50 anos são especialmente afetados, e pessoas com parentes próximos que tiveram a doença também têm risco aumentado.

A comissão também alerta para a necessidade de se aprimorar mecanismos de testagem e conscientização. Além do exame de toque retal, o câncer de próstata pode ser detectado pelo teste PSA, feito a partir de análise de amostra de sangue. A confirmação da doença depende da realização de biópsia.

“Com o câncer de próstata, não podemos esperar que as pessoas se sintam doentes e procurem ajuda -devemos incentivar os testes em aqueles que se sentem bem, mas que têm alto risco de doença para detectar câncer de próstata letal cedo”, diz James.

Câncer de próstata no Brasil

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que 71.730 novos casos de câncer de próstata serão registrados por ano no Brasil entre 2023 e 2025.
De acordo com o Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, a doença matou 16.292 pessoas em 2022 – aproximadamente 44 óbitos por dia.

Segundo o médico Maurício Dener Cordeiro, coordenador do departamento de uro-oncologia da Sociedade Brasileira de Urologia, além do envelhecimento, a maior exposição da população a outros fatores de risco favorece a tendência de aumento de casos da doença. “Tabagismo, alcoolismo, obesidade, sedentarismo. Esses fatores, ao longo do tempo, aumentam a incidência de inúmeras neoplasias, inclusive o câncer de próstata”, afirma.

Apesar da disponibilidade do exame PSA e do tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), Cordeiro avalia que o acesso da população ainda é insuficiente, sobretudo em regiões interioranas, onde os centros oncológicos são mais raros.

Um dos efeitos dessa carência é que parte significativa dos casos é descoberta tardiamente. Segundo Cordeiro, que coordena o departamento de uro-oncologia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), maior centro de oncologia do país, 60% dos pacientes operados na unidade já têm a doença em estágio avançado, com risco maior de necessitar radioterapia.

Minas Gerais inicia vacinação contra a influenza

Minas Gerais inicia vacinação contra a influenza - Foto: reprodução
Minas Gerais inicia vacinação contra a influenza – Foto: reprodução

Com a proximidade do período de baixas temperaturas e aumento da circulação de vírus respiratórios, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) reforça a importância da vacinação contra a influenza (gripe). A campanha será realizada de 25 de março a 31 de março, mas vários municípios mineiros darão início à vacinação ainda nesta semana. O dia D de mobilização nacional está previsto para 13 de abril.

O estado recebeu, em 15/3, 844 mil doses da vacina contra a influenza, que já foram distribuídas às regionais de saúde do estado. De acordo com o Ministério da Saúde, mais doses serão disponibilizadas em remessas ao longo do período de vacinação. A estimativa é de 8,7 milhões de pessoas incluídas nos grupos prioritários para a vacinação no estado.

A imunização tem como objetivo a redução das complicações, internações e a mortalidade decorrentes das infecções pelo vírus. A vacina é segura e está disponível nas Unidades Básicas de Saúde de todo o estado.

A campanha será realizada segundo a população prioritária para a vacinação: pessoas com 60 anos de idade ou mais, crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e puérperas (mulheres no período pós-parto), indígenas, quilombolas, trabalhadores da saúde, professores, pessoas com comorbidades, pessoas com deficiência permanente, além das Forças Armadas, de segurança e salvamento, entre outros.

Segundo a coordenadora estadual do Programa de Imunizações da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, Josianne Gusmão, a vacinação contra a influenza é uma das medidas de prevenção mais importantes para proteger contra a doença, suas complicações e óbitos, além de contribuir para a redução da circulação viral na população, especialmente nos indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco.

“A vacina influenza trivalente utilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é eficaz contra as cepas H1N1, H3N2 e tipo B. A detecção de anticorpos protetores se dá entre duas e três semanas depois da vacinação e apresenta, geralmente, duração de seis a 12 meses. O pico máximo de anticorpos ocorre após quatro a seis semanas e a proteção conferida pela vacinação é de aproximadamente um ano, por isso ela deve ser realizada anualmente”, explica.

“A meta é imunizar 90% de cada um dos grupos prioritários para vacinação contra influenza. Para os demais grupos, considerando a indisponibilidade de denominadores, serão disponibilizados os dados de doses administradas durante a campanha”, informa.

Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2023 foram aplicadas 7.452.798 doses da vacina contra a influenza em Minas Gerais nos grupos prioritários (crianças, trabalhadores na saúde, gestantes, puérperas, indígenas, idosos e professores). A cobertura foi de 68,8% desse público.

Influenza em Minas

Em 2023 foram notificados 549 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) por influenza e 51 óbitos. Em 2024, até fevereiro, foram 11 casos notificados da doença e um óbito. A SES-MG reforça que os dados são parciais e estão sujeitos à alteração.

A influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório e é de alta transmissibilidade. É causada pelos tipos A, B, C e D do vírus, sendo os tipos A e B responsáveis por epidemias sazonais.

Segundo o coordenador de Programas de Vigilância de Doenças Transmissíveis Agudas da SES-MG, Gilmar José Coelho Rodrigues, a transmissão ocorre principalmente de pessoa para pessoa, por meio de gotículas respiratórias produzidas por tosse, espirros ou fala da pessoa infectada para uma pessoa suscetível.

“Os principais sintomas da gripe são febre, dor no corpo, dor de garganta, tosse e dor de cabeça e se assemelham com os sintomas da covid-19. Por isso, a vacinação é uma das medidas de prevenção mais importantes para proteger contra essas doenças. A vacina contra a influenza pode ser administrada junto com a vacina da covid-19, então recomendamos aproveitar a oportunidade da campanha de vacinação para atualizar a situação vacinal também para covid-19 nos grupos elegíveis”, alerta Rodrigues.

Prevenção

Além da vacina, outras medidas podem auxiliar na prevenção. São elas: 

– Lave as mãos com água e sabão ou use álcool em gel, principalmente antes de consumir algum alimento;

– Utilize lenço descartável para higiene nasal;

– Cubra o nariz e boca ao espirrar ou tossir;

– Evite tocar mucosas de olhos, nariz e boca;

– Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;

– Mantenha os ambientes bem ventilados;

– Evite contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe;

– Evite aglomerações e ambientes fechados (procure manter os ambientes ventilados);

– Adote hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.

Mais informações sobre a gripe podem ser acessadas em: https://saude.mg.gov.br/gripe.

Público prioritário para vacinação contra influenza:

– Crianças (6 meses a menores de 6 anos);

– Gestantes e puérperas;

– Trabalhadores de saúde;

– Povos indígenas;

– Quilombolas;

– Professores;

– Pessoas com comorbidades;

– Pessoas com deficiência permanente, a partir de 12 anos;

– Caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso;

– Trabalhadores portuários;

– Forças de Segurança, Salvamento e Forças Armadas;

– Pessoas em situação de rua;

– População privada de liberdade e funcionários do sistema de privação de liberdade;

– Adolescentes menores de 18 anos sob medidas socioeducativas.

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