Jornal Folha Regional

Anderson Leonardo, do Molejo, morre aos 51 anos

Anderson Leonardo, do Molejo, morre aos 51 anos – Foto: redes sociais

Ícone do pagode, Anderson Leonardo, de 51 anos, do grupo Molejo, morreu nesta sexta-feira (26). O artista foi diagnóstico há 1 ano e meio com câncer na região inguinal. A informação foi confirmada pela assessoria do cantor e pelo perfil oficial do grupo no Instagram.

“Nosso guerreiro ANDERSON LEONARDO lutou bravamente, mas infelizmente foi vencido pelo câncer, mas será sempre lembrado por toda família, amigos e sua imensa legião de fãs, por sua genialidade, força e pelo amor aos palcos e ao MOLEJO. Sua presença e alegria era uma luz que iluminava a vida de todos ao seu redor, e sua falta será profundamente sentida e jamais esquecida, nós te amamos”, diz a mensagem postada em uma rede social.

O cantor estava internado no Hospital Unimed, na Barra da Tijuca, e seu quadro vinha piorando desde domingo (21).

Aluna de medicina de MG vive há 1 ano em estado vegetativo após cirurgia na mandíbula

Aluna de medicina de MG vive há 1 ano em estado vegetativo após cirurgia na mandíbula – Foto: arquivo pessoal

A estudante de medicina Larissa Moraes de Carvalho, de 31 anos, ainda se encontra em estado vegetativo um ano após ter realizado uma cirurgia para corrigir a mandíbula e o maxilar, em Juiz de Fora (MG).

Larissa, que também é formada em Farmácia pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), deu entrada no dia 16 de março de 2023 na Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora para realizar a cirurgia ortognática, voltada para corrigir alterações de crescimento dos maxilares e mandíbulas. Após realizar a cirurgia, a estudante passou seriamente mal.

Segundo Ricardo Carvalho, pai da Larissa, a jovem teve uma parada cardiorrespiratória durante o transporte do centro cirúrgico para a enfermaria, o que a levou ao estado vegetativo no qual se encontra hoje.

Aluna de medicina de MG vive há 1 ano em estado vegetativo após cirurgia na mandíbula – Foto: arquivo pessoal

Carvalho ficou internada na unidade até 15 de março deste ano. Depois, a família da jovem conseguiu autorização para que ela desse sequência na recuperação em decorrência das complicações que teve na cirurgia em tratamento domiciliar.

Ainda segundo o pai da jovem, não se sabe em qual momento exato ocorreu a parada respiratória ou ao menos o que a teria causado.

O pai alega que o termo de consentimento livre e informado (TCLE) assinado pela paciente em 08/03/2023 não detalhava nenhum dos riscos associados à anestesia geral, nem mencionava diretamente a possibilidade de parada cardiorrespiratória, com sequelas associadas.

Aluna de medicina de MG vive há 1 ano em estado vegetativo após cirurgia na mandíbula – Foto: arquivo pessoal

A família ainda ressalta que não foi procurada por ninguém do hospital para esclarecer o ocorrido. Por isso, solicitam uma reunião com a diretoria, o que somente ocorreu em 05/04/23.

Para o pai, a anestesista teve atitudes completamente incorretas que não condizem com a correta prática médica. Segundo relatado pelo médico-cirurgião, que realizou o procedimento em Larissa, a anestesista responsável por acompanhar prontamente os sinais vitais da jovem, se ausentou da sala em vários momentos durante a cirurgia.

O que diz a Santa Casa de Misericórdia

Procurado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o Presidente da Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, Dr. Renato Vilela Loures, comunicou ao órgão que:

“O prontuário médico e os respectivos laudos dos exames realizados pela paciente Larissa Moraes de Carvalho foram entregues ao seu genitor, ora representante, em 25 de abril de 2023, dentro do prazo institucional para disponibilização de prontuários.

Quanto às filmagens das câmeras de segurança do Hospital, infelizmente não é possível disponibilizá-las, uma vez que as gravações expiram em 30 dias e os fatos narrados pelo representante ocorrem em 16/03/2023.”, disse a presidência do hospital ao MPMG.

Procurada pela reportagem, a Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora informou que não irá se manifestar sobre o caso:

“A Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora informa que, uma vez já instaurada ação na Justiça, em respeito ao devido processo legal, o Hospital não fará quaisquer comentários sobre o assunto fora dos autos judiciais. Reiteramos nosso compromisso com a transparência e a qualidade no atendimento prestado à toda comunidade ao longo de nossa história, que soma quase dois séculos”, afirmou o hospital.O que diz o Conselho Regional de Medicina do Estado de Minas Gerais (CRM-MG)

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Minas Gerais (CRM-MG) informou que todas as denúncias recebidas, formais e de ofício, são apuradas, sendo respeitada a ampla defesa e o contraditório. Todos os procedimentos tramitam sob sigilo, conforme previsto no Código de Processo Ético-Profissional.

Agora é lei: SUS terá sala de acolhimento para mulheres vítimas de violência

Agora é lei: SUS terá sala de acolhimento para mulheres vítimas de violência – Foto: reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta quinta-feira (25) o Projeto de Lei (PL) nº 2.221/2023, que prevê atendimento a mulheres vítimas de violência em ambiente privativo e individualizado nos serviços de saúde prestados no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Mais um instrumento de proteção física e emocional que resguarda a dignidade das mulheres vítimas de violência”, escreveu Lula em seu perfil nas redes sociais. “O apoio às políticas públicas e ao SUS é fundamental”, completou o presidente.

Durante a cerimônia de sanção, no Palácio do Planalto, em Brasília, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse que a pasta, agora, deve regulamentar a existência e o funcionamento das salas de acolhimento para que a lei seja cumprida.

Segundo a ministra, agora a pasta vai trabalhar com mais força para que, em todas as unidades básicas de saúde (UBS), na Saúde da Família, exista essa sala de acolhimento, para que todas as ofereçam acolhimento. “Que todos queles equipamentos conveniados ao SUS cumpram a lei, e a mulher e a menina vítimas de violência cheguem e possam ser acolhidas sem sofrer nenhum tipo de constrangimento – como a gente sabe que acontece” – completou Nísia Trindade.

“As pessoas têm que saber que, se elas forem vítimas de violência, terão acolhimento especial. E não é favor. É obrigação do Estado brasileiro cuidar das pessoas. É obrigação da prefeitura, dos postos de saúde, do governo do estado”, afirmou Lula, durante a cerimônia.

Entenda

O Projeto de Lei nº 2.221/2023 foi aprovado pelo Senado no último dia 26 e seguiu para sanção presidencial. O texto garante salas de acolhimento exclusivas para mulheres vítimas de violência nos serviços de saúde conveniados ou próprios do SUS.

À época, a relatora do projeto, senadora Jussara Lima (PSD-PI), apresentou parecer favorável no plenário, destacando a importância de acolher e atender mulheres vítimas de violência de forma adequada, com privacidade e proteção à sua integridade física. 

O texto muda trecho da Lei 8.080/1990, sobre serviços de saúde, na parte em que define diretrizes das ações e serviços públicos de saúde e dos serviços privados contratados ou conveniados que integram o SUS.

A diretriz a que se refere a exigência de salas de acolhimento trata do atendimento público específico e especializado com acompanhamento psicológico e outros serviços.

De iniciativa da deputada Iza Arruda (MDB-PE), o projeto inclui um parágrafo na Lei Orgânica de Saúde e restringe o acesso de terceiros não autorizados pela paciente, em especial do agressor, ao espaço físico onde ela estiver.

O parecer enfatiza que os serviços de saúde são fundamentais no acolhimento das mulheres logo após a violência, uma vez que é lá o local onde elas recebem o primeiro atendimento após agressão.

Morre aos 72 anos ex-vice prefeito de Piumhi e advogado Eder Mota

Morre aos 72 anos ex-vice prefeito de Piumhi e advogado Eder Mota - Foto: Reprodução/Onda Oeste
Morre aos 72 anos ex-vice prefeito de Piumhi e advogado Eder Mota – Foto: Reprodução/Onda Oeste

Na noite desta quarta-feira (24), faleceu o piumhiense, Eder Mota Barbosa, 72 anos. Eder Mota era advogado com vasta experiência e carreira de sucesso. Ele foi vereador, vice-prefeito de Piumhi (MG), na gestão 2017-2020, e grande incentivador do esporte municipal e regional.

Eder era irmão do ex-prefeito de Piumhi, Arlindo Barbosa Neto, Marcinho Contador. Ainda não há informações sobre velório e sepultamento.

Ele estava internado em estado grave, na Santa Casa de Piumhi, após um acidente em que foi vítima de um possível atropelamento, por um caminhão, ocorrido no fim da tarde desta quarta-feira, na MG-050, próximo ao trevo de acesso ao Bairro Capoeira, em Piumhi.

Eder deixa filhos, netos, familiares, amigos e um grande legado pela atuação em várias frentes, contribuindo para o desenvolvimento de Piumhi.

Cumprimentamos a família e amigos neste momento de dor.

Fonte: Onda Oeste

Carreta tomba e deixa condutor ferido na MG-050, em Pratápolis

Condutor fica ferido após carreta tombar na MG-050, em Pratápolis - Foto: divulgação/Corpo de Bombeiros
Condutor fica ferido após carreta tombar na MG-050, em Pratápolis – Foto: divulgação/Corpo de Bombeiros

Na tarde da última terça-feira (23), o condutor de uma carreta ficou ferido após o veículo tombar no km 389, na MG-050, em Pratápolis (MG). O carreta era ocupada apenas pelo motorista, de 42 anos.

Segundo o Corpo de Bombeiros, a carreta saiu de Piumhi (MG) com destino a Curitiba (PR).

De acordo com informações, um caminhão saía do trevo para acessar a rodovia quando o motorista da carreta, para evitar a batida, desviou e perdeu o controle, tombando na curva.

A pista ficou parcialmente interditada. O motorista foi encaminhado para a Santa Casa.

Condutor fica ferido após carreta tombar na MG-050, em Pratápolis - Foto: divulgação/Corpo de Bombeiros
Condutor fica ferido após carreta tombar na MG-050, em Pratápolis – Foto: divulgação/Corpo de Bombeiros

Anvisa endurece proibição de cigarros eletrônicos, vapes e pods no Brasil

Anvisa endurece proibição de cigarros eletrônicos, vapes e pods no Brasil - Foto: reprodução
Anvisa endurece proibição de cigarros eletrônicos, vapes e pods no Brasil – Foto: reprodução

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) manteve, por unanimidade, a proibição de cigarros eletrônicos, vapes, pods, entre outros dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs) no Brasil. Em reunião na última sexta-feira (19), todos os diretores da Anvisa aprovaram nova resolução que endurece texto de 2009 que já proibia a venda dos cigarros eletrônicos no país.

A nova norma aprovada determina a proibição de produção, distribuição, armazenamento e transporte dos DEFs em todo o território nacional. Desde 2009, não é permitido importar, comercializar e fazer propaganda dos dispositivos no país, de modo que o novo texto aumenta as restrições.

Além disso, a Anvisa acrescentou uma definição mais abrangente dos dispositivos, e determina que os DEFs são qualquer “produto fumígeno cuja geração de emissões é feita com auxílio de um sistema alimentado por eletricidade, bateria ou outra fonte não combustível, que mimetiza o ato de fumar”.

Como parte do processo de reavaliação da proibição anterior, a agência submeteu o assunto à consulta pública, no fim do ano passado, para receber manifestações da sociedade civil sobre a proposta apresentada pelo órgão. 

Das 13.930 manifestações recebidas, 37,4% foram favoráveis à manutenção da proibição. Outros 58,8% marcaram a alternativa “tenho outra opinião”, e 3,7% não responderam. 

No ano passado, o corpo técnico da Anvisa aprovou, por unanimidade, relatório que orientava a manutenção da proibição. 

O texto aprovado também determina o reforço de fiscalização da comercialização do produto, além de campanhas publicitárias e educativas sobre os riscos do uso de DEFs para jovens e adolescentes. Segundo um levantamento da Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec) de 2023, 2,2 milhões de adultos no Brasil utilizam vapes. Em 2018, eram menos de 500 mil.

CAE aprova tarifa social de água e esgoto para famílias de baixa renda

CAE aprova tarifa social de água e esgoto para famílias de baixa renda - Foto: Geraldo Magela/divulgação
CAE aprova tarifa social de água e esgoto para famílias de baixa renda – Foto: Geraldo Magela/divulgação

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou na última terça-feira (23) o projeto de lei (PL) 795/2024, que cria a Tarifa Social de Água e Esgoto. De acordo com a proposta, que segue para o Plenário em regime de urgência, famílias de baixa renda vão pagar menos pelo uso da água.

O texto aprovado é um substitutivo da Câmara dos Deputados ao projeto de lei do Senado (PLS) 505/2013), apresentado originalmente pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM). O relatório do senador Flávio Arns (PSB-PR) foi lido pelo senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR).

De acordo com o voto, a tarifa social será metade do valor cobrado pela menor faixa de consumo. Ela será aplicada aos primeiros dez metros cúbicos consumidos. O que ultrapassar esse limite será cobrado segundo a tarifa normal. Nos locais onde já for praticada tarifa social, ela poderá continuar existindo.

No texto aprovado pela Câmara, a tarifa social seria aplicada aos primeiros quinze metros cúbicos, e o valor poderia estar atrelado a um percentual do valor pago pelo Bolsa Família. Segundo Arns, a mudança foi feita porque não existe relação entre o programa assistencial e a tarifa social e porque a faixa de dez metros cúbicos é adotada “pela ampla maioria das entidades reguladoras infranacionais no país”.

Em alteração feita pelo relator, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) deve estabelecer diretrizes nacionais para definir o limite máximo de renda abaixo do qual as famílias devem ter direito à tarifa social. O texto original determinava como limite a renda mensal de até meio salário mínimo per capita. No entanto, para Flávio Arns, seria “inviável tecnicamente aplicar uma única faixa de rendimentos de modo uniforme em todo o território nacional, dadas as imensas diversidades e desigualdades do país”.

As famílias que têm direito à tarifa social devem ser incluídas automaticamente pelas companhias de abastecimento. Aquelas que, tendo o direito, não forem contempladas, podem solicitar a inclusão. A todas as famílias beneficiadas é assegurado o direito de obter de graça a ligação de água ou de esgoto no imóvel.

De acordo com o texto, a família que deixar de preencher os requisitos necessários para a tarifa social pode permanecer no sistema por mais três meses. O consumidor deve ser avisado sobre a perda iminente do benefício nas faturas correspondentes.

O PL 795/2024 impede o acesso à tarifa social para quem fizer ligação clandestina de água e esgoto. Também perde o benefício o consumidor que danificar de propósito os equipamentos destinados aos serviços ou compartilhar a água com família que não tiver direito ao benefício. Em qualquer dos casos, a família tem três meses para corrigir a irregularidade.

Financiamento

A tarifa social deve ser financiada pelos demais usuários dos serviços de água e esgoto, com o rateio de seu custo entre todas as demais categorias de consumidores finais atendidas pelo prestador do serviço. O texto cria ainda a Conta de Universalização do Acesso à Água, gerida pelo governo federal e custeada com dotações orçamentárias.

Os recursos dessa conta serão usados para promover a universalização do acesso à água, incentivar investimentos em áreas de vulnerabilidade social, evitar a suspensão de serviços para famílias de baixa renda por falta de pagamento e, em caso de necessidade, subsidiar a tarifa social. O dinheiro deve ser repassado mensalmente às prestadoras de serviço, seguindo critérios de diversificação regional, necessidade de suplementação financeira, cumprimento de metas de universalização e quantidade de usuários beneficiados com a tarifa social.

A tarifa social entra em vigor 180 dias após a publicação da futura lei. Para Flávio Arns, a tarifa social permite irá às famílias de baixa renda condições mais favoráveis para o acesso aos serviços de água e esgoto. “Esta medida é crucial para a promoção da dignidade humana e a garantia de direitos básicos”, afirma no relatório.

O autor da proposição, senador Eduardo Braga, comemorou a aprovação da matéria.

— A votação desse projeto é algo histórico. Há anos estamos lutando para que pudéssemos implementar uma tarifa social no abastecimento de água. A água é um produto vital para a sobrevivência das pessoas, principalmente nas regiões mais empobrecidas do Brasil, como Norte e Nordeste — afirmou.

Os senadores Damares Alves (Republicanos-DF), Janaína Farias (PT-CE) e Rodrigo Cunha (Podemos-AL) defenderam a votação da matéria. A reunião foi dirigida pelo presidente da CAE, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO).

Facções de outros Estados apadrinham tráfico em MG e desafiam segurança pública

Facções de outros Estados apadrinham tráfico em MG e desafiam segurança pública - Foto: reprodução
Facções de outros Estados apadrinham tráfico em MG e desafiam segurança pública – Foto: reprodução

O “apadrinhamento” de organizações criminosas mineiras por facções de outros Estados ganha força em Minas Gerais e desafia as Forças de Segurança Pública do Estado. A união entre traficantes com atuação em cidades mineiras com residentes em outros locais, como Rio de Janeiro e São Paulo, se intensificou após a pandemia, com transferência de expertise entre criminosos e chegada de armamento bélico pesado em Minas.

A situação tem sido combatida por meio de operações policiais e prisão de várias lideranças do crime. Uma delas na manhã desta terça-feira (23 de abril), em Juiz de Fora, na região da Zona da Mata mineira. Nove pessoas ligadas ao CV foram presas suspeitas dos crimes de tortura e de formação criminosa. Somente nos últimos oito dias, foram realizadas quatro operações contra grupos formados por integrantes do Comando Vermelho (CV) e do Primeiro Comando da Capital (PCC) no Estado. 

Apesar de ter se intensificado ns últimos meses, o apadrinhamento entre facções mais estruturadas e grupos menores não é algo novo ou restrito ao Estado, segundo o delegado Márcio Rocha Vianna Dias, coordenador da força-tarefa de combate ao crime organizado de Juiz de Fora e Zona da Mata, do Departamento de Operações Especiais (Deoesp), da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). “É um problema que começou desde a divisão do Primeiro Comando da Capital (PCC) e do Comando Vermelho (CV). Essas duas grandes organizações se alinharam com essas que são menores para ganharem ainda mais força. É um movimento que acontece em Minas e em outros Estados”.

O avanço do movimento, segundo a major Layla Brunnela, porta-voz da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), tem mobilizado a corporação para conter a tentativa de expansão por parte dessas facções. “Eu escuto muito a frase de que ‘o crime não tem fronteira’, que ‘o criminoso não tem fronteira para cometer crime’. E esses criminosos estão vendo hoje que não há fronteira para o trabalho da Polícia Militar. Há o monitoramento feito de perto, a troca de informações com a Polícia Civil de Minas e outros órgãos, mas também com as polícias militares de outros Estados”, disse. 

Recentemente, um levantamento inédito do Ministério da Justiça, divulgado pelo jornal Folha de São Paulo, mostrou que ao menos 13 facções atuam em presídios no Estado de Minas Gerais. Além do CV e do PCC, estão na lista grupos criminosos como o Bonde dos 40, Cartel do Norte, Terceiro Comando da Capital (TCC), entre outros. 

Para o delegado Márcio Rocha Vianna Dias, o cenário ficou mais desafiador para a segurança pública após a pandemia, a partir de um fenômeno conhecido como “intercâmbio de traficantes”. Segundo ele, líderes do crime em MG ganharam “expertise”, ou seja, mais competência, por meio da interação com outros traficantes, principalmente do Rio de Janeiro.

“Quando o STF publicou a ADPF 635 (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental), que restringia operações policiais nas comunidades cariocas durante a pandemia, lideranças do crime de todo o país foram para o Rio de Janeiro na tentativa de se esconder. Agora, eles estão retornando para os estados de origem com toda a expertise que adquiriram por lá”, pontuou.

Ainda de acordo com o delegado, somado a experiência adquirida com o crime do Rio de Janeiro, essas lideranças trouxeram armamento pesado para o Estado. “Junto com essa expertise, temos percebido um maior armamento bélico. Tudo que envolve os criminosos do Rio de Janeiro vem na bagagem por causa dessa interconexão com o crime organizado”, acrescentou.

A porta-voz da polícia mineira, Layla Brunnela, revela, porém, que os criminosos que buscam esse “intercâmbio” em outros Estados são monitorados pelas Forças de Segurança. “Estamos hoje um passo a frente do criminoso. A gente faz o monitoramento constante, a inteligência faz isso bem. E as operações evitam que os criminosos fiquem soltos e que eles consigam concluir qualquer conhecimento adquirido”, frisou.

A major garante que essas facções têm encontrado dificuldades para atuar em Minas Gerais. “Óbvio que haverá reação, tentarão ocupar, ganhar espaço, esse é o papel do criminoso. O papel dele é não se importar com sociedade. Querem expandir tráfico e expandir homicídios. Mas em Minas Gerais a segurança pública está sempre um passo adiante. Não vejo estabelecimento do crime aqui ao nível de outros Estados como percebemos”, finalizou. 

Relembre operações em MG

  • Operações contra o PCC

Duas grandes operações contra integrantes do PCC foram realizadas em Minas Gerais nos dias 17 e 18 de abril. Na região do Triângulo Mineiro, 116 mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão foram cumpridos. Os investigados foram denunciados pelos crimes de organização criminosa, associação para o tráfico e tráfico ilícito de entorpecentes e ingresso de aparelhos celulares no presídio Professor Jacy de Assis, em Uberlândia. O grupo, segundo a investigação, tinha o objetivo de matar um policial penal da unidade.

Em São Sebastião do Paraíso, no Sul de Minas, 39 traficantes foram presos por vender drogas dentro e fora do presídio da cidade. Segundo a investigação, eles eram apoiados por companheiras e familiares. Uma relação direta com o PCC, maior facção criminosa do Brasil, foi identificada pela seção de inteligência da PMMG. Crack, maconha e cocaína eram traficados pela chamada “rota do tráfico caipira”, entre São Paulo, sede do PCC, e a região do Sul de Minas. 

  • Operação contra o Comando Vermelho (CV)

Nesta terça-feira (23 de abril), nove pessoas ligadas ao CV foram presas durante uma operação em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. Elas são suspeitas de manter uma jovem em cárcere e de torturar três jovens da cidade. Os crimes teriam ocorrido por uma dívida do namorado da mulher com o tráfico de drogas e pelo trio ter “desobedecido” uma determinação dos traficantes. A polícia apreendeu drogas, celulares e dinheiro durante a ação.

  • Outros grupos criminosos

No dia 15 de abril, uma operação foi realizada em Muriaé, na Zona da Mata mineira. Detentos ligados a diversos grupos criminosos foram alvo de fiscalização na penitenciária Doutor Manoel Martins Lisboa Júnior. Foram realizados diversos procedimentos de segurança, inspeções manuais e revistas gerais em todas as celas que abrigam integrantes dessas facções. A operação ocorreu depois que policiais encontraram anotações suspeitas em uma das celas.

  • BH na mira de facções criminosas de outros Estados

Em janeiro deste ano, a Polícia Militar de Minas Gerais iniciou uma operação para conter uma organização criminosa que tentou se instalar no Cabana do Pai Tomás, na região Oeste de Belo Horizonte. Entre os alvos estavam membros da facção Terceiro Comando Puro (TCP), do Rio de Janeiro, rival do Comando Vermelho (CV). A operação começou depois quem um ônibus foi incendiado em protesto a morte de um dos traficantes que atuava no aglomerado da capital mineira. Segundo a polícia, o coletivo foi queimado por ordem da Sala Vip, uma facção criminosa de Belo Horizonte, que atua de forma conjunta com o TCP.

Duas semanas após a operação no Cabana do Pai Tomás, a PMMG ocupou o bairro Novo Aarão Reis, na região Norte. O trabalho tinha como objetivo coibir o tráfico de drogas e os bailes funks com armamento “pesado”. Na ocasião, segundo a polícia, não era possível afirmar que membros de facções criminosas de outros estados estavam atuando na região. “A gente sabe que essas organizações desejam se instalar no estado, mas o que temos dado como resposta é essa dificuldade de que eles possam estabelecer em Minas”, disse a Major Layla Brunella, porta-voz da corporação no estado, durante a operação.

  • Armamento pesado

Em março do ano passado, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) realizou uma operação que terminou com a prisão de Marcos Vinícius dos Santos, de 39 anos, um dos traficantes mais procurados pela polícia do Rio de Janeiro. Conhecido como Chapola do Dendê, ele foi preso ostentando uma vida de luxo no bairro Belvedere, na região Centro-Sul de BH. Segundo o delegado João Prata, responsável pela operação, ele ficou por dois meses na capital.

Na ocasião, a investigação identificou que Belo Horizonte e cidades da região metropolitana estavam recebendo um grande material bélico. Conforme Prata, eram armas e munições utilizadas para roubos de bancos e que chegaram por meio do tráfico de drogas. “Começamos a investigar e verificamos uma espécie de intercâmbio entre os traficantes de Belo Horizonte e do Rio de Janeiro”, disse na ocasião.

Irmãs de Nossa Senhora da Consolação celebram 75 anos de chegada no Brasil, na cidade de Areado em MG

Irmãs de Nossa Senhora da Consolação celebram 75 anos de chegada no Brasil, na cidade de Areado em MG - Foto: divulgação
Irmãs de Nossa Senhora da Consolação celebram 75 anos de chegada no Brasil, na cidade de Areado em MG – Foto: divulgação

Em 09 de abril de 1949, as Irmãs de Nossa Senhora da Consolação chegaram a Areado (MG). Seis irmãs, sendo elas: Antônia Diaz, Maria Branchadell, Cecília Barceló, Isabel Garcia, Carmen Perales e Encarnación Edo foram as fundadoras da Congregação no Brasil.

Na época, o pároco da Paróquia São Sebastião de Areado, Monsenhor Matias se empenhou em trazer as Irmãs para colaborar na educação das crianças e jovens, especialmente das moças. Assim, teve início o Colégio Nossa Senhora das Graças.

Irmãs de Nossa Senhora da Consolação celebram 75 anos de chegada no Brasil, na cidade de Areado em MG - Foto: divulgação
Irmãs de Nossa Senhora da Consolação celebram 75 anos de chegada no Brasil, na cidade de Areado em MG – Foto: divulgação

As Irmãs de Nossa Senhora da Consolação é uma Congregação religiosa fundada em 1857, em Tortosa, na Espanha, por Santa Maria Rosa Molas, tendo, como carisma, ser um instrumento de consolação e misericórdia.

A Paróquia São Sebastião de Areado e toda a comunidade areadense são gratos ao carisma e missão das Irmãs da Consolação nesses 75 anos.

Irmãs de Nossa Senhora da Consolação celebram 75 anos de chegada no Brasil, na cidade de Areado em MG - Foto: redes sociais
Irmãs de Nossa Senhora da Consolação celebram 75 anos de chegada no Brasil, na cidade de Areado em MG – Foto: redes sociais

Produtores de Delfinópolis ganham 11 medalhas no 3º Mundial do Queijo

Produtores de Delfinópolis ganham 11 medalhas no 3º Mundial do Queijo - Foto: divulgação
Produtores de Delfinópolis ganham 11 medalhas no 3º Mundial do Queijo – Foto: divulgação

Quatro queijarias e docerias de Delfinópolis voltaram do 3° Mundial do Queijo Brasil 2024 com 11 medalhas. O evento foi realizado no último fim de semana, entre os dias 11 e 14 deste mês, em São Paulo.

Segundo informações da prefeitura de Delfinópolis, a queijaria Reserva do Lago, dos sócios Thiago Vilela Tristão e Celso Lopes, levou sete medalhas para casa, sendo quatro de ouro (Requeijão Moreno com Raspa no Tacho, Queijadinha, Queijo Jacarandá e Muçarela Nozinho Reserva do Lago); duas de bronze (Queijo Canastra Real e Creme de Ricota Temperado); e uma de super ouro (Requeijão Caipira Reserva do Lago com Raspo no Tacho.

A queijaria Vale Encantado, de Claudio Roberto dos Santos, foi premiada com uma medalha de ouro, pelo Queijo Vale Encantado. A queijaria Quinta Sant’ana, de Claudia Mendonça Camargo, também recebeu medalha de ouro, com o Queijo Marandu, e uma de bronze, pelo Queijo Canastra Cordilheira.

A doceria Doce de Leite Vó Áurea, de Silma Assunção de Melo Lopes, levou medalha de bronze pelo seu Doce de Leite Artesanal com Canela.

O 3° Mundial do Queijo Brasil ocorreu no Teatro B 32, localizado na avenida Faria Lima, em São Paulo. O evento contou uma feira que oferecia queijos, bebidas e alimentos artesanais, com entrada gratuita, proporcionando a mais de cem produtores de todo o Brasil a oportunidade de comercializar seus produtos.

Produtores de 14 países distintos participaram do evento, apresentando aproximadamente 2 mil queijos. As premiações incluíram o 2° Concurso de Melhor Fondue do Brasil, o 2° Concurso de Melhor Queijeiro do Brasil, o 2° Concurso de Melhor Queijista do Brasil e o 3° Concurso de Queijos e Produtos Lácteos.

Via: Clic Folha

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