
Pela primeira vez, desde novembro, o Brasil conseguiu diminuir o índice de contágio da Covid-19 para um nível relevante de controle da pandemia no país. De acordo com informações do último levantamento realizado pela Universidade Imperial College de Londres, no Reino Unido, a quantidade de infecções por contágio no Brasil nesta semana está com 0,93. Com a margem de erro, essa taxa pode variar entre 0,80 e 0,95, sempre sendo abaixo de 1.
Para uma pandemia ser considerada controlada em um país, o número de transmissão precisa ser inferior a 1. O índice mostra para quantas pessoas cada infectado ‘passa’ o vírus. A taxa calculada nesta semana indica que cada 100 pessoas contaminadas transmitem o coronavírus para outras 93, em uma progressão decrescente.
Desde dezembro o índice oscilava semanalmente, mas sempre acima de 1. Na semana passada, o Brasil havia conseguido reduzir a taxa para 1,06, o que já representou uma leve redução ante os 1,12 registrados na semana anterior.
A taxa brasileira é menor que a de países como Índia, que tem a maior taxa de transmissão do ranking (1.69), Argentina (1.28), Japão (1.27), Dinamarca (1.26), Canadá (1.12), Alemanha (1.04), França (1.0), Estados Unidos (0.99) e Reino Unido (0.97). Por outro lado, é superior à dos Emirados Árabes (0.92), Itália (0.89), Portugal (0.68), Suíça (0.65), Espanha (0.60) e igual à do Chile (0.93). A análise contém dados de 71 países com transmissão ativa do coronavírus.
O Imperial College também estimou quantos óbitos pela doença serão registrados na semana. A previsão para esta semana é de 16.800 mortes pela Covid-19, uma redução de cerca de 5% em relação à anterior.
Os dados reforçam a tendência de queda nas curvas da Covid-19 no Brasil. No último sábado, 23, o país apresentou queda real na média móvel de mortes por Covid-19 em relação às últimas duas semanas. Isso também não acontecia desde novembro. As notícias são positivas, mas é preciso cautela até que fique claro se a queda é pontual ou se a tendência irá se consolidar nas próximas semanas. Além disso, os números de novos casos e óbitos ainda estão em um patamar alto e o relaxamento de medidas de segurança pode impactar no aumento das taxas.