
Testemunhas narram momentos de desespero durante socorro dos advogados João Venâncio e Edna Lara Fernandes. Eles morreram após a caminhonete onde estavam cair na represa do rio Grande.
O acidente ocorrido na noite desse domingo, 16, no porto de Delfinópolis (MG), que causou as mortes do casal de advogados João Venâncio e Edna Lara Fernandes, deixou consternados os moradores de Cássia e Ibiraci, ambas em Minas também. Testemunhas narram os momentos de desespero durante o acidente. “Foi desesperador ver o carro afundando e não poder fazer nada. A gente conhecia o João. Ele era muito conhecido”, disse a jovem Heloisa Oliveira.
Segundo a dona de um restaurante às margens do rio, Isabel Pimenta, tudo aconteceu muito rapidamente. Populares que estavam na fila à espera da balsa ficaram desesperados e ajudaram no socorro.
“Foi tudo rápido. O carro desceu em alta velocidade, bateu em umas pedras na lateral e já afundou. O pessoal pulou na água para tentar ajudar a retirar quem estava no carro. A porta não abria por causa da pressão da água, então, tiveram que quebrar o para-brisa para socorrê-los. A gente não sabia quantas pessoas tinham no carro”, afirmou a empresária, que reside no local onde tem o restaurante há 20 anos.
Com o impacto do veículo na água, o airbag foi acionado e dificultava o socorro. “Eu corri até a lanchonete para buscar uma faca, para cortar o airbag. Eles retiraram o João primeiro. Ele estava vivo, mas muito roxo. Na sequência, eles tiraram a moça, mas a gente não sabia se tinha mais pessoas lá dentro”, continuou a proprietária.
Médicos que aguardavam na fila ajudaram nos primeiros socorros, realizando manobras no casal. Mas foi em vão.
A dona do restaurante onde eles passaram o dia divulgou um áudio em grupos de mensagens, afirmando que o casal estava feliz e que não há indícios de uma briga entre eles.