
Na próxima quinta-feira (03) será comemorado em todo o país o feriado de Corpus Christi. Apesar de muitas cidades terem antecipado o feriado por causa da pandemia da Covid-19, muitos outros resolveram manter a celebração em sua data original.
O termo “corpus christi” é uma expressão que vem do latim, e pode ser traduzido como “corpo de Cristo”. Para os cristãos, é o momento em que hóstia e vinho, após serem consagrados, se transformam na carne e no sangue do próprio Jesus Cristo.
A data também faz referência à “Última Ceia”, realizada sempre durante a Semana Santa. Muita gente nunca percebeu, mas o feriado de Corpus Christi acontece sempre 60 dias depois da Páscoa, outra celebração cristã, e cai sempre às quintas.
Em diversas cidades do Brasil — isso anterior à pandemia — elaboravam-se nas ruas tapetes feitos de serragem, areia ou borra de café. Em geral, são feitos desenhos bíblicos que remetem ao corpo e sangue de Cristo. Esses “tapetes” são feitos para a passagem do ostensório — peça que armazena o corpo de Cristo em forma de hóstia — em procissão seguida pelos fiéis.
A data está no calendário da Igreja Católica desde, pelo menos, 1264. Foi nesse ano que ela foi oficialmente inserida nas comemorações religiosas por ordem do Papa Urbano IV, sendo considerada o marco do sacramento da eucaristia, lembrando aos fiéis o sacrifício de Jesus.
Vencido o coronavírus, que todos os fiéis possam, com alegria, retornar aos templos e participar das celebrações eucarísticas. Porém, no momento acompanhamos as celebrações pelas redes sociais, rádio e TV.
O professor padre Evandro Campos Maria, diretor do Instituto de Filosofia e Teologia Dom Resende Costa, da PUC Minas, diz que a fé e a espiritualidade se fundem no coração das pessoas por meio da dificuldade, da luta e do medo provocados pela pandemia.
“Por isso, gastando a vida, a solidariedade e o amor acontece. Mesmo aquele que não tem a fé cristã, em Deus, ele tem a fé humana, em poder acreditar no homem, na ciência, no bem coletivo, na fraternidade. De algum modo, todo ser humano alimenta o coração na espiritualidade ligada à vida. O mais importante é viver o amor ao outro, o que faz lutar pelo bem da coletividade. O amor altruísta”, afirma.
Deixo a paz a vocês; a minha paz dou a vocês. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbe o seu coração, nem tenham medo — João 14:27