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Marinheiros denunciam imprudências e irresponsabilidades com a segurança da navegação por parte dos condutores de lanchas particulares no Lago de Furnas

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Com a onda de calor nos últimos dias e a temporada de férias escolares, o número de embarcações no Lago de Furnas voltou a aumentar. Porém, diversos marinheiros têm reclamado sobre a irresponsabilidade e imprudência de condutores de lanchas e jet ski’s particulares nos atrativos turísticos.

Segundo o Presidente da Associação dos Prestadores de Serviços Turísticos de Capitólio e Região (ASTUR), Cristiano Ventura, que também é profissional do turismo, é comum perceber pilotos bebendo e desrespeitando o limite das embarcações, que ficam a poucos metros dos banhistas. 

‘’Nós que fazemos o passeio comercial, estamos cumprindo todas as regras, cumprindo todas as exigências da Marinha, da navegação e das prefeituras. Os de passeio particular querem brigar, xingam a gente, jogam as coisas. De alguma forma precisamos parar isso. Em um caso que aconteceu na Cachoeirinha da Ilha, um homem estava conduzindo um ‘jet’, bêbado, muito louco e quase passando por cima das pessoas. Nesse caso a Marinha conseguiu pegar ele’’, informou o profissional.

Após o acidente nos canyons de Capitólio (MG), o qual vitimou fatalmente 10 pessoas e deixou outras 32 feridas, profissionais que movimentam o turismo local, sobretudo os marinheiros, trabalham incansavelmente realizando um turismo limpo, responsável e consciente. A preocupação dos pilotos é consequência das falácias vindo de pessoas leigas, que se quer analisaram a situação por inteiro. Moradores da região afirmam que ‘’se existe um culpado, não são os pilotos’’. No entanto, atitudes de condutores de embarcações privadas têm ‘queimado’ a imagem desses profissionais. 

‘’Queremos que os turistas vejam que a nossa preocupação com o turismo é muito grande. Porém existem pessoas que não estão nem aí para o turismo, que são os casos particulares. Se acontecer um acidente entre os particulares ou causado por um particular, a corda vai arrebentar para o nosso lado que é o comercial’’, informou o presidente da ASTUR.

Após uma confusão envolvendo um piloto de lancha privada, Cristiano divulgou uma nota de repúdio em uma rede social. Confira:

‘’Isso tem que acabar! A regra é clara e tem que ser para todos. Navegação é coisa séria e tem haver com vidas humanas. Lancha particular, conduzida sabemos lá por quem e sem respeito nenhum com nós marinheiros que vivem da atividade turística, com os turistas que vêm nos visitar e muito menos com a segurança da navegação e da salva Guarda Humana. Precisamos de atenção para estes casos, e como podemos resolver, porque diferente de uma lancha de atividade Esporte recreio (lazer) a cobrança para uma lancha de atividade comercial (transporte de passageiros, turismo) é tão grande mais tão grande que você só consegue sair com o passeio cumprindo todas as exigências das Normas da Marinha do Brasil, e as lanchas de lazer será que estão cumprindo as exigências? Confira essa história de um caso muito sério que aconteceu no dia 22 de Janeiro de 2022 e olha que foi uma situação muito complicada viu, por que o clima  esquentou em menos de 10 segundos quando nós o JP e eu (marinheiros) pedimos o condutor da lancha que está na foto para ficar atento a segurança e se retirar da área de banho que criamos para os turistas, como sempre fazemos, a lancha estava muito próximo (Menos de 2 metros) dos turistas na cachoeira da ilha (atrativo do passeio de lancha) O bicho pegou, esse cara da foto mandou a gente pra todo lugar, naquele lugar, falou que tem 20 anos que frequenta a represa e não está nem aí para o nosso turismo. Mais o pior vem agora quando esse cara que aparece na foto e que causou a confusão toda joga cerveja em mim (que era o marinheiro naquele momento) quando a lancha passada ao nosso lado e com muita raiva ele apontou o dedo fazendo um gesto obsceno e o condutor da lancha se evadiu do local. Foi constrangedor e todos que estavam ali presenciaram essa cena que envergonha a todos nós que estamos vivendo este momento tão delicado em nosso Turismo. Estamos trabalhando com atenção nesse nosso novo turismo, mas tem muita gente em lancha particular que não respeita nada, fora que a grande maioria fazem o uso de bebidas alcoólicas, o que é inadmissível na navegação. Agora, se porventura ele causou um acidente, sabe o que iria acontecer? em uma situação dessa sabe quem leva a culpa? Pois é, somos nós trabalhadores, e a corda sempre vai estourar pra quem trabalha com turismo e até agente explicar a mídia já fez o estrago, como fizeram no episódio da fatalidade dos Cânions…….Como trabalhar a questão da segurança na navegação entre os particulares? Em defesa dos Prestadores de Serviços Turísticos chamamos a atenção das autoridades municipais da nossa região para nos ajudar”.

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