
O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), disse, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (27), que forças policiais do Estado darão apoio para combater aglomerações no Carnaval, se assim for necessário. Zema lembrou que a responsabilidade por proibir ou liberar os eventos, no entanto, é das prefeituras.
“Carnaval cabe a cada prefeito, mas já deixamos claro que nossas forças de seguranças darão total apoio para que não haja aglomeração. Não podemos permitir que haja aglomeração em um momento tão crítico como este que estamos vivendo”, comentou.
Ele citou, ainda, que a onda de Covid provocada pela variante ômicron, com recordes de infecções pela doença no Brasil e em Minas Gerais, não tem gerado tantos óbitos, graças à vacinação, mas gera uma ‘sobrecarga do sistema de saúde primário’. “Não está gerando tantas internações e óbitos, mas sobrecarga no sistema de saúde, falta de medicamentos, profissionais, etc devido à grande quantidade de pessoas afastadas”, enumerou.
Em sua fala, o governador clamou para que as pessoas se vacinem e lembrou dos que não retornaram ainda para a segunda dose ou vacina de reforço. “Estamos assistindo uma sobrecarga em alguns momentos devido a pessoas não darem crédito para a ciência. As vacinas foram desenvolvidas por pessoas capacitadas. O maior trunfo que temos na pandemia é a vacinação, mais que qualquer outro fator”, citou. “O Estado está fazendo a parte dele, mas se as pessoas não tiverem consciência a situação não vai ser resolvida. Já aplicamos mais de 37 milhões de doses, mas ainda temos muitas pessoas que não completaram seu ciclo de vacinal”, lembrou.
Ele, que foi diagnosticado como Covid há pouco mais de uma semana, usou sua experiência para exemplificar. “Peço mais responsabilidade e consciência das pessoas. Eu sofri nesses últimos 11 dias, sofri as consequências. Foi uma forma branda, mas, nos primeiros dias, quase impossibilitado de trabalhar. E eu já tinha tomado duas doses e a dose de reforço. Se não tivesse (tomado as vacinas) com certeza poderia ter tido mais consequências”, frisou. Em outro momento, Zema também falou sobre a doença. “Os três primeiros realmente foram muito desagradáveis, com muita dor, indisposição, mas tenho melhorado dia a dia e os sintomas são cada vez mais leves, mas a falta de olfato e paladar e uma certa indisposição ainda existem. Mas estou muito bem, já tenho quase agenda normal, como fazia antes de contrair Covid”, disse. “Meus sintomas foram relativamente leves, e as pessoas que estão hospitalizadas com quadro grave são aquelas que se recusaram ou não fizeram o uso da vacina”, completou. “Quem não é responsável acaba expondo os outros desnecessariamente, atrapalha o andamento do nosso trabalho. Estamos com o programa de reduzirmos a fila das cirurgias eletivas e toda vez que você destina mais profissionais, mais recursos e leitos para atender Covid, é menos cirurgia eletiva e menos pessoas que poderiam ser salvas”, argumentou.