
Na manhã deste domingo (25), a Polícia Militar foi acionada e compareceu na rua Guaporé em Passos (MG), onde segundo informações, um indivíduo estava discutindo por motivos desconhecidos, porém, discussão acalorada com o proprietário de uma residência, sendo que um jogava telhas de barro contra o outro.
De acordo com relatos, o autor, de 37 anos, estava em cima da residência, e passou a danificar o telhado jogando telhas, tijolos, caibros etc, em direção à rua, colocando em risco moradores e veículos que transitavam naquela região.
Com a chegada dos militares, foi tentado por diversas vezes um diálogo com o homem, no entanto as tentativas era respondidas com detritos jogados de cima do telhado.
Em determinado momento, o indivíduo começou a jogar telhas de barro em direção aos militares, sendo que a PM efetuou o lançamento de IMPO (Químico de Lacrimogêneo GL 300T) e ele saiu para o telhado de outra residência na rua Niterói. Com o auxílio de uma escada emprestada por vizinhos, um militar conseguiu algemar o homem, momento em que ele tentava danificar uma caixa d’água.
Em diálogo com as vítimas dos danos sofridos nas residências, ninguém teve interesse em registrar denúncia do fato.
De acordo com a PM, em razão da intervenção policial, o homem não sofreu lesões por parte de terceiros, porém, devido seu comportamento agressivo, sofreu auto-lesões (escoriações), causadas por ele enquanto danificava os telhados e saltava de um telhado para o outro.
O autor foi encaminhado para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Passos, e durante o deslocamento, mesmo algemado, o mesmo permanecia agressivo e debatia a todo momento no cofre da viatura.
Chegando na UPA, o autor foi identificado, e sua genitora foi localizada e convidada a prestar auxílio para seu filho, a qual disse aos militares que não iria, pois, se ele faz as ‘cagadas’ dele, ele que se vire.
O homem identificado como Antônio Luiz de Oliveira, foi atendido pelo médico plantonista e posteriormente liberado, a PM o levou para sua residência deixando-o aos cuidados de sua mãe e irmã.
No período da tarde, a família de Antônio, acionou a Polícia Militar, informando que ele estava desacordado, transpirando bastante e com baixa respiração, e que tinham acionado o Corpo de Bombeiros, e de acordo com relatos da família, orientaram a chamar o SAMU, porém, ao entrarem em contato, foram informados que não tinha ambulância, sendo orientados a chamar a PM.
Conforme a família informou, foram 30 minutos aguardando socorro, foi quando acionaram a Polícia Militar.
Segundo a PM, a família informou que Antônio estava sem vida, porém, foi constatado que ele apresentava sinais vitais, o qual foi colocado em um veículo particular e encaminhado para a UPA novamente.
O homem faleceu na Unidade de Saúde e foi encaminhado para o IML, para realização de necropsia, e posteriormente liberado para a funerária.
A irmã do rapaz, Michele Aparecida da Penha de Oliveira, falou com a redação do Jornal Folha Regional, e disse que querem uma resposta sobre o óbito de seu irmão.
“Por que o médico da UPA liberou ele para casa sendo que estava agonizando? Eu gravei um vídeo para termos provas. E por que a Polícia Militar não apresentou ele na Delegacia de Polícia para Delegado de plantão? Esperamos que que esse caso tenha um desfecho com respostas corretas”, frisou Michele.
A redação do Folha Regional entrou em contato com a Polícia Militar do 12⁰ BPM de Passos e
de acordo com informações, os PMs entenderam que necessitava de atendimento médico e nenhumas das pessoas que, em tese tiveram algum bem danificado quis providência policial, sendo assim, não encaminhou o autor a Delegacia de Polícia.
Também foi contatado a UPA, porém, até o fechamento da matéria não retornaram.
Foto: Redes Sociais