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“Somos apenas instrumento e quem salva é Deus”, afirma Policial Militar que salvou criança de 2 meses em Passos

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No dia 19 de setembro, por volta das 21h30, a Polícia Militar de Passos (MG) recebeu um chamado, onde foram informados que uma criança de 2 meses estaria passando mal, e como a família havia tentado contato com o Corpo de Bombeiros e Samu, porém, não tiveram êxito, resolveram acionar o 190.

O Sargento Weslley Corsi e a Cabo Rosane como estavam próximos da residência no bairro primavera, chegaram em 30 segundos no local.

Ao chegarem na residência, o avô e tia da criança estavam na porta e falaram que a mesma tinha engasgado e respirava com dificuldades. Ao entrarem no quintal pela garagem, os PMs depararam com a mãe e o pai vindo com a bebê. 

“Naquele momento já vi que a criança estava com os lábios roxos e respirava com muita dificuldade, a mãe muito assustada e com olhar aflito, de imediato me entregou a filha, já o pai ficou de costas e colocou a mão sob a cabeça também muito assustado. A mãe me informou que tinha amamentado a filha e achava que ela tinha engasgado, pois, estava com a barriga dura e começou a ficar roxa e sem respiração, a mãe até achou que tinha era algum bicho no corpo e tirou a roupa deixando-a somente de fraldas, porém, a criança não respondia e naquele momento pediu para ligar no 190”, relatou sargento Weslley Corsi.

Em tom emotivo, o sargento informou que pegou a criança no colo, e que seu peito cabia na palma de sua mão.

“Naquele momento apliquei a manobra Heimlich – uma técnica de primeiros socorros utilizada em casos de emergência por asfixia, provocada por um pedaço de comida ou qualquer tipo de corpo estranho que fique entalado nas vias respiratórias, impedindo a pessoa de respirar. Dei leves batidas com minhas mãos nas costinhas tentando deixar a cabecinha dela mais inclinada para baixo, foi quando percebi que na terceira batidinha ela soltou o leite pela boca, e começou a respirar com maior facilidade, mesmo assim continuei dando umas batidinhas e fui preparando a mãe para ir para a Santa Casa de Passos, devido ter ficado muito tempo sem ar. Fiquei aliviado quando a criança começou a chorar, e percebi que ela estava respirando bem melhor. De imediato colocamos ela na viatura, fizemos contato via rede rádio com o Copom (Centro de Operações da Polícia Militar), que entrou em contato com a unidade de saúde, e um pediatra de plantão já estava esperando a bebê”, frisou Corsi.

O militar que viveu um ato de heroísmo, ainda relatou que é pai e naquele momento de aflição a mãe entregou a criança pela total confiança no trabalho da Polícia Militar.

“É uma responsabilidade muito grande para nós ao prestar socorro. Porque em tese o último recurso para a família seria nós, e ela confiou. Pela graça de Deus, fomos abençoados e usados como instrumentos, porque quem salva é Deus. Em nosso serviço tudo pode acontecer, não tem dia, horário, local, não tem classe social, gênero, raça, estamos sempre atentos e preparados para servir a sociedade da melhor forma possível”, informou.

O sargento afirma que é raro este tipo de chamado, mas é muito gratificante ajudar a sociedade. “O olhar de alegria do pai, da mãe e de todos familiares após todo acontecimento não há nada que pague”.

No dia 20 de setembro, o Sgt e a Cabo entraram novamente em serviço e foram visitar a família e a pequena Rebeca.

“Chegando na residência para visitá-los, a mãe e o pai estavam atrás de nós querendo agradecer, mas não sabiam quem eram os policiais que tinham salvado a filha. Eles nos relataram que Rebeca ficou em observação e o médico disse que se não fosse a manobra utilizada por nós, ela poderia ter dado parada cardíaca e ter complicações mais graves. É muito gratificante receber todo esse carinho e reconhecimento. Naquela visita tranquilizadora fomos surpreendidos com muita alegria e gratidão”, finalizou o Militar.

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