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Rodovia na serra de Capetinga preocupa; prefeito diz que DER irá recuperar trecho

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A rodovia MG-444, especificamente no trecho da serra de Capetinga, em Minas Gerais, a 44 km de Franca, é motivo de preocupação para motoristas e moradores da região por conta das atuais condições de tráfego. A rodovia liga os estados de São Paulo e Minas Gerais, entre Itirapuã (SP) e Capetinga (MG) e registra, em média, a circulação de 5 mil veículos por dia.

O local foi palco de um grave acidente de trânsito no dia 20 de fevereiro, quando perdeu a vida um jovem empresário de 29 anos nascido na cidade de Capetinga, que tinha uma hamburgueria em Franca.

Ainda em fevereiro, no dia 3, outro acidente entre dois caminhões no mesmo trecho da rodovia deixou um motorista ferido preso às ferragens, após a colisão frontal dos dois veículos pesados.

No começo do ano, no dia 7 de janeiro, o trecho de serra foi interditado depois que um deslizamento de terra atingiu as pistas nos dois sentidos da rodovia. O local ficou interditado por cinco dias para os trabalhos de desobstrução.

Esses são alguns exemplos dos recorrentes registros de acidentes no local – alguns com vidas perdidas, outros com sequelas permanentes em quem sobrevive – e que vêm acontecendo nesse ponto da rodovia em Capetinga, gerando preocupação.

A rota é utilizada com frequência para chegar a cidades vizinhas turísticas como Cássia (MG), onde existe o Santuário de Santa Rita de Cássia e ranchos; Delfinópolis (MG), no circuito da Serra da Canastra; e também a cidade turística de Capitólio (MG), no Lago de Furnas.

Caminhoneiros também transitam diariamente na rodovia para escoar a produção de bananas, de Delfinópolis, de cimento da cidade de Itaú de Minas (MG) e também para a ida e vinda do transporte escolar às universidades de Franca e pacientes que buscam atendimento médico nas cidades paulistas.

A rodovia é de responsabilidade do DER-MG (Departamento de Estradas de Rodagem do Governo do Estado de Minas Gerais). Mas a manutenção do trecho aparenta ter sido esquecida pelo órgão.

“Estão tendo muitas mortes, morrendo gente demais da conta, ali. Estrada tudo ferrada, muitos buracos – vai desviar dos buracos, invade a outra pista… Já era para ter tomado providências”, comenta o morador de Capetinga Reginaldo Mendonça, de 55 anos.

Reginaldo, que tem uma propriedade às margens do trecho, destaca que caminhões invadem a outra pista para passar, porque o local é estreito e não possui faixas especiais para os veículos pesados, além de o fluxo ser intenso.

O vereador Venilto Faleiros (PSD), de 59 anos, disse que já cobrou tanto do Executivo, como do DER, uma solução para a rodovia e que o assunto é pautado constantemente na Câmara Municipal de Capetinga e também discutido com deputados de Minas Gerais, mas a melhoria nas condições do local fica na promessa.

O prefeito de Capetinga, Luiz César Guilherme (DEM), relatou que no ano passado diversos prefeitos da região se reuniram e foram até Belo Horizonte, na sede do DER, cobrar uma solução para a rodovia.

Na ocasião, segundo o prefeito, o responsável pelo órgão deu certeza de que, em fevereiro, seria aberta a licitação para refazer a pista. “Eu quero até esperar acabar o mês, ir a Belo Horizonte, no final da semana que vem (esta), e ir atrás de novo para ver a situação que está, porque não dá para esperar mais, não”, disse o prefeito.

“Esse problema nos preocupa e também preocupa os prefeitos vizinhos. Agora começam as aulas, o transporte escolar, transporte do pessoal que vai trabalhar em Franca… Essa rodovia vem aumentando muito o movimento”, acrescentou o chefe do Executivo.

O prefeito Luiz César Guilherme, que está no segundo mandato, destaca que, no seu primeiro governo, a única coisa que conseguiu fazer no trecho foi melhorar a sinalização com a instalação de tachões para separar uma pista da outra e as placas de sinalização.

Segundo o prefeito, a imprudência também é um dos fatores que provocam os acidentes. “Só que infelizmente o povo não respeita também, porque ali o limite de velocidade é 40 km/h, mas ninguém faz isso. E os caminhões não conseguem fazer a curvinha certinho. Aí, é onde acontecem os acidentes”, comenta.

Questionando se a situação precária da rodovia é de conhecimento do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), o prefeito declarou que, através do DER, já foi passada ao governador. “Essa aqui está na prioridade deles”, disse.

Luiz César Guilherme disse esperar que, antes de deixar a Prefeitura, a situação da rodovia seja resolvida. “A única coisa que a gente pode fazer é cobrar, é do Estado a responsabilidade”, finalizou. (Sampi | GCN)

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