Governador criticou pressão do governo sobre o Banco Central e mudanças na Lei das Estatais e no Marco do Saneamento

O governador Romeu Zema (Novo) participou na manhã desta quinta-feira (25) da inauguração da fábrica da Heineken, em Passos (MG), e fez críticas a medidas adotadas pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que ele classificou como “retrocessos”.
“Infelizmente, o governo federal, ao invés de falar de reformas e avanços, tem falado mais em retrocessos. Uma das conquistas que nós tivemos há poucos anos, foi o Banco Central autônomo, que é o guardião da nossa moeda. Querem reverter isso. Não é certo, senão teremos inflação como a Argentina. Não é isso que queremos. Tivemos avanços nas estatais federais, que hoje precisa, para contratar alguém, mostrar que é idôneo e tem competência, é assim em qualquer empresa séria. Querem acabar com isso e colocar lá qualquer pessoa desqualificada e com histórico ruim. Tivemos o Marco do Saneamento, aprovado dois anos atrás. Querem desfazer”, afirmou o governador.
Zema comemorou os investimentos da cervejaria Heineken em Minas Gerais e defendeu que os governantes busquem cada vez mais parcerias com a iniciativa privada para destravar investimentos e gerar empregos.
Com previsão de inauguração em meados de 2025, a planta da cervejaria produzirá, inicialmente, as marcas Heineken e Amstel, em linha com a estratégia de premiunização do mercado nacional por meio de rótulos premium e mainstream puro malte. A unidade de Passos recebeu investimentos da ordem de R$ 1,8 bilhão e irá gerar 350 empregos diretos, além de 11 mil postos de trabalho indiretos, quando estiver em operação. Na atual fase de obras, o projeto deve criar 2 mil oportunidades de trabalho para os moradores de Passos e região.
“É muito bom presenciar o lançamento da pedra fundamental dessa que vai ser a mais importante indústria da cidade, que vai trazer muito desenvolvimento e arrecadação para o município. Isso para mim representa mais um passo importantíssimo naquilo que nós precisamos para melhorar Minas Gerais. Já conseguimos atrair mais de R$ 280 bilhões. Considerando o valor da Heineken, significa que, nesses quatro anos e meio, é como se nós trouxéssemos para Minas Gerais, algo como 150 indústrias como esta”, afirmou Zema.
O governador afirmou que em algumas regiões de Minas, as vagas de trabalho já estão atendendo todos que buscam um emprego no mercado e que espera levar o pleno emprego para todas as regiões.
“Em algumas cidades, não há mais vagas nas redes de hotéis, em outras, não existe mais mão de obra, e é isso que quero levar para todo o estado. Em muitas regiões temos já o cenário quase pleno emprego. Isso significa que as pessoas passam a ter autonomia, dignidade, condições de escolher onde trabalhar e não ficar vivendo de auxílio emergencial, que é importante em época de recessão da pandemia, mas que não pode ser encarado como meio de vida, como futuro que cada mineiro quer”, disse.
De acordo com o IBGE, a taxa de desocupação em Minas Gerais recuou para 5,8% nos últimos três meses de 2022 em relação ao trimestre imediatamente anterior, quando o índice de pessoas sem ocupação no estado estava em 6,3%.