
Um adolescente de 14 anos está sendo investigado pela Polícia Civil de Passos por possível prática de abusos sexuais pela internet. Pelo menos duas vítimas já foram identificadas.
Conforme a polícia, o adolescente criava perfis falsos em redes sociais e pedia a meninas, inclusive crianças, para que enviassem fotos e vídeos íntimos.
Depois disso, ele passava a ameaçar as vítimas dizendo que se elas não enviassem outras imagens do jeito que ele queria, iria divulgá-las para amigos e familiares.
Conforme a delegada da Mulher de Passos, Mariana Fioravanti, o adolescente já foi identificado e prestou depoimento acompanhado dos responsáveis.
“Na data de ontem, ele prestou informações aqui na delegacia acompanhando dos responsáveis legais. Pelo menos quatro vítimas passaram pela mão dele, ele realmente praticou o que a jurisprudência chama de “estupro virtual”, uma vez que ele ordenava que as vítimas praticassem atos de cunho sexual, inclusive utilizando-se de objetos, para satisfazer a lascívia dele”, disse a delegada.
Ainda conforme a delegada, as duas vítimas identificadas são de Passos, enquanto as outras duas devem ser provavelmente do Estado de São Paulo.
O caso só foi responsável após a mãe da criança de 10 anos notar uma mudança de comportamento da filha e então examinar o celular da criança.
“É importante deixar o recado para que os pais fiscalizem os celulares dos seus filhos adolescentes. Muitos pais têm a concepção de que os filhos não saem, não frequentem festas, bares, fica sempre em casa, trancado no quarto, mas hoje em dia nós temos um negócio que chama celular e que ele tem contato com o mundo inteiro. Os pais devem fiscalizar o uso do celular pelos seus filhos crianças e adolescentes sim. Essa menina de 10 anos nós só tivemos a notícia do fato criminoso praticado contra ela, porque a mãe percebeu uma mudança de comportamento da menina e foi verificar o aparelho celular, descobrindo então essa conversa e esse ato infracional por parte desse adolescente”, disse a delegada.
A investigação deverá ser remetida agora ao Ministério Público e ao Poder Judiciário.