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Associação de bares e restaurantes pede a volta do horário de verão

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Associação de bares e restaurantes pede a volta do horário de verão – Foto: reprodução

A Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) pediu ao governo federal a volta do horário de verão. Na semana passada, o Ministério de Minas e Energia disse não haver necessidade, até o momento, de implementação da medida.

O que aconteceu:

A Associação manifestou apoio à retomada da medida e apresentou “benefícios que a decisão traria ao setor” e para “toda a economia do país”. A Abrasel enviou uma carta ao presidente Lula, ao vice-presidente Geraldo Alckmin, e ao ministro do Turismo, Celso Sabino, na última sexta-feira (22).

O ministério de Minas e Energia informou na semana passada que, no momento, está descartada a possibilidade. “Em virtude do planejamento seguro implantado pelo ministério desde os primeiros meses do governo, os dados não apontam, até o momento, para nenhuma necessidade de implementação do Horário de Verão”, diz a nota do MME.

Segundo a Abrasel, a adoção do horário de verão gera impacto direto no faturamento dos bares e restaurantes, com crescimento no faturamento entre 10% e 15%.

“No momento em que o setor ainda se recupera dos prejuízos causados pela pandemia, a implementação da medida beneficiaria um setor que gera renda direta para mais de 7 milhões de brasileiros e tem cerca de 1,5 milhão de empreendimentos no país”, diz a nota.

Além disso, a associação sustenta que a medida movimentará a economia, principalmente para o comércio e o turismo, “uma vez que os turistas tendem a aproveitar melhor os destinos, estendendo suas atividades até mais tarde”.

O retorno do horário de verão proporcionaria mais tempo de luz natural durante os dias, o que favorece o consumo e a frequência de clientes nos estabelecimentos, além de trazer mais movimento e segurança às cidades de um modo geral.

Fim do horário de verão

O horário de verão, que costumava vigorar entre outubro e fevereiro em parte dos estados, foi suspenso em abril de 2019, no primeiro ano de mandato do presidente Jair Bolsonaro (PL).

No ano passado, logo após ser eleito, o presidente Lula usou as redes sociais para questionar a população sobre a volta do medida. Ele abriu uma enquete e perguntou: “O que vocês acham da volta do horário de verão?”

O “sim” teve 66,2% dos votos na enquete do presidente, contra 33,8% de pessoas contrárias ao horário de verão e que votaram “não”.

Quem criou o horário de verão

O horário de verão foi instituído no Brasil em 1931 pelo então presidente Getúlio Vargas, com o intuito de aproveitar o maior período de luz solar durante a época mais quente do ano.

A partir de 1967, deixou de ser adotado e foi retomado apenas na década de 1980, devido a problemas de produção de energia nas hidrelétricas. À época, não era padronizado e variava em duração e data todos os anos.

Foi regulamentado somente em 2008 durante o governo Lula, quando se tornou permanente. Mas mudanças nos hábitos do consumidor e avanço da tecnologia reduziram a relevância da economia de energia ao longo dos anos.

Não é invenção brasileira, sendo adotado por vários países e regiões do mundo. A ideia é do político e cientista norte-americano Benjamim Franklin, no ano de 1784, sendo primeiramente adotada somente no início do século 20, durante a Primeira Guerra Mundial, pela Alemanha, país que precisava economizar os gastos com carvão mineral em razão dos tempos difíceis do combate e dos gastos militares.

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