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Assembleia debate o tratamento do câncer de mama e o cenário da reconstrução mamária no Estado

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Assembleia debate o tratamento do câncer de mama e o cenário da reconstrução mamária no Estado – Foto: divulgação/ALMG

Em 2022, o câncer de mama foi a doença que causou o maior número de mortes entre as mulheres mineiras, com um total de 1.793 óbitos. A informação foi divulgada pela Agência Minas, em matéria de lançamento da campanha Outubro Rosa, de conscientização sobre a importância da prevenção do câncer de mama.

Nesta quarta-feira (25), a partir das 10 horas, a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realiza audiência pública para debater o tratamento do câncer de mama e o cenário da reconstrução mamária no Estado.

A reunião será realizada no Plenarinho I da ALMG, atendendo requerimento do vice-presidente da Comissão de Saúde, deputado Doutor Wilson Batista (PSD). Na avaliação do parlamentar, a medicina tem evoluído muito no combate ao câncer de mama com novas técnicas e abordagens para o tratamento da doença, mas o acesso da população continua difícil.

“Grande parte da população não tem acesso a esses tratamentos porque o Sistema Único de Saúde (SUS) não implementa sua cartela de serviços. Precisamos discutir a forma como são investidos os recursos no enfrentamento à doença”, afirmou o deputado.

“A audiência será importante para que médicos, gestores e profissionais da saúde possam apontar a direção que devemos seguir no trabalho legislativo para garantir o diagnóstico precoce e o acesso aos tratamentos iniciais.”

No dia 4 de outubro, a Assembleia de Minas realizou uma audiência pública da Comissão Extraordinária de Prevenção e Enfrentamento ao Câncer para conhecer experiências exitosas de prevenção e tratamento do câncer de mama.

Na ocasião, Doutor Wilson Batista ressaltou que permanecem no País e em Minas distorções que levam o sistema público a gastar muito mais com tratamentos paliativos e ineficazes, em estágios mais avançados da doença, do que no diagnóstico precoce, que evita sofrimentos para o paciente e despesas desnecessárias para o Estado.

Segundo informações do Painel de Oncologia, atualizadas em setembro deste ano e divulgadas pela Agência Minas, desde 2019 foram diagnosticados 28.253 casos de tumor maligno da mama em Minas Gerais, sendo 6.210 no ano de 2021, 7.235 em 2022 e 3.273 de janeiro a setembro de 2023. Dados do Registro Hospitalar de Câncer (RHC) apontam que, em 2021, 39% dos casos de câncer de mama foram diagnosticados nas fases avançadas da doença.

Ainda segundo as informações divulgadas pela Agência Minas, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que, neste ano, são esperados 7.670 novos casos de câncer de mama em pessoas do sexo feminino, em Minas Gerais, com a taxa bruta de 69,80 casos novos por 100 mil mulheres.

Atualmente, o SUS oferece exames diagnósticos e o tratamento para o câncer de mama de forma gratuita. A Unidade Básica de Saúde (UBS) deve acolher e orientar a paciente de acordo com o caso.

Dados extraídos do Sistema de Informações de Câncer (Siscan), em junho de 2023, apontam que entre os anos de 2019 e 2023, 1.650.407 mulheres realizaram o exame de mamografia em Minas Gerais. Em 2022, foram feitos 423.333 exames e, de janeiro a junho de 2023, foram 176.966.

O câncer de mama é raro em mulheres jovens e sua incidência aumenta com a idade, principalmente a partir dos 50 anos. Os homens também podem desenvolver a doença, mas, a estimativa é que a incidência nesse grupo representa apenas 1% de todos os casos, de acordo com o Inca.

O tratamento do câncer de mama e do câncer do colo do útero é feito pelo SUS, que realiza radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e tratamento com anticorpos e cirurgias como mastectomias, cirurgias conservadoras e reconstrução mamária. O tratamento é feito por meio de uma ou várias modalidades combinadas.

Para reunião na Assembleia nesta quarta-feira, já confirmaram presença o vice-presidente da Associação Médica de Minas Gerais, Gabriel de Almeida Silva Júnior; a presidente do Grupo Pérolas de Minas – Grupo de Apoio a Mulheres com Câncer de Mama, Maria Luiza de Oliveira; e o presidente da Ação Solidária às Pessoas com Câncer, Marcelo Luiz Pedroso.

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