
O Ministério da Saúde regularizou a entrega do medicamento Trastuzumabe, usado no tratamento de câncer de mama. Em setembro, o Hospital Regional do Câncer de Passos e a Santa Casa de Passos emitiram comunicado conjunto informando sobre o atraso no envio, pelo Governo Federal, da medicação, que deveria ser entregue via Secretaria de Estado de Saúde. O texto informava que o HRC vinha cobrando, desde julho, a regularização do fornecimento da medicação.
Linha do tempo
Dia 10 de julho, o HRC solicitou 220 frascos de Trastuzumabe para tratar 69 pacientes que já estavam em tratamento contínuo com a medicação. No entanto, apenas 84 frascos foram liberados pela Secretaria Estadual de Saúde, uma quantidade insuficiente para atender a todos os pacientes que dependem desse medicamento essencial. Posteriormente, em 09 de agosto, o hospital fez uma nova solicitação, desta vez para 300 frascos, mas nenhuma quantidade do medicamento foi liberada.
Novos pacientes
No decorrer do mês de agosto e início setembro de 2023 houve a indicação de outras 10 mulheres, totalizando 79 pacientes que dependem do Trastuzumabe, seja para manter seus tratamentos em andamento ou para começar a tratar casos novos. Essa situação, citava o comunicado, “coloca em evidência a urgente necessidade de uma solução para garantir o fornecimento constante e adequado desse medicamento fundamental para o enfrentamento contra o câncer de mama.”
Ressarcimento
Para evitar a interrupção do tratamento de pacientes que já haviam iniciado o uso do Trastuzumabe, a Santa Casa de Passos assumiu os custos. A instituição desembolsou R$ 330.995,80 para adquirir 228 frascos que foram utilizados para garantir que os pacientes continuem a receber o remédio. A assessoria de imprensa do hospital informou, na última quarta-feira (01/11), que o ressarcimento dos valores gastos ainda está sendo negociado.
Outro lado
Em setembro, o Ministério da Saúde informou que das 19.396 unidades do Trastuzumabe previstas para o 3º trimestre de 2023, apenas 4,9 mil unidades foram entregues a Minas Gerais. Também comunicou que um pedido de antecipação da próxima entrega tinha sido feito ao laboratório, que estava atento ao cumprimento dos prazos contratuais e ao cronograma de abastecimento de medicamentos e que iria repassar as doses que faltam a Minas Gerais no prazo. O Ministério não justificou o motivo do atraso da entrega pelo laboratório.
Já a Secretaria de Estado de Saúde informou que sobre alguns medicamentos oncológicos, como o caso do Trastuzumabe, o Ministério da Saúde assumiu a aquisição centralizada e distribui esse item trimestralmente aos estados, e que a SES faz apenas a logística de distribuição. (Verboaria)