
Uma mulher, de 29 anos, e o filho dela, de apenas 1 ano, foram encontrados mortos dentro da casa onde moravam, em Alterosa, no Sul de Minas, na última terça-feira (20). Os corpos, que estavam em estado avançado de decomposição, foram encontrados pela mãe da vítima, de 57 anos.
As vítimas foram identificadas como Emille Ianca dos Santos Silva e Ícaro Bernardo da Silva.
Segundo a Polícia Militar, a mãe da vítima contou que não tinha contato com a filha haviam quatro dias, mas não estranhou a ausência porque a filha tinha o costume de ir até a cidade vizinha de Conceição Aparecida, onde residia o namorado dela.
Na terça-feira, entretanto, funcionários do Centro de Referência em Assistência Social entraram em contato com a mulher, alegando que não conseguiam falar com sua filha e pedindo que ela tentasse localizá-la. A mulher então foi até a casa da filha e encontrou o portão aberto. Ao entrar no quintal, percebeu que a casa estava fechada e sentiu um forte odor.
Ela conseguiu abrir uma janela da casa e percebeu que o mau cheiro estava ainda mais forte e que a residência estava cheia de moscas. Em seguida, conseguiu se apoiar em uma porta de guarda-roupa para visualizar o interior do imóvel e se deparou com o corpo da filha. Desesperada, saiu gritando por socorro na rua.
Um vizinho ouviu os gritos e arrombou a porta da cozinha, pensando que o filho da mulher ainda pudesse estar vivo. Mas se deparou com o corpo da criança ao lado do da mãe e acionou a PM imediatamente. Os militares conversaram com vizinhos, que negaram ter visto ou ouvido qualquer atitude suspeita no local.
Um primo da vítima contou que a familiar foi vista no último sábado (17) com o namorado em um bar. O homem teria ido ao comércio para quitar uma dívida da companheira. O parente relatou que, em data anterior, o homem teria agredido sua prima. Ele também revelou que, no último mês, o companheiro da vítima descobriu que não era o pai da criança de 1 ano.
Segundo relato do primo, o homem teria pedido que a vítima não revelasse o resultado para as pessoas, mas ela teria se negado e contado à família sobre a verdadeira paternidade do filho.
Conforme a PM, os corpos estavam dentro de um quarto, sobre um colchão e cobertos com cobertores. O corpo da mulher tinha sobre ele uma televisão de tubo. Mesmo em estado avançado de decomposição, a suspeita inicial é que as vítimas tenham sido mortas com um objeto cortante.
A perícia da Polícia Civil (PCMG) esteve no local e verificou que os corpos aparentavam estar ali havia pelo menos três dias. A mulher tinha uma calça amarrada na região do tórax, mas não era possível confirmar se ela estava enrolada no pescoço. Os corpos foram liberados para uma funerária local. O caso será investigado.