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VÍDEO | Padre de MG celebra missa em Libras e mostra o que é inclusão

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VÍDEO | Padre de MG celebra missa em Libras e mostra o que é inclusão - Foto: reprodução
VÍDEO | Padre de MG celebra missa em Libras e mostra o que é inclusão – Foto: reprodução

Inclusão é a palavra de ordem desse padre, que usa Libras durante a missa para aproximar fiéis surdos da Igreja da Católica. As celebrações na língua de sinais são um incentivo para outros religiosos e para que mais pessoas com deficiência auditiva consigam se sentir à vontade na igreja.

O padre Wagner Douglas Gomes de Souza é da Pastoral do Surdo da Arquidiocese de Belo Horizonte (MG).  É um dos mais atuantes. A missa dele em Libras marca o início das celebrações de Santo Antônio, São João Batista e São Pedro. (Confira o vídeo aqui)

“A forma de evangelização é a mesma, mas tudo gira em torno da língua de sinais. Assim, eles podem conhecer a Palavra de Deus, receber os sacramentos e participar da vida na Igreja”, disse o religioso.

Inclusão com afeto e fé

Para o padre Wagner Douglas, a missa celebrada em Libras é a prática do que a Bíblia ensina.

Segundo o padre, o desconhecimento da comunicação própria dos surdos aumenta o preconceito e a exclusão: “Acredito que a língua de sinais é uma forma de contato entre o surdo e o ouvinte”.

A ideia de se comunicar em Libras na igreja começou em 1992 para estimular mais pessoas no aprendizado da língua de sinais e fazer a inclusão dos surdos acontecer de forma plena.

Número de surdos no Brasil

Estima-se que o Brasil tenha 10 milhões de pessoas com deficiência auditiva. Isso equivale a 5% da população. Desse total, 2,7 milhões têm surdez profunda, ou seja, não ouvem absolutamente nada. 

Incentivo a mais intérpretes

A Pastoral dos Surdos auxilia na formação de intérpretes na língua de sinais.  São necessários dois anos para que se adquira fluência na interpretação dos sinais, segundo padre Wagner.

Segundo o sacerdote, o ideal é aprender Libras e conviver com surdos.

“O próprio surdo é o melhor agente para este ensino, para esta partilha. Quando proporcionamos a eles um espaço para este ensino, o objetivo é melhor atingido”, disse.

É por este motivo também que “deficiente auditivo” não é a maneira correta para se referir aos surdos.

“Para o surdo é muito significativo que ele assimile e assuma sua pessoa. O surdo tem que assumir a sua identidade como surdo. A pessoa com deficiência auditiva tem outros graus, fala a língua portuguesa. O surdo assume a língua de sinais como sua língua-mãe”, ensinou o padre à Pastoral do Surdo.

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