
A cada dia que passa o lago de Furnas pede socorro, o “mar de Minas” está secando. Em algumas regiões banhadas pelo lago o nível da água desceu tanto que apareceram estruturas inundadas há mais de 60 anos. A represa tem atualmente menos de 20% do volume útil. Em alguns pontos, o recuo da água foi de mais de 10 quilômetros. A vegetação toma de áreas onde não parecia haver água por ali. O que resta nesses locais onde a água desapareceu são ribeirões de água cristalina de antes da barragem de Furnas. Cursos d’água que alimentam a represa e a esperança que esse local possa ser tomado pelas águas novamente.
Em Carmo do Rio Claro em um dos principais pontos turísticos, o aterro Santa Quitéria que é rodeado de pousadas, restaurantes e pescadores está cada vez mais em alerta com a seca do lago. Fica a pergunta no ar porque o lago está desaparecendo dia após dia? Cade as autoridades para lutar pelo o que é de Minas e do povo?! Enquanto as cidades banhadas pelo “mar de Minas” protestam e pedem socorro, corre na Assembleia Legislativa do Estado uma Proposta de Emenda Constitucional, a PEC 52/20, que prevê o tombamento do Lago de Furnas como patrimônio natural e define que ele permaneça com a cota mínima de 762 metros, abrangendo 34 municípios do sul e centro-oeste mineiro.
A aprovação dessa PEC, com a consequente manutenção da conta de 762 metros, permitirá que o lago seja utilizando, sem prejuízo da geração de energia, em atividades de agricultura e piscicultura, além de ampliar, com quer a região, o turismo náutico – com o apoio sem dúvida da Capitania dos Portos de Minas Gerais, sediada em Belo Horizonte. Veja abaixo no vídeo a situação da seca no aterro Santa Quitéria em Carmo do Rio Claro.
Via: Portal Onda Sul.