Jornal Folha Regional

Inadimplência cresce e atinge 6,4 milhões de pessoas em Minas, um recorde

Compartilhe:

O número de cidadãos inadimplentes em Minas Gerais chegou ao maior índice da história em julho. Levantamento feito pela Serasa Experian contabilizou 6,4 milhões de mineiros com o nome negativado no início do segundo semestre. O montante já representa 30% da população total do Estado, estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) em 21,4 milhões de habitantes. 

Se considerada somente a população adulta, 38,7% das pessoas acima de 18 anos no Estado estão com pendências financeiras. O percentual também é o maior da história. Ao todo, de acordo com o estudo, são 6.457.021 endividados que somam R$ 25,6 milhões em débitos atrasados. O valor médio da dívida por cidadão em Minas é de R$ 3.974,76. 

Na análise dos dados nacionais, o Brasil atualmente contabilizou em julho 67,6 milhões de pessoas inadimplentes, o maior índice desde 2016, segundo a Serasa Experian. Atualmente, 41,8% da população adulta no Brasil está com o nome negativado, afirma o estudo. A maior parte de pessoas que estão endividadas integra a faixa de 26 a 40 anos, segundo a Serasa. 

O setor que lidera o ranking de clientes negativados é o de bancos e cartões com 28,6% do total. Em seguida aparecem: utilities, que compila contas básicas como água, gás e energia (22,2%), financeiras (13,7%), varejo (12,4%), serviços (10,1%), telefonia (6,8%) e securitizadoras (2,1%).

“Os recordes consecutivos de inadimplência do país refletem a alta da taxa básica de juros e a inflação ainda elevada, que impactam a realidade financeira dos brasileiros”, afirma o  economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.

Limpa nome 

Conforme a Serasa, o mutirão Limpa Nome, feito pela empresa, pode ser uma oportunidade para auxiliar quem está com as contas no vermelho. A iniciativa permite a negociação de dívidas com até 90% de desconto e possibilidade de parcelamento em 36 vezes sem juros. 

Segundo Aline Maciel, gerente do Serasa Limpa Nome, a solução conta com o apoio de empresas para possibilitar a recuperação do poder de compra dos brasileiros sem impactar a renda mensal. “Quando um inadimplente renegocia o débito, a dívida sai do seu nome logo após pagar a primeira parcela, o que o auxilia a retomar crédito”, explica Aline. “A ação foi a maneira que as empresas envolvidas encontraram para conter a alta da inadimplência”, complementa. Em julho, a Serasa concedeu mais de R$ 3,5 bilhões em descontos nas negociações realizadas pelo Serasa Limpa Nome. 

Para auxiliar os consumidores a saírem do vermelho, a companhia, junto a empresas parceiras, disponibilizou mais de 23 milhões de dívidas para negociação de até R$ 100 e mais de 68 milhões até R$ 1.000. As mulheres foram as que mais utilizaram o serviço de renegociação da Serasa, representando 54% do total.

“Com a previsão de que este cenário ainda leve algum tempo para estabilizar, ações como a do Serasa Limpa Nome se fazem imprescindíveis. O consumidor que quiser, ainda, contar com outros recursos para sair do vermelho pode verificar, por exemplo, a possibilidade de utilizar o aumento do Auxílio Brasil, que passa de R$ 400 para R$ 600 por mês até dezembro deste ano”, acrescenta o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.

Compartilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Receber notificações de Jornal Folha Regional Sim Não
Jornal Folha Regional
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.