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Catar proíbe venda de álcool nos estádios da Copa

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Após um acordo com o Catar que havia liberado a cerveja nos estádios da Copa do Mundo de 2022, a Fifa anunciou nesta sexta-feira (18) a revogação da decisão e o banimento da venda de bebidas alcoólicas no entorno e dentro dos estádios, a apenas dois dias do início da Copa do Mundo.

“Após discussões com o país-sede e a Fifa, foi tomada a decisão de que as bebidas alcoólicas serão vendidas apenas nas ‘fan zones’ e nos pontos autorizados e licenciados para isso, e não no perímetro dos estádios”, afirmou a Fifa em comunicado.

Não foi citada a razão para a decisão surpresa, mas relatos da mídia afirmam que teria havido uma intervenção da família governante do Catar.

A medida deve impactar o acordo da Fifa com a fabricante de cerveja AB InBev, detentora da marca Budweiser e patrocinadora da Copa. A distribuidora oficial de cerveja durante o torneio agora só poderá vender nos estádios sua versão sem álcool.

A multinacional belgo-brasileira AB InBev paga dezenas de milhões de dólares em cada Copa do Mundo pelos direitos exclusivos de venda de cerveja e já despachou a maior parte de seu estoque do Reino Unido para o Catar, na expectativa de vender seu produto a milhões de torcedores. A parceria da empresa com a Fifa começou no Mundial de 1986, e há negociações em andamento para renovar o contrato para a próxima Copa do Mundo.

Comércio restrito

O Catar é um país onde o comércio de álcool é bastante restrito, limitado a alguns hotéis. Durante a Copa, essa regra foi flexibilizada, mas ainda não é possível comprar álcool nos supermercados. Além disso, bebidas alcoólicas são comercializadas a preços altos, com um litro de cerveja com preço acima de R$ 70 e um copo de uísque acima de R$ 220.

Durante o torneio, foram programados “happy hours” em hotéis, ‘fan zones’ e estádios, e foi permitida a venda de bebidas alcoólicas, embora com restrições, para que as pessoas não possam comprar mais de duas cervejas ao mesmo tempo.

Quando o Catar lançou sua candidatura para sediar a Copa do Mundo, o país havia concordado com as exigências da Fifa de vender álcool nos estádios e novamente ao assinar contratos após vencer a votação em 2010. Na Copa do Mundo de 2014 no Brasil, o país-sede foi obrigado a mudar uma lei para permitir a venda de álcool em estádios.

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