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Profissionais da enfermagem ameaçam parar atividades no dia 10 de março se lei do Piso Salarial não for cumprida

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Enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares e parteiras ameaçam entrar em greve, e já marcaram uma paralisação nacional no dia 14 de fevereiro, caso a lei que estabelece o Piso Nacional da Enfermagem não se concretize e o reajuste da categoria não seja depositado no contracheque dos profissionais.

A convocação da greve visa pressionar o governo e autoridades para a implementação imediata do piso.

Na segunda-feira (30), o Fórum Nacional da Enfermagem se reuniu com representantes do Ministério da Saúde, que se comprometeu, falando em nome do governo federal, que até quinta-feira (2) os termos de uma minuta de Medida Provisória que ordene o pagamento do novo piso, estaria pronta.

“E se até o dia 10 de março, não tiver tudo resolvido para o piso salarial digno chegar no contracheque da enfermagem brasileira, a enfermagem vai parar”, afirmou a coordenadora do Fórum Nacional da Enfermagem, Líbia Bellusci, após a reunião.

“Nós colocamos a resposta que o Ministério da Saúde e o Governo merecem: dia 14 de fevereiro a enfermagem brasileira vai mostrar a sua força nas ruas”, declarou Bellusci.

Conforme o representante do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Gilney Guerra, “a Enfermagem está angustiada, se sente desvalorizada, vê a questão do Piso como uma novela interminável”.

Para ele, a categoria precisa de um “cronograma” que dê alguma perspectiva. “O prazo para acontecer é este, só assim será possível passar tranquilidade”, afirmou Gilney.

Presente à reunião ao lado de outros parlamentares que participaram, na Câmara, dos processos para a elaboração do arcabouço legal que viabilizou a regulamentação do piso e estabeleceu suas fontes de custeio, a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB/RJ) ponderou que acredita que “nós teremos essa solução à mão para que a gente não precise chegar no dia 10”.

“Tudo o que nós não queremos é que a gente precise chegar numa greve neste momento, porque nós defendemos o SUS, defendemos a enfermagem brasileira e nós queremos a solução”, disse a deputada.

O impasse orçamentário para a aplicação do piso salarial da enfermagem vem sendo debatido desde antes da suspensão da lei no Supremo Tribunal Federal (STF), por esse mesmo motivo e, mesmo que desde a campanha eleitoral a atual gestão tenha se comprometido a “pagar o mais rápido possível”, a questão ainda encontra obstáculos orçamentários, haja visto a fala dos representantes do Ministério da Saúde durante a reunião, afirmando que ainda não havia espaço dentro do orçamento próprio do ministério para honrar os pagamentos e que mais Ministérios e a Casa Civil deveriam entrar nas discussões antes que fossem dados os próximos passos, o que indignou os representantes da categoria presentes.

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