
Já imaginou um queijo de 30 quilos e quanto ele pode custar? Um grupo de amigos de São Roque de Minas, na Serra da Canastra, se uniu e, juntos, produziram no início de maio, o maior queijo do tipo Canastra já visto na região.
Com um peso impressionante, a iguaria foi produzida com 300 litros de leite e muita habilidade dos produtores. A ideia agora é vender a peça e doar o valor para instituições do município.
A produtora Maria Lúcia Oliveira contou que a ideia partiu de um amigo, Jordane Macedo, que é produtor de eventos. A iniciativa foi uma forma de estudar o comportamento do queijo durante a maturação que deve durar 180 dias, a partir de agora. Um processo cuidadosamente monitorado pelos produtores.
“O queijo segue em maturação agora, um processo demorado que precisa ser monitorado. Essa produção foi pensada justamente para dar visibilidade ao nosso produto e também os produtores”, contou Lúcia.
A produção durou cinco dias. A parte mais trabalhosa, como contou Lúcia, foi na hora de virar o queijo.
“Ele é muito pesado, então tivemos que unir forças para virar e nós conseguimos”, destacou.
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Venda da peça e doação em dinheiro
Após a maturação de seis meses, eles planejam vender a peça e doar todo o dinheiro arrecadado a duas instituições da cidade, o asilo José Morais de Oliveira e o Lar Maria Nolvinha da Costa. Ainda sem ideia do valor, eles calculam uma média de R$ 3 mil, já que cada peça de um quilo custa em média R$ 100.
” É uma forma de valorizar a cultura local e também colaborar com essas instituições. Ainda não temos ideia de como vamos vender, se será na queijaria ou mesmo pela internet. O valor médio é de fato acima de R$ 3 mil” , afirmou.
A produção de queijo Canastra é uma atividade importante para a economia local. Muitas famílias dependem dela para sobreviver. Além disso, a iguaria é conhecida nacional e internacionalmente pela qualidade e sabor únicos.
Agora o grupo de produtores já planeja produzir um queijo ainda maior. Uma ação que vai envolver ainda mais dedicação dos produtores locais, que não têm limites quando se trata de preservar e inovar a cultura gastronômica da região.