
O amor pode ser expresso em diversas maneiras: carinho, cuidado e até vulnerabilidade. Quando esse sentimento encontra a fotografia, algo mágico acontece. Cada toque é único e revela intimidades que só a cumplicidade de uma vida inteira proporciona.
Juntos há 73 anos, a conexão entre um casal de Congonhal (MG) foi registrada em um ensaio de fotos repleto de amor. Ana e Augusto de Melo não escondem o que sentem. Em gestos e detalhes, contam a história que transcende o tempo, um amor verdadeiro que supera décadas.
A sessão de fotos foi um convite da fotógrafa Bruna Matos que sempre observava os dois juntos pela cidade sul-mineira. Com a temática de amor, as imagens foram feitas no dia 5 de junho e retratam a relação duradoura do casal que comemora mais um dia dos namorados.
Amor de décadas
Ana Maria de Melo e José Augusto de Melo se conheceram quando crianças. Aos 21 anos, se casaram e assim são mais de 7 décadas juntos. Atualmente, ela tem 94 anos e ele 95.
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Quando perguntado sobre os desafios da vida juntos, Augusto responde que eles viveram muito bem. Durante esses anos, poucas coisas ‘desarranjaram’ o casal. Ele ainda conta que se houve alguma discussão, não foi nada grave. Afinal, para ele, “foi tudo festa, não teve parte ruim”.
“O segredo eu acho que é gostar um do outro e cuidar. Não fazer conta de pouca coisa. Porque pouca coisa acontece, mas não houve nada grave. Então a vida foi benção. Foi muita benção”, conta Augusto.
Vida a dois
Sintonia é o que não falta entre os dois. Eles casaram no dia 14 de janeiro de 1950 e não se largaram mais. Mesmo após setenta anos, a rotina é conjunta e a proximidade entre Ana e Augusto só cresce a cada dia.
“Eles têm uma vida normal. Sempre estão juntos, fazem tudo, dormem, assistem televisão. É tudo junto, ‘maior’ belezinha”, conta a filha do casal, Zaira de Melo.
Nem a pandemia foi capaz de separar o casal que fazia parte do grupo de risco. Em 2020, o seo Augusto acabou contraindo o vírus, mas dona Ana não. Mesmo sendo recomendado o isolamento dos infectados, ele não abriu mão de dormir ao lado da amada.
“Ele disse que não dormiu com ninguém que estava e pegou [Covid]. Por isso não ia dormir separado da mamãe (risos)”.
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Fotos e memórias
As fotos foram um convite de uma fotógrafa de Congonhal que sempre observava o casal pela cidade. Ela frequentemente os via, já que a Zaira, filha deles, mora na mesma rua em que ela.
“Sempre os via chegando na casa dela e achava muito bonitinhos eles sempre juntos”, conta Bruna Matos.
O tema proposto para o ensaio fotográfico foi ‘amor’. Próximo do dia dos namorados, eles mostraram muito desse sentimento que compartilham. A fotografia documental foi usada para registrar de forma espontânea a relação entre os dois e, assim, contar a história do casal.
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“Queria fazer um ensaio deles e mostrar uma história de amor que dura muitos anos. E para quem olha de fora e não os conhece é nítido o quanto se gostam, porque ele é muito carinhoso com ela”, relata.
Muita ternura estava envolvida entre o casal no dia das fotos, uma segunda-feira, 5 de junho. A fotógrafa conta que não foi difícil captar cada movimento entre os dois.
“Fazer as fotos foi muito descomplicado. […] Ela está com a cabecinha um pouco mais lenta, mas ele está bastante lúcido, contou várias histórias e ficou muito animado enquanto fazíamos o ensaio”, contou Bruna.
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Registro de amor
As fotografias agora são uma forma de voltar no tempo e relembrar cada sentimento compartilhado entre o casal. Ao sorrirem, Ana e Augusto ensinam que o amor é a força que nos mantém conectados à nossa essência mais profunda.
“A ideia era mostrar o que eu via: o afeto deles que sempre foi muito claro para mim no dia a dia”, disse a fotógrafa.
Afeto esse que Ana e Augusto compartilham em sua maior naturalidade diariamente. Juntos continuam construindo uma história intensa e duradoura que vale a pena ser vivida a dois.
As fotos do casal agora são reflexo de um amor tão bonito e compartilhado; agora, preservado para sempre nas imagens.
“A vida foi maravilhosa”, completa Augusto.
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