Os fiéis acolheram com os tradicionais lenços brancos a notícia da liquefação do sangue de São Januário, padroeiro da cidade de Nápoles, no sul da Itália.
A ampola com a relíquia foi exibida aos fiéis presentes dentro e fora do Duomo pelo arcebispo, Dom Domenico “Mimmo” Battaglia.
Desta vez, o sangue já chegou liquefeito ao altar e o prodígio teria acontecido às 9h54 da manhã da última terça-feira (19).
São Januário foi Bispo de Benevento e mártir da fé em 305, durante as perseguições de Diocleciano. Ao visitar os cristãos encarcerados, foi reconhecido, preso e degolado. Foi canonizado por Sisto V em 1586.
Em 432, por ocasião do traslado de suas relíquias de Pozzuoli para Nápoles, uma senhora entregou ao bispo local duas ampolas contendo o sangue coagulado de São Januário. Para confirmar a autenticidade do gesto da mulher, o sangue se liquefez.
Os fiéis aguardam o prodígio três vezes ao ano: no primeiro sábado de maio, em memória da primeira translação; em 19 de setembro, memória litúrgica do Santo e data do seu martírio; e em 16 de dezembro, para recordar a desastrosa erupção do Vesúvio, em 1631, bloqueada por intercessão do Santo.
Quando o milagre não ocorre, os fiéis ligam o fato a maus sinais. A última vez foi em 16 de dezembro de 2020, quando a Itália ainda sofria com a Covid-19 e as restrições da pandemia.
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