Uma mulher flagrou um vazamento de água dentro de um ônibus da Viação Expresso Gardênia que fazia a linha Passos (MG) até Belo Horizonte (MG).
Pelas imagens, é possível ver que uma “bica d’água” é formada e cai direto do ar condicionado no meio do corredor entre as poltronas.
O flagrante foi feito pela passageira Jaqueline Leite, que precisou do ônibus por motivos de trabalho na última quinta-feira (11). A passagem dela custou quase R$ 170.
“Logo que o ônibus saiu da rodoviária, eu já comecei a ver que estava pingando água em cima da minha cabeça. E mais para frente tava tipo caindo uma ducha na cabeça dos passageiros. Tava uma coisa assim horrível, não tinha condições de ninguém permanecer ali”, relatou.
Ainda segundo a passageira, ela até questionou a possível troca do ônibus, mas a informação no dia que ela recebeu é que não tinha outro veículo.
Com a situação, os ocupantes precisaram encontrar outros assentos para seguir viagem.
“De 30 em 30 minutos, despejava água nos corredores, molhando todo mundo que estava ali do lado. E foi horrível a viagem, foi muito tensa. Sorte que tinham poltronas vazias no fundo”, completou a passageira.
O que diz a empresa
A reportagem pediu informações para a Viação Expresso Gardenia, que informou que o problema aconteceu na carroceria do ônibus, na parte superior.
Segundo a empresa, o veículo tem drenos para escoar a água gerada pelo ar condicionado que eventualmente podem entupir com poeira e resíduos da própria água e, consequentemente, transbordar.
Assim que voltou de viagem, o ônibus teria passado pela manutenção de rotina. Ele foi recolhido para fazer a correção do vazamento.
Ainda segundo informado, realmente houve problema em duas poltronas, “mas o veículo tinha lugares para que os passageiros afetados seguissem a viagem com tranquilidade”.
Em análise
Em 23 de dezembro, o Governo de Minas deu início na análise de rescindir o contrato de concessão com a Gardênia. O pedido de rescisão foi feito pela Comissão de Transportes, Comunicação e Obras Públicas da Assembleia de Minas.
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Segundo a Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade do Estado, no ano passado, a empresa passou por 66 vistorias, que resultaram em 365 notificações de irregularidades a serem corrigidas. Em andamento, há processos administrativos e pedidos de correção de irregularidades nos serviços prestados.
A empresa, à época, disse que a pandemia impactou as finanças da empresa e houve redução de passageiros, o que levou à recuperação judicial. Disse ainda que iria cumprir o contrato de 30 anos com o Governo do Estado de Minas Gerais. (G1)