
Na última quarta-feira (10), o governador Romeu Zema disse que exigiu o envio imediato e com urgência à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) da lista completa dos servidores da Saúde que foram vacinados no Estado. O governador comentou em seu twitter as denúncias de que cerca de 500 servidores da Secretaria de Estado de Saúde (SES) teriam furado a fila da vacinação.
“Tudo deve ser esclarecido o mais rápido possível para prestação de contas e eventual punição de responsáveis. No mesmo sentido, determinei o envio imediato à Assembleia Legislativa da lista de todos os servidores da Secretaria de Saúde que foram vacinados”, afirmou Zema na publicação.
Também na quarta-feira, o secretário de Saúde Carlos Eduardo Amaral prestou esclarecimentos à parlamentares sobre a questão e sobre outros pontos ligados ao combate à pandemia no Estado. O chefe da Saúde sofreu fortes críticas dos deputados que, inclusive, recolheram assinaturas suficientes para a abertura de uma CPI para apurar o caso. Amaral foi criticado também por ter assumido aos parlamentares que recebeu a vacinação.
Questionado sobre uma possível vacinação do governador Romeu Zema, que não é de grupo prioritário, o governo negou por meio da assessoria.
“O governador Romeu Zema não foi vacinado. Ele aguardará a sua vez na fila de vacinação.”
A declaração vai de encontro com um vídeo publicado por Zema em uma de suas redes sociais no início de janeiro quando se iniciava a vacinação no país. Na ocasião, o governador garantiu que só iria vacinar quando chegasse sua vez.
“Quero deixar claro, que serei vacinado e usarei a vacina que estiver disponível, quando chegar a minha vez”, declarou Zema no vídeo.
Em outro vídeo, também de janeiro, o chefe do Executivo mineiro pede colaboração da população para que denunciem pessoas que estiverem furando a fila da vacinação.
“Você pode nos ajudar muito contra a prática dos fura filas na vacinação. Aqui em Minas a nossa ouvidoria e controladoria trabalham em parceria para combater o desrespeito na vacinação. Não deixe de denunciar”, pediu Zema na época.