Jornal Folha Regional

BDMG libera crédito de R$ 60 milhões para o setor do café na Safra 2023/2024

Os recursos do Plano Safra também já estão disponíveis para financiar projetos de silos, inovação e sustentabilidade

BDMG libera crédito de R$ 60 milhões para o setor do café na Safra 2023/2024 – Foto: Agência Minas

A Safra 2023/2024 já começou para o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). Nesta terça-feira (29), foram realizados os primeiros desembolsos com recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) em um total de R$ 60 milhões referentes a contratos de financiamento para o setor cafeeiro nas regiões Sul, Alto Paranaíba e Zona da Mata mineira.

Desde o último dia 21, empresas e cooperativas de produtores interessadas em financiar a comercialização, aquisição, capital de giro, armazenagem de grãos, inovação, entre outros, podem acessar os R$ 232,6 milhões destinados ao BDMG pelo Funcafé. Os recursos do Plano Safra, R$ 385 milhões, também já estão disponíveis para os clientes.

“Começamos, agora de forma oficial, a liberar os financiamentos do Funcafé, com o qual conseguimos garantir suporte a toda a cadeia produtiva do grão, um segmento de extrema importância para a economia do país”, diz Gabriel Viégas Neto, presidente do BDMG. “Nossa meta é repetir o desembolso de 100% desses recursos, pois sabemos de importância do crédito para a produção cafeeira”, completou.

Desde o ano safra 2018/2019, o BDMG desembolsa 100% dos recursos do Funcafé destinados ao banco. Além disso, de 2014 até agora são R$ 2 bilhões em crédito para a produção cafeeira por meio do Funcafé. No último período, encerrado em julho, os desembolsos do BDMG, que chegaram a R$ 264 milhões, financiaram a compra de 258 mil sacas de café. Quase 60% do total de recursos seguiu para o Sul de Minas, uma das principais regiões produtoras do estado.

Em 2022, a produção de café em Minas Gerais foi de 22 milhões de sacas, representando 43% da safra nacional. Para 2023, a estimativa é de 27,8 milhões de sacas, representando 50% da safra brasileira. O café é o principal produto das exportações mineiras, respondendo por quase 40% do volume.

Plano Safra

Já no Plano Safra, o BDMG disponibiliza R$ 385 milhões que também já podem ser contratados por empresas e cooperativas. Esse valor representa um aumento de 1.000% em relação ao período anterior. Esses recursos podem ser utilizados para financiar a construção de silos utilizados na armazenagem de grãos; a incorporação de inovação tecnológica nas propriedades rurais; apoio e fomento a setores de produção agropecuária; incremento à competitividade do complexo agroindustrial das cooperativas; capital de giro; e incentivo ao desenvolvimento da agropecuária irrigada sustentável, além da redução das emissões de gases de efeito estufa oriundas das atividades agropecuárias.

Nos últimos 12 meses, mais de um terço dos desembolsos do BDMG foi para o setor agro. Os recursos para financiamento seguem a lógica da economia estadual, com o agronegócio correspondendo a 22% do PIB mineiro no ano passado e a 36% das exportações totais de Minas Gerais nos sete primeiros meses de 2023.

Exportações do agronegócio mineiro alcançam US$ 5,8 bilhões no período de janeiro a maio

Exportações do agronegócio mineiro alcançam US$ 5,8 bilhões no período de janeiro a maio – Foto: reprodução

As exportações do agronegócio mineiro totalizaram US$ 5,8 bilhões no acumulado de janeiro a maio deste ano, com queda de 8,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. O volume embarcado alcançou 6,1 milhões de toneladas, registrando aumento de 10,5%. As vendas do setor agropecuário responderam por 35,6% das vendas de Minas ao mercado internacional. 

Em relação ao mês de maio, o valor exportado alcançou US$ 1,4 bilhão, com o embarque de 1,7 milhão de toneladas. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve queda de 6% nos preços e alta de 14% no volume embarcado. 

Na avaliação da assessora técnica da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) Manoela Teixeira, a retração da receita, no acumulado deste ano, ainda é reflexo da diminuição das vendas do café nos primeiros meses. “Como essa commodity é a que tem maior participação na comercialização da pauta do agronegócio mineiro, o seu desempenho acaba refletindo no resultado geral. Entretanto, são esperados bons resultados para esta safra nova. Analisando o comportamento mensal do preço do café, isoladamente, já houve recuperação de 17% entre maio e abril” explica. 

Mercados 

No período de janeiro a maio, 529 diferentes produtos do setor agropecuário mineiro foram enviados para 163 países. Os principais destinos foram a China (35%), Estados Unidos (9%), Alemanha (7%), Itália (4%) e Japão (3%). O preço médio dos produtos exportados foi negociado em torno de US$ 943,82 a tonelada.  

Exportações do agronegócio mineiro alcançam US$ 5,8 bilhões no período de janeiro a maio – Seapa / Divulgação

Café 

Líder das exportações do setor agropecuário mineiro, o café alcançou a receita de US$ 2,1 bilhões nos cinco primeiros meses do ano, com o embarque de 9,4 milhões de sacas. Os dados apontam queda de 26% no valor e 22% no volume. “A expectativa é de recuperação das vendas com o início da colheita de nova safra no país, além da janela de oportunidade que há com os estoques baixos do Vietnã”, avalia a assessora da Seapa Manoela Teixeira.  

Os principais compradores de café do estado foram Estados Unidos (US$ 399 milhões), Alemanha (US$ 345 milhões), Itália (US$ 203 milhões), Bélgica  (US$ 141 milhões) e Japão (US$ 115 milhões). 

Complexo Soja 

O complexo soja (grãos, farelo e óleo) obteve a receita de US$ 1,9 bilhão, com o embarque de 3,5 milhões de toneladas. O setor registrou crescimento de 3% no valor e 11% no volume. A soja em grãos, principal componente desse segmento, segue com bom ritmo de vendas, impulsionadas pelas compras da China, Tailândia, Irã, Argentina, Taiwan e Vietnã. 

Produtos Florestais 

As vendas externas de produtos florestais (celulose, madeira, papel e borracha) somaram US$ 514 milhões e 682 mil toneladas, com aumento de 50% na receita e de 8% no volume. O setor segue em ritmo acelerado de vendas, obtendo recordes, decorrentes, principalmente do desempenho da celulose. Os principais países compradores de produtos florestais de Minas Gerais foram China (US$ 217 milhões), Estados Unidos (US$ 62 milhões), Japão (US$ 61 milhões), Países Baixos (US$ 57 milhões) e Itália (US$ 47 milhões). 

Carnes 

O setor de carnes registrou US$ 500 milhões e 156 mil toneladas, representando 9% das vendas do agronegócio de Minas Gerais. O segmento de carne bovina seguiu com o cenário de desaceleração da demanda pelo mercado chinês, o que contribuiu para o recuo de 35% no valor e 21% do volume. 

Por outro lado, as carnes de frango, que representaram 31% das vendas do segmento, seguiram em alta, contabilizando US$ 156 milhões e 78 mil toneladas, com a valorização de 16% na receita e de 9% na quantidade vendida. 

A carne suína também obteve performance positiva, somando US$ 16 milhões e 7,7 mil toneladas, com aumento de 12% na receita e 5% no volume. 

Complexo Sucroalcooleiro 

O complexo sucroalcooleiro representou 8% das vendas do agronegócio mineiro. Açúcar, álcool e demais açucares renderam ao estado US$ 453 milhões. O bom resultado foi puxado, principalmente, pelo açúcar que representou 88% das vendas do setor, alcançando US$ 400 milhões. O bom resultado é reflexo da baixa oferta mundial. 

Mudança radical na temperatura trás frente fria para diversas regiões do Brasil

Do verão para o inverno em poucas horas, assim será a virada na temperatura com o avanço da frente fria no fim de semana

Mudança radical na temperatura trás frente fria para diversas regiões do Brasil – Foto: Divulgação

No fim de semana a frente fria associada a uma massa de ar frio provoca mudança radical na temperatura. Um sistema de alta pressão atmosférica, massa de ar seco e frio, de trajetória continental se desloca logo atrás desse sistema. O impacto mais forte e amplo do ar frio ocorrerá a partir de domingo.

No sábado o tempo seguirá abafado em cidades do Centro, Norte e em parte do Leste no Rio Grande do Sul. Com a chegada da instabilidade ao Estado haverá contrastes pelo território gaúcho. Enquanto que o Norte/Noroeste e vales terão máximas ao redor de 25 a 27°C, no Sul e na Campanha a temperatura começa a mudar com temperatura ao redor de 15°C à tarde.

Nesse ínterim a temperatura mínima irá ocorrer no turno da noite entre a Zona Sul a Campanha. Cidades como Bagé, Aceguá, Jaguarão, Pelotas terão a mínima invertida; enquanto que o normal é o dia começar mais frio e depois esquentar, irá ocorrer o inverso. Na madrugada de sábado a temperatura estará ao redor de 17°C, a tarde 15°C e a noite 12°C.

Como resultado, o sábado tende a ser chuvoso e frio em áreas mais próximas a fronteira com o Uruguai. O vento que irá ingressar do quadrante Sul poderá acentuar a sensação de frio.

Por outro lado, o domingo irá marcar a grande virada na temperatura no Estado todo, com previsão de sensação de frio o dia inteiro. Dois aspectos são importantes nessa virada: o primeiro é a grande virada na máxima de sábado para domingo e o segundo é a tendência de esfriar muito da tarde para a noite.

Em algumas cidades a virada na temperatura poderá ficar ao redor de 15°C comparando as tardes de sábado e de domingo. No Noroeste gaúcho mesmo, a máxima no sábado poderá atingir 27°C enquanto que na tarde de domingo a temperatura não passará de 14°C. Em Caxias do Sul, na serra gaúcha, a temperatura irá alcançar 24°C na tarde de sábado e apenas 10°C no domingo.

Em Porto Alegre e região metropolitana o sábado terá máxima de 27°C e no domingo a tarde a temperatura deverá oscilar ao redor de 15°C. Com o tempo instável com chuva e vento a sensação térmica será ainda menor.

Além disso, o mais impactante será a forma com que o ingresso do ar gelado do quadrante Sul irá derrubar a temperatura ao longo do dia. Na sequencia de mapas abaixo da previsão de temperatura na madrugada, tarde e a noite de domingo fica fácil entender como o frio irá aumentar muito da tarde para a noite em todo o território gaúcho.

A projeção do modelo europeu é que a temperatura ficará abaixo de 10°C em grande parte do dia em cidades da Campanha, Zona Sul e serra gaúcha. A sensação de frio nessas áreas será intensa, com tempo seco e sol na Metade Sul e tempo chuvoso do Centro para o Norte.

No final da noite de domingo, a temperatura irá baixar os 10°C em grande parte do território gaúcho, com marcas inferiores a 5°C na Metade Sul. Entre Santa Maria, Santana do Livramento, Aceguá, Jaguarão, Caçapava do Sul e Encruzilhada do Sul a noite de domingo poderá terminar com marcas entre 2 e 4°C.

Abertura da Safra Mineira de Café: governador de Minas e Ministro da Agricultura confirmam presença no evento

Pela primeira vez, as Regiões Cafeicultoras de Minas: Região do Cerrado Mineiro, Caparaó, Campo das Vertentes, Chapada de Minas, Região das Matas de Minas, Mantiqueira de Minas e Sul de Minas, se reúnem para a Abertura da Safra Mineira de Café, que acontece no dia 1º de junho, às 9h, na Coocacer em Araguari (MG).

Com presença confirmada do Governador Romeu Zema e do Ministro da Agricultura Carlos Fávaro, a Abertura Safra Mineira de Café entra na reta final de preparativos para receber mais de 600 representantes do setor, entre produtores rurais, empresários, estudantes e autoridades políticas das 55 cidades que compõem a Região do Cerrado Mineiro.

Uma mega estrutura repleta de atrações estará à espera dos participantes. Uma delas é o Espaço Casa de Café Cerrado Mineiro, um espaço aconchegante onde serão servidos cafés das regiões cafeicultoras de Minas Gerais para degustação.

Nesse espaço, o movimento “Elas no Café” juntamente com cafeicultores convidados, apresentarão cafés com o selo da Denominação de Origem da Região do Cerrado Mineiro, além de produtos mineiros artesanais como queijos e doces à venda.

E não para por aí: as pinturas do artista Júlio Monteiro são uma verdadeira declaração de amor ao Cerrado, e terão destaque garantido no evento. Em painéis de LED espalhados por diferentes ambientes, os visitantes poderão acompanhar a história vibrante da cafeicultura da Região do Cerrado Mineiro.

As atrações contemplam os cinco sentidos: paladar, olfato, tato, visão e audição. É por isso que a música ficará sob o comando do Conservatório Estadual de Música e Centro Interescolar de Artes Raul Belém, de Araguari.

Parcerias para fortalecimento da cafeicultura

A ação, inédita na cafeicultura mineira integra as regiões produtoras de café do estado, conecta a cadeia produtiva do café e fortalece a atividade, valorizando os esforços que promovem desenvolvimento e crescimento nos municípios em que a cultura está inserida, tornando o momento da colheita ainda mais singular.

O evento, que é uma realização da Região do Cerrado Mineiro, Prefeitura Municipal de Araguari e Ademinas, conta com patrocinadores e apoiadores que acreditaram na importância do evento. São eles: LD Celulose como Patrocinador Master; Sicoob Aracoop, Imepac Centro Universitário; Fuerza Segurança Privada e Sicoob Aracredi como patrocinadores Diamante; Coocacer Araguari, Nucooffe Syngeta Syngenta e Timac Agro como patrocinadores Ouro. O apoio governamental desta iniciativa conta com Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Governo de Minas Gerais, Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Deputado Federal Zé Vitor e Deputado Estadual Raul Belém. Apoiam de forma institucional o evento: Sebrae, Conab, Emater, Sistema OCB, Sistema OCEMG e Conselho Nacional do Café (CNC). O apoio cultural ficou a cargo da FAEC e do Conservatório Estadual e Centro Interescolar de Artes Raul Belém, de Araguari.

SOBRE O EVENTO

A abertura da Safra Mineira de Café é uma idealização da Coocacer, cujo evento encontrou na visão arrojada do Deputado Federal Zé Vitor, caminhos para ter a ideia inicial ampliada e expandida somando-se à atitude visionária da Região do Cerrado Mineiro, liderada por Francisco Sergio de Assis e Gláucio de Castro; da Prefeitura Municipal de Araguari, por meio Prefeito Renato Carvalho, em parceria com a Ademinas – Agência de Desenvolvimento de Minas Gerais para ser uma realidade. Acesse o site do evento e saiba mais: https://www.saframineiradecafe.com.br/

Associação dos Cafeicultores do Sudoeste de Minas e Sebrae lançam marca território para valorizar a origem produtora

Iniciativa envolve 21 municípios em uma estratégia para fortalecer a identidade territorial, gerar valor para o café e estimular o desenvolvimento da região

O Sudoeste de Minas Gerais responde atualmente por 10% da produção de café em todo o estado. Anualmente, quase 12 mil propriedades rurais da região, composta por 21 municípios e com população total de 480 mil habitantes, colhem 2,6 milhões de sacas de 60 kg em 178.530 mil hectares de área plantada, conforme dados de um levantamento da Emater. Para aumentar a competitividade da atividade cafeeira, a Associação dos Cafeicultores do Sudoeste de Minas e o Sebrae Minas lançam, no dia 30 de maio, às 19h30, em Guaxupé, a marca território da região.

A iniciativa faz parte de uma estratégia de reposicionamento do Sudoeste no mercado global do café, por meio da valorização da origem produtora. Além do lançamento da marca, os produtores apresentarão à comunidade e ao mercado o planejamento para fortalecer a identidade regional, contribuir para o desenvolvimento sustentável da cafeicultura e viabilizar a inserção competitiva dos produtores no mercado global.

“A nova marca expressa a identidade, os valores, as crenças e atitudes dos produtores do Sudoeste de Minas, que se somam para garantir ao mercado um café diferenciado e único. Ela dará suporte aos planos estratégico, operacional e tático que serão direcionados por ações relacionadas ao desenvolvimento da governança, marketing, estruturação do sistema de origem controlada, engajamento dos produtores e empresas e disseminação de conhecimentos e tecnologias”, explica o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva.

Apoio ao setor cafeeiro

A criação do branding da Região Sudoeste de Minas representa um passo decisivo para que os produtores avancem nos trabalhos de organização e desenvolvimento do setor. Essa construção coletiva vem sendo feita há três anos, quando o Sebrae começou um trabalho junto a um grupo de produtores da região. Diversas propriedades rurais do território são assistidas pelo Educampo, programa criado em 1997 e importante ferramenta de gestão da atividade cafeeira.

A primeira iniciativa foi a realização de um diagnóstico de avaliação do potencial de Indicação Geográfica (IG), instrumento legal que assegura a exclusividade do uso do nome geográfico por produtores e empresas do território. As IGs identificam um produto pela sua origem, agregam valor e ampliam o acesso a mercados específicos.

Em julho do ano passado, a Associação solicitou ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) o reconhecimento de Marca Coletiva Sudoeste de Minas, que visa diferenciar um produto ou um serviço oferecido por membros de uma entidade coletiva daqueles de seus concorrentes. Ainda em 2022, a entidade deu entrada no INPI no pedido de Indicação Geográfica, na modalidade Indicação de Procedência (IP) Sudoeste de Minas.

A IP consiste no nome geográfico que se torne conhecido como centro de extração, produção ou fabricação de determinado produto ou de prestação de determinado serviço. Ou seja, regiões que possuam reputação positiva na oferta de determinado bem ou serviço.

A Associação dos Cafeicultores do Sudoeste de Minas, constituída em 2021, reúne atualmente 56 associados e, a partir do lançamento, buscará mobilizar um número crescente de produtores para se unirem à entidade e somar forças para aumentar a sustentabilidade e a competitividade da cafeicultura na região.

Região Sudoeste de Minas

O café é um importante produto para a economia dos 21 municípios que fazem parte da região: Arceburgo, Alpinópolis, Alterosa, Bom Jesus da Penha, Botelhos, Cabo Verde, Carmo do Rio Claro, Conceição de Aparecida, Fortaleza de Minas, Guaranésia, Guaxupé, Itamogi, Jacuí, Juruaia, Monte Belo, Monte Santo de Minas, Muzambinho, Nova Resende, Passos, São Pedro da União e São Sebastião do Paraíso.

A vegetação predominante no Sudoeste de Minas é o de florestas tropicais da Mata Atlântica, com altitudes de 1.250 metros e temperaturas anuais entre 5C° e 28°C. A pluviosidade média no local é de 1.350 mm na região, suficiente para o desenvolvimento da cafeicultura de alta qualidade.

A atividade é uma grande empregadora de mão de obra familiar nesse território, e se destaca pela atuação de produtores que estão na segunda ou terceira geração dos negócios, além da expressiva participação de mulheres na administração das fazendas.

Segundo o presidente da Associação dos Cafeicultores do Sudoeste de Minas, Fernando Barbosa, a marca território se torna fundamental para que a região ganhe protagonismo e fique ainda mais competitiva na atividade cafeeira: “A marca expressa um reconhecimento à região, que tem suas características, valores e cultura. Defendemos uma cafeicultura sustentável e consciente e percebemos que o mercado está cada vez mais atento aos produtos de qualidade. Por isso, essa iniciativa é importante para fortalecer a identidade e a origem do território, valorizar o trabalho dos produtores e buscar oportunidades de negócios”.

A Região Sudoeste de Minas se soma ao Cerrado Mineiro e a outros territórios como locais genuínos de produção cafeeira no estado. De 2010 a 2020, a produção cafeeira local cresceu 34%, saltando de 3,25 milhões de sacas em 2010 para 4,37 milhões de sacas em 2020. No mesmo período, a produtividade da cafeicultura brasileira cresceu 27%. O valor bruto da produção na região na safra 2020-2021foi de mais de R$ 2,2 bilhões.

A atividade tem uma importante contribuição para o Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios produtores, que atingiu o valor de R$ 12,2 bilhões, segundo o IBGE (dados de 2020). Os cafés da região são caracterizados pelo sabor doce – com notas de chocolate, caramelo, avelã, frutas amarelas, frutas vermelhas frutas secas, mel e melaço; aroma de chocolate, frutado e açúcar mascavo –, acidez predominantemente cítrica e aspecto encorpado.

Viter e Morro Verde Fertilizantes ampliam produção em Minas Gerais

Foto: Reprodução

Unidade de negócios da Votorantim Cimentos expande parceria com uma das principais produtoras brasileiras de insumos agrícolas com bases minerais de fosfato, potássio e nitrogênio.

A Viter, unidade de negócios e marca de insumos agrícolas da Votorantim Cimentos, amplia sua parceria comercial com a Morro Verde Fertilizantes com o objetivo de aumentar a produção de calcário agrícola com alto teor de magnésio no estado de Minas Gerais. A parceria prevê a aquisição de equipamentos, melhorias e ampliações das estruturas de armazenagem e carregamento.

A Morro Verde é uma das principais produtoras brasileiras de insumos agrícolas com bases minerais de fosfato, potássio e é focada em oferecer soluções para a agricultura bioregenerativa de baixo carbono. A parceria com a Viter envolve o fornecimento de calcário agrícola produzido em Pratápolis (MG) e comercializado seguindo os elevados critérios de qualidade da marca Calcário Itaú – ampliando a gama de produtos disponíveis ao agricultor e buscando atender cada vez mais as necessidades e particularidades do solo de cada produtor.

“Estamos completando dois anos de parceria com a Morro Verde e pudemos confirmar que o agricultor da região tem a necessidade de um produto com elevados teores de magnésio juntamente com a qualidade de serviços e assistência que já são marcas registradas da Viter. Com os novos investimentos para ampliar essa parceria, fortalecemos também a estratégia da Viter de estar cada vez mais próxima do produtor rural”, afirma o gerente geral da Viter, Marcelo Giuliano de Sousa.

“A expansão da parceria junto a Viter, atesta a capacidade de execução, excelência e melhores práticas da Morro Verde. Para nós é uma grande honra servir os produtores rurais que buscam ampliar a soberania, o equilíbrio e a eficiência das lavouras brasileiras”, disse o presidente do Conselho de Administração da Morro Verde, Felipe Holzhacker Alves.

Líder na comercialização de calcário agrícola no Brasil e a única empresa com presença nacional, a Viter também atende o estado de Minas Gerais a partir da fábrica em Itaú de Minas, que produz o corretivo de solo Calcário Itaú há mais de 40 anos. Em maio, a Viter completa três anos como marca exclusiva de insumos e soluções agrícolas da Votorantim Cimentos. A nova identidade veio para reforçar a estratégia da companhia de ampliar a sua atuação no agronegócio, com investimentos, ampliação da capacidade de produção e novas linhas de produtos. Todas as informações sobre Viter podem ser encontradas no site www.viteragro.com.br

Sobre a Votorantim Cimentos

A Votorantim Cimentos é uma empresa de materiais de construção e soluções sustentáveis com mais de 13 mil empregados. O portfólio de materiais de construção vai além de cimentos e inclui concretos, argamassas e agregados. A companhia também atua nas áreas de insumos agrícolas, gestão de resíduos e coprocessamento. As unidades da Votorantim Cimentos estão estrategicamente próximas aos mais importantes mercados consumidores em crescimento e presente em dez países, além do Brasil: Argentina, Bolívia, Canadá, Espanha, Estados Unidos, Luxemburgo, Marrocos, Tunísia, Turquia e Uruguai. Mais informações em www.votorantimcimentos.com.br

Sobre a Morro Verde Fertilizantes

A Morro Verde é uma das principais produtoras brasileiras de fertilizantes focada em oferecer soluções para a bioeconomia e agricultura regenerativa e tem como objetivo ser uma empresa de fertilizantes carbono neutro.

Fundada em 2014 e atuando de forma verticalizada desde a mineração, plantas de beneficiamento e canais de distribuição em todas as regiões do Brasil, a Morro Verde conta com três unidades operacionais.

No portfólio inclui a produção e comercialização de fertilizantes 100% nacionais, oferecendo aos produtores rurais do Brasil os principais macronutrientes: fosfato, potássio, nitrogênio, calcário e magnésio.

Saiba mais em www.morroverde.mv I @morroverdefertilizantes

Contato: [email protected]

Valor Bruto da Produção Agropecuária de 2023 é estimado em R$ 1,216 trilhão

Imagem: Wenderson Araujo/Trilux

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2023, com base nas informações de safras de abril, é estimado em R$ 1,216 trilhão, 4,7% superior em relação ao valor de 2022, que foi de R$ 1,161 trilhão. As informações são do Ministério da Agricultura.

Conforme comunicado do ministério, as lavouras têm previsão de faturamento de R$ 868,96 bilhões, que é o maior VBP desde 1989. O crescimento real do VBP das lavouras é de 8% em comparação com 2022. A previsão para a pecuária é de faturamento de R$ 347,9 bilhões, com retração de 2,6% em relação ao ano passado.

Produtos em alta

Segundo o governo, um conjunto de produtos formado por cana-de-açúcar, feijão, laranja, milho, soja e tomate, apresenta neste ano recorde de faturamento. Entre estes, milho, soja e cana-de-açúcar, representam 72,8% do VBP das lavouras.

Outros produtos que têm apresentado bom desempenho são amendoim (11,2%), banana (14,0%), cacau (8,2%), cana-de-açúcar (10,1%), mandioca (37,3%), milho (6,5%), soja (10,5%), tomate (13,3%), feijão (20,9%) e laranja (28,3%). Os preços agrícolas estão acima dos vigentes no ano passado para vários produtos relevantes, como amendoim, arroz, banana, cacau, cana-de-açúcar, feijão, laranja, mandioca e tomate.

Suínos, ovos e leite

A pecuária mostra-se favorável para suínos, ovos e leite. Carne bovina e de frango têm apresentado retração do VBP neste ano. Na pecuária, os preços estão em alta para suínos, leite e ovos.

O mercado internacional de produtos agropecuários proporcionou uma receita de exportações de US$ 50,6 bilhões de janeiro a abril e a tendência é de uma significativa contribuição para a balança comercial.

Por estado, foram particularmente favorecidos com o comércio internacional: Mato Grosso, com 21,4% das exportações; São Paulo, 15,3%; Paraná, 10,81%; Rio Grande do Sul, 9,17%; e Minas Gerais, 8,58%.

Valor Bruto da Produção Agropecuária mineira deve alcançar recorde de R$ 131,1 bilhões em 2023

Imagem: Blog Aegro

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) mineira deve alcançar R$ 131,1 bilhões em 2023. A projeção aponta para o crescimento de 0,2% em relação ao ano anterior e foi calculada a partir do acumulado nos meses de janeiro a março. O indicador é uma estimativa da geração de renda no meio rural, realizada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP).

Lavouras

As lavouras deverão representar 67,4% do faturamento do setor agropecuário mineiro e alcançar R$ 88,4 bilhões neste ano, com alta de 1,3%. O resultado positivo é puxado pelo crescimento do café (5,4%), da cana-de-açúcar (1,1%), da banana (17,9%), do feijão (24,7%), do tomate (4,8%), da laranja (17,3%), da mandioca (36,9%), do amendoim (44,5%), da uva (8,3%) e do arroz (3,7%). Juntos, esses produtos respondem por 61% do total das lavouras em Minas.

Café

Principal produto do segmento agrícola mineiro, o café tem o VBP estimado em R$ 30,5 bilhões, com crescimento de mais de 5% em relação ao ano anterior. Na avaliação do superintendente de Inovação e Economia Agropecuária da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Feliciano Nogueira, um dos fatores para o bom resultado é a projeção de crescimento da safra 2023. “A previsão é de que esta safra mineira de café alcance 27,5 milhões de sacas, cerca de 7,9% superior à última”, afirma.

Já a estimativa do VBP para a cana-de-açúcar é de R$ 12,3 bilhões, 1,1% superior à safra anterior. Segundo o IBGE, neste ano, a produção deverá crescer 2,9%, chegando ao volume aproximado de 75 milhões de toneladas.

Grãos

Em segundo lugar no segmento das lavouras, a soja deve alcançar VBP de R$ 20,8 bilhões, registrando queda de 5,5% em relação ao ano anterior. “Já foi colhida cerca de 74% da soja brasileira e a maior oferta de grãos no mercado pressiona os preços”, explica Feliciano.

Segundo o indicador Cepea/Esalq, em março, o preço médio da saca foi de R$ 162,12, 18,8% inferior ao mesmo período de 2022 e 6,07% menor do que no mês de fevereiro de 2023. Os demais produtos com estimativa de queda são milho (6,3%), batata-inglesa (4,1%), algodão (6,2%) e trigo (16,5%).

Pecuária

O VBP do segmento pecuário deve alcançar R$ 42,7 bilhões, com queda de 1,9%. Destaque entre os produtos do segmento, o leite vai registrar R$ 17 bilhões, com crescimento de 1,4% em relação ao ano passado. Esse desempenho positivo se deve à elevação dos preços, em decorrência da menor captação e oferta de leite para o mercado.

O faturamento da carne bovina está estimado em R$ 13,1 bilhões neste ano, registrando retração de 8%, motivada pela baixa dos preços. No acumulado de janeiro a março, o valor médio ficou em R$ 285,52 a arroba, apresentando queda de 16,3% em relação ao mesmo período de 2022.

Com a retomada das exportações de carne bovina para a China, os preços apresentaram melhoras na segunda quinzena de março de 2023, mas, na média acumulada do mês, ainda há desvalorização se comparados a fevereiro deste ano.

A carne suína tem previsão de acréscimo de 7,2%, alcançando uma receita de R$ 3,9 bilhões. A exportação segue favorável em relação ao volume e preço. No período de janeiro a março, foram comercializadas 4,1 mil toneladas de carne suína no exterior, com alta de 5,3% em comparação ao primeiro trimestre do ano anterior. Já em relação ao valor, o aumento foi de 11,6%, registrando US$ 8,6 milhões nos três primeiros meses de 2023. 

Helinho é aclamado presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de São Roque de Minas

Sem chapa concorrente, Hélio Reis da Costa foi eleito o presidente da entidade sindical pelos próximos quatro anos

Foto: Helinho ao lado da esposa e filhos durante evento do Sindicato dos Produtores Rurais de São Roque de Minas

Centena de associados do Sindicato dos Produtores Rurais de São Roque de Minas (MG) votaram para eleger a nova diretoria no último sábado (10). Sem chapa concorrente, Hélio Reis da Costa, mais conhecido como Helinho Guilhermina atingiu o quórum necessário e foi aclamado presidente da entidade sindical. Ele estará representando os produtores pelos próximos quatro anos.

O presidente eleito aproveitou a oportunidade e parabenizou o agora ex-presidente do sindicato. “Foi feito um belíssimo trabalho em prol da categoria nesta gestão. Parabenizo todos que estiveram a frente da entidade e desejo sucesso aos novos diretores”, disse.

Helinho que também é vereador e vice-presidente da Câmara de São Roque de Minas, vêm destacando pelo seu trabalho em prol da comunidade.

Em outubro, o vereador conseguiu um trator por meio do ex-deputado Renato Andrade, para prestação de serviços em prol dos produtores rurais e moradores da zona rural da cidade.

IBGE estima safra recorde de 263,4 milhões de toneladas em 2022

A safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas deve alcançar recorde de 263,4 milhões de toneladas. A estimativa é 4% maior (ou 10,2 milhões de toneladas) que a safra de 2021 (253,2 milhões de toneladas) e 0,8% acima (2 milhões de toneladas) do que foi estimado em junho.

A estimativa de julho do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola foi divulgada hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o gerente da pesquisa, Carlos Barradas, esse crescimento se deve ao aumento do plantio e dos investimentos dos produtores que estão ampliando a área de cultivo de grãos em 6,4% para 73 milhões de hectares, acréscimo de 4,4 milhões de hectares em relação da 2021 (68,6 milhões de hectares).

“Os produtores plantaram mais porque os preços internacionais estão muito elevados, sobretudo o do trigo, por conta da guerra da Rússia e a Ucrânia, grandes produtores e exportadores de trigo”, disse, em nota, Carlos Barradas.

O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos da pesquisa. Somados, eles representam 91,4% da estimativa da produção e respondem por 87,1% da área a ser colhida.

De acordo com o IBGE, em relação ao ano anterior, houve acréscimos de 9,7% na área plantada de milho (aumento de 7,7% na primeira safra e de 10,4% na segunda safra), de 18,1% na de algodão herbáceo (em caroço), de 4,6% na área de plantio da soja e de 8,6% na do trigo; ocorrendo declínio de 2,7% na área do arroz.

Soja
Principal commodity do país, a estimativa para soja teve alta de 0,7%, em relação ao mês anterior, sendo o segundo produto responsável, com 814 mil toneladas, pelo crescimento de 2 milhões de toneladas de grãos em julho, depois do trigo que atingiu 820 mil toneladas.

Segundo o pesquisador, houve reavaliações importantes em estados como Mato Grosso, principal produtor com 38 milhões de toneladas, que aumentou o rendimento médio em 1,5% na comparação com a estimativa de junho.

O Rio Grande do Sul também aumentou o rendimento e estimativa em 1,8% em relação ao mês anterior. Com isso, a soja deve alcançar uma produção nacional de 118,8 milhões de toneladas ante 118 milhões estimados em junho.

Entretanto, esse volume representa retração de 12% em comparação à safra obtida no ano anterior, com declínio de 15,9% no rendimento médio. Barradas explicou que, embora tenha havido aumento de área de plantio da soja, a ocorrência de uma estiagem prolongada durante o desenvolvimento da cultura em alguns estados produtores, sobretudo no Centro-sul do país, foi responsável por essa queda anual

A área colhida foi estimada em 40,8 milhões de hectares, aumento de 4,6% na comparação com 2021, e de 0,2% em relação ao estimado no mês anterior. A participação da soja no volume total de cereais, leguminosas e oleaginosas produzidos no país, em 2022, foi de 45,1% permanecendo como o grão de maior peso no grupo.

Outro aspecto destacado por Barradas é que as produções de arroz (10,6 milhões de toneladas) e de feijão (3,1 milhões de toneladas) devem atender o consumo interno do país em 2022. O Brasil não é importador dos dois produtos, mas já houve necessidade de importações.

Regiões
Em julho, a estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas teve alta na comparação com 2021 em quatro regiões: Centro-Oeste (11,9%), Sudeste (13,0%), Norte (8,7%) e Nordeste (10,6%).

O levantamento indica que somente a Região Sul teve estimativa negativa (-13,5%). Quanto à variação mensal, apresentaram aumento a Região Centro-Oeste (1,1%), a Norte (3,0%) e a Sul (0,6%), e declínio no Nordeste (-0,3%) e Sudeste (-0,2%).

Entre as unidades da federação, Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos (30,6%), seguido pelo Paraná (13,4%), Goiás (10,5%), Rio Grande do Sul (9,7%), Mato Grosso do Sul (8,1%) e Minas Gerais (6,7%) que, somados, representaram 79% do total nacional.

“A pandemia fez com que os preços aumentassem, porque, em casa, as pessoas passaram a consumir mais, sem falar que o milho e a soja são usados na produção de proteína animal. A partir disso, o produtor passou a plantar mais porque a sua rentabilidade é maior. Nos últimos anos, devido ao aumento da área plantada e da produtividade, a agricultura brasileira vem produzindo recordes sobre recordes”, concluiu o gerente da pesquisa. (Agência Brasil)

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