Profissionais da enfermagem de todo o país, que travam uma verdadeira batalha todos os dias, principalmente em tempos de pandemia da Covid-19, não conseguiram até o momento, após mais de um ano de pandemia, a aprovação do Projeto de Lei 2564/2020, que estabelece piso mínimo para a categoria.
No Dia Internacional da Enfermagem, esses profissionais lamentam não ter motivos para celebrar. Há anos enfrentando desigualdades salariais e jornadas exaustivas de trabalho, eles encontram no PL a esperança de dias melhores e de reconhecimento da categoria.
Além disso, os quase 2,5 milhões de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem enfrentam outro desafio: árduas rotinas de trabalho na maior crise sanitária dos últimos anos.
O Jornal Folha Regional conversou com a chefe do setor de enfermagem de São José da Barra, Weliane Vilela, que há seis anos atua no município, desde a sua formação.
‘’A equipe de saúde da prefeitura de São José da Barra sempre teve confiança no meu trabalho, assim como o oferecimento do seu apoio no desempenho da minha profissão’’, comentou Weliane.
De acordo com a enfermeira, o PL tramita no Congresso Nacional, ainda sem data definida para votação. Esse projeto altera a Lei 7.498 de 25 de junho de 1986, que institui a dignidade da enfermagem, ou seja, institui piso salarial e carga horária justa.
‘’Com a pandemia, a enfermagem ganhou mais destaque quanto a sua importância e indispensável existência, porém, a desvalorização da classe se arrasta por longos anos, no qual a classe se submete a jornadas exaustivas de trabalho, sem falar do salário justo. A exemplo disso, muitos profissionais trabalham em mais de um emprego para ter uma renda digna’’, destacou a chefe de enfermagem.
Weliane diz que o ‘’Projeto de Lei institui nada mais do que dignidade para a enfermagem, que é: 30 horas semanais de jornada de trabalho e salário digno’’.
‘’A pandemia da Covid-19 mais que provou que a enfermagem precisa e deve ter no mínimo um piso salarial justo e carga horária de trabalho justa. Ser enfermeiro exige do ser humano empatia a flor da pele, tem que ser dedicado, persistente e ter amor verdadeiro pelo trabalho e principalmente amor pelo próximo, pois lidamos com o mais íntimo de uma pessoa, que são os processos: nascer, adoecer e morrer’’, continuou.
Weliane diz que para eles existem inúmeros desafios, porém, quando se tem o dom de ser enfermeiro, todas as situações se tornam contornáveis.
‘’Na pandemia, por exemplo, enfrentamos vários questionamentos, incertezas, desconfianças por partes dos leigos, seja devido ao medo, ao excesso de informações técnicas, fake news, etc. Mas o enfermeiro de responsabilidade que entende que tem uma missão para com a sociedade, passa horas a finco estudando, se aprimorando, ainda mais agora com essa nova patologia, que é a Covid-19, a descoberta da vacina e a campanha de imunização, visto que em nosso município a campanha segue rigorosamente as normas técnicas e deliberações, e vem imunizando gradualmente a sua população também conforme orientações e regras ditadas pela Regional de Saúde de Passos’’.
‘’Enfim, amo a minha profissão e me dedico a ela desde o momento em que iniciei a faculdade. Tenho certeza que nasci para exercer o que a enfermagem propõe: amor e responsabilidade com o próximo. Obrigada a equipe do Jornal Folha Regional’’, finalizou.
Weliane, a equipe parabeniza e agradece pelo excelente trabalho realizado no Município de São José da Barra.