Jornal Folha Regional

Polícia busca suspeitos pelo roubo de caminhão com 19 cabeças de gado na MG-438, entre Sacramento e Ibiraci

Polícia busca suspeitos pelo roubo de caminhão com 19 cabeças de gado na MG-438, entre Sacramento e Ibiraci - Foto: Helder Almeida
Polícia busca suspeitos pelo roubo de caminhão com 19 cabeças de gado na MG-438, entre Sacramento e Ibiraci – Foto: Helder Almeida

A Polícia Militar faz buscas para localizar os suspeitos de um roubo de caminhão com gado ocorrido na rodovia MG-438, entre Sacramento (MG) e Ibiraci (MG), na última terça-feira (1º). Dentro do veículo havia 19 cabeças de gado que seriam levadas para um leilão. O motorista que havia sido rendido foi localizado.

De acordo com o boletim de ocorrência, a Patrulha Rural realizava deslocamento próximo a um clube quando se deparou com um caminhão carregado de gado descendo a serra, seguido por um veículo de cor prata.

Pouco depois, os policiais receberam informações de que o caminhão havia sido roubado e o automóvel estaria dando apoio ao crime. A equipe então iniciou a perseguição em direção à Usina Hidrelétrica Mascarenhas de Moraes (Peixoto).

Durante o acompanhamento, os policiais tentaram interceptar o caminhão, mas o motorista ignorou as ordens de parada e seguiu sentido ao distrito de Laje, em Ibiraci (MG). O condutor do caminhão fez diversas manobras em zigue-zague, dificultando a ultrapassagem da viatura.

Conforme a PM, um dos policiais efetuou 14 disparos contra os pneus do caminhão “a fim de tentar parar o veículo e para preservar a vida de terceiros que transitavam pela via”. Em determinado momento, o condutor perdeu o controle do caminhão, bateu contra uma cerca e fugiu a pé em direção a uma mata próxima.

A perícia técnica da Polícia Civil compareceu ao local. O caminhão transportava 19 cabeças de gado, que foram levadas para uma fazenda próxima.

O automóvel que dava apoio ao crime fugiu pela MG-438 em direção a Ibiraci. Apesar da tentativa de abordagem por outra viatura policial, o carro conseguiu escapar e teria seguido rumo a Franca (SP).

Ainda conforme a polícia, o caminhão era conduzido por uma vítima que não foi localizada. Dentro do veículo foram encontradas uma calça jeans e uma camisa que, segundo testemunhas, pertenciam ao motorista desaparecido.

Aos policiais, o dono dos animais informou que o gado havia sido embarcado por volta das 11h do mesmo dia em sua propriedade e seria levado a um leilão em Sacramento.

A PM informou no fim da manhã desta quarta-feira (2) que o motorista, que havia sido rendido e estava desaparecido, foi deixado em uma estrada rural. Os militares continuam as buscas pelos suspeitos e pelo automóvel envolvido no crime.

Via: G1

Emater-MG divulga agenda de cursos de agroecologia para o primeiro semestre de 2025

Até junho, empresa terá oferecido 23 capacitações em diferentes regiões do estado

Emater-MG divulga agenda de cursos de agroecologia para o primeiro semestre de 2025 - Foto: reprodução
Emater-MG divulga agenda de cursos de agroecologia para o primeiro semestre de 2025 – Foto: reprodução

O interesse por práticas agroecológicas e agricultura orgânica têm crescido entre os produtores rurais mineiros e, desde o início do ano, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) vem realizando diversos cursos na área em várias regiões do estado para atender a demanda. Desde janeiro, já ocorreram nove cursos sobre o tema e estão agendados outros 14 eventos somente no primeiro semestre de 2025.

O próximo curso, Agroecologia e bioinsumos, vai ocorrer de 2 a 4/4 em Bom Sucesso, no Sul de Minas. O evento terá a presença de técnicos, agricultores familiares e lideranças locais. 

“A agenda está bem cheia este ano, com cursos quase todas as semanas e de Norte a Sul do estado. O consumidor sempre foi muito exigente e com a expansão das redes sociais temos notado um crescimento do interesse por produtos comprovadamente mais saudáveis e ligados a questões ambientais e socioeconômicas mais sustentáveis”, argumenta o coordenador técnico estadual de Agroecologia da Emater-MG, Fernando Tinoco.

Práticas mais usadas

O último curso ministrado Bioinsumos/LNC ocorreu, de 24 a 28/3, em Almenara, no Vale do Jequitinhonha. No município, foram dadas oficinas sobre compostos, produção de ácidos húmicos e fúlvicos e caldas e multiplicação de microrganismos. A equipe da Emater-MG também visitou dois municípios próximos à Almenara, dentro de uma proposta para a implantação futura de biofábricas.

Tinoco explica que os bioinsumos são alguns insumos agroecológicos, na sua grande maioria vivos, que atualmente são bastante usados na agricultura e na pecuária. 

“As técnicas mais comuns nessa área são trabalhar com solos saudáveis, a compostagem, o bokashi, os biofertilizantes líquidos e a multiplicação de microrganismos tanto para controlar pragas e doenças como para ativar o solo. Tem também as plantas de coberturas, que promovem a adubação verde, entre práticas adotadas”, destaca.

Benefícios da agroecologia

Muitos agricultores têm se interessado pelas práticas agroecológicas, visando atingir uma produção mais saudável, beneficiando assim a si mesmo, a família e também os consumidores. A proteção do meio ambiente, com práticas de conversação do solo e uso sustentável dos recursos hídricos, é outro benefício importante.

“Além da questão da redução do uso de agroquímicos, a grande maioria dos participantes dos cursos tem buscado a redução dos custos de produção. Os agricultores podem optar por produtos mais baratos e aproveitar matérias-primas disponíveis na propriedade como o esterco e na região, especialmente os pós de rocha”, salienta o coordenador.

As informações referentes às datas com os eventos estão disponíveis neste documento.

VÍDEO: Celular pega fogo no bolso de jovem antes de selfie em lanchonete no interior de MG

Um celular pegou fogo no bolso de uma jovem que estava em uma lanchonete na cidade de Simonésia (MG). O caso ocorreu na tarde da última quinta-feira (27 de março). Ninguém ficou ferido.

Imagens do circuito de segurança registraram o ocorrido. A jovem de camisa branca se aproximou de uma outra mulher, vestida com camisa preta, para tirar uma foto. Enquanto elas se posicionavam para o registro, chamas começaram a sair do bolso da calça onde estava o celular.

Ela jogou o aparelho no chão, que continuou a ser consumido pelo fogo. A causa do incêndio ainda é desconhecida. Apesar do susto, a jovem e as outras pessoas que estavam na lanchonete não ficaram feridas.

Minas se despede do período chuvoso, mas não do calor

Minas se despede do período chuvoso, mas não do calor - Foto: reprodução
Minas se despede do período chuvoso, mas não do calor – Foto: reprodução

Abril deixa para trás o período chuvoso e é o primeiro mês que se inicia após o encerramento do verão, em 20 de março. No entanto, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) projeta temperaturas acima da média em Minas Gerais e em outros estados do Brasil. Quanto à ocorrência de chuvas, o esperado é que o volume fique dentro da média histórica, que para a capital mineira é de cerca de 80 milímetros no quarto mês do ano.

Em Minas, as temperaturas devem sofrer variações ao longo do primeiro mês completo de outono. Isso se deve à variabilidade climática e não há um fenômeno específico envolvido, explica o meteorologista Claudemir Azevedo. O profissional do Inmet afirma que a partir da próxima semana, por volta do dia 6, domingo, deve haver uma diminuição nas marcações dos termômetros mineiros de 3°C a 4°C.

No entanto, a “esfriada” deve ser breve, visto que para o fim de abril a previsão é de temperaturas acima da média na maior parte do estado e na capital mineira, cuja média histórica para o mês é de 27,6°C. As regiões da Zona da Mata e Vale do Jequitinhonha devem ser a exceção no estado, com valores dentro da média, prevê o meteorologista do Inmet.

Os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, na Região Sudeste do país, também devem ter temperaturas acima da média durante o mês de abril. Já na maior parte do Espírito Santo, de acordo com o Inmet, os termômetros devem manter as marcações dentro da média histórica. As regiões Centro-Oeste, Sul e uma pequena parte da Nordeste também devem ter um abril mais quente que a média. A previsão para as demais partes do Nordeste e a Região Norte é de temperaturas dentro dos valores históricos.

Sem uma redução no calor, a maior parte do Brasil não terá uma trégua do verão, que de acordo com o Inmet, foi o sexto mais quente do país desde 1961. Quanto às precipitações no mês, o Inmet informou que nas “regiões Centro-Oeste e Sudeste haverá chuvas mal distribuídas, com tendência de volumes mais concentradas no leste do Sudeste. Na Região Sul, a seca deverá ser percebida principalmente no extremo-sul do Rio Grande do Sul e na parte central de Santa Catarina. Em outras áreas, as chuvas acima da média podem ajudar na recuperação do solo.”

BALANÇO

O mês de abril, climatologicamente, é marcado pela redução das chuvas sobre o estado de Minas Gerais, informa Claudemir Azevedo. Oficialmente, o período chuvoso terminou ontem (31/3), e os balanços completos e oficiais da Defesa Civil estadual e municipal de BH sobre a temporada ainda serão emitidos.

Com base nos dados registrados pela Defesa Civil do estado entre 25 de setembro e a manhã de ontem (31/3), o período chuvoso 2024/2025 em Minas deixou 26 mortos, 2.062 desabrigados e 9.896 pessoas desalojadas, que são aquelas que precisaram desocupar suas casas e se deslocar para domicílios de parentes ou amigos. Os números são superam amplamente os do mesmo período entre 2023/2024, em que seis pessoas morreram, 399 ficaram desabrigadas e 2.833 desalojadas.

Ipatinga, no Vale do Aço, foi o município mineiro que mais registrou mortes provocadas pelas fortes chuvas e suas consequências. Deslizamentos de terra deixaram 10 mortos, entre eles duas crianças. Na madrugada de domingo (12/1) para segunda-feira (13/1), uma chuva torrencial de 204 milímetros em poucas horas – quase o volume previsto para todo o mês de janeiro – devastou o Bairro Bethânia.

As chuvas também deixaram vítimas em outros 13 municípios mineiros. Em BH, de acordo com a Defesa Civil Estadual, não houve danos humanos, como mortes, desabrigados ou desalojados. No entanto, a capital mineira registrou diversas quedas de árvores sobre residências, vias públicas e veículos. Somente entre 17 e 18 de março, 70 espécimes caíram na Região Metropolitana de BH, de acordo com o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG). Além disso, houve deslizamentos de terra e outros efeitos geológicos decorrentes das fortes chuvas na capital mineira.

PANCADAS HOJE

Para hoje (1º/4), a previsão do Inmet para Minas é de céu nublado com pancadas de chuva e trovoadas isoladas nas Regiões Metropolitana, Oeste, Sul/Sudoeste, Campo das Vertentes, Zona da Mata e Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba. Demais regiões, céu parcialmente nublado. A máxima prevista para o estado é de 36°C, no Norte de Minas, e a mínima, de 15°C, no Sul/Sudoeste e Campo das Vertentes. Em BH, a máxima deve ser 29°C e a mínima de 18°C.

Noite de tempestade

Na noite de ontem, a Defesa Civil de Belo Horizonte teve que interditar a Avenida Teresa Cristina, nas regiões Oeste e Barreiro, diante do risco de transbordamento dos córregos Ferrugem e Arrudas, que acompanham a via. Na “despedida” do período chuvoso, algumas regiões da capital, entre elas o Barreiro, registraram grande volumes de precipitações. A interdição ocorreu entre as 19h29 e 19h55, quando a via foi liberada, informou a Defesa Civil. Entretanto, uma equipe do órgão permaneceu monitorando a avenida, uma vez que a capital seguia em alerta de tempestades válido até a manhã de hoje. Também choveu forte em Contagem, na região metropolitana. (Com Agência Brasil).

Mulher morre após ser atacada por cão da raça pitbull no bairro Feira de Gado, em Três Corações

Mulher morre após ser atacada por cão da raça pitbull no bairro Feira de Gado, em Três Corações - Foto: redes sociais
Mulher morre após ser atacada por cão da raça pitbull no bairro Feira de Gado, em Três Corações – Foto: redes sociais

Uma mulher morreu após ser atacada por um cão da raça pitbull neste fim de semana no bairro Feira de Gado, em Três Corações (MG). Segundo o Corpo de Bombeiros, o caso aconteceu na madrugada de domingo (30).

Conforme o registro feito pela PM, a mulher foi encontrada caída no chão, se debatendo e falando frases desconexas, aparentando estar sob efeito de entorpecentes ou álcool. A vítima não teve como falar com os militares para relatar sua versão dos fatos.

Já a mulher, dona do cachorro, que também aparentava estar sob efeito de drogas, disse à polícia que a mulher chegou à casa dela transtornada e tentou entrar no imóvel pelo muro. Ainda conforme ela, neste momento, o cão da raça pitbull a atacou.

Já uma testemunha disse que o cão atacou a mulher na rua há alguns metros do portão da residência e que os vizinhos tiveram que intervir para cessar o ataque. Ela também disse que o pitbull já atacou outros moradores no passado e que o animal foge com frequência da casa.

Segundo o Corpo de Bombeiros, a vítima, Isamara Eleoterio Balbino, de 40 anos, foi socorrida com vários ferimentos nos dois braços até o pronto-socorro do Hospital São Sebastião. Durante o deslocamento, ela sofreu uma parada cardiorrespiratória e chegou a ser animada, mas não resistiu e morreu posteriormente.

A dona do pitbull recebeu voz de prisão, mas foi liberada após assinar um termo circunstanciado de ocorrência. Ela pode responder por omissão de cautela, por não guardar com a devida cautela animal perigoso.

O corpo de Isamara Eleoterio Balbino foi sepultado na tarde deste domingo (30) em Três Corações (MG). A Polícia Civil informou que o caso será investigado.

Via: G1

Produtores mineiros de leite, mel e ovos têm mercado de comercialização ampliado para todo o país

Produtores mineiros de leite, mel e ovos têm mercado de comercialização ampliado para todo o país - Foto: reprodução
Produtores mineiros de leite, mel e ovos têm mercado de comercialização ampliado para todo o país – Foto: reprodução

Produtores de leite fluido, mel e ovos in natura em Minas Gerais poderão comercializar seus produtos em todo o país até março de 2026. A mudança, autorizada pelo decreto federal nº 12.408, amplia mercados para os produtores do estado e fortalece os serviços de inspeção municipais.

Antes da nova regra, produtos de origem animal sujeitos à inspeção obrigatória só podiam ser vendidos dentro do território definido pelo órgão responsável pela fiscalização. Com a nova medida, os produtores mineiros ganham mais oportunidades de negócios em nível nacional.

Com validade de um ano, a partir da publicação em 13/03 deste ano, a medida tem caráter excepcional e traz como benefício imediato para a classe produtiva a possibilidade de acessar novos mercados formais, de maneira legalizada, garantindo a geração de renda, empregos, sem esquecer a segurança do consumidor. 

Regras anteriores

Em Minas Gerais, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) é o órgão público responsável pela inspeção estadual e os produtos inspecionados pela instituição podiam ser comercializados somente dentro do estado.

No caso de empreendimentos habilitados por órgãos municipais (individuais ou consorciados), a comercialização era restrita ao município ou à área de abrangência do consórcio.

Já a inspeção feita pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) permitia a comercialização em todo o país e também para a exportação.

“No período de vigência do decreto, não há mais esta limitação de um produto ser habilitado para consumo em um município e ser considerado ilegal para consumo na ciadade vizinha. Os produtos especificados pelo decreto podem ser comercializados em todo o país”, explica o diretor de Agroindústria e Cooperativismo da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Ranier Chaves.

Fortalecimento

Segundo o diretor da Seapa, outra mudança fundamental viabilizada pela medida é o fortalecimento do Serviço de Inspeção Municipal (SIM). Atualmente, 669 municípios mineiros têm o serviço implantado e com o cadastro ativo no Ministério da Agricultura.

“O município é mais eficiente em habilitar aqueles produtores que nunca passaram por um sistema de inspeção. E estamos vendo um crescimento exponencial do número de estabelecimentos habilitados pelos serviços municipais”, avalia.

De acordo com Panorama dos Serviços de Inspeção Municipal, elaborado pela Confederação Nacional dos Municípios, 32% das cidades brasileiras contavam com SIM em 2012. Já em 2023, a abrangência do percentual subiu para 58%. 

Outro dado significativo é o crescimento do número de estabelecimentos habilitados. No segmento de ovos e derivados, o aumento foi de 330% no período de 2012 a 2023.

Os segmentos de leite e mel registraram crescimento de 181% e 184%, respectivamente. Todos esses estabelecimentos podem estar aptos a comercializarem seus produtos em todo o território nacional.

Requisitos

Os produtos destinados ao comércio nacional devem proceder de estabelecimento regularmente registrado em serviços de inspeção estadual, distrital ou municipal com cadastro geral ativo no Sistema de Gestão de Serviços de Inspeção (E-Sisbi).

Também devem apresentar no rótulo as informações de rastreabilidade, incluído o serviço de inspeção responsável, além de serem submetidos aos programas de controle oficiais para assegurar a inocuidade do alimento e estarem de acordo com os critérios microbiológicos, físico-químicos e higiênico-sanitários estabelecidos na legislação.

Aumento do ICMS sobre compras internacionais entra em vigor nesta terça-feira (1°)

Aumento do ICMS sobre compras internacionais entra em vigor nesta terça-feira (1°) - Foto: reprodução
Aumento do ICMS sobre compras internacionais entra em vigor nesta terça-feira (1°) – Foto: reprodução

Quem fizer compras internacionais, a partir de hoje, em sites como Shein, Shopee e AliExpress vai pagar mais caro para receber os pacotes. É que entra em vigor nesta terça-feira (1º de abril) a nova alíquota do ICMS sobre importações de comércio eletrônico de até US$ 3 mil. O percentual cobrado deixa de ser 17% e passa a 20%. O aumento vale para Minas Gerais e outros nove estados.

A alteração sobre o imposto foi feita ainda em 2024, seguindo uma diretriz do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz) para padronizar o valor em todo o Brasil. Além disso, a medida busca fortalecer o comércio local, em função da crescente adesão às plataformas de comércio internacional de eletrônicos e vestuário. 

Em Minas, o governador Romeu Zema (Novo) oficializou a mudança no ICMS em dezembro. Mas como a mudança na alíquota do imposto estadual vai afetar o bolso do consumidor brasileiro? A economista e professora da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Carla Beni explicou que o aumento de três pontos percentuais, sobre o tributo recolhido pelos estados, será calculado tendo como base o valor total da operação. 

Sendo assim, a alíquota vai incidir sobre a soma do preço do produto, frete e imposto de importação (IPI) – de 20% para compras até US$ 50 e de 60% para compras acima de US$ 3 mil. “Essa diferença de 17% para 20% fica meio que absorvida em toda a operação. Mas se você pegar no ponto geral, algumas empresas importadoras estão calculando mais ou menos 50% para colocar de acréscimo no valor. Então, por exemplo, se você está vendo um item no site que custa R$ 100, ele vai chegar na sua casa por R$ 150. Porque tem toda a composição de ICMS e, com todas as considerações, esse seria o cálculo de a cada R$ 100 como gasto, você vai gastar na verdade R$ 150”, comentou Beni. 

Para a professora da FGV, o objetivo do aumento do ICMS é o estímulo ao comércio local. “Para que o emprego e a renda fiquem internamente. Isso não é uma característica brasileira, não é só o Brasil que faz isso, todos os países fazem. É só ver o que o Trump está fazendo nos Estados Unidos”, disse. “Esse percentual de 17% para 20% é um valor pequeno e pode sim ficar diluído ali no meio e acabar não necessariamente tendo um grande impacto”, sinalizou a economista. 

Segundo ela, os consumidores seguirão atentos às regras de compras acima de US$ 50, em função do acréscimo do imposto de importação. “A gente não pode esquecer que os governadores queriam um ICMS de 25%. Foi negociado que ia sair de 17% para 20% no ano passado, mas nada impede que outros aumentos sejam feitos daqui um ano, por exemplo”, completou Carla Beni. 

Por fim, a economista afirmou que há uma pressão das entidades representativas do comércio para que o governo aumente a tributação sobre as compras internacionais. “Elas fizeram essa pressão e, se parar para pensar, elas têm legitimidade nisso porque contratam aqui, pagam impostos aqui. E por outro lado, é legítimo o consumidor querer pagar menos. Há legitimidade nos dois lados”, completou. 

Compras internacionais

Além de Minas Gerais, os estados que terão ajustes no ICMS serão: Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima e Sergipe. No Maranhão, Pernambuco, Rio de Janeiro, Tocantins e Distrito Federal a mudança depende de um decreto dos governadores, já que são locais em que a lei já permite alíquotas de pelo menos 20% para os produtos em geral.

Nos outros 12 Estados, incluindo São Paulo, o aumento só pode ser feito por meio de projeto de lei aprovado nas suas Assembleias Legislativas. Nesses locais, o percentual aplicado aos produtos em geral é inferior aos 20%, e as exceções precisam do aval dos deputados estaduais.

Os demais Estados e o Distrito Federal ainda não sinalizaram, no entanto, se vão implementar a mudança. Qualquer aumento proposto em 2025, seja por edição de decreto ou aprovação de lei, só pode entrar em vigor a partir de janeiro de 2026, devido à regra da anualidade para elevação de impostos.

Imposto de importação 

O Imposto de Importação (IPI) do governo federal não muda, e a decisão de elevar o ICMS não foi tomada pelo presidente Lula, como esclareceu o Palácio do Planalto após o anúncio da decisão dos secretários estaduais de Fazenda em dezembro.

Aumento de carga

O programa Remessa Conforme foi criado prevendo isenção do imposto de importação para valores de até US$ 50, mesmo se o envio fosse feito por uma pessoa jurídica para uma pessoa física. Em 2024, o Congresso aprovou o fim dessa isenção, em uma discussão que ficou conhecida popularmente como ‘taxa das blusinhas’.

A regra aprovada previu aplicação de imposto de importação de 20% para compras até US$ 50. Para produtos acima desse patamar e de até US$ 3.000 o tributo federal é de 60%, com redução de US$ 20 no imposto a pagar.

Como se faz o cálculo

O ICMS estadual incide sobre o valor da compra, incluindo frete, e também sobre o imposto de importação. O tributo é calculado de acordo com o endereço de entrega do produto.

Uma compra de US$ 50 (cerca de R$ 300) terá sua carga total de imposto de importação federal e ICMS estadual elevada de 45% para 50%, segundo cálculos da Abvtex (Associação Brasileira do Varejo Têxtil). Isso representa um custo a mais de quase R$ 15.

Edmundo Lima, diretor-executivo da Abvtex, afirma que o ICMS nas compras em sites estrangeiros teria de ir a 25% para que houvesse tributação equivalente à média sobre o produto nacional. A associação pediu aos governadores que reduzissem o imposto para as empresas brasileiras ou, como segunda opção, elevassem a tributação sobre as importações.

“A nossa primeira intenção era que o varejo e a indústria nacional também pagassem 17%, mas isso ficou fora de cogitação, então não restava outra alternativa a não ser majorar o ICMS”, afirma. “Estamos neste momento sensibilizando os demais estados para que também internalizem isso o mais breve possível. É importante ter uma mesma alíquota entre todos os estados e o Distrito Federal.”

Preocupação

A Amobitec (Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia), entidade que reúne grandes plataformas de e-commerce, como Amazon, Shein e Alibaba, diz que manifesta preocupação com o aumento da alíquota sobre compras internacionais em alguns Estados.

“A imposição de um ICMS maior, no caso de 20%, vai elevar para até 50% a carga tributária total, considerando a incidência da taxação federal prevista pelo Programa Remessa Conforme. Como resultado, haverá tendência de redução no volume de compras internacionais e provável recuo na arrecadação fiscal”, diz a associação.

“Os consumidores também terão impacto e ficam sujeitos a aumento de preços nos dez Estados que estão optando pelo ICMS de 20%”. A entidade afirma ainda não haver dados que considerem o impacto das mudanças sobre toda a economia, considerando também os pequenos negócios afetados.

Entenda o Regime de Tributação Simplificada

  • É aplicado a encomendas internacionais com valor aduaneiro (soma dos bens + frete + seguro) de até US$ 3.000 destinados a pessoas físicas e jurídicas;
  • Essas compras são tributadas atualmente com Imposto de Importação de 60% e ICMS de 17%, mas possuem isenção do IPI (imposto sobre industrializados) e PIS/Cofins;
  • Para compras realizadas em sites inscritos no Programa Remessa Conforme da Receita Federal, com produto destinado a pessoas físicas, a alíquota é de 20% quando o valor aduaneiro (soma do valor dos bens, frete e seguro) for de até US$ 50;
  • Para produtos acima desse valor, a alíquota do imposto de importação é de 60%, com desconto do equivalente a US$ 20 sobre o valor desse tributo;
  • O ICMS de 17% (ou 20% em alguns locais a partir de abril) se aplica independentemente de a compra ser efetuada ou não em sites cadastrados no Remessa Conforme. 

População de Arceburgo denunciam maus-tratos e suspeita de desvios de dinheiro no Asilo Paroquial da cidade

População de Arceburgo denunciam maus-tratos e suspeita de desvios de dinheiro no Asilo Paroquial da cidade - Foto: divulgação
População de Arceburgo denunciam maus-tratos e suspeita de desvios de dinheiro no Asilo Paroquial da cidade – Foto: divulgação

Uma grave denúncia envolvendo o Asilo Paroquial de Arceburgo (MG), foi registrada recentemente na Polícia Civil e encaminhada ao Ministério Público.

De acordo com relatos, idosos estariam sendo vítimas de maus-tratos, além de haver suspeitas de desvio de dinheiro da instituição.

Relatos e provas

Imagens e depoimentos obtidos pela equipe da TV Mococa On-line, mostram a situação preocupante em que vivem os idosos. Segundo familiares e ex-funcionários, há falta de cuidados básicos, alimentação inadequada e até mesmo casos de violência física e psicológica.

Além das condições precárias, há suspeitas de irregularidades financeiras. Recursos destinados ao bem-estar dos idosos não estariam sendo aplicados corretamente. Um ex-colaborador do asilo revelou que verbas públicas e doações não estão sendo utilizadas de forma transparente.

Investigações em andamento

A Polícia Civil e o Ministério Público já iniciaram investigações sobre as denúncias. Representantes do MP afirmaram que as providências cabíveis serão tomadas caso se comprovem os abusos e irregularidades.

Próximos passos

As investigações continuam, e a população de Arceburgo aguarda respostas sobre essa denúncia alarmante. Enquanto isso, os órgãos responsáveis pedem que qualquer pessoa com informações relevantes procure as autoridades.

Fonte: TV Mococa On-line

Medicamentos ficarão mais caros a partir desta segunda-feira (31)

Medicamentos ficarão mais caros a partir desta segunda-feira (31) - Foto: reprodução
Medicamentos ficarão mais caros a partir desta segunda-feira (31) – Foto: reprodução

A partir de hoje, os preços dos medicamentos no Brasil podem ficar até 5,06% mais caros. O reajuste máximo permitido, que ocorre anualmente, foi publicado hoje no Diário Oficial da União.

O que aconteceu

O indicador foi definido pela Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos). O reajuste é baseado na inflação do IPCA entre os meses de fevereiro do ano anterior e fevereiro do ano em que ocorre o reajuste. Em 2024, o aumento foi de 4,5%.

O ajuste máximo dos preços definido pela Cmed ficou em:

  • 5,06% para medicamentos do nível 1;
  • 3,83% para medicamentos do nível 2 e
  • 2,6% para medicamentos do nível 3.

Os níveis dependem da competitividade dos produtos no mercado, ou seja, com mais alternativas no mercado. Os de nível 1 são os mais competitivos, e os de nível 3, os menos. Os de nível 2 são intermediários.

Reajuste médio será de 3,48%, segundo o Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos). “Será o menor reajuste médio dos últimos sete anos, o que pode impactar negativamente os
contínuos e fundamentais investimentos da indústria farmacêutica instalada no país em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e na modernização e construção de novas fábricas”, afirma Nelson Mussolini, presidente executivo do Sindusfarma.

Setor farmacêutico é o único segmento de bens de consumo submetido ao controle de preços. Somente uma vez por ano as indústrias farmacêuticas estão autorizadas a reajustar os preços de seus produtos, para compensar os aumentos de custo de produção acumulados nos 12 meses anteriores.

Reajuste pode ser aplicado neste ano, a partir de hoje, em cerca de 10 mil apresentações de medicamentos disponíveis no mercado varejista brasileiro. Ele não se aplica aos MIPs (medicamentos isentos de prescrição), que têm preços liberados e, portanto, estão fora do controle de preços.

Algumas classes de medicamentos isentos de prescrição:

  • Analgésicos e antitérmicos
  • Antigripais
  • Descongestionantes nasais
  • Antialérgicos
  • Antiácidos
  • Produtos dermatológicos e dermocosméticos
  • Produtos para dor articular e muscular

Novo preço dos medicamentos não é automático e funciona como teto que pode ser cobrado de cada remédio. Os fornecedores têm um período para adaptações e precisam respeitar os “limites legais e suas estratégias diante da concorrência”, afirma a Anvisa. No entanto, mercado pode praticar descontos em cima do valor. Por isso, o preço final pode variar, o reajuste pode ser aplicado até março de 2026. “Em 2024, por exemplo, identificamos medicamentos que tiveram variações maiores que 300% ao longo do ano. Esse é o caso da rivaroxabana, um tipo de anticoagulante, que teve seu preço variando em até 359%”, explica Lélio Souza, vice-presidente de Soluções para Prática Médica da Afya, hub de educação e soluções para a prática médica do Brasil.

Anvisa tem canal de denúncia caso farmácias cobrem valor do remédio acima do estabelecido em lei. Ao fazer a solicitação (neste link), o consumidor precisará incluir documentos como a nota fiscal e a cópia da ata de preço.

”A lei prevê um reajuste anual do teto de preços com o objetivo de proteger os consumidores de aumentos abusivos, garantir o acesso aos medicamentos e preservar o poder aquisitivo da população. Ao mesmo tempo, o cálculo estabelecido na lei, busca compensar eventuais perdas do setor farmacêutico devido à inflação e aos impactos nos custos de produção, possibilitando a continuidade no fornecimento de medicamentos”, disse a Anvisa.

Veja dicas para economizar

Compre genéricos ou biossimilares. São versões mais baratas e com eficácia comprovada.

Use programas governamentais, como Farmácia Popular. Algumas UBSs também disponibilizam gratuitamente diversos medicamentos via SUS.

Compare preços das farmácias antes da compra.

Compre em maior quantidade. Algumas farmácias oferecem desconto na compra de mais de uma unidade, mas isso só vale se o medicamento tiver validade longa e for de uso contínuo.

Aproveite descontos e programas de fidelidade. Há muitos estabelecimentos que oferecem benefícios para clientes cadastrados.

Motorista de ambulância do Samu morre em acidente em Delfinópolis

Motorista de ambulância do Samu morre em acidente em Delfinópolis - Foto: reprodução
Motorista de ambulância do Samu morre em acidente em Delfinópolis – Foto: reprodução

Uma motorista de ambulância que atuava na base do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em Delfinópolis (MG) morreu em um acidente de trânsito na noite da última sexta-feira (28).

Carla de Oliveira Rodrigues, de 35 anos, estava em uma motocicleta que se envolveu em um acidente com um carro. Ela chegou a ser socorrida e encaminhada para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

O motorista do carro, de 43 anos, segundo a polícia, não tinha Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e apresenta sinais de embriaguez. Segundo a polícia, ele fez o exame de bafômetro, que constatou 0,56 mg/l, e foi preso.

De acordo com informações da PM, o motorista do carro relatou que, apesar de não ter CNH, sabia a legislação de trânsito e que estava no sentido de direção quando a motocicleta teria convergido para entrar. Segundo o relato feito por ele, a motocicleta teria colidido contra o veículo.

Motorista de ambulância do Samu morre em acidente em Delfinópolis - Foto: divulgação
Motorista de ambulância do Samu morre em acidente em Delfinópolis – Foto: divulgação

Segundo a PM, ao observar o impacto do acidente nos veículos, o carro sofreu avarias na parte frontal e, a motocicleta, na parte lateral esquerda, verificando que a moto estava fazendo uma conversão para entrar na via, quando houve a colisão com o veículo.

O Consórcio Intermunicipal de Saúde da Macro Região do Sul de Minas (Cissul Samu), emitiu uma nota sobre a morte da condutora.

“O CISSUL SAMU, com grande pesar, comunica o falecimento de Carla de Oliveira Rodrigues, Condutora de Ambulância da Base Descentralizada de Delfinópolis, que atuava com o propósito de salvar vidas. Neste momento de luto, expressamos nossas mais sinceras condolências à sua família, amigos e colegas de trabalho.”

Motorista de ambulância do Samu morre em acidente em Delfinópolis - Foto: divulgação
Motorista de ambulância do Samu morre em acidente em Delfinópolis – Imagem: divulgação

Via: Clic Folha

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