Jornal Folha Regional

PT formaliza chapa Lula-Alckmin como candidatos a presidente e vice

O Partidos dos Trabalhadores (PT) oficializa nesta quinta-feira (21) os nomes do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) como candidatos a presidente e vice, respectivamente, em evento formal da convenção nacional do partido, em São Paulo. 

Lula desponta como líder nas pesquisas de intenção de voto, sendo o principal adversário do presidente Jair Bolsonaro (PL) nessa disputa. O atual chefe do Executivo federal se posiciona em segundo lugar nas pesquisas. 

Apesar da formalização da candidatura, nem Lula nem Alckmin participam do evento em São Paulo. Eles estarão em atos públicos em Pernambuco, desde a quarta-feira (20). 

Lula estará presente na convenção partidária do PSB, que será realizada em Brasília (DF) na próxima sexta-feira (29). 

Há uma semana, o PT referendou e aprovou a política de alianças do partido para as eleições, além da chapa, em um encontro nacional nomeado “Marcelo Arruda”, em homenagem ao guarda municipal e tesoureiro do partido em Foz do Iguaçu (PR) que foi assassinado por Jorge Guaranho, policial penal declaradamente apoiador de Bolsonaro, em 9 de julho.

Ainda nesta quinta-feira, será realizada a Convenção Nacional da Federação Brasil da Esperança. Na pauta da convenção está a aprovação da coligação nacional PT, PCdoB, PV, PSB, Rede, PSOL e Solidariedade, além da ratificação da chapa Lula-Alckmin para registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Sem alianças, Ciro Gomes oficializa candidatura à presidência da República

O PDT oficializou, nesta quarta-feira (20), o nome de Ciro Gomes para ser candidato à presidência da República, na convenção nacional do partido, em Brasília. Ele é o primeiro postulante ao Planalto a homologar a candidatura.

Candidato pela quarta vez, Ciro chega ao período das convenções partidárias sem grandes perspectivas de formar alianças com outras legendas, como também aconteceu em 2018.

Lideranças do PDT ainda alimentam esperanças de uma coligação com o PSD, dirigido por Gilberto Kassab, ou o União Brasil, que tem como pré-candidato Luciano Bivar. Mas admitem que a negociação dificilmente será bem sucedida.

Por isso, o vice da chapa só deve ser anunciado perto do prazo final para as convenções, no dia 5 de agosto. A tendência, como já admite Ciro, é de uma chapa “puro-sangue”, apenas com nomes do PDT e com preferência por uma mulher, repetindo 2018. Na ocasião, a vice foi a senadora Kátia Abreu (TO).

No momento, são cotadas a senadora Leila Barros (DF) e Suely Vilela, ex-reitora da USP. Leila é pré-candidata ao governo do Distrito Federal e a princípio, dará palanque a Ciro na capital do país.

Outro obstáculo enfrentado por Ciro é a estagnação nas pesquisas de intenção de votos. Em diferentes levantamentos, ele aparece com cerca de 6% a 8%, patamar que mantém desde o início do ano. Mesmo se mantendo em terceiro lugar nas pesquisas, segue longe do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Devido aos resultados das pesquisas, Ciro e dirigentes do PDT chegaram a ouvir pedidos de membros do PT – apelidados de “urubus” pelo candidato – para que retirem a candidatura e declarem apoio a Lula já no primeiro turno. Os pedetistas negam que haja a possibilidade

Mudança de slogan

A convenção nacional do PDT também marcará a mudança no slogan oficial da campanha. Em janeiro, no lançamento da pré-candidatura de Ciro Gomes, foi adotado o lema “A Rebeldia da Esperança”. Agora, o slogan será “Prefiro Ciro”.

A alteração tem como objetivo combater o chamado “voto útil”, que tende a favorecer Lula e Jair Bolsonaro, e transmitir a imagem de que no primeiro turno, Ciro seria o candidato ideal.

O receio dos aliados de Ciro é que caso ele continue sem um crescimento expressivo nas pesquisas, eleitores comecem a migrar para Lula, com fim de derrotar Bolsonaro já no primeiro turno

Trajetória política

Esta é a quarta vez que Ciro Gomes será candidato à presidência da República. Em 1998 e 2002, se lançou pelo PPS; em 2018, se candidatou pelo PDT. Nas três ocasiões, foi o terceiro colocado na disputa. No último pleito, teve seu melhor resultado, com 12,47% dos votos.

Ciro, 64 anos, é nascido em Pindamonhongaba (SP), mas construiu sua vida política no Ceará. Após ser deputado estadual na década de 1980, foi prefeito de Fortaleza de 1989 a 1990 e governador do Ceará de 1992 a 1994.

Durante pouco menos de quatro meses no fim de 1994, foi ministro da Fazenda do governo Itamar Franco. Nove anos depois, foi ministro da Integração Nacional do governo Lula, de 2003 a 2006, quando se candidatou à Câmara dos Deputados. Entre 2007 e 2011, teve seu último mandato político, como deputado federal.

Ex-ministro de Bolsonaro é preso pela PF por corrupção no MEC

O ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, foi preso nesta quarta-feira (22), em Santos, litoral paulista. O mandado é resultado da operação “Acesso Pago” da Polícia Federal e cita crimes de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência. A operação mira também grupo de pastores. Ao menos um dos pastores, Gilmar Santos, também foi preso.

Segundo a PF, a operação tem o objetivo de investigar a prática de tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), vinculado ao Ministério da Educação (MEC).

O mandado, assinado pelo juiz federal Renato Borelli, determina que Ribeiro seja levado para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília. A audiência de custódia deve ser realizada ainda hoje.

Operação “Acesso Pago” 

Além do mandado preventivo destinado ao ex-ministro, outros 13 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão foram expedidos. As determinações foram distribuídas pelos estados de Goiás, São Paulo, Pará e Distrito Federal. 

Estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão nos endereços do ex-ministro e dos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos. A justiça determinou, ainda, medidas cautelares que proíbem o contrato entre investigados e envolvidos. 

De acordo com a Polícia Federal, a investigação teve início após autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), em razão do foro privilegiado de um dos investigados. A operação corre sob sigilo.

“O crime de tráfico de influência tem pena prevista de 2 a 5 anos de reclusão. São investigados também fatos tipificados como crime de corrupção passiva (2 a 12 anos de reclusão), prevaricação (3 meses a 1 ano de detenção) e advocacia administrativa (1 a 3 meses)”, explicou a PF em nota. 

Áudio incrimina ministro Milton Ribeiro 

A prisão ocorre depois da divulgação, em março deste ano, pelo jornal Estado de S. Paulo, de áudios de Milton Ribeiro em que ele falava sobre o favorecimento de municípios que negociavam verbas com pastores, que não tinham cargos no governo. Dias depois, a Folha de S.Paulo divulgou um áudio em que Ribeiro falava que o pedido vinha diretamente do presidente Jair Bolsonaro (PL). Na época, ele negou, em nota, que Bolsonaro tivesse feito esse pedido. Dias depois, ele pediu demissão da pasta.

Jornalista Eduardo Costa recebe convite para ser vice de Romeu Zema

O Partido Novo convidou o âncora da Record e da Itatiaia, o jornalista Eduardo Costa, para ser candidato a vice-governador na chapa do governador Romeu Zema, nas eleições de outubro de 2022. O jornalista confirmou a informação ao Estado de Minas na manhã de segunda-feira (20).

Pelas redes sociais, Eduardo afirmou estar surpreso com o convite, mas não descartou a proposta. Segundo ele, conversas políticas e outros entendimentos ainda devem ser feitos para avaliar se vai se candidatar ou não.

Eduardo Costa afirmou que já preparava uma pausa na carreira de jornalista por entender que já cumpriu seu ciclo na profissão.

“Foi só um convite. A princípio, eu disse que vou pensar. Vou pensar muito e avaliar. Tenho 66 anos e 45 só de jornalismo. Se estou com saúde e tenho a oportunidade de ajudar um cidadão que, na minha opinião, está consertando o estado, estou propenso sim a topar o desafio. Mas no momento, estou tão confuso quanto vocês que foram pegos de surpresa”, disse.

Eduardo ainda falou que não vai mais se pronunciar sobre o assunto até que tome a decisão e pediu a compreensão dos seguidores.

“Se aceitar a proposta, irei justificar minha escolha para todos vocês”, disse ele.

Romeu Zema veta reajustes extras a servidores da Educação, Saúde e Segurança

O governador Romeu Zema (Novo) vetou os reajustes extras a servidores da Educação, Saúde e Segurança pública, que constavam no Projeto de Lei (PL) aprovado na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). 


O chefe do executivo estadual concedeu o aumento de 10,06% e se amparou na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e em outros artigos da Constituição para barrar os demais pedidos. Na semana passada, Zema já tinha avisado que este reajuste era o limite que a situação do Estado permitia.

“Não se pode realizar política pública de gestão de pessoal, de modo efetivo e sustentável no tempo, sem considerar o anteparo legal e fiscal que lhe dê fundamento, o que demanda gestão pública responsável”, declarou no diário do Executivo.


Os vetos de Zema foram para os 14% de aumento adicional aos agentes policiais, bem como aos trabalhadores da Saúde. Na Educação, foi vetada a majoração de 33,24% para o cumprimento do piso nacional do magistério.

O prazo final para reajustes termina nesta terça-feira (5/4), já que em anos eleitorais os reajustes só podem ser dados antes dos 180 dias que precedem a eleição.


Na ALMG, os deputados já se articulam para derrubar o veto do governador. O impasse pode gerar até uma judicialização.

Bolsonaro estará presente na inauguração do Santuário de Santa Rita de Cássia a convite de Carlos Melles

O presidente nacional do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Carlos Melles, que é de São Sebastião do Paraíso (MG), no ano passado entregou ao presidente Jair Messias Bolsonaro, no Palácio do Planalto, em Brasília, um convite especial para a inauguração do novo Santuário de Santa Rita, que será em maio deste ano. O templo está sendo construído na cidade de Cássia (MG).

De acordo com informações do empresário Paulo Flávio de Melo Carvalho, doador do Santuário à Diocese de Guaxupé, o templo será o maior do mundo dedicado à Santa Rita.

“O convite, do qual fui portador, está assinado pelo bispo diocesano, Dom José Lanza Neto, pelo prefeito cassiense, Rêmulo Carvalho Pinto, o “Reminho”; e pelo empresário Paulo Flávio. O presidente ficou muito honrado e agendou para estar presente, no dia 22 de maio de 2022, neste que será um momento histórico com a participação de milhares de fiéis”, afirmou Melles ao jornalista Romulo Leandro.

Um grupo de apoiadores do Presidente estão movimentando as redes sociais com a confirmação da vinda do Presidente, e sua participação em uma Motociata que será organizada.

De acordo com as postagens apuradas pela redação do Jornal Folha Regional, um grupo de conservadores e apoiadores do presidente, a concentração será no Posto Primavera no Jardim Elimar em Franca (SP), às 07h30 rumo à cidade de Cássia pela Rodovia Ronan Rocha.

Moro desiste de disputa por Presidência da República; Doria oficializa saída do governo de SP e mantém pré-candidatura à Presidência

O ex-juiz Sergio Moro anunciou que desistiu da candidatura à Presidência da República. Moro assinou, na tarde da última quinta-feira (31), a filiação ao União Brasil, deixando o Podemos. Apesar da mudança, ele ainda não decidiu a qual cargo concorrerá nas eleições deste ano. A expectativa é que a definição saia até julho com base na análise dos resultados das próximas pesquisas.

“O Brasil precisa de uma alternativa que livre o país dos extremos, da instabilidade e da radicalização. Por isso, aceitei o convite do presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar, para me filiar ao partido e, assim, facilitar as negociações das forças políticas de centro democrático em busca de uma candidatura presidencial única”, escreveu Moro, nas redes sociais.

“A troca de legenda foi comunicada à direção do Podemos, a quem agradeço todo o apoio. Para ingressar no novo partido, abro mão, nesse momento, da pré-candidatura presidencial e serei um soldado da democracia para recuperar o sonho de um Brasil melhor.”

Por outro lado, João Doria (PSDB) oficializou na última quinta-feira (31), em pronunciamento no Palácio dos Bandeirantes, a sua saída do governo de São Paulo e afirmou que vai manter a sua pré-candidatura à Presidência da República pelo partido.

O vice-governador, Rodrigo Garcia (PSDB), irá assumir no seu lugar e se candidatará ao cargo no estado. O evento foi realizado no momento em que havia uma discussão sobre uma possível desistência de Doria à disputa.

“Sim, serei candidato à Presidência da República pelo PSDB, nosso partido, o Partido da Social Democracia Brasileira. E junto, ao lado de outros partidos valorosos, de políticos e de pessoas que têm respeito pela democracia, pela vida e pelos cidadãos, nós vamos vencer, vamos vencer o populismo, a maldade, a adversidade, a corrução. E juntos, todos nós, vamos ter um novo Brasil. Viva a nossa pátria”, afirmou Doria.”Eu quero estar ao lado de vocês, a partir do próximo dia 2 [de abril], para mostrar que é possível, sim, ter uma nova alternativa para o Brasil”, completou.

Ex-vereadores de Delfinópolis vão devolver R$ 180 mil à Câmara

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) conseguiu, por meio de acordos de não persecução cível, que seis vereadores de Delfinópolis durante o exercício de 2017/2020 devolvam cerca de R$180 mil à Câmara do município. Os valores, corrigidos, conforme apurado, foram obtidos ilicitamente. Eles também se comprometeram a pagar, cada um, a título de danos causados à coletividade, cinco salários mínimos, totalizando R$33 mil, os quais serão revertidos a instituições sem fins lucrativos, bem como R$21.373,43, como multa civil, a qual também será revertida à casa legislativa do município. Uma parte desses valores já foi paga à vista; outra será paga em parcelas.

Os seis ex-agentes políticos, além de outros três então vereadores, são alvo de Ação Civil Pública por ato de Improbidade Administrativa ajuizada pelo MPMG, por meio do promotor de Justiça Rafael Calil Tannus. Nela, a instituição aponta que os vereadores da Câmara Municipal de Delfinópolis, ao receberem pagamentos indevidos no período de janeiro a março de 2017 e de janeiro a maio de 2019, obtiveram vantagem patrimonial indevida no exercício do mandato no Poder Legislativo Municipal. A irregularidade foi constatada em função de aumento de subsídios implementado pelo então presidente da Câmara de maneira ilegal.

Com a assinatura do acordo de não persecução civil, seis dos nove então vereadores locais reconheceram a irregularidade no recebimento dos valores, comprometendo-se a reparar os danos causados, sem que seja preciso aguardar o trâmite do processo e eventual decisão judicial.

“No caso de Delfinópolis, a atuação resolutiva e negociada permitiu, em tempo razoável, a reparação do dano e aplicação de multa cível, sanções previstas na lei de improbidade, além de possibilitar o envio de recursos para finalidades sociais na área de infância e juventude e segurança pública da Comarca”, explica o promotor de Justiça Thiago de Paula Oliveira, que formalizou os compromissos com os ex-vereadores.

Com o acordo, a ação de improbidade com relação aos seis requeridos será extinta. A demanda prosseguirá com relação aos três vereadores que não celebraram o acordo.

Via: Clic folha.

Avante lança pré-candidatura de André Janones à Presidência da República

O partido Avante lançou no último sábado (29) a pré-candidatura do deputado federal Andre Janones à Presidência da República.

O lançamento da pré-candidatura ocorreu em ato do partido no Mar Hotel, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. Antes mesmo do lançamento oficial pelo partido, Janones já era citado em pesquisas de intenção de voto.

Entre os presentes no evento de lançamento da pré-candidatura estavam os deputados federais pelo Avante Greyce Elias (MG), Sargento Isidorio (BA), Tito (Bahia), Sebastião Oliveira (PE) e Luís Tibé (MG), que também é presidente nacional do partido.

Outros partidos também já lançaram oficialmente pré-candidatos ao Palácio do Planalto:

  • Cidadania – Alessandro Vieira, atual senador por Sergipe;
  • Novo – Felipe d’Ávila, cientista político;
  • PSDB – João Doria, atual governador de São Paulo;
  • PDT – Ciro Gomes;
  • UP – Leonardo Péricles, presidente do partido.
  • MDB – Simone Tebet, atual senadora pelo Mato Grosso do Sul.

Não foram anunciados oficialmente ainda, mas estão cotados para participar das eleições para Presidência da República:

  • Jair Bolsonaro (PL);
  • Luiz Inácio Lula da Silva (PT);
  • Rodrigo Pacheco (PSD);
  • Sergio Moro (Podemos).

Discurso


Após ter a pré-candidatura lançada, Janone fez um discurso de cerca de 45 minutos. Depois de cumprimentar as pessoas presentes, ele falou sobre a própria história de vida e criticou direcionamentos ideológicos a pautas relacionadas ao país

Janones também criticou adversários políticos, principalmente o presidente Jair Bolsonaro, o ex-presidente Lula e o ex-ministro da Justiça e ex-juiz da Operação Lava Jato Sergio Moro, todos cotados como candidatos à Presidência.

Sobre as propostas, o pré-candidato disse que pretende criar um programa de renda básica e fazer investimentos “pesados” na promoção da igualdade social.

“Vamos encampar essa campanha de um programa de renda mínima para aqueles que mais precisam. E quando eu falo sobre isso, a primeira coisa que sempre me perguntam em qualquer entrevista ou debate é ‘vai tirar dinheiro de onde?’. Ninguém nunca perguntou de onde vai tirar dinheiro para pagar o juro a banqueiro, para pagar amortização de dívida, para pagar privilégio de político”, disse.

O deputado federal criticou em diversas vezes o que chamou de “polarização política” entre a esquerda e a direita. Criticou a discussão de pautas como porte de arma de fogo, do movimento “Escola sem Partido” e também do que se convencionou chamar de “ideologia de gênero”.

“Ela [a população] até queria poder falar do ‘partido sem escola’ (sic) mas ela não pode opinar sobre isso porque está com fome, ela não tem o que comer hoje à noite, ela não tem garantia de que amanhã vai conseguir se alimentar. Então, para essas pessoas, essas discussões ideológicas são discussões absolutamente secundárias”, declarou.

Janones também falou, por diversas vezes, que pretende exercer um mandato participativo, caso seja eleito à Presidência da República. Afirmou que o eleitor deve participar ativamente da gestão e que é possível discutir “combate à corrupção enquanto se dá comida a quem tem fome”.

Sobre o meio ambiente, o pré-candidato afirmou que a preservação seria muito mais fácil e efetiva se o foco fosse colocado em políticas sociais para melhorar as condições de vida das pessoas.

Carreira política


André Janones nasceu em Ituiutaba, no triângulo mineiro, e é advogado. Exerce o primeiro mandato na Câmara como deputado federal. Em 2016, ele se candidatou à prefeitura da cidade em que nasceu, mas foi derrotado.

Em 2018, foi eleito deputado federal pelo Avante como o terceiro parlamentar mais votado de Minas Gerais, com 178.660 votos. Em 2019, foi alvo de um processo no Conselho de Ética da Câmara por ter mencionado que havia bandidos entre os parlamentares.

Ele responde a um processo cível na Justiça de Minas Gerais por ter postado no Facebook um vídeo com críticas ao chefe de gabinete do então prefeito de Capelinha (MG), o qual chamou de “estelionatário” e “nepotista”.

Em 2021, André Janones tentou, em candidatura avulsa, ser presidente da Câmara dos Deputados. Ele ficou em sexto lugar, com três votos.

Pré-candidato à Presidência, Doria pretende privatizar Banco do Brasil e ‘leiloar’ Petrobras

As privatizações, concessões e parcerias público-privadas (PPPs) terão destaque no plano de governo de João Doria, pré-candidato do PSDB à Presidência. O tucano pretende seguir o modelo adotado na gestão em São Paulo. No desenho do que chama de “um amplo programa de desestatização”, o comitê econômico de Doria vai incluir propostas de privatização do Banco do Brasil (BB) e de “fatiamento” e “leilão” da Petrobras, dois símbolos estatais.

Em relação ao BB e à Caixa Econômica Federal, a avaliação já explicitada pelo próprio governador é de que não há espaço para dois bancos sob o controle do Estado.

“Nossa visão é que não há necessidade de termos duas instituições financeiras públicas e que há margem para termos ganhos de eficiência preservando as diversas atividades desempenhadas pelos dois bancos, mas com uma estrutura mais eficiente”, afirmaram, em nota ao Estadão, os economistas Henrique Meirelles, Ana Carla Abrão, Zeina Latif e a advogada Vanessa Rahal Canado.

Em entrevista ao programa Canal Livre, da Band, Doria foi categórico. Disse que, se eleito, “o Banco do Brasil será privatizado”. “A função social de uma instituição financeira pública existe e é importante, mas você não precisa ter duas instituições fazendo isso.”

Na visão do pré-candidato, a Caixa, que hoje é responsável pelo financiamento habitacional e por programas sociais, pode, por exemplo, acumular funções que são do BB, como o “crédito rural”, destinado ao produtor agrícola e pecuário.

“A Caixa Econômica Federal pode cumprir o papel institucional para a área de habitação, para o agronegócio, para o empréstimo para o micro e pequeno empreendedor”, reiterou o presidenciável tucano.

Ao Estadão, a equipe econômica de Doria observou que “ainda há falhas de mercado que justificam a ação estatal, particularmente o crédito para grupos vulneráveis”. “Vale ainda citar que há avanços na governança, à luz da lei das estatais, contribuindo para blindar as instituições de pressão política”, afirmaram.

Além da privatização do BB, o tucano já manifestou a intenção de desestatizar a Petrobras. O governador defende que fatiar os ativos da empresa e vender para diferentes empresas vai evitar um monopólio privado. Ele sugere a criação de um fundo regulador que balize o preço do combustível. “Haverá uma modelagem bem feita e profunda para garantir que a Petrobras possa cumprir um novo papel em sua história nas mãos da economia privada. Ela não terá o mesmo tamanho que tem hoje. Será fatiada. As empresas que vencerem o leilão terão que mensalmente aportar recursos a um fundo de compensação que será um colchão a cada vez que tivermos aumentos mais expressivos no barril de petróleo no plano internacional”, afirmou em entrevista ao Estadão, em dezembro.

Agências

Na esteira deste processo, a equipe econômica de Doria defende considerar “modelos intermediários” de desestatização, fundamentados na criação de agências regulatórias. Na avaliação do comitê, a desestatização não deve ter como foco a “venda de ativos públicos para arrecadar recursos, mas sim a geração de ganhos de eficiência”, o que permitiria que o Estado se concentre em áreas essenciais como educação, saúde, segurança pública e de políticas de redução da desigualdade. “É fundamental que seja acompanhado de uma boa regulamentação e daí a importância do fortalecimento das agências regulatórias.”

No governo paulista, o pré-candidato tucano, contudo, ainda enfrenta dificuldade de efetivar a venda de importantes ativos públicos. Doria conseguiu executar concessões e PPPs em São Paulo que somaram R$ 45 bilhões de investimentos, segundo sua assessoria. As transferências se concentram em sua maioria em concessões, como o lote de rodovias de Piracicaba a Panorama e de 22 aeroportos regionais. Já leilões como o da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) ainda não saíram do papel e a transferência da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) para a iniciativa privada está parada na Justiça.

Reformas

O comitê econômico também elaborou um documento contrário à possibilidade de revisão do teto de gastos e da reforma trabalhista, como sugerido por petistas. Ele propõe a “revisão das emendas parlamentares” como medida principal, seguida pela revisão de políticas sociais “ineficientes”; a condução de uma reforma administrativa; a eliminação de sobreposições entre FGTS e seguro-desemprego; a reformulação de práticas jurídicas e programas de auditoria dos benefícios sociais.

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