Jornal Folha Regional

Moderna planeja solicitar autorização para uso emergencial da vacina contra Covid-19 nos EUA e Europa nesta segunda

A Moderna, farmacêutica norte-americana que está desenvolvendo uma vacina contra a Covid-19, anunciou que planeja solicitar uma autorização para uso emergencial do seu imunizante a agências reguladoras dos EUA e Europa nesta segunda-feira (30).

A farmacêutica disse que os resultados completos de um estudo em estágio final mostram que sua vacina foi 94,1% eficaz, sem preocupações sérias de segurança. “A eficácia da vacina contra Covid-19 grave foi de 100%”, afirma a Moderna.

O resultado mais recente de eficácia do Moderna é ligeiramente inferior ao de uma análise provisória divulgada em 16 de novembro, com 94,5% de eficácia. Segundo Tal Zaks, diretor médico da farmacêutica, a diferença não é estatisticamente significativa.

O estudo de fase 3, conhecido como estudo COVE, envolveu mais de 30 mil participantes.

Esta segunda análise foi baseada em 196 casos – 185 eram participantes do grupo de placebo e 11 no grupo que recebeu a vacina. As únicas pessoas que ficaram gravemente doentes – 30 participantes, incluindo um que morreu – receberam o placebo.

“Esta análise primária positiva confirma a capacidade da nossa vacina de prevenir a Covid-19 com 94,1% de eficácia e, mais importante, a capacidade de prevenir a Covid-19 grave. Acreditamos que nossa vacina fornecerá uma ferramenta nova e poderosa que pode mudar o curso desta pandemia e ajudar a prevenir doenças graves, hospitalizações e morte ”, disse Stéphane Bancel, CEO da Moderna.

Consultores independentes da Food and Drug Administration (equivalente à Anvisa dos EUA) devem se reunir em 17 de dezembro para revisar os dados do ensaio da Moderna e fazer uma recomendação ao FDA.

Ainda não há um contrato com o governo federal ou com estados brasileiros para a aquisição da vacina da Moderna.

Como funcionam as 3 fases

Nos testes de uma vacina — normalmente divididos em fase 1, 2 e 3 —, os cientistas tentam identificar efeitos adversos graves e se a imunização é capaz de induzir uma resposta imune (ou seja, uma resposta do sistema de defesa do corpo).

Os testes de fase 1 costumam envolver dezenas de voluntários; os de fase 2, centenas; e os de fase 3, milhares. Essas fases costumam ser conduzidas separadamente, mas, por causa da urgência da pandemia, várias empresas têm realizado mais de uma etapa ao mesmo tempo.

Antes de começar os testes em humanos, as vacinas são testadas em animais – normalmente em camundongos e, depois, em macacos.

Lago de Furnas é portador da matéria-prima mais importante para a cura de queimaduras

Em 2011, o médico pernambucano Marcelo Borges, viu uma matéria no Jornal do Commércio de Pernambuco, onde foi revelado que a pele da tilápia é subproduto de descarte e apenas 1% é empregado no artesanato, assim surgiu a ideia de utilizar esta pele no tratamento de queimaduras. No ano de 2014, Marcelo Borges compartilhou a ideia com o cirurgião plástico cearense Edmar Maciel, que o convidou para viabilizar e realizar este estudo no Ceará.

Hoje, a linha de pesquisa com a pele de tilápia tem a participação de 189 colaboradores distribuídos em sete estados e outros seis países, os quais são: Estados Unidos, Alemanha, Holanda, Colômbia, Guatemala e México, todos coordenados por um grupo brasileiro. O material biológico é objeto de 43 projetos de pesquisa conduzidos dentro e fora do Brasil.

O método pioneiro ajudou a recuperar centenas de vítimas da explosão que ocorreu em Beirute, no Líbano, no dia 4 de agosto deste ano. Foi enviado mais de 40 mil cm² de pele do estoque brasileiro para tratar os libaneses.

Em setembro deste ano, o procedimento foi vencedor do Prémio Euro Inovação na Saúde, com mais de 1.600 projetos inscritos no Brasil e mais de 15 mil médicos participando por meio da votação.

Segundo Edmar Maciel, presidente do Instituto de Apoio ao Queimado, o método é bem mais eficiente do que um curativo feito com pomadas e cremes, que precisam ser trocados constantemente. Além de causar dor, as bandagens podem requerer o uso de anestésicos, elevando ainda mais o preço do tratamento.

“Já a pele de tilápia tem efeito de cicatrização mais rápido e não necessita de tantas trocas, já que o colágeno interage com a ferida da queimadura facilitando o processo de cicatrização. E, como a pele da tilápia adere completamente à área queimada, isso evita a contaminação externa e a e a perda de líquido e proteína, que desidrata o paciente”, afirmou Edmar.

Tilápia no Lago de Furnas

A criação de tilápias, no lago de Furnas, se tornou uma boa alternativa de renda para pescadores da região. Além do lucro, as peles dos peixes serviriam muito bem para ajudar no método para queimaduras.

Hoje na região existem inúmeros tanques para a criação dos animais, cada um com aproximadamente dois mil peixes. Mesmo em época de piracema, a produção não para. 

Do cativeiro, os peixes vão direto para o abate. Apenas o filé, que corresponde a um terço do peso total, é aproveitado, descantando a pele que poderia ser utilizada no tratamento.

A tilápia foi a espécie que melhor se adaptou às águas da represa.

Em 2016, 200 toneladas da espécie, aproximadamente 600 mil peixes, foram encontrados mortos no lago, um prejuízo para os piscicultores estimado em cerca de R$ 900 mil. A água estava com uma cor avermelhada e com pouco oxigênio, mas não se soube a causa concreta das mortes.

Covid-19: vacina da Moderna apresenta 94,5% de eficácia nos testes

A vacina para Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica americana Moderna Inc. mostrou 94,5% de eficácia em resultados iniciais dos testes de fase 3 para desenvolvimento do imunizante. De acordo com comunicado publicado pela empresa nesta segunda-feira, 16, são 30.000 voluntários americanos inscritos nos estudos clínicos.

O estudo primário levou em conta 95 casos positivos de Covid-19 que foram detectados no grupo de pacientes participantes na análise, a partir de duas semanas após receberem a segunda dose do fármaco ou de um medicamento placebo.

Do total, 90 casos eram do grupo do placebo e cinco do grupo que efetivamente tomaram o imunizante. Entre os casos graves (foram onze) nenhum estava no grupo que recebeu efetivamente a vacina.

Em relação à segurança, diz o documento, não há “preocupações significativas”. A maioria dos eventos adversos são leves a moderados.

Os mais comuns foram: dor no local da injeção (2,7%), fadiga (9,7%), mialgia (8,9%), artralgia (5,2% ), cefaleia (4,5%), dor (4,1%) e vermelhidão no local da injeção (2,0%).

A Moderna afirmou que entrará com pedido de uso emergencial do fármaco junto à FDA (agência que regula medicamentos no país) nas próximas semanas.

No começo do mês, a também americana Pfizer anunciou que seu fármaco previne mais de 90% das infecções pela Covid-19.

Covid-19: Minas tem cidades com taxas de mortalidade maiores que a do país

Apenas as macrorregiões Leste e Vale do Aço permanecem na faixa da onda amarela do programa Minas Consciente. Embora a taxa de mortalidade por Covid-19 a cada 100 mil habitantes em Minas Gerais seja menor do que a nacional, algumas das cidades mais populosas dessas regiões apresentam uma taxa maior que o dobro da mineira e superior à do Brasil. 

A taxa de mortalidade em Governador Valadares, na região Leste, é a mais alta entre os municípios mineiros com mais de 50 mil habitantes: são 105,6 mortes a cada 100 mil pessoas. A média móvel da última semana mostra que o aumento de óbitos no município de cerca de 281 mil pessoas está em declínio, mas a quantidade de casos da doença tem tendência de alta, diferentemente da média do Estado, que está em um nível estável. 

A Secretaria Municipal de Saúde da cidade admite o número elevado, mas afirma que ele não se deve à falta de atendimento ou de leitos, que informa ter sido ampliados. Ela pontua que a taxa de recuperação de paciente no município é de 94,5%, superior à do Estado e do Brasil. 

Em Ipatinga, cidade mais populosa do Vale do Aço, a cada 100 mil habitantes, houve 84,4 mortes por Covid-19. O número supera em quase duas vezes a taxa calculada para todo o Estado, em que foram 43,4 óbitos confirmados a cada 100 mil habitantes, e também passa a brasileira, que é 77,1. 

Com menos habitantes que Ipatinga, Timóteo é a cidade com mais de 50 mil habitantes da região que tem, proporcionalmente, mais mortes: a taxa de mortalidade no município é de 92,7 por 100 mil habitantes. Na cidade de cerca de 90,6 mil moradores, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) registrou 84 óbitos. 

Na cidade de Santana do Paraíso, também no Vale do Aço, a justificativa da prefeitura para a taxa de mortalidade mais elevada que a do Estado é uma suposta desatualização dos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O instituto estima que haja 35,4 mil pessoas na cidade, mas, segundo a diretora do departamento de Vigilância em Saúde da cidade, Marcilene Alves, a cidade foi uma das que mais cresceu na região nos últimos 10 anos e teria cerca de 50 mil habitantes. Com isso, a taxa de 81,9 mortes por 100 mil pessoas cairia para aproximadamente 58 — número ainda mais alto que o do Estado.  

Entenda diferença entre taxa de mortalidade e taxa de letalidade

A taxa de mortalidade divide o número de pessoas que morreram por Covid-19 pela população em geral de cada lugar. Já a taxa de letalidade é a razão entre os óbitos e os casos confirmados da doença nas cidades. 

“A taxa de mortalidade indica o risco de morrer por Covid-19 em determinado local, enquanto a taxa de letalidade é uma medida da gravidade da doença”, detalha a epidemiologista Aline Dayrell, professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ela explica que comparar a taxa de mortalidade entre diferentes municípios é mais preciso do que comparar a taxa de letalidade em diferentes locais, já que a subnotificação de casos em cada região é diferente, enquanto as mortes tenderiam a ser registradas com mais precisão.

Entre as cidades mais populosas das macrorregiões Leste e Vale do Aço, apenas Governador Valadares e Timóteo têm uma taxa de letalidade da doença superior à da média do Estado. Em geral, 2,45% dos pacientes com confirmação de Covid-19 em Minas morrem, percentual que aumenta para 3,27% em Governador Valadares e 3,35% em Timóteo. São taxas ainda mais altas que a nacional, que chega a 2,84% e ultrapassa a estimativa mundial de letalidade inferior a 1%. 

Respostas dos municípios

Os municípios citados na matéria foram procurados pela reportagem e apenas as prefeituras de Santana do Paraíso e de Governador Valadares responderam a tempo da finalização do material. A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) foi procurada na manhã do dia 12 de novembro e respondeu que não conseguiria apresentar um posicionamento ou mais informações em menos de 24h. 

Fonte: O Tempo

Minas lidera adesões aos planos de saúde

Minas Gerais é o estado que registrou o maior número absoluto de adesões a planos de saúde nos 12 meses encerrados em setembro deste ano, segundo estudo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).

No período, o estado contabilizou 118 mil novos beneficiários, o que representa um crescimento de 2,4%. O levantamento do IESS mostra que o estado registrou queda nos planos de categoria individual e familiar, mas esse recuo foi compensado por um crescimento expressivo nos planos coletivos, que alcançaram cerca de 140 mil novos vínculos no período encerrado em setembro.


Os dados nacionais apontam para uma evolução do setor de 0,3% entre setembro de 2019 e o mesmo mês deste ano, o que evidencia que Minas vem impulsionando o mercado de planos de saúde. Boletim da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgado recentemente mostra que há 5.153.472 beneficiários de planos de saúde no estado.

Segundo o superintendente executivo do IESS, José Cechin, de uma forma geral, o estudo mostra que o mercado de planos médico-hospitalares resistiu aos impactos da pandemia de COVID-19 e sinaliza para uma reação dos setores produtivos.

“Esse crescimento foi alavancado pelo resultado dos coletivos empresariais, o que mostra que as empresas voltaram a admitir novos colaboradores e, consequentemente, contratar novos planos”, afirma. “Eu entendo que esse crescimento no número de beneficiários em Minas Gerais se deve à ajuda que a desvalorização do real perante o dólar deu aos exportadores, em particular de minérios e de commodities agrícolas, como café, soja e carnes. É a percepção que tenho”, completa Cechin.


O estudo do IESS também mostra que o número de planos individuais no estado, embora menor do que o registrado em setembro de 2019, evoluiu entre julho e setembro deste ano, o que também aponta para aumento de confiança para a retomada do consumo das famílias. No comparativo com setembro do ano passado, o setor registrou aumento de beneficiários em planos de assistência médica em 17 unidades federativas. Além de Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal observaram ganho expressivo de beneficiários em números absolutos.

Inadimplência

Dados levantados pela ANS reforçam a tese de que não houve uma conjuntura de desequilíbrios no setor de planos de saúde no período da pandemia. Em setembro deste ano, a taxa mediana de sinistros ficou em 73%, abaixo do nível histórico. Os dados relativos à inadimplência também se mostraram estáveis e próximos dos patamares históricos, ficando, na média geral de planos, em 7%. Em setembro, o setor registrou 47.118.643 beneficiários em planos de assistência médica, um aumento de 0,4% no comparativo com o mês anterior e de 0,30% em relação ao mesmo período de 2019.

A ANS suspendeu a aplicação de reajustes dos planos no período de setembro a dezembro de 2020. A medida é válida para os reajustes por variação de custos (anual) e por mudança de faixa etária dos planos de assistência médico-hospitalares individuais, coletivos por adesão e coletivos empresariais. Segundo a Agência, a decisão foi tomada com o objetivo de conservar os contratos de planos de saúde num momento de crise sanitária e financeira que afeta o Brasil. A disposição não se aplica a alguns tipos de planos e aos exclusivamente odontológicos.

Reajuste

A ANS comunicou que, a partir de janeiro 2021, as cobranças voltarão a ser feitas considerando os percentuais de reajuste anual e de mudança de faixa etária para todos os contratados que já tiverem feito aniversário. Questionada pelo EM, a Agência informou que detalhes ainda estão em discussão. Em evento no final de outubro, a Diretoria de Normas e Habilitação das Operadoras da ANS indicou que estuda o parcelamento dos valores da recomposição.

Por meio de nota, a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) informou que, por basearem-se em custos de 2019, os reajustes deste ano não refletiriam os impactos da pandemia sobre o sistema de saúde. A entidade informou que o impacto da demanda reprimida sobre os atendimentos adiados ainda está sendo avaliado e somente agora o sistema de saúde volta à normalidade.

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) reagiu ao comunicado da ANS de que os usuários de planos de saúde serão cobrados pelos reajustes suspensos. Em nota, a entidade acusa a medida da agência de “limitada e insuficiente” e defende que a recomposição não deve acontecer. O Idec chama atenção para o fato de que as operadoras nunca tiveram um momento financeiro tão favorável nos últimos 10 anos, conforme dados da própria ANS.

Fonte: EM

São Tomé das Letras registra primeiro caso de coronavírus

A Prefeitura de São Tomé das Letras (MG) confirmou na última quinta-feira (5) o primeiro caso positivo de COVID-19 na cidade. O município era o único do Sul de Minas e estava entre os três do estado livres da doença. A cidade reabriu para turistas no mês passado, após liminar obtida por empresários na Justiça.

De acordo com a prefeitura, a pessoa infectada esteve em viagem a trabalho em São Paulo. “Em respeito à ética, a prefeitura prefere não revelar a idade do paciente. Trata-se de uma mulher, que apresenta sintomas leves. Ela se encontra em isolamento domiciliar”, informou a assessoria de imprensa.

A prefeitura publicou nota nas redes sociais e pediu calma à população. “Todas as providencias necessárias já foram tomadas pela equipe de saúde. Casos suspeitos, confirmados e descartados são notificados no boletim para conhecimento de todos”, afirma o comunicado. A cidade tem agora um caso confirmado do novo coronavírus e outros cinco suspeitos

São Tomé das Letras entra nas estatísticas

São Tomé das Letras era a única cidade do Sul de Minas que permaneceu quase oito meses sem nenhum caso confirmado do novo coronavírus. Com essa moradora infectada, apenas duas cidades seguem sem registros de COVID-19 em MinasPedro Teixeira, na Zona da Mata, e Cedro de Abaeté, na Região Central.

O município chegou a ter casos suspeitos em agosto, depois que um médico infectado, de outra cidade, fez atendimento no local. De acordo com a prefeitura, 15 pacientes ficaram em isolamento domiciliar até a divulgação do resultado dos exames. “Os moradores estavam assintomáticos. Todos os testes deram negativo”, informou a assessoria de imprensa.

Com pouco mais de 6 mil habitantes, São Tomé se manteve fechada para turistas desde o começo da pandemia. O decreto barrando a entrada de visitantes foi prorrogado a cada mês. “Enquanto isso, o setor de Turismo elaborou um plano para a retomada consciente do comércio local e, posteriormente, pretendia promover uma volta gradual de turistas na cidade”, ressalta a assessoria.

Em 6 de outubro, um grupo de empresários obteve liminar na Justiça pedindo a volta de turistas na cidade. O documento foi expedido pela juíza Fernanda Machado de Souza Leite, da 2ª Vara Cível da comarca de Três Corações. A magistrada entendeu que a cidade se enquadra na onda amarela do Programa Minas Consciente, do governo do estado, e, por isso, tem condições de fazer a retomada do turismo.

“A concessão da liminar foi dada sem que a prefeitura nem sequer fosse ouvida, invalidando todos os atos administrativos do município no combate à propagação da COVID-19”, disse a prefeita Marisa Maciel (PT).

Moradores protestaram contra a decisão da Justiça, e a prefeitura recorreu. “A cidade ainda não tem condições de reabrir para o feriado. A população está em pânico. Esse mandado de segurança foi feito pela minoria de empresários na cidade, que já protestaram para pedir essa reabertura”, informou a prefeitura por meio da assessoria de imprensa.

A liminar chegou a ser suspensa pelo presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Gilson Soares Lemes. Mas o pedido de suspensão foi negado pela desembargadora-relatora, Maria Inês Souza, nos autos do recursos do agravo de instrumento, e, em 15 de outubro, a cidade voltou a receber turistas.

Cortina do abraço alivia isolamento social no asilo de Arcos

A suspensão de visitas para proteger os idosos da Covid-19 trouxe desafios para os projetos de convivência no Lar Pousada dos Berto. O plano de prevenção da doença até agora tem resultados positivos, mas a diretoria também se preocupa com a parte psicóloga dos residentes- que deixaram de conviver com familiares e amigos.

Para amenizar a situação, novos projetos foram criados e nesta semana foi lançada a Cortina do Abraço. O projeto é realizado em parceria com os Doutorzinhos do riso, entidade parceira do Lar. “É uma forma de aproximar os idosos das pessoas que eles gostam e continuar os protegendo”, explica Miriam Castro, presidente do Doutorzinhos.

O grupo foi responsável por produzir a cortina, que foi instalada na garagem da instituição em local isolado e próprio para a atividade. O projeto foi apresentado para a Vigilância Sanitária de Arcos, que vistoriou o local antes do início. “Temos uma preocupação constante em atender os pedidos dos idosos, um deles é poder encontrar com familiares e amigos. Como precisamos protegê-los, a cortina faz esse elo de aproximação, e mesmo com limitações os fazem sentir mais perto das pessoas que eles gostam”, comenta o presidente do Lar, Ricardo Fonseca. Ele explica que vários protocolos são seguidos e incentiva familiares e amigos dos idosos a agendar a visita na cortina do abraço. “ Para seguir as regras sanitárias é preciso agendar, o visitante é paramentado, o idoso usa acessórios de proteção e após a visita, a cortina é esterilizada. Queremos ter o equilíbrio entre manter contato com o público externo e continuar o plano de proteger os idosos da Covid”, explica Ricardo.

Os agendamentos podem ser feitos pelo telefone 3351 1838. O setor de psicologia da entidade conversou com todos os idosos e realizou uma simulação a eles sobre como é feito o encontro para que tenham ciência das limitações existentes. De acordo com a direção os idosos receberam bem a proposta.

Fonte: Portal Arcos

Bolsonaro cancela acordo por CoronaVac: ‘’Toda e qualquer vacina está descartada’’

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse na última quarta-feira (21), que os processos de compra de qualquer vacina contra a covid-19 estão descartados, por enquanto. A declaração foi dada após o presidente visitar a instalações da Marinha em Iperó (SP), nesta manhã. 

Ele também afirmou ter ordenado o cancelamento do acordo feito pelo Ministério da Saúde com o governo de São Paulo para aquisição de 46 milhões de doses da CoronaVac, a vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan (SP) para combater o novo coronavírus. O protocolo de intenções foi assinado no dia 19 de outubro e anunciado ontem em reunião realizada entre governadores e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

‘’Já mandei cancelar, o presidente sou eu, não abro mão da minha autoridade (…) Até porque estaria comprando uma vacina que ninguém está interessado nela, a não ser nós.’’

Mais cedo, em suas redes sociais, o presidente já havia exposto sua insatisfação com a repercussão das negociações referentes ao acordo mediado pelo ministro Pazuello para compra da CoronaVac. Bolsonaro recebeu várias críticas de apoiadores —alguns se disseram “traídos”— e mensagens que pediam que ele não adquirisse vacina produzida por uma “ditadura comunista”. Em resposta, disse que não compraria a “vacina chinesa de João Doria” e que o povo brasileiro não seria “cobaia”.

Após reclamação de Bolsonaro na internet, o secretário-executivo do ministério, Élcio Franco, negou qualquer acordo com o governo de São Paulo e disse que o que houve foi um “protocolo de intenção” assinado com o Instituto Butantan. Reforçou que o governo não comprará vacinas vindas da China. 

O ofício, assinado pelo ministro da Saúde, porém, confirmava a intenção de compra, desde que a vacina fosse autorizada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), como qualquer outro imunizante.

Cerca de 200 vacinas estão sendo desenvolvidas no mundo contra a covid-19, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde). Relatório da entidade aponta que os estudos clínicos do imunizante desenvolvido na China ocorrem também na Turquia e na Indonésia. E o governo do Chile anunciou, em agosto, que deve participar da fase 3 dos testes.

Sul de Minas avança para a onda verde do Minas Consciente

O Comitê Extraordinário Covid-19 autorizou o avanço da macrorregião Sul de Minas para a onda verde do programa Minas Consciente, do Governo Estadual, que define a flexibilização de atividades durante o período de pandemia do coronavírus.

A medida abrange mais de 150 cidades da macrorregião. Além da Sul, as áreas Oeste e Leste também migraram para a onda verde.

Segundo o comitê, a taxa de incidência do coronavírus caiu 32% nos últimos 14 dias. Além disso, os indicadores como taxa de ocupação de leitos e casos por números de habitantes foram avaliados para a decisão. Segundo o governo, as macrorregiões Oeste, Sul e Leste apresentaram um quadro controlado da doença após passar 28 dias na onda amarela.

Com o avanço para a onda com maior flexibilização, as cidades podem reabrir locais como parques naturais e de diversão, cinemas, teatros e bares com música ao vivo. Veja a lista completa:

– Cinemas, bibliotecas, museus, arquivos;

– Parques, zoológicos e jardins;

– Atividades artísticas, como produção teatral, musical e de dança e circo;

– Feiras, congressos, exposições, filmagens de festas, casas de festas, bufê;

– Parques de diversão, discotecas, boliches, sinuca;

– Bares com entretenimento (shows e espetáculos);

– Serviços de colocação de piercings e tatuagens.

No entanto, é preciso seguir normas de segurança, como distanciamento social, uso de máscara e respeito à lotação máxima. A região Centro-Sul já estava na onda verde.

Faltam 28 dias: Justiça Eleitoral adota medidas sanitárias diante da pandemia de Covid-19

A pandemia de Covid-19, provocada pelo novo coronavírus, fez com que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) adotasse uma série de medidas para preservar a saúde dos eleitores, mesários e candidatos das Eleições 2020, adiadas para os dias 15 e 29 de novembro para se conciliar democracia com saúde pública.

A partir de uma consultoria gratuita prestada por especialistas da Fiocruz e dos hospitais Sírio-Libanês e Albert Einstein, o Tribunal elaborou o Plano de Segurança Sanitária para o pleito deste ano. Conforme o documento, o uso de máscara para proteção da face virou item obrigatório nas seções eleitorais.

Os mesários também receberão álcool em gel de uso individual e viseiras plásticas, com a recomendação para guardar as máscaras substituídas na embalagem do material que receberam. Depois, já em casa, a orientação é para que descartem os produtos usados na lixeira. Seguindo orientações da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde, a máscara deve ser trocada a cada quatro horas.

Cada local de votação tem as suas peculiaridades; porém, como norma geral, o eleitor será orientado a não jogar fora a sua máscara na seção. Caso alguém insista, receberá a instrução para higienizar as mãos e descartar o produto na lixeira do banheiro, dentro de alguma proteção, como um saco plástico ou enrolado em papel toalha. Em seguida, ele deverá desinfetar as mãos com álcool 70% ou com água e sabão.

Haverá álcool em gel nas seções eleitorais para a higienização das mãos dos eleitores antes e depois da votação. Os mesários também terão o produto para uso individual. Serão afixados cartazes de orientação sobre as medidas. Os itens de segurança sanitária foram doados por um grupo de cerca de 30 empresas.

Além disso, será recomendado que os eleitores mantenham a distância mínima de um metro dos demais e dos mesários. O presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, tem reiterado que as regras do protocolo de segurança são obrigatórias.

Além da máscara, é recomendado ao eleitor levar sua própria caneta para assinar o caderno de votação. A Justiça Eleitoral sugere ainda que o eleitor não esteja com crianças ou outros acompanhantes no local de votação. Não será permitido comer, beber ou fazer qualquer atividade que exija a retirada da máscara.

O horário preferencial para as pessoas do chamado grupo de risco para a Covid-19 e prioridades legais (idosos e pessoas com deficiência ou com dificuldades de locomoção, entre outros) será das 7h às 10h. Ninguém será proibido de votar nesse horário, mas o ideal é que, se possível, quem não for do grupo de risco nem estiver entre as prioridades legais compareça em outro momento, lembrando que o funcionamento das seções se dará das 7h às 17h.

Os eleitores ou mesários que estiverem com febre ou que tenham testado positivo para a Covid-19 nos últimos 14 dias anteriores à data da eleição deverão permanecer em casa. No caso dos eleitores, é possível justificar a falta por esse motivo. Já os mesários precisam comunicar o fato imediatamente à sua zona eleitoral, para que seja escalado um substituto.

Fonte: TSE.

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