Jornal Folha Regional

Policial que estava na Viatura da Polícia Militar ao perseguir moto falece

O Soldado da Polícia Militar Giancarlo Assis Ribeiro veio a óbito na noite deste sábado (23), na Santa Casa de Paraíso.

No início da noite da última sexta-feira (22), uma viatura da Polícia Militar de São Sebastião do Paraíso (MG) capotou enquanto estava perseguindo uma moto, na Avenida Alfredo Campolongo.

Os dois militares foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros e SAMU e encaminhados até a Santa Casa de Paraíso.

O Sargento Paulo Ricardo passou por uma cirurgia e está bem, já o soldado Geancarlo veio a óbito.

Comerciantes de Passos querem saber se terão auxílio para pagar aluguel

Essa é a pergunta que muitos comerciantes de Passos (MG),  fazem desesperadamente.

Com o caixa desfalcado e na “linha de datas”: Tributos pesado, aluguel de ponto comercial, pagamento de mercadoria, energia, água, honorários…. e por aí vai.

Essa é a Rua Presidente Antônio Carlos, região comercial de Passos, “Shopping” a céu aberto na tarde desta última sexta-feira (22).

Fonte: Passos Online

Vigilância multa bar por aglomeração em Alpinópolis

Na tarde deste sábado (23), a Vigilância em Saúde de Alpinópolis (MG),  multou um bar na zona rural da cidade, pelo mesmo estar aberto desrespeitando as normas exigidas pelo Minas Consciente e as orientações de segurança contra a covid-19.

Alpinópolis, assim como todas cidades da região está na Onda Vermelha e somente os serviços essenciais podem funcionar de acordo com o último Decreto Municipal.

Recentemente o prefeito municipal Rafael Freire, implantou a Central de Monitoramento da Covid-19 (CMC), para que a população possa contribuir na conscientização contra a Covid-19, e denunciando festas, aglomerações, descumprimento do Decreto Municipal e o não uso de máscaras. O contato é (35) 98428-9888

A medida será aplicada a todos os comércios que infringirem e não seguir os protocolos exigidos.

Família pede doação de sangue para o Delegado Doutor Regis

A família de Doutor Regis Antônio Reis Ferreira, conhecido como Delgado Doutor Regis pede ajuda aos moradores de São Sebastião do Paraíso (MG) e região.

Doutor Regis está internado na UTI da Santa Casa de Misericórdia de Passos (MG), desde do dia 5/12/2020 após contrair o vírus COVID-19. Eles estão pedindo 50 doadores.

Agendamento de doação por telefone: 155 (opção 8).

Agendamento on-line:

Site: www.hermominas.mg.gov.br

Valem doações de qualquer tipo sanguíneo.

É importante que o doador fale que a doação é para Doutor Regis.

Doar sangue é um ato de amor!

Doar sangue não dói, não prejudica a saúde e é um ato de amor ao próximo.

Doe sangue!!

Fonte: Emergências Paraíso

Prêmio elege Minas Gerais como uma das regiões mais acolhedoras do mundo

Minas Gerais foi eleita pelo Traveller Review Awards 2021, como uma das regiões mais acolhedoras do mundo. O estado ficou no top 10 da premiação realizada pelo site Booking.com.

Esta é a primeira vez que o ranking, que reúne locais dos quatro cantos do planeta que se destacam pela hospitalidade, conta com um representante brasileiro.

O Traveller Review Awards 2021 escolheu os vencedores a partir das avaliações das hospedagens que os viajantes fizeram na Booking.com

após a estadia.

Veja a lista:

Taitung County (Taiwan)

Prešovský kraj (Eslováquia)

Oberösterreich (Áustria)

Tasmânia (Austrália)

Canterbury (Nova Zelândia)

Nova Scotia (Canadá)

Chubut (Argentina)

O’Higgins (Chile)

Iowa (Estados Unidos)

Minas Gerais (Brasil)

Guapé: a cidade quase afogada pelas águas de Furnas

Guapé, localizado no Sul de Minas, é um pedacinho do paraíso cercado de um belo azul do Mar de Minas, com suas encantadoras cachoeiras, serras e paredões. Lugar de natureza exuberante, com belas vistas, um pôr do sol incomparável, festas culturais, deliciosas comidas típicas e um povo ilustre e acolhedor.

Sempre linda e harmoniosa, Guapé é conhecida por muitos como uma cidade de fé, onde Deus colocou a mão e não mais tirou.

Aqueles que visitam a cidade se enchem de emoção ao testemunhar os encanto que ali existem, entretanto, muitos que desfrutam disso, às vezes não fazem ideia do conflito que Guapé viveu no passado. Batalha dos moradores com aquele que um dia tiraria grande parte do que amavam e do que construíram: a Usina Hidrelétrica de Furnas. Mas antes de falar sobre Furnas vamos entender um pouco como surgiu nossa querida Guapé.

Em primeira análise, o nome Guapé se origina da planta aquática que se tinha em abundância, a Aguapé que na língua indígena significa “caminho sobre as águas”, pois recobre a superfície dos lagos e rios com suas folhas, formando uma espécie de tapete verde.

Bem antes do surgimento do município, a região era lar dos indígenas da nação Cataguá, que reza a lenda, podiam andar sobre os aguapés em busca da piracema, movimento migratório de peixes no sentido das nascentes dos rios, com fins de reprodução. Anos mais tarde com a chegada dos Bandeirantes e com iniciativa de Lourenço Castanho, fidalgo europeu, os destemidos indígenas foram domados e afastados, as fazendas se erguiam, e mais tarde através da fé em São Francisco de Assis surgia o futuro município de Guapé.

Conta-se que antes do surgimento da cidade, a região foi abalada por um terremoto e uma conterrânea de fé, Esméria Angelica da Pureza, esposa de Capitão José Bernardes, fazendeiro de muita posse, prometeu a São Francisco que se os tremores acabassem doaria um pedacinho de chão para a construção de uma capela em gratidão ao Santo. O pedido foi atendido e a promessa cumprida. Por volta de 1825 tendo também contribuição de Felisberto Martins Arruda e Cândida Soares do Rosário, foi doado as terras para o patrimônio da igreja e erguida a primeira capela à São Francisco de Assis, para os guapeenses, “O Protetor dos Terremotos”, e assim surgia um povoado.

Mais tarde, em 09 de maio de 1856 foi criada a Paróquia São Francisco de Assis e o arraial já com o nome de São Francisco de Aguapé, referenciando o padroeiro e a planta aquática. Ainda em maio de 1856 no dia 28 pela lei n°. 774, o povoado passa a ser distrito de Dores da Boa Esperança.

No dia 7 de setembro de 1923, sob intervenção do Senador Dominicano Augusto dos Passos Maia, o então governador de Minas Gerais Raul Soares de Moura, assina a Lei nº 843 que desmembra o distrito de São Francisco de Aguapé do município de Dores da Boa Esperança, elevando-o também a categoria de município, recebendo já o nome de Guapé e tendo como primeiro prefeito Dr. Passos Maia, o mesmo que interviu para a emancipação do município.

Os anos se passavam, a cidade crescia, tudo seguia às mil maravilhas, Guapé era uma cidade bela e acolhedora, de arquitetura exuberante e próxima ao Rio Grande, com uma praça deslumbrante, muito florida e arborizada, uma igreja matriz majestosa que com sua grandiosidade encantava a todos que passavam por ali. Havia também escolas, mercearias, farmácias, um grande cinema, crianças alegres brincando nas ruas, jovens namorando na praça, e no entardecer com os toques do sino, o dia se encerrava com uma bela missa de domingo.

Guapé era tudo que uma boa cidade tinha que ser, para seus moradores era um pedacinho do céu, entretanto mais tarde tudo isso mudaria.

Em fevereiro de 1957, as rádios anunciavam a maior tristeza que um mineiro poderia ouvir, tudo aquilo que amavam, que com seu empenho construíra, desapareceria, é dada a largada,  Furnas viria com tudo.

Idealizada por Juscelino Kubitschek, a Usina Hidrelétrica de Furnas, que seria construída no Rio Grande, com capacidade para armazenar 23 bilhões de m³ de água e gerar 1.216 MW de energia, traria mais progresso ao Brasil acabando com a crise de energia, mas para isso 32 cidades nas proximidades do rio teriam que ser sacrificadas, dentre elas estava Guapé.

Era um momento de angústia, não demorou muito e os engenheiros de Furnas chegaram em Guapé junto com as manchetes nos jornais de que em breve Guapé não passaria apenas de um retrato na parede.

Montando três escritórios no município, os Furneiros, como eram chamados pelo povo, iniciaram o seu  trabalho em Guapé, desapropriando terras, demarcando território, comprando as casas à força, e anunciando que a água viria alcançando a altura do relógio da igreja matriz.

Muitos moradores desacreditaram, pois para eles era impossível uma água subir a tal nível e por amor a suas moradas recusavam a todo custo deixá-las, assim naquela cidade calma se iniciava o conflito entre Furnas e o povo. 

No dia 9 de janeiro de 1963, em uma noite serena onde o único som que se ouvia era o canto calmo dos sapos e dos grilos, o relógio bate 00 horas, neste exato momento Furnas fecha as comportas bloqueando a saída da água do rio, iniciando a primeira etapa de inundação. Na manhã seguinte, ouvem-se os gritos de um morador: as águas vinham. O povo se reuniam nas fachadas de suas residências para conversarem e se lamentarem sobre, enquanto isso as águas subiam sem piedade, bloqueando caminhos, inundando plantações e casas. Dois dias depois a represa ja atingira o alicerce do prédio do correio que ficava a 100 metros da igreja Matriz, se interrompendo ali por um bom tempo, dando oportunidade e esperança àqueles que ainda viviam pouco acima.

Após este intervalo, se inicia a segunda etapa de inundação, agora em direção ao formoso centro da cidade, tudo parecia mais um dilúvio, a água vinha com tudo, junto com a dor, sofrimento e tristeza dos moradores, que na pressa já começavam a demolir suas casas. Em poucos dias aquela tão maravilhosa cidade cheia de história, já havia se tornado um tenebroso cenário de guerra, com a água invadindo, pessoas desamparadas se abrigando na escola e clube, ruas cobertas de escombros, utensílios domésticos espalhados, crianças chorando entre as ruínas, pai e mãe inconformados, centenas de pessoas carregando malas sem ter pra onde ir, pois a indenização paga na época por Furnas aos guapeenses era mínima e injusta, para muitos não era o suficiente para um recomeço.

Em meio a tanta destruição a torre da igreja Matriz ainda de pé trazia uma luz de fé e esperança para aquele povo que se agonizava.

Em alguns meses, 206 km² do município havia desaparecido dando lugar a um grande mar azul, quase metade de seus habitantes mudaram para outras cidades, a fim de refazer a vida, e assim a história dividia-se em duas partes, antes e depois das águas.

Furnas ergueu uma nova cidade no alto do morro ligada às áreas que sobrou da antiga, porém na época bem inferior em relação à velha Guapé, e para esta nova localização mudaram a população que aqui ficaram.

Com o passar dos anos, com o empenho do povo guapeense que se ousaram a ser mais fortes do que a dor da perda, souberam reunir forças para ressurgir acima das águas, uma cidade tão bela quanto a antiga. Rapidamente, o lago que um dia foi visível como um flagelo dos mineiros, passou a ser visto como uma fonte de beleza e turismo, trazendo vários benefícios ao município.

Hoje Guapé é uma cidade encantadora que se desenvolvendo cada vez mais, sendo cercada pela imensidão azul do mar de minas, engrandecida por uma paisagem incomparável e rica em cultura, história, beleza e fé, sendo também cidade palco das mais belas festas culturais de minas, tais como o congado, Carnaval, moçambique, dentre outras, além das pousadas e hotéis grandiosos com vistas para o lago que oferecem a melhor hospitalidade que o turista pode desejar.

Guapé, é uma joia valiosa do tesouro Minas, uma cidade exemplo de resistência, que com o seu povo seguiu, segue, e seguirá firme sem afundar, honrando com orgulho o lema de sua bandeira e que cada guapeense carrega no peito, o lema “Fluctuat ne Mergitur”: Flutuar não afundar.

Correspondente Eduardo Martins de Guapé para o Jornal Folha Regional

Reajuste salarial ficou abaixo da inflação em dezembro

Em dezembro, o reajuste salarial no Brasil ficou abaixo da inflação (-0,9%). É o que revela o boletim Salariômetro, divulgado hoje (22) pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O Salariômetro analisa os resultados de 40 negociações salariais, que são coletados no portal Medidor, do Ministério da Economia.

O reajuste mediano negociado foi de 4,3% em dezembro, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), no acumulado de 12 meses, ficou em 5,2%. O piso salarial mediano [que corrige discrepâncias] negociado foi de R$ 1.333 em dezembro, enquanto o piso médio foi de R$ 1.442.

“Em dezembro, tivemos um repique muito forte da inflação. E a inflação, na mesa de negociação, é medida pelo INPC. Como no final do ano tivemos um aumento muito grande, principalmente na alimentação, isso refletiu no custo de vida dessas famílias e o INPC mostrou isso”, disse Hélio Zylberstajn, professor da Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do Projeto Salariômetro, em entrevista à Agência Brasil.

Dezembro foi o único mês no ano passado em que o reajuste das negociações salariais ficou abaixo da inflação. Nos outros meses do ano, os reajustes se equipararam, com um pequeno reajuste real de 0,1% em fevereiro. Em todo o ano passado, 5.038 instrumentos foram negociados, sendo que 4.472 deles por meio de acordos coletivos e 566 por convenções coletivas.

Em dezembro, a proporção de reajuste nessas negociações, que ficou abaixo do INPC, atingiu 70,2%. “São negociações que não deram nem a inflação acumulada. Só 10,6% ficaram acima [da inflação]”, afirmou Zylberstajn. Já as negociações salariais que terminaram em reajustes que corrigiram a inflação [ou seja, ficaram iguais à inflação] somaram 19,1%.

“Para uma empresa que esteja disposta a repor a inflação com o sindicato, já teria que começar com 5,2%. Se for dar aumento real, teria que ser mais do que isso. E isso em uma época de recessão profunda”, acrescentou.

Considerando-se todo o ano de 2020, o reajuste mediano nominal foi de 3% e o piso mediano de R$ 1.273.

Para 2021, a Fipe prevê que os reajustes reais serão raros, já que as projeções para o INPC continuam altas, superiores a 5%, podendo chegar a 7% em junho.

Fonte: Agência Brasil

Prefeito Municipal de São José da Barra fala sobre seus projetos na Ameg e sobre o novo Decreto Municipal

Na manhã da última quinta-feira (20), o Prefeito Municipal de São José da Barra (MG), Paulo Sérgio Leandro de Oliveira (PSB), recebeu a equipe do Jornal Folha Regional para falar sobre o novo Decreto Municipal e sua posse como presidente da AMEG.

De acordo com o prefeito muito municipal o Decreto divulgado em São José da Barra, foi elaborado embasado Minas Consciente.

“Estamos em uma situação hoje que não temos escolhas, temos as nossas responsabilidades, pois encontramos na Onda Vermelha do Minas Consciente”. Não temos outra alternativa a não ser seguir o que regulamenta o documento estadual”. Informou o prefeito.

O Decreto que começou a valer às 22h da última quinta-feira, permite que bares, lanchonetes, restaurantes e similares continuem seus trabalhos de modo delivery.

“Quantos aos hotéis, pousadas, casas de temporadas, podem continuar recebendo hóspedes na quantidade reduzida, seguindo todos os protocolos sanitários dos órgãos competentes. O que está proibido é excursões de ônibus, microônibus e vans”. Frisa Serginho.

O executivo afirma que todas as quartas-feiras são realizadas avaliações do Minas Consciente, e pode ser que ao invés do decreto durar 12 dias, poderá ter alteração se a população ajudar, ou prorrogar.

“Os comerciantes tem entrado em contato e estão entendendo que não é o prefeito que está fechando a cidade, e sim a situação que estamos vivendo. A Santa Casa de Misericórdia de Passos, assim como as demais entidades de saúde da região, estão com super lotação, e isso está sendo preocupante. Pois, nosso município graças a Deus está controlado os casos, porém, precisamos pensar em toda região”. Diz o prefeito.

A concientização e apoio de todos é muito importante. O município que recebeu as primeiras doses de vacina, e as mesmas foram aplicadas inicialmente nós profissionais que trabalham na linha de frente.

“Me sinto aliviado com a chegada desta vacina,  porém, temos que continuar a vigília com todas as precauções, pois, as doses são poucas, e até toda comunidade ser imunizada vamos conter e manter distanciamento, evitar sair de casa etc. Nosso RH esta editando um processo seletivo, para que caso seja necessário, já estaremos amparados para contratar fiscais, para contribuir no combate as aglomerações”. Reforça.

São José da Barra não aplicará multas, porém, os comerciantes e pessoas físicas que desrespeitarem as regras, serão notificadas por meio da vigilância sanitária com o apoio da polícia militar e posteriormente encaminhado ao Ministério Público.

Serginho deixou sua equipe jurídica a disposição da população para qualquer dúvida quanto ao decreto. Só ligar no (35) 3523-9200 e falar no setor jurídico.

Na ocasião Serginho falou sobre sua posse como presidente da AMEG, a qual passará a ser um consórcio intermunicipal.

“Em breve a população receberá excelentes notícias sobre o nosso mandato, pois, quero fazer uma gestão participativa. E ao transformar a Associação em Consórcio, contribuirá muito com a região, inclusive para realização de ações como castramóvel, usina de asfalto, melhorias no saneamento básico e principalmente investimentos no turismo”. Finaliza Serginho.

Revisão no Minas Consciente deve permitir comércio na onda vermelha

Estudo da fase III será levado ao Comitê na próxima semana; todas atividades poderão funcionar com restrições

O secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, confirmou, nesta quinta-feira (21), que o Governo está finalizando estudos para nova revisão no programa Minas Consciente, que prevê o funcionamento das atividades produtivas, atualmente determinadas por três ondas: vermelha, amarela e verde.

Em entrevista à Rádio CBN/JF, ele disse que o novo projeto pretende contemplar todas as modalidades econômicas nas três etapas, com as devidas restrições e protocolos a serem seguidos. Desta forma, até o comércio não ligado aos setores considerados essenciais poderia funcionar na fase vermelha, a mais restritiva de todas e na qual Juiz de Fora se encontra novamente, desde segunda (18). A ideia, que pode ser colocada em prática na próxima semana, levaria alívio para muitos comerciantes da cidade, que fizeram uma série de protestos recentes contra o último fechamento.

“Nós não podemos abrir mão da segurança da sociedade, então, nesse sentido, manteremos as sinalizações das ondas vermelha, amarela e verde. Estamos fazendo estudos, que são complexos, porque precisamos ver o impacto em relação à mobilidade e às atividades econômicas. Mas a ideia é termos todas as atividades funcionando nas ondas, naturalmente com controle e restrições”, adiantou o secretário. Questionado se todos os setores produtivos poderiam abrir as portas na onda vermelha, ele ponderou: “Estamos vendo aqueles que só poderiam funcionar na onda verde e qual o impacto desses setores, de uma forma geral, para que nós possamos dimensionar os riscos da epidemia em relação a essas aberturas.”

Ainda não há prazo definido para as mudanças começarem a valer, mas o secretário tem expectativa de levar o assunto na próxima semana para deliberação no Comitê Extraordinário Covid-19. “Se tudo correr bem e nós conseguirmos concluir esses estudos, acredito que seja o mais breve possível, uma vez que já estamos na fase da vacinação.”

Sobre a preocupação do segmento do comércio de Juiz de Fora, que tem pressionado pela reabertura com manifestações, ele garantiu que a Secretaria de Saúde e o Governo procuram ser bem ágeis, mas não intempestivos ou imprudentes. “Esse equilíbrio tem que ser feito. Já estamos estudando há 15 dias essa revisão e acredito que não demore.”

Amaral também comentou a decisão desta quinta do Comitê Extraordinário, pela qual a Macrorregião Sudeste permanece na onda vermelha, assim como a microrregião formada por Juiz de Fora, Lima Duarte, São João Nepomuceno e Bicas. “Ainda temos uma ocupação de leitos importante, mas já há alguns dias estamos flutuando. Não estamos vendo mais uma tendência de explosão de crescimento. Então é sinal de que, em breve, vai reduzir.”

Prefeitura

Por nota, a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) informou ter tomado conhecimento da proposta. “O Secretário de Estado da Saúde, Carlos Eduardo Amaral, confirmou para a prefeita que o Governo Estadual pretende divulgar, na próxima semana, um novo perfil do Programa Minas Consciente.” No texto, a Prefeitura afirma que, segundo o secretário, não faz parte dessa autorização as escolas públicas e particulares, que seguirão fechadas. A Administração reitera ainda que Juiz de Fora segue dentro do Minas Consciente, integrado ao sistema estadual de saúde.

Sindicato do comércio espera agilidade

Na última segunda-feira (18), lojistas de Juiz de Fora protestaram contra o fechamento do comércio, após nova regressão para a onda vermelha do Minas Consciente. Na ocasião, o Governo de Minas havia orientado a microrregião, que compreende também Lima Duarte, Bicas e São João Nepomuceno, a retornar à faixa mais restritiva do programa. O motivo foi o crescimento de casos e óbitos pela doença na região. O comércio, por sua vez, diz pagar uma conta que não é dele.

Procurado nesta quinta pela Tribuna, o presidente do Sindicato do Comércio de Juiz de Fora (Sindicomércio-JF), Emerson Beloti, disse esperar que o secretário estadual de Saúde consiga colocar em prática o mais rápido possível a nova versão do Minas Consciente, para que o comércio volte a respirar.

“A minha preocupação é que ele falou ‘na semana que vem’, mas a semana começa na segunda e termina na sexta. Do jeito que estamos, todas as empresas estão quebrando. Até agora já ficamos 140 dias fechados e perdemos quatro mil trabalhadores. E eles não arranjaram outro emprego, porque ninguém está contratando com esse receio de ficar fechado. As empresas não podem mais esperar e não têm culpa. Fechar o comércio não é solução.”

Beloti voltou a lembrar que, ao contrário de Juiz de Fora, cidades importantes, como Belo Horizonte e Uberlândia, optaram por seguir seus próprios protocolos e interromperam as atividades por menos dias. “As pessoas trabalhando não são disseminadoras (do vírus). Quem está com tempo vago sim, provoca churrasco, viagem para a praia, vai provocando tudo. Essa estratégia de fechar para as pessoas ficarem em casa não está funcionando há muitos meses. Os 14 dias que ficamos fechados a partir de 26 de dezembro, por exemplo, provocou um feriadão em que as pessoas saíram de Juiz de Fora e retornaram trazendo tudo para cá. Minas teve uma explosão de casos, não havia dúvida de que haveria uma consequência desastrosa.”

O secretário estadual de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, garantiu que o Governo de Minas está atento ao comércio. “Haja vista que, em dezembro, nós tínhamos uma condição até de crescimento de casos e conseguimos ter uma orientação às prefeituras para que o comércio ficasse aberto nas festas natalinas, com as medidas de segurança. Queremos isso: ser realmente uma referência, equilibrando a economia e a saúde.”

Setor de educação é analisado à parte

À frente da Secretaria de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral enfatizou que o setor de educação é visto à parte, porque não está vinculado diretamente ao Minas Consciente. “É importante lembrar que, em setembro, o Governo de Minas orientou o retorno às aulas, com todos os cuidados. Teremos agora uma rodada de estudos, já vislumbrando esse momento, que passará por nova revisão, junto com a Secretaria Estadual de Educação e a Sociedade de Pediatria.” Segundo ele, o objetivo é dimensionar os impactos e ter base científica para orientar a população.

O secretário lembrou que o Minas Consciente, quando idealizado, foi o primeiro programa estadual criado para aliar a atividade econômica à saúde. “Somos pioneiros no país. Isso demonstra que o Governo de Minas tem uma preocupação muito clara em compatibilizar a saúde com a economia, uma vez que esta é um dos determinantes da saúde também.” Ele complementou que o Minas Consciente foi pensado, inicialmente, para frear uma explosão de casos.

“A fase I do programa foi até agosto. Depois, começamos a identificar um platô e caminhamos para a fase II, fazendo uma revisão e aproveitando todo o aprendizado exposto nas literaturas. Agora, com a chegada das vacinas, estamos reavaliando o Minas Consciente. Teremos a fase III. Estamos encerrando os estudos, e a ideia é projetar já para longo prazo, com a possibilidade do direcionamento, para que seja mais perene, contemplando todas as a atividades econômicas.”

Secretário comenta saída de Governador Valadares

Sobre o desligamento do município de Governador Valadares do Minas Consciente, anunciada também nesta quinta-feira (21) pelo prefeito André Coelho Merlo (PSDB), em entrevista à CBN/JF, o secretário estadual de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, disse não ter sido comunicado, particularmente, até a manhã desta quinta.

“Mas a definição de aderir ou não ao Minas Consciente é de cada prefeito. Nós, do Estado, entendemos que é um dos programas mais robustos e qualificados. Com a equipe técnica (da Secretaria de Saúde), junto com a Secretaria de Desenvolvimento, estamos fazendo um trabalho muito correto. Estamos sinalizando toda a evolução da epidemia e, efetivamente, dando um norte para os municípios. Continuamos sendo um porto seguro para que os prefeitos tenham toda a orientação.”

Governador Valadares tem cerca de 300 mil habitantes e lidera uma macrorregião de 40 municípios. A partir de agora, as ações de combate à pandemia serão feitas pela própria Prefeitura, por meio de decreto previsto para ser publicado nesta sexta (22). A ideia é que toda a economia volte a funcionar em todas as três faixas a serem determinadas, mas com restrições, a fim de evitar o abre fecha do comércio.

Governador Valadares tem um dos maiores número de óbitos em Minas, em torno de 500, e ocupação de cerca de 80% dos leitos de UTI.

Vacinação

Sobre a vacinação em Minas, o secretário estadual de Saúde destacou que foi realizada uma das maiores operações para distribuição das primeiras doses. “Foi muito importante para nós essa logística: Recebemos essas vacinas em território mineiro às 20h de segunda-feira (18); a equipe da Saúde passou a noite inteira separando e conferindo para que pudessem ser enviadas às regionais; de manhã, às 4h30, enviamos as vacinas para o aeroporto de Belo Horizonte e, até meio-dia, todas as vacinas já estavam nas regionais do estado.”

Ainda segundo Carlos Eduardo Amaral, toda a descentralização para os 853 municípios contou com escolta policial, para ter certeza que as vacinas chegariam aos destinos. “Praticamente cobrimos o estado inteiro em menos de 24 horas. A operação respondeu à demanda da sociedade e mostrou a sinergia entre as secretarias, uma vez que quem nos apoiou foram as forças de segurança.”

Ele acredita que não deve demorar a chegada de um segundo lote em Minas, após a divulgação pelo Instituto Butantan de mais 4,8 milhões de doses prontas. “Teremos uma reunião com o Ministério da Saúde para definir qual será o próximo grupo, mas tenho certeza que agora as coisas vão começar a andar. Estamos prontos para distribuir as vacinas e os insumos aos municípios.”

Fonte: Tribuna de Minas

Índia anuncia envio das 2 milhões de doses da vacina da Oxford/AstraZeneca para o Brasil

O lote chega nesta sexta (22), após um atraso de quase uma semana. Nesta quinta, o ministro da Saúde também falou sobre a compra de IFA da China e negou que o envio esteja atrasado, mas o diretor do Butantan corrigiu Pazuello.

Depois de um atraso de quase uma semana, a Índia anunciou o envio para o Brasil de 2 milhões de doses da vacina da Oxford, em parceria com a AstraZeneca. O lote chega nesta sexta-feira (22).

O avião com as vacinas saiu na noite desta quinta do aeroporto de Mumbai, na Índia. O Instituto Serum, que fabricou o imunizante, é que está cuidando desse transporte, como estava previsto desde o início das negociações com a Fiocruz.

Na quinta passada (14), o governo brasileiro tentou buscar, por conta própria, as vacinas. Chegou a preparar um avião que nunca decolou. A Índia, por sua vez, estava começando a campanha de vacinação por lá e não teria condições de atender o Brasil naquele momento. O país ficou para depois.

Na terça (19), o governo indiano anunciou o fornecimento de vacinas subsidiadas para seis países vizinhos: Butão, Maldivas, Bangladesh, Nepal, Mianmar e Seicheles. Nesta quinta-feira (21), finalmente, liberaram a exportação para o Brasil e para o Marrocos.

O voo da Emirates chega a Guarulhos na tarde desta sexta, segundo o Ministério da Saúde. O carregamento seguirá, em um voo da Azul para o Galeão, no Rio, e, de lá, será levado para a Fiocruz, que informou que vai trabalhar durante a madrugada e a vacina poderá começar a ser distribuída já no sábado.

Antes do anúncio na Índia, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, falou sobre outro ponto importante para a campanha de vacinação: a entrega, pela China, de matéria-prima para a produção dos imunizantes, tanto pelo Butantan quanto pela Fiocruz. Foi no lançamento de um curso de capacitação para profissionais de saúde.

Pazuello disse que conversou duas vezes, nesta quarta (20), com o embaixador da China no Brasil e que não há problema político ou diplomático para trazer o IFA, ingrediente farmacêutico ativo, e negou que haja atraso.

“No contrato de entrega desse IFA para o Butantan, a primeira, a próxima previsão de entrega é para o dia 10 de fevereiro. Tenta se antecipar. Não está atrasado, no caso do Butantan. E, no caso da Fiocruz, a previsão é até 31 de janeiro. Ainda não está atrasado, mas nós estamos nos antecipando ao problema. Tem que ficar claro isso, porque eu não posso acionar ainda, contratualmente, a empresa que nós fizemos a encomenda da tecnologia. Eu só posso acioná-la, e acionarei, no primeiro dia de atraso, que é após o final de janeiro”, explicou.

A assessoria do Butantan corrigiu o ministro. O prazo de 10 de fevereiro a que se referiu Pazzuelo não é para entrega do IFA ao instituto. Mas, sim, para entrega ao ministério de 4,8 milhões de doses da vacina. Sobre o insumo, o diretor do Butantan disse que há atraso sim.

“Quem tem que saber se está atrasado ou não somos nós aqui do Butantan. Quer dizer, a remessa está prevista para chegar com 11 mil litros no dia 6 de janeiro. Essa remessa não chegou por procedimentos lá das autoridades chinesas, que pediram para fazer uma reprogramação. Foi feita então uma reprogramação dividindo esses 11 mil em dois lotes, e o primeiro lote de 5.400 litros é o que nós aguardamos neste momento autorização para embarque. Então, estamos atrasados, sim, desde 6 de janeiro, e dependemos da chegada desses 5.400 litros para iniciar a fase da produção que, neste momento, daria origem a 8 milhões de doses. Então, aguardamos a liberação o mais rápido possível desse material, dessa matéria-prima, que está pronta lá na China, aguardando simplesmente essa autorização de embarque para o Brasil”, disse Dimas Covas.

Pelo contrato, o Butantan tem que entregar ao Ministério da Saúde 2,7 milhões de doses até o fim de janeiro, mais 9,3 milhões de doses até o fim de fevereiro, em um cronograma que vai até abril, totalizando 46 milhões de doses.

O diretor do Butantan disse que precisa do insumo até o dia 29 de janeiro. “Se nós recebermos essa partida de matéria-prima até o final deste mês, não teremos nenhum impacto no cronograma de entrega de vacinas ao ministério. Possivelmente, vamos ter que atrasar também esse cronograma se não chegarem esses insumos até o fim deste mês”, afirmou Dimas Covas.

Cada dia de atraso nas importações compromete o calendário da imunização no país. Até que o insumo chegue, fica tudo em compasso de espera no Butantan e na Fiocruz. Quando os laboratórios estiverem com o IFA na mão, ainda levam duas a três semanas para finalizar a produção das vacinas. É tempo que custa caro nesta batalha contra a Covid-19.

Já o cronograma inicial da Fiocruz era liberar os primeiros lotes da vacina entre 8 e 12 de fevereiro, mas, sem os insumos, pode sofrer atraso. O contrato com o Ministério da Saúde prevê a entrega de 50 milhões de doses até abril, chegando a 210 milhões até o fim de 2021.

O vice-presidente da fundação, Marco Krieger, diz que a parte técnica para liberar o IFA da China está resolvida: “Não existe mais nenhuma pendência técnica. Agora é a questão da liberação da exportação, que tem que passar por alguns trâmites. A China está produzindo muitas vacinas para o mundo, eles criaram um escritório específico para que essa ação seja feita de uma maneira muito coordenada, que tenha muito cuidado também, até porque é um tema delicado. Teve esse impacto de jogar nosso cronograma – neste momento, ele já está jogando 15 dias para a frente do que a gente tinha buscado, antecipado a entrega -, mas a gente espera que seja resolvido muito rapidamente. Estamos aí trabalhando para isso e em todas as frentes”.

O presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Clóvis Arns da Cunha, alerta que o atraso compromete vidas: “O que é importante a gente reforçar é que cada dia de vacinação tem o potencial de salvar centenas de vidas dali um a dois meses. Infelizmente, o atraso que houve já fez com que nós deixássemos de salvar centenas de vidas por dia. Isso não pode acontecer mais. Temos que fazer, todos como sociedade, empenhados para conseguir vacinas”.

A Anvisa afirmou que, na tarde desta sexta-feira (22), a diretoria colegiada terá uma reunião extraordinária para avaliar o segundo pedido de uso emergencial da CoronaVac, do Instituto Butantan. Esse pedido se refere a um lote já produzido de 4,8 milhões de doses.

Fonte: Jornal Nacional

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