Jornal Folha Regional

Jovem realiza aborto e esconde feto em guarda-roupa de residência em Piumhi

Uma jovem de 18 anos foi encaminhada à delegacia, em Piumhi (MG), acusada de provocar um aborto e esconder o feto em um guarda-roupa. Segundo informações da Polícia Militar, o caso aconteceu na última sexta-feira (27) depois que a tia da jovem encontrou o feto dentro de uma sacola.

De acordo com a PM, a tia, que cria a jovem desde pequena, relatou que desconfiava da gravidez da sobrinha. A jovem contou aos militares que o filho era dela e que tinha abortado para esconder da família.

A jovem contou que tomou chá de carqueja e que, na madrugada de sexta, sofreu um aborto e guardou o feto em bolsa. Ela contou quem era o pai da criança, mas a PM não localizou o homem.

Foi realizada perícia e a jovem foi levada para a Delegacia de Polícia de Piumhi.

Menina de 11 anos que teve aborto negado volta a engravidar por estupro

Uma menina de 11 anos, que há um ano engravidou fruto de um estupro e teve seu direito ao aborto negado, está grávida novamente. A garota, que é moradora da zona rural de Teresina, foi vítima de nova violência sexual.

A confirmação ocorreu após a menina ter sido submetida a um exame na sexta-feira (9), no Serviço de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência, da Maternidade Dona Evangelina Rosa, em Teresina. Ela está grávida de três meses.

A primeira gestação ocorreu no ano passado. A garota tinha 10 anos quando foi estuprada em um matagal por um primo de 25 anos, em janeiro de 2021. O bebê nasceu em setembro do mesmo ano.

A lei brasileira permite o aborto em casos de estupro e risco de morte para a gestante. Além disso, há uma decisão da Justiça que também permite o procedimento em casos de anencefalia do feto.

Apesar disso, a mãe da menina, de 29 anos, não autorizou o aborto, embora tenha confirmado que o médico informou que isso acarretaria risco de morte no parto para a filha. Segundo a mulher, a menina também optou por não fazer o aborto quando descobriu que estava com dois meses de gestação.

O autor do estupro foi assassinado pouco tempo depois. Não há informações das circunstâncias. Mãe solo, a menina abandonou a escola e se recusa a receber suporte psicológico. A péssima relação com os pais fez com que, há um  mês, ela fosse para um abrigo em Teresina.

No local, educadores desconfiaram de uma possível nova gravidez. “Ela estava sem menstruar, arredia e com comportamentos suspeitos. Levamos na maternidade para fazer exame e foi constatado que ela está grávida de três meses. Foi um susto, um choque”, disse à Folha a conselheira tutelar Renata Bezerra, do núcleo da zona sudeste de Teresina.

Segundo a conselheira, o pai permitiu que a menina fizesse um aborto legal, mas a mãe não autorizou. Diante disso, a garota será obrigada a levar a gestação até o fim.

“A menina já vive um trauma da primeira gravidez, não tem condições de cuidar de mais uma criança. Ela está sem dormir, perdendo sua infância. Mas a mãe não autorizou o aborto”, disse Renata Bezerra.

Nova violência

A mãe da menina informou que soube há uma semana que a filha foi estuprada por um tio. “Fiquei sem chão quando soube, indignada. Ela estava morando com o pai, na casa da avó, e o tio que a estuprou estava dormindo no mesmo quarto que ela”, disse a mãe. A mulher informou ainda que não autorizou a interrupção da gestação porque “aborto é crime”.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, mas, segundo familiares, o suspeito continua solto.

O primeiro filho da menina de 11 anos está sendo cuidado pelo avô, que pediu auxílio de uma cesta básica, já que está desempregado e mora com mais cinco pessoas. Já a mãe da menina, também desempregada, tem como única renda fixa os R$ 600 do Auxílio Brasil.

Mãe suspeita de abandonar bebê encontrado na geladeira é presa em flagrante

Uma mulher de 29 anos, suspeita de ter abandonado um bebê há um ano, encontrado na noite da última terça-feira (30) dentro de uma geladeira, foi presa em flagrante e presta depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoas (DHPP), no bairro São Cristóvão, na Região Noroeste de Belo Horizonte.

A informação foi confirmada pela delegada Letícia Gamboge, chefe do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil (DHPP). Até as 16h15, a suspeita continuava depondo.

“Somente após exame será definido se foi infanticídio, homicídio ou aborto, mas o que se tem certeza é a ocultação de cadáver e com isso, permite-se autuação de flagrante delito mesmo transcorrido um tempo após infração penal. Essa autuação acontece a partir da descoberta do cadáver. Assim sendo, esta mulher encontra-se em situação de flagrante delito, ela será autuada”, contou Letícia.

A mulher, que não teve o nome divulgado pela polícia, foi encontrada no bairro Flávio Marques, na Região do Barreiro, pelos militares do 41º batalhão. A Polícia Militar não deu mais detalhes sobre essa prisão.

O corpo da bebê, de idade não identificada, foi localizado na noite da última terça-feira (30) pela dona de casa Susy Costa, de 56 anos, que estava fazendo uma limpeza na geladeira.

Ela falou que a suposta mãe da criança, identificada apenas como Grazi, a entregou um embrulho, em uma sacola, dizendo que era um pedaço de carne e pedindo que ela guardasse, um ano atrás.

De acordo com o que o delegado Rômulo Dias,  já está confirmado o crime de ocultação de cadáver. Agora, a corporação vai apurar se houve outros crimes, como aborto provocado ou homicídio. Exames periciais serão essenciais para as conclusões.

Veja abaixo a entrevista do delegado Rômulo Dias na íntegra:

O que vocês já descobriram até agora?

Na verdade, até o momento, o corpo se encontra no Instituto Médico Legal (IML). Estamos diante de uma investigação que necessita ser multidisciplinar. O papel do médico legista agora vai ser crucial para nos informar a natureza desse cadáver que está lá. Já sabemos que é um cadáver do sexo feminino.

Agora precisamos responder a umas questões. Por exemplo: foi um aborto natural [ou] não foi um aborto natural, [se] houve o parto e depois o corpo foi guardado. Algumas questões que ainda são cruciais para a investigação e precisam ser esclarecidas. Certo é que já estamos diante de um crime, esse crime está claro, é o crime de ocultação de cadáver, previsto no artigo 211 do Código Penal Brasileiro, cuja pena é de um a três anos de reclusão.

O que muda com essa descoberta, se estamos falando de aborto ou se o bebê chegou a nascer e morreu depois? O que muda na investigação?

Se o IML, através dos nossos parceiros médicos legistas, identificar que houve um crime, um aborto provocado, por exemplo, vamos trabalhar com outro tipo de crime, cuja pena, inclusive, é mais grave. Então, neste momento, usando toda a expertise dos médicos legistas, dentro de uma investigação multidisciplinar, eles precisam esperar o corpo descongelar para fazer alguns exames, por exemplo, a docimasia pulmonar hidrostática de galeno, em que vão colocar o pulmão da criança dentro de um recipiente aquoso para verificar se a criança respirou, ou seja, se ela teve vista extrauterina ou não, para a gente falar de aborto.

São respostas que trazem linhas diferentes de investigação?

Esse exame é tão crucial que podemos sair do crime somente de ocultação de cadáver e partir, inclusive, para um crime de homicídio consumado.

Em relação a essa mulher, identificada apenas como Grazi (a suposta mãe do bebê), o que se sabe sobre ela?

Neste momento, por já ter um ano que o feto estava no local, a gente não tem mais o flagrante delito. Neste momento da investigação, a gente está concentrando nossos esforços para identificar os exames necessários na criança encontrada, para, aí sim, a gente partir em busca da suposta autora.

Essa mulher também pode se apresentar à polícia para prestar esclarecimentos?

Sim, como eu disse, não existe mais flagrante delito para esse crime de ocultação de cadáver, que até então temos certo. Então, ela pode se apresentar normalmente e explicar o que aconteceu. Caso ela não se apresente, com o desenrolar das investigações, pode ser solicitada a prisão dela. Ou, nesse caso, a polícia vai agir no sentido de localizá-la e intimá-la para comparecer à delegacia.

O bebê, de idade ainda não identificada, foi encontrado morto envolto em uma sacola dentro de uma geladeira na Região do Barreiro, em Belo Horizonte. O corpo estava no eletrodoméstico havia um ano.

De acordo com a Polícia Militar, o corpo foi encontrado pela dona de casa Susy Costa, que estava fazendo uma limpeza na geladeira.

A mulher confirmou à polícia que a suposta mãe do bebê a entregou um embrulho, em um saco preto, afirmando que era um pedaço de carne, e pediu para que ela guardasse em sua geladeira.

Um ano depois da entrega, ao abrir uma sacola de supermercado que estava no fundo do congelador, a dona de casa percebeu que havia um pé humano dentro do saco.

As primeiras informações da PM apontam que a dona de casa era conhecida de Grazi, que frequentava a mesma igreja que ela. A jovem estava grávida do namorado e decidiu esconder a gravidez, usando uma cinta.

‘Falava que iria buscar’

A faxineira Simonia Salgueiro, irmã da dona de casa, contou que Susy conheceu a suposta mãe do bebê, uma jovem identificada apenas como Grazi, por indicação de terceiros.

Elas se viam vez ou outra, e no último encontro a mulher deixou o embrulho com ela, para ser colocado na geladeira.

“Ela falou ‘guarda essa carne pra mim, que eu vou dar para uma pessoa’. Minha irmã disse que guardaria e depois disso ela sumiu de lá [do bairro]. Elas só mantinham contato por WhatsApp. Minha irmã falava que ia jogar a carne fora e ela não deixava, falava que iria buscar”, conta.

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