Jornal Folha Regional

Buscas por fragmentos das vítimas de Capitólio são suspensas oficialmente em MG

Reunião entre órgãos de segurança define se buscas por fragmentos irão continuar em Capitólio, MG — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação

As buscas por fragmentos em Capitólio foram suspensas oficialmente. A definição aconteceu após reunião realizada na manhã da última terça-feira (11), em Passos (MG), entre Corpo de Bombeiros, Polícia Civil, Marinha, Defesa Civil e as prefeituras de Capitólio e São José da Barra.

Segundo o coronel do Corpo de Bombeiros, Giuvaine Barbosa de Moraes, as buscas feitas por mergulhadores foram interrompidas porque já não estavam sendo encontrados mais fragmentos das vítimas do acidente. Ao todo, 12 mergulhadores e 8 bombeiros trabalharam durante as buscas em Capitólio. Todos já estão retornando para suas unidades de origem.

Ainda de acordo com o coronel, apesar do encerramento das buscas, o Corpo de Bombeiros segue auxiliando nas investigações e estarão disponíveis caso haja necessidade. O coronel explicou que todos os fragmentos visíveis pelos bombeiros já foram retirados dos cânions. Caso ainda haja outros fragmentos, eles podem estar presos embaixo das pedras.

O delegado regional de Passos, Marcos Pimenta, explicou que o trabalho agora será feito pela marinha, que irá procurar e resgatar os materiais da lancha. Ainda de acordo com o delegado, a Polícia Civil também segue com as investigações.

“A Polícia Civil está trabalhando na aquisição de um geólogo expert que possa nos auxiliar nas investigações. Queremos não procurar culpados, mas exaurir todo e qualquer questionamento sobre o fato interno. Se, por ventura, no final das investigações a Polícia Civil comprovar que houve algum fato de terceiros, uma ação humana, essa pessoa será responsabilizada”, afirmou.

Última vítima internada após acidente em Capitólio tem alta em Passos

O jovem de 26 anos, que estava internado na Santa Casa de Passos (MG), após o acidente no Lago de Furnas, em Capitólio (MG), recebeu alta na manhã desta quarta-feira (12). Dos 27 feridos, ele é o último a deixar o hospital.

Segundo a Santa Casa, o marinheiro passou por um procedimento cirúrgico na face na última terça-feira (11). Os familiares estiveram em Passos para acompanhar a saída do jovem. Eles moram em Pimenta (MG).

Acidente em Capitólio causa impacto no turismo e prefeitos marcam reunião com secretário em BH

A queda de um paredão nos cânions de Capitólio, que causou a morte de dez pessoas e deixou 27 feridas no último sábado, já causa impactos no turismo. O prefeito do município, Cristiano Geraldo da Silva, o Cristiano Gerardão, passou os últimos três dias em contato com autoridades, órgãos e parceiros ligados diretamente ao setor para não deixar que o reflexo do desastre venha prejudicar a principal atividade da economia da cidade. Nesta sexta-feira, prefeitos da região se reúnem com o secretário de Turismo de Minas, Leônidas Oliveira.

“Infelizmente ocorreu um fato gravíssimo causado pela força da natureza, que deixou Capitólio, região e o Estado de luto pela forma como foi. Para piorar, em tempo de crescimento dos casos de uma variante do coronavírus. Ambos afetam diretamente o público que traz recursos, que gera emprego e divulga as belezas naturais no entorno do Lago de Furnas. Depois do choque, veio o luto, e agora é a luta para recuperar aquela imagem lindíssima dos cânions, agora parcialmente manchada pelo desastre da natureza”, lamentou Cristiano.

De acordo com o prefeito, as consequências negativas do incidente foram imediatas. O cancelamento de diárias em hotéis, passeios pela represa, cachoeiras, a queda no movimento de estabelecimentos como bares e restaurantes estão sendo registrados pelos prestadores de serviços.

“Creio que tudo isso será passageiro, porque as opções turísticas em Capitólio e região são infinitas. Vamos realizar um trabalho de divulgação amplo na mídia, mostrando quantas belezas temos a oferecer e com total segurança. Outros municípios como São José da Barra, São João Batista do Glória, Guapé, Carmo do Rio Claro também possuem seus atrativos populares”, ressaltou.

Nesta sexta-feira, dia 14, às 14h, na sede da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, em Belo Horizonte, os prefeitos Cristiano, Paulo Sérgio e Celso Henrique Ferreira, do Glória, vão se reunir com o secretário de Turismo de Minas, Leônidas Oliveira. O principal objetivo do encontro é solicitar ajuda, seja financeira, ou através de serviços, para desinterditar os cânions de forma a retomar as visitas públicas o mais breve possível.

Gerardão afirma que vai contratar uma empresa especializada para desenvolver um trabalho minucioso sobre os cânions, e deve levar aproximadamente 40 dias.

“Vou aproveitar que eles estão interditados pela Defesa Civil de Capitólio e do Estado para saber das condições de visitas públicas sem nenhum risco de vidas humanas. O local é encantador, mas é preciso ter a certeza de que o trânsito de lanchas, barcos e canoas seja seguro”, destacou.

Visitas

Na tarde de segunda-feira, Cristiano, juntamente com o prefeito da Barra, Paulo Sérgio Leandro de Oliveira, integrantes das defesas civis de Capitólio e de Minas Gerais, além de convidados, foram levados em uma lancha até os cânions de Furnas – onde ocorreu a tragédia – Cascata, Lagoa Azul, atrativos de Capitólio; Vale dos Tucanos e cânion da Usina Hidrelétrica de Furnas, ambos no município da barra.

“Foi oportuna a visita, porque constatamos que, exceto os cânions, todos os demais pontos turísticos estão aptos a receber visitantes que podem desfrutar das belezas que só eles vão terão o privilégio. Lamento o acidente de sábado, mas acredito que logo, logo, o local será reaberto com toda a segurança para que o povo possa ver de pertinho o quanto é lindo os paredões, entalhados caprichosamente pela natureza”, disse Paulo Sérgio.

Via: Clic Folha.

Após registro de acidente em Capitólio, Parque Nacional da Serra da Canastra fecha Portaria I e limita acesso de turistas

A chefia do Parque Nacional da Serra da Canastra fechou, na última terça-feira (11), o acesso à unidade de conservação pela Portaria I em São Roque de Minas (MG) e limitou as atividades turísticas na região até que passe o período de chuvas intensas. A medida, segundo Carlos Henrique Bernardes, visa promover segurança dos turistas no local.

Também está temporariamente suspenso o acesso aos atrativos “Curral de Pedras”, cachoeira “Rasga Tanga”, o acesso à “Trilha Difícil” que liga a parte baixa à parte alta do parque e a trilha “Saint-Hilaire”

Segundo Carlos Henrique, a equipe do Instituto Chico Mendes de Preservação da Biodiversidade (ICMbio) já estudava o fechamento das áreas no período de chuva, mas, diante do acidente nos canyons de Furnas, em Capitólio, onde 10 pessoas morreram após a queda de uma rocha, o alerta quanto à segurança de quem visita o local aumentou.

Funcionamento seguia normal até semana passada

Até semana passada, a chefia do parque ainda não havia definido pela limitação de acesso ao parque e o local seguia aberto normalmente para visitação de turistas. No dia 2 de janeiro, a nascente histórica do Rio São Francisco, que fica no acesso da portaria I por São Roque de Minas, transbordou devido ao volume de chuvas registrado.

O fato foi comemorado pelos moradores da região, já que em 2014 essa mesma nascente secou em período severo de crise hídrica.

Como orientou o chefe do parque, Carlos Henrique Bernardes, a visitação só foi limitada na Portaria I. As condições das estradas de acesso e lamaçal formado na entrada deste acesso, contribuíram para a decisão.

Entretanto, o acesso pode ser feito ainda pelas portarias II, II e IV, mas é necessário que os turistas tenham cautela. O acesso deve ser feito com veículo adequado e também deve haver cuidado na permanência nas cachoeiras, já que neste período são comuns ocorrências de cabeça d’água, que é a formação repentina de grande volume de água nas cabeceiras.

Praia do Rio São Francisco na Serra da Canastra em  São Roque de Minas; imagem de arquivo — Foto: Heber Antônio/Divulgação

Tudo sobre o deslizamento da rocha que vitimou 10 pessoas nos canyons de Capitólio

Por volta de 12h30, do último sábado, 8, um paredão de rochas se soltou nos canyons do Lago de Furnas, em Capitólio (MG), e atingiu quatro embarcações com dezenas de turistas, vitimando fatalmente 10 pessoas.

Turistas aproveitavam o dia em passeios de lancha no Lago, quando perceberam a rachadura em um dos paredões. Nas imagens registradas no momento do ocorrido, dá para ouvir quando as pessoas comentam:

‘’Isso é normal pai?’’, “Aquele bloco está saindo lá”, “Aquele pedação ali vem caindo”, “Aquele pedaço vai cair”, “Gente, saí daí”, “Tá caindo muita pedra”, “Esse trem vai cair”, “Corre, vamos embora”

Foram diversas observações até que o paredão veio abaixo enquanto testemunhas filmavam tudo. Em questão de segundos, uma rocha gigantesca despencou e atingiu pelo menos quatro lanchas que estavam mais próximas ao local, duas ficaram destruídas e afundaram.

Na hora do acidente, pelo menos 50 pessoas estavam nas lanchas, entre elas crianças.

Representantes dos Bombeiros, Defesa Civil e policias militares e civis que participaram da operação investigam o que teria provocado o acidente.

O porta-voz do Corpo de Bombeiros, Pedro Aihara, que conhece bem a região, falou sobre o desabamento.

“Ela já apresentava algumas situações, uma perda dessa coesão. A gente já começa a ver esses primeiros blocos de terra se desprendendo, o que mostra realmente que aquela falha estava aumentando. A gente tem um movimento de aumento desse afastamento dessa falha pré-existente, até que chega um momento que a gente tem um colapso daquele estrutura, o deslocamento repentino de toda aquela massa de água, decorrente daquela colisão com a rocha, ele provoca uma onda que lança algumas pessoas à altura de três, quatro metros, e são lançadas na água. É basicamente como se fosse um atropelamento por uma locomotiva ou por um trem”, explica.

Após o desabamento, equipes da Delegacia da Marinha de Furnas (DelFurnas) se deslocaram para o local e informaram, por meio de nota, que um inquérito será instaurado para apurar as causas do acidente.

Nas redes sociais, o governador de Minas, Romeu Zema, se solidarizou com as famílias das vítimas. Zema também decretou luto de três dias em todo o Estado de Minas Gerais em respeito às mortes causadas pelo acidente, e pelas pessoas que estão sofrendo com as chuvas intensas.

“O governador Romeu Zema assinou decreto de luto oficial de três dias em todo o Estado de Minas Gerais, em sinal de pesar às vítimas da tragédia em Capitólio e em respeito aos mineiros afetados pelas fortes chuvas dos últimos dias”, disse o governo de MG em nota.

Vítimas identificadas

As dez vítimas do acidente de Capitólio já foram identificadas pela Polícia Civil. Os últimos quatro corpos foram identificados nesta segunda-feira (10). São eles: Geovany Teixeira da Silva, de 37 anos; Geovany Gabriel Oliveira da Silva, 14 anos; Thiago Teixeira da Silva Nascimento, 35 anos; Rodrigo Alves dos Anjos, 40 anos e Carmem Pinheiro da Silva, de 43 anos.

A 9ª vítima a ser identificada foi o piloto da lancha, Rodrigo. Geovany Teixeira e Geovany Gabriel eram pai e filho. Thiago era primo de Geovany Teixeira. Todas as vítimas do acidente estavam na mesma lancha que tinha o nome de “Jesus”.

A 10° vítima identificada foi Carmem Pinheiro da Silva, de 43 anos, natural de Cajamar. Ela acompanhava o namorado Geovany Teixeira da Silva, 37 anos, na embarcação e estavam com ela também a filha Camila da Silva Machado, 18 anos, e o namorado da garota. Todos morreram no acidente.

De acordo com informações da Polícia Civil, eles estavam hospedados em um rancho em São José da Barra (MG). O proprietário da imóvel era dono da lancha e também parente das vítimas. O piloto era funcionário dele.

A primeira vítima foi identificada na manhã do último domingo (9). Outras quatro vítimas foram identificadas no mesmo dia durante a noite e outras na madrugada desta segunda-feira (10).

Veja quem são as vítimas

  • Júlio Borges Antunes, 68 anos, natural de Alpinópolis (MG). Foi enterrado em São José da Barra.
  • Maycon Douglas de Osti, 24 anos, nascido em Campinas. Será enterrado em Sumaré.
  • Camila da Silva Machado, 18 anos, nascida em Paulínia. Será enterrada em Sumaré.
  • Sebastião Teixeira da Silva, 64 anos, natural de Anhumas. Será enterrado em Serrania.
  • Marlene Augusta Teixeira da Silva, 57 anos, natural de Itaú de Minas. Será enterrada em Serrania.
  • Geovany Teixeira da Silva, 37 anos, natural de Itaú de Minas. Será enterrado em Serrania.
  • Geovany Gabriel Oliveira da Silva, 14 anos, natural de Alfenas. Será enterrado em Serrania.
  • Thiago Teixeira da Silva Nascimento, 35 anos, nascido em Passos. Foi enterrado em São José da Barra.
  • Rodrigo Alves dos Anjos, 40 anos, nascido em Betim (MG). Ele era o piloto da lancha.
  • Carmem Pinheiro da Silva, de 43 anos, natural de Cajamar.

Marlene e Sebastião eram casados e pais de Geovany Teixeira, que era pai de Geovany Gabriel. Eles também eram tios da vítima Thiago. Mykon era namorado de Camila e Júlio era amigo da família.

Segundo a Polícia Civil, as dez vítimas foram identificadas por meio da datiloscopia (sistema de identificação humana, por meio das impressões digitais). “A equipe da PCMG atuou na identificação de sete vítimas e contou com o apoio da Polícia Federal na identificação de outras três vítimas”, informou a Polícia Civil.

Feridos

O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais informou que 32 pessoas foram atendidas por decorrência do acidente, das quais 27 foram atendidas e liberadas, 23 delas da Santa Casa de Capitólio e outras 4 do Hospital Municipal de São José da Barra.

Um jovem, de 26 anos, residente de Pimenta (MG), está internado na Santa Casa de Passos e deve ser operado nesta segunda-feira (10). Outra pessoa que também estava internada em Passos foi levada para um hospital particular e está estável.

2 pessoas, atingidas pelas pedras e que estão com fraturas expostas foram encaminhadas para a Santa Casa de Piumhi. 

O que diz o prefeito de Capitólio

O prefeito de Capitólio, Cristiano Geraldo da Silva (PP), afirmou em entrevista coletiva no último domingo que nunca havia ocorrido acidente deste nível, por isso, não há um estudo ou análise geológica sobre os paredões. 

“Meu pai vive aqui há 76 anos e nunca viu um desligamento de rocha desses. Acredito que, daqui para a frente, a gente precisa fazer uma análise [geológica]. Aquelas falésias estão ali há milhares de anos. Essa formação rochosa de quartzito tem essas fendas e fissuras. Já foram feitos vários estudos geológicos. Se tinha algum risco, tinha de ser emitido por um órgão superior”, explicou.

No domingo, o prefeito determinou o fechamento das entradas dos cânions e também da Cascatinha.

“A Marinha tem as suas legislações que regulamentam o ordenamento costeiro. Então, todos esses pontos já estão sendo trabalhados pela Marinha em relação ao ordenamento”, acrescentou, em seguida.

Segundo o prefeito, uma lei municipal de 2019 disciplina o turismo nos canyons, proibindo banhos na área de circulação das lanchas e limitando a 40 o número de embarcações, as quais podem permanecer por até 30 minutos na área. Além disso, normas da Marinha estabelecem o ordenamento da orla do lago.

Cristiano também comentou sobre a responsabilidade do acidente: “O ordenamento marítimo está a cargo da Marinha. Temos a Marinha na nossa região desde 2019, e o ordenamento está por conta deles.” O prefeito disse que “querer apontar um culpado agora é injustiça”.

“Dentro dos cânions temos leis que proíbem que as pessoas nadem e a ancoragem de lanchas”, completou. O prefeito informou que a fiscalização é realizada através de um fiscal utilizando jet ski.

“O caminho é buscar pessoas técnicas, e trabalhar para que tenha prevenção. O caminho é buscar pessoas especializadas, sentar com os órgãos competentes para traçar um plano buscando a segurança dos trabalhadores, da população e principalmente dos turistas”, concluiu.

Também neste domingo, Furnas Centrais Elétricas divulgou uma nota sobre o acidente. A concessionária lamentou as mortes e disse se solidarizar com as famílias. Furnas esclareceu ainda que “utiliza a água do lago para a geração de energia elétrica e que a fiscalização dos demais usos, incluindo o turismo, competem à Marinha e aos poderes públicos locais”.

Família do piloto

Milenna Rodrigues Alves dos Anjos, filha de Rodrigo, piloto vítima do acidente, lamentou a morte do pai e disse que ele ‘não iria nessa lancha inicialmente. Pediu para trocar porque queria ir com Jesus’ (nome da embarcação envolvida no acidente).

Pai de Milenna, avô de Maria Alice e marido de Marileide, Rodrigo era um amante da navegação. Ele pilotava a lancha ocupada pelas 10 pessoas que morreram na tragédia.

“Meu pai era uma pessoa única. Ele amava isso aqui. Suas maiores paixões eram as embarcações e a família, principalmente a neta”, disse a filha.

Rodrigo vivia em Capitólio com a esposa, Marileide Fátima Rodrigues, de 37 anos. Os dois estavam casados há quase 25 anos e vieram para o “Mar de Minas” com intuito de seguir o sonho do piloto.

Vítima de Sumaré faria 25 anos no domingo

Uma das vítimas faria 25 anos no último domingo. Maycon Douglas, que estava com a namorada, Camila, além de outras pessoas da família dela. O casal, que morava em Sumaré (SP), morreu na hora com a queda do paredão.

O casal foi enterrado na manhã desta segunda-feira (10), na cidade onde residiam.

Como é a formação rochosa da região?

A região de Capitólio é basicamente formada por rochas sedimentares que possuem uma resistência menor.

“A entrada de água nessas áreas podem fazer a rocha perder a coesão, que é a resistência interna. E pode haver uma ruptura como essa”, explicou o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais.

Gustavo Cunha Melo, especialista em gerenciamento de risco, disse que a rocha aparentava estar com muita erosão. “A tromba d’água pode explicar o desabamento neste momento? Pode, assim como também não precisava nada – ela ia desabar em algum momento por erosão, por um processo natural”, disse.

O tenente explicou que o desmoronamento de rochas é comum em Capitólio, mas o que agravou a situação foi o tamanho e modo como as pedras caíram. “Nesse caso, como a gente teve esse tombamento perpendicular, e pelo tamanho da rocha, a gente acabou tendo essas pessoas diretamente afetadas”, disse.

Geralmente, esse tipo de desmoronamento acontece com as rochas caindo até mesmo ‘de pé’, e não perpendicular, como foi neste acidente.

A diretoria executiva da Sociedade Brasileira de Geologia (SBG) emitiu uma nota considerando que a tragédia expõe um problema provocado pela falta de laudos geológicos e geotécnicos para identificar os riscos geológicos de locais a serem visitados por turistas. A SBG “rechaça qualquer tentativa de negar a gravidade dos fatos e de impedir a apuração das responsabilidades por essa tragédia que poderia ter sido evitada”. 

A SBG considerou ainda que as autoridades devem ter mais atenção no período chuvoso. “Fenômenos como inundações, deslizamentos, fluxo de detritos, entre outros, representam um desafio às capacidades dos governos, nas esferas federal, estadual e municipal, para responder antecipadamente, com rapidez e eficácia, aos problemas decorrentes dos seus efeitos a uma determinada região do país”.

Para a SBG, há uma ausência de profissionais qualificados da área de Geociências nas prefeituras para conduzir estudos de avaliação dos lugares turísticos e monitoramento de áreas de riscos. São profissionais que poderiam avaliar restrições de uso e determinar procedimentos de segurança.

“A indicação de obras de contramedidas e o monitoramento geotécnico aliados com a percepção de risco pela população são ações eficazes para mitigar o risco e prevenir desastres”, diz a nota.

Os turistas podiam estar no local?

Após o incidente, a área foi isolada e não pode mais receber turistas por tempo indeterminado. Os bombeiros disseram que cabe à Marinha informar se os turistas poderiam estar no local.

O prefeito de Capitólio disse que nenhuma norma impedia as lanchas de estar naquele local, próximas do paredão. 

Investigações

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da tragédia. A informação foi divulgada pelo delegado Marcos Pimenta, da regional da Delegacia em Passos nesta segunda-feira (10). 

“Em relação a uma obra do parque de lazer no cânion ter influenciado deslocamento da rocha, é muito prematuro afirmar qualquer tipo dessas ideias que estão circulando. Entretanto, a Polícia Civil não irá descartar nenhuma hipótese. Mas, com cautela, e a serenidade que o caso impõe, estamos ouvindo na data de hoje [segunda-feira], em três grupos distintos, no núcleo em Piumhi e no núcleo em Alpinópolis. Ambos estão colhendo informações do proprietário da lancha Jesus, que não estava na embarcação quando houve o choque”, pontuou Pimenta.

Testemunhas e pessoas que sofreram ferimentos leves também serão ouvidas pela instituição. O delegado detalhou, ainda, que um geólogo especialista auxilia no inquérito. No primeiro momento, frisou, a Polícia Civil “almeja dar conforto aos familiares” e “celeridade na identificação” da última vítima.

“Está previsto durante esta semana que uma equipe de delegados, investigadores e peritos criminais irem às imediações dos cânions com aeronaves, drones e embarcações. Nossa ideia, nosso objetivo, será estudar o local e averiguar se, nas imediações, também há outras pedras com essas características visando, juntamente com Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Marinha, e outros órgãos de fiscalização, a criação de uma saída para que outras pedras não consigam atingir aquela região, que é uma região rica do turismo e é um presente de Minas”, concluiu.

A Marinha do Brasil também abriu inquérito para investigar o acidente.

A rocha 

Em 2012, um internauta publicou em seu perfil no Facebook, uma imagem de uma rocha ‘solta’ em um dos paredões, similar a que desmoronou, com a seguinte legenda: ‘’essa pedra vai cair’’.

O ‘print’ circulou nas redes sociais e causou revolta, porém não são as mesmas mesmas rochas. As duas estavam de lados opostos.

Registros

Antes de embarcarem, as vítimas registraram o momento de felicidade entre família e amigos. Confira:

Assista o momento do acidente por outros ângulos:

Marinheiros fluviais realizam protesto próximo ao Mirante do Cânions em Capitólio e afirmam que não são baderneiros

Na manhã desta segunda-feira (10), alguns marinheiros fluviais iniciaram à articulação de um protesto cobrando respostas sobre o acontecimento nos Cânyons no último sábado (08). Diversos comentários de internautas nas redes sociais, afirmam que a culpa é dos pilotos de embarcações, e muitos dos comentários, os mesmos são chamados de ‘baderneiros e irresponsáveis’.

O protesto está previsto para acontecer nesta tarde, onde dezenas de profissionais já estão se deslocando para o local.

“Queremos uma resposta! Não somos baderneiros, e executamos nossas funções com muita transparência e respeito”, afirmou o piloto Robson Gonçalves.

Ainda de acordo com o profissional, as causas do acidente precisam ser apuradas, e se caso encontrarem algum culpado que ele pague por todo desastre.

“Sabemos que a natureza cobra, e pode estar cobrando um preço alto. Onde tudo era gratuito, hoje se tornou fins comerciais. Será que alguns empreendedores milionários estão investindo com segurança? Sabemos que aqueles que realmente lutam para sobreviver à anos do turismo, preocupa muito”, finalizou o marinheiro.

O Parque Mirante dos Cânions está sendo um dos alvos de ataques nas redes, devido algumas construções como a ponte pênsil, estruturas para mirantes e restaurante. Internautas e populares pedem uma investigação da área, para que seja apurado se as áreas ao redor não foram afetadas.

Policiais penais sofrem acidente a caminho de São José da Barra

Três policiais penais sofreram um acidente de trânsito na rodovia MG-050, na noite da última terça-feira (4), no município de Capitólio (MG). Segundo informações da Polícia Militar, eles estavam em um Fiat Uno que aquaplanou durante uma curva e não tiveram ferimentos.

Ainda segundo a PM, as vítimas, de 45, 34, e 39 anos, relataram que chovia muito no momento do acidente e que o condutor perdeu o controle do veículo devido à aquaplanagem. O carro acabou saindo da pista. Eles viajavam no sentido Capitólio ao bairro de Furnas, em São José da Barra.

Via: Clic Folha.

Quatro pessoas ficam feridas após carro cair em barranco próximo do trevo de Carmo do Rio Claro

Quatro pessoas ficaram feridas depois que um carro caiu em um barranco perto do trevo de Carmo do Rio Claro (MG) na noite do último sábado (25). Segundo a Polícia Militar, o motorista perdeu o controle do veículo, arrebentou a cerca às margens da rodovia e caiu no barranco. Uma pessoa teve ferimentos graves.

Dentro do carro havia quatro pessoas. Ainda de acordo com a PM, três mulheres e um homem ficaram feridos. Todos são de Carmo do Rio Claro.

As vítimas foram resgatadas pelas ambulâncias do Samu e da Secretaria de Saúde e levadas para o hospital São Vicente de Paulo. Um jovem de 24 anos foi transferido para a Santa Casa de Passos em estado grave.

Homem morre após ser atropelado na porta da empresa onde trabalhava por motorista embriagada em MG

Um homem de 52 anos morreu após ser atropelado na porta do seu local de trabalho na noite da última quarta-feira (22) em Pouso Alegre (MG). Segundo a Polícia Militar, a motorista estava embriagada e foi presa.

Marcio Agnaldo Martins estava na calçada em frente ao portão da empresa que trabalhava e se preparava para ir embora de bicicleta, quando foi atropelado e prensado no portão por um carro. Segundo a PRF, o fato aconteceu na BR-459, km 101.

Com base na análise dos vestígios no local de acidente, a PRF constatou que a motorista, ao tentar acessar a via, bateu contra a defensa de concreto, perdendo o controle do veículo. Em seguida, o veículo bateu novamente contra a defensa de concreto do lado direito, saindo da pista e invadindo a calçada, onde atingiu a vítima.

O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas a vítima morreu no local. A motorista do carro e a passageira ficaram levemente feridas e foram encaminhadas para pronto-socorro.

Segundo a PRF, a motorista fez o teste de bafômetro, que constatou 0,62 ml/L de álcool no sangue. Ela foi presa e encaminhada para a delegacia de Pouso Alegre, após atendimento médico. Ela deve responder por homicídio culposo como agravante da embriaguez.

O corpo de Marcio foi levado para o IML de São Lourenço e o enterro será em Silvianópolis. Ele deixa esposa e dois filhos.

Câmera de segurança registra acidente entre dois carros na MG-050 em Piumhi; três pessoas ficaram feridas

Uma câmera de segurança flagrou o momento em que dois carros bateram de frente na tarde da última terça-feira (21) na MG-050, em Piumhi (MG) (veja o vídeo acima). Três pessoas, que não tiveram as idades e nomes informados, ficaram feridas. Segundo informações repassadas pelo Corpo de Bombeiros, o acidente foi na altura do km 277.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, um veículo de passeio, com placas de Capitólio, seguia sentido Piumhi quando tentou fazer uma conversão para entrar em uma estrada vicinal e bateu de frente com outro carro que seguia no sentido contrário.

No veículo que tentou fazer a conversão havia dois passageiros e no outro carro, apenas o condutor. As vítimas receberam os primeiros atendimentos e foram encaminhadas à Santa Casa da Misericórdia de Piumhi pelo Corpo de Bombeiros.

Não foi possível obter informações do estado de saúde das vítimas, pois os nomes não foram repassados à reportagem.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), a Concessionária AB Nascente e a Polícia Militar Rodoviária (PMRv) registraram a ocorrência.

Durante o atendimento das equipes o trânsito ficou lento no local.

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