Jornal Folha Regional

Advogada chama garçom de ‘macaco’ e é expulsa de comissão da OAB

Advogada chama garçom de ‘macaco’ e é expulsa de comissão da OAB - Foto: reprodução
Advogada chama garçom de ‘macaco’ e é expulsa de comissão da OAB – Foto: reprodução

A advogada Lizani Conceição de Miranda, suspeita de chamar um garçom de ‘macaco’ em um bar no bairro Cambuí, em Campinas (SP), foi exonerada da Comissão de Direito do Trabalho da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da qual era integrante titular. O caso ocorreu no último sábado (31), e a decisão pela exoneração de Lizani foi tomada na noite da última segunda-feira (2), durante reunião entre a diretoria da OAB Campinas e membros da Comissão de Direito.

Em entrevista à EPTV (emissora de televisão de Campinas) e à Polícia Civil, o funcionário relatou ter sido vítima de racismo após pedir para a advogada colocar o sapato, em virtude de um copo de vidro ter caído no chão e quebrado. Além disso, ele afirmou que outras duas colegas de trabalho também foram ofendidas por Lizani.

Após o fato, a Polícia Militar foi acionada e a advogada tentou resistir à prisão. A suspeita foi levada para o 1° Distrito Policial de Campinas, onde foi autuada por injúria racial, lesão corporal e resistência. A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o crime. A defesa da advogada afirmou que ela passou por audiência de custódia no último domingo (1), foi colocada em liberdade e permanece internada sob cuidados médicos. Lizani afirmou que todos os fatos estão sendo apurados e serão esclarecidos.

Em nota, a OAB Campinas, por meio das Comissões da Igualdade Racial, da Verdade sobre a Escravidão Negra no Brasil, de Ética e Disciplina de Direitos e Prerrogativas, repudiou os atitudes racistas atribuídas à advogada e reiterou que a entidade acompanhará o caso tanto na fase de inquérito pelas autoridades policiais, como no Poder Judiciário.

Advogada mata vizinha com tiro para defender amiga chamada de ‘sapatão’ em MG

Uma mulher de 43 anos foi morta com um tiro no rosto pela vizinha na última segunda-feira (10) em Lambari (MG). Segundo a Polícia Militar, a autora do disparo é uma advogada de 57 anos. A vítima teria chamado a suspeita e amiga dela de “sapatão”.

O crime aconteceu na Rua 7, no Bairro Recanto da Serra, local onde moram as envolvidas. De acordo com o Boletim de Ocorrência, a vítima teria provocado uma amiga da suspeita, uma mulher de 51 anos.

Segundo o BO, a vítima teria chamado a mulher de 51 anos de “sapatão”. Por causa disso, as duas teriam começado uma briga.

De acordo com a PM, testemunhas relataram que a amiga da suspeita estaria com um bastão de madeira. A vítima então teria se apossado do objeto e a agredido com ele.

Ainda de acordo com a PM, diante da briga das duas mulheres, a autora teria entrado na casa dela para buscar uma arma. A advogada então teria atirado contra a vítima para defender a amiga. Um dos tiros atingiu a região da boca de Maria José da Silva, de 43 anos.

Advogada mata vizinha com tiro para defender amiga que foi chamada de 'sapatão' em MG — Foto: Redes sociais
Advogada mata vizinha com tiro para defender amiga que foi chamada de ‘sapatão’ em MG — Foto: Redes sociais

Maria José foi socorrida por moradores que estavam no local, mas não resistiu aos ferimentos. O corpo dela foi levado ao IML de Três Corações (MG).

A Polícia Militar foi acionada pelos vizinhos e a suspeita foi presa em flagrante. Ela e a amiga foram encaminhadas para o pronto-socorro para atendimento médico. Depois, a advogada autora dos disparos foi levada para a delegacia.

Para os militares, a mulher contou que a motivação do crime seria porque a vizinha teria chamado ela e a amiga de “sapatão” e dito que elas tinham um relacionamento amoroso. A mulher ainda contou que não conseguiu separar a briga porque usa prótese nos dois pés e está em tratamento contra o câncer.

Na casa da autora, foram encontradas armas de fogo, incluindo o revólver utilizado no crime. O revólver, três pistolas e uma metralhadora de airsoft foram apreendidos. Junto com as armas, os militares também encontraram 537 munições intactas e 24 deflagradas.

Ainda de acordo com a PM, a suspeita tem posse de arma de fogo e não havia nenhum outro registro envolvendo armas.

São José Barrense se destaca como presidente da OAB de Jabaquara Saúde – São Paulo Capital

Imagem: Divulgação | OAB de Jabaquara.

A cidade de São José da Barra (MG) é palco de pessoas admiráveis, que não possuem medo de correr atrás de seus objetivos. Quando se trata de personalidades que fazem a diferença para a sociedade, o município é exemplo. É o caso da barrense Terezinha Fernandes de Oliveira, de 44 anos, filha de Divino Fernandes de Oliveira, falecido em maio de 2011 e Esmeralda de Oliveira Alcântara, falecida em março de 2012.

Terezinha nasceu em Guapé (MG) e aos dois anos de idade se mudou, juntamente com sua família, para São José da Barra. Até os 13 estudou na Escola Estadual Dr. Juscelino Kubstichek. Logo depois se mudou para o bairro de Furnas para estudar, onde ficou durante um ano. Quando completou 14 anos decidiu morar em Passos (MG) e foi aprovada no Vestibulinho do Colégio Tiradentes, onde completou o colegial. Em seguida ingressou na Faculdade de Direito de Passos, na Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), se formando em dezembro de 2001. Ela residiu na cidade até os 25 anos, quando foi embora para São Paulo, onde permanece até o momento.

O sonho de cursar direito começou aos seis anos de idade, quando a mineira conheceu o advogado Dr. Delzio Martins Vilela, de Passos. Ela perguntou para ele se a profissão de advocacia existia para mulheres e ele respondeu que sim, foi quando Esmeralda ouviu da filha que seria advogada.

Para Terezinha o melhor do direito são os resultados e a satisfação dos clientes. Apesar de amar o que faz, ela diz que também existem pontos que não gosta.

‘’O que menos gosto em ser advogada é a interpretação atribuída pelos julgadores quando do julgamento dos processos, não observando propriamente dito o que processo possui de provas e a aplicação da lei ao caso concreto’’.

Imagem: Divulgação | OAB de Jabaquara.

Fernandes diz que desde o início do seu curso foi agraciada em poder trabalhar com o renomado advogado Dr. Renato Rattis Pádua.

‘’Aprendi muito com ele, desde as lições da vida, do advogado, ética, profissionalismo. Ele foi um verdadeiro ‘pai’ em minha vida. Trabalhei por muitos anos com ele, desde o início da faculdade. Me formei e continuei com ele como advogada no escritório. Tive oportunidade de trabalhar muito, aprendi tudo sobre a advocacia, audiências, reuniões, clientes, convivi com excelentes colegas de trabalho, conheci muitas pessoas de referência na minha vida, viajei muito à trabalho fazendo audiências’’.

O fato de já ter trabalhado com o Dr. Renato, fez com que Terezinha se preparasse para o mercado de trabalho em São Paulo.

‘’Quando cheguei em São Paulo, em poucos dias estava trabalhando em um escritório, onde tive a sorte de ter outro ‘pai’ em minha vida: o Dr. Paulo Eduardo Akiyama. Tive oportunidades de viajar por vários Estados do Brasil fazendo audiências, em todo o Estado de São Paulo e Capital. Participei de reuniões, atendimentos, processos no Brasil e exterior. Aprendi sobre administração de escritórios. Foi outra experiência fantástica em minha vida como advogada. Sou muito grata ao Dr. Renato e ao Dr. Paulo pelos ensinamentos que me transmitiram em todos os aspectos’’.

Quando chegou em São Paulo, ela procurou continuar os estudos. Fez duas pós-graduação e mestrado em Direito. Em 2011 deixou o escritório do Dr. Paulo Akiyama e abriu o seu próprio. No mesmo ano ingressou na carreira do Magistério Superior. Sendo assim, em 2011 estava cursando mestrado, abrindo seu escritório, iniciando a carreira de professora universitária, além de enfrentar a primeira eleição na OABSP como vice-presidente.

‘’Não foi fácil’’

Segundo a advogada, a carreira em que atua é masculinizada, porém esse quadro está mudando há anos.

‘’Vejo nas salas de aulas do curso de direito que há mais homens do que mulheres. No futuro, o quadro vai ser revertido, haverá mais mulheres do que homens. Posso dizer, com muita propriedade, que nunca sofri preconceito por ser mulher. Como disse, não foi e não é fácil. As vagas estão abertas para todas, o que precisa é que as mulheres ocupem essas vagas. A qualificação profissional é fundamental para que o preconceito não exista’’.

Imagem: Divulgação | OAB de Jabaquara.

Terezinha Fernandes atualmente é Presidente da 116ª OABSP, na Capital. Porém ela afirma que não chegou onde está através de cotas ou por ser mulher. ‘’O mérito decorreu do meu trabalho na OABSP desde 2004, em vários cargos, sempre disposta a contribuir para a classe’’.

A posse da então presidente da OAB de Jabaquara aconteceu no dia 21 de junho, no campus Indianópolis da Universidade Paulista (UNIP).

Vídeo: Divulgação | OAB de Jabaquara.

Esmeralda Ouro conta um pouco de sua história e agradece pelo prémio de advogada destaque

Com o lema ‘’fazer valer as leis, para que elas sejam cumpridas’’, Esmeralda de Oliveira Ratis, de 41 anos, ganhou o Destaques pelo 3° ano consecutivo, na categoria ‘advogado (a)’. 

Aos 17 anos, a mineira se mudou para Franca, no interior de São Paulo, para cursar direito na Faculdade de Direito de Franca. Com 22 anos se formou em bacharel em Direito e passou no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). 

Logo depois, retornou para sua cidade, São José da Barra (MG), onde abriu seu próprio escritório particular. Mais tarde, prestou serviço na Assistência Jurídica e Social “Acácio Gomes dos Reis”, convênio com a Prefeitura Municipal de São José da Barra/MG, porém, voltou a trabalhar no escritório particular, sempre participando e se atualizando em Congressos e cursos.

Sua principal referência foi seu tio avô materno, o qual era advogado.

‘’Tínhamos convivência, admirava ele como profissional, me interessei pelo curso de Direito, procurei saber a prática e decidi fazer faculdade para trabalhar defendendo os direitos das pessoas’’, diz a advogada. 

Mesmo amando o que faz, Esmeralda afirma que sua principal decepção é a desunião da classe. Ela ainda comenta que nunca sofreu preconceito em sua profissão. ‘’Sempre fui respeitada pelos colegas de trabalho’’.

Ratis agradece a todos que a apoiaram em todos esses anos e aos que votaram para a advogada destaque.

‘’Fiquei muito feliz e honrada em ter sido eleita advogada destaque pelo terceiro ano consecutivo, apesar do nosso município ser pequeno tem uma grande demanda, fico lisonjeada ao falarem advogada e citarem meu nome. Agradeço primeiramente a Deus, pelo dom da minha profissão, ao meu marido, familiares, amigos e clientes pela confiança no meu trabalho. Obrigada de coração’’, finaliza.

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