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PM promove campanha do Agosto Lilás na Praça da Matriz, em Passos

PM promove campanha do Agosto Lilás na Praça da Matriz, em Passos - Foto: divulgação
PM promove campanha do Agosto Lilás na Praça da Matriz, em Passos – Foto: divulgação

A campanha Agosto Lilás, lançada na semana passada pelo 12º Batalhão da Polícia Militar de Minas Gerais, na Praça da Matriz, em Passos (MG), abordou a conscientização sobre a violência doméstica e familiar contra a mulher.

De acordo com a 3° sargento da Polícia Militar e integrante da Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica Rosane Costa Nascimento, a campanha, que foi lançada com os órgãos da Rede de Proteção da Mulher, conta ainda com apoio da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) em conjunto com o Conselho da Mulher, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Centro de Referência e Atendimento à Mulher de Passos (Cramp) e Defensoria pública.

Segundo Rosane, a rede de proteção para as mulheres que procuram ajuda envolve setores que possuem atendimento especializado para orientá-las e encaminhá-las de acordo com a necessidade e vontade.

“O Cramp tem atendimento psicossocial, além da Defensoria Oficial Pública, Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica, Delegacia da Mulher, Conselho da Mulher, e a OAB que possuem uma equipe de suporte a essas mulheres”, frisou a sargento.

“A divulgação do Agosto Lilás nas escolas ou através de rádios e palestras sobre o que é a violência e suas categorias, leva informação para as mulheres identificarem se estão em relacionamentos abusivos ou passando por violências múltiplas, já aos homens, a importância de divulgar a campanha implica-se para que tenham ciência das condutas e atitudes que configuram violência”, completou.

Justiça

A advogada e presidente da Comissão das Mulheres Advogadas da OAB, Richele Luiza de Souza, esclareceu que a pena para casos de violência doméstica estão previstas de acordo com a Lei Maria da Penha, que trata de uma série de medidas protetivas às vítimas e punições aos agressores.

“A pena de prisão é aplicada em casos mais graves, como lesão corporal, ameaça, constrangimento ilegal ou homicídio (feminicídio) e sua duração varia de acordo com a natureza do crime. Além das penas, o juiz pode determinar medidas protetivas para a vítima, como o afastamento do agressor do lar, proibição de contato e a suspensão de visitas aos filhos, dentre outras”, salientou.

De acordo com Richele, a vítima deve registrar um boletim de ocorrência, imediatamente após o ocorrido, por meio da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher, Delegacia de Polícia Civil, ou ainda por meio da Delegacia Virtual, com acesso pelo link: https://delegaciavirtual.sids.mg.gov.br.

“As denúncias também podem ser feitas pelo Disque 181 ou pelo 180, inclusive de forma anônima, também é possível acionar a Polícia Militar pelo número 190 em casos urgentes. Sobretudo, a mulher ainda deve solicitar medidas protetivas de urgência através da Delegacia, Defensoria Pública, Ministério Público, mediante um advogado”, afirmou.

Segundo Richele, a atuação dos advogados no combate à violência doméstica deve ser primordial para a defesa e garantia dos direitos das mulheres vítimas, além da promoção de uma sociedade mais justa e igualitária, de forma a reforçar a necessidade de uma orientação jurídica humanizada, com empatia e que promova o encaminhamento dessa mulher aos órgãos que compõem a Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica.

Ela ressalta ainda que a violência doméstica transcende a esfera criminal, demandando um olhar abrangente sobre as diversas necessidades da mulher vítima. “Além do acompanhamento jurídico, é preciso considerar a necessidade feminina de reestruturação financeira, psicológica e profissional, bem como o apoio para lidar com questões de divórcio, guarda dos filhos e busca por emprego”, destacou.

“Atuar nessa área é um desafio constante, mas também uma jornada profundamente gratificante. Ao acompanhar mulheres vítimas de violência, tenho a oportunidade de contribuir para a transformação de suas vidas, promovendo o empoderamento feminino e construindo uma sociedade mais justa e igualitária”, relatou a advogada. (Clic Folha)

Alpinópolis promove ação da campanha ‘Agosto Lilás’

No último sábado (26), a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social da Prefeitura de Alpinópolis (MG) realizou uma iniciativa como parte da campanha Agosto Lilás, voltada à conscientização do combate à violência contra as mulheres.

A ação incluiu uma caminhada que teve início às 8h30, na Avenida Governador Valadares, em frente ao Banco do Brasil, e se encerrou no estacionamento do Terminal Rodoviário de Alpinópolis. No término da caminhada, o professor Nando Ribeiro conduziu uma aula de dança.

Durante o evento, houve também a distribuição de brindes, sendo o público presente, majoritariamente, composto por mulheres.

A realização contou com o apoio do Centro de Referência da Assistência Social (Cras), do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e do 13º Pelotão da Polícia Militar de Alpinópolis.

A secretária de Ação Social do município, Miriam Lima, compartilhou que, ao longo das atividades que se iniciaram ainda na sexta-feira, 25, duas mulheres se encorajaram e decidiram se abrir, buscando ajuda. Ambas enfrentavam situações de agressões físicas e psicológicas no ambiente doméstico.

Alpinópolis promove ação da campanha ‘Agosto Lilás’ – Foto: divulgação

Uma delas, inclusive, tomou a decisão de deixar sua residência, e a secretaria está atualmente providenciando todo o suporte necessário para sua assistência. A vítima relatou que permaneceu em sua casa até então devido às ameaças do marido, que a fazia acreditar que não teria recursos para se sustentar, criar seus filhos e levar uma vida digna.

Ao ter conhecimento desses fatos, o prefeito Rafael Freire se comprometeu a alargar as medidas de proteção às vítimas de violência doméstica em Alpinópolis, propondo enviar ao Poder Legislativo um projeto de lei que ofereça amparo, inclusive financeiro, às mulheres que necessitem deixar seus lares em busca de um recomeço longe de tais situações prejudiciais.

Durante o evento, no sábado, o prefeito também falou sobre os tipos de violência contra as mulheres e conclamou a todas para que não se calassem diante de uma agressão, por menor que pareça ser, e que denunciem através do número 180. (Clic Folha)

PM participa de ciclo de palestras sobre violência doméstica promovido pelo CONSEP de São José da Barra

PM participa de ciclo de palestras sobre violência doméstica promovido pelo CONSEP de São José da Barra – Foto: divulgação

A Polícia Militar participou das palestras de abertura do projeto de prevenção e mitigação da violência doméstica, promovido pelo Conselho Comunitário de Segurança Pública (CONSEP) de São José da Barra (MG). A conferência, que foi realizada devido ao Agosto Lilás, aconteceu no plenário da Câmara Municipal.

A palestra contou com a presença do prefeito de São José da Barra, Paulo Sérgio Leandro de Oliveira, do vice-prefeito, André Luiz Lemos, de vereadores, secretaria de Assistência Social, diretores e professores das escolas do município e membros do CONSEP.

O evento iniciou o ciclo de palestras sobre a arte da convivência com a psicóloga clínica e psicanalista Pollyanne Gonçalves Freire S. Rosa, e com a Sd Jacqueline da PMMG, que discorreu sobre a PPVD – Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica.

O cronograma prevê palestras nos bairros do município a fim de tornar o tema acessível a todos.

Agosto Lilás: Mês de Conscientização no Combate à Violência Contra a Mulher

Agosto Lilás: Mês de Conscientização no Combate à Violência Contra a Mulher – Imagem: Agência Inova

Contribuir na luta contra à violência doméstica é um dever de todos nós. Todos os anos vemos estatísticas entristecedoras em relação a isso. Entretanto é importante estarmos juntos e não desistir de lutar por mais proteção às mulheres.

O oitavo mês do ano é dedicado à conscientização pelo fim da violência contra a mulher através da campanha Agosto Lilás, que busca chamar a atenção da sociedade para o tema. A campanha foi criada em referência à Lei Maria da Penha, que em 2023 completa 17 anos, e surgiu para amparar mulheres vítimas de vários tipos de violência como física, sexual, psicológica, moral e patrimonial.

O Observatório da Mulher Contra a Violência – do Senado Federal, realiza pesquisa desde 2005 com a população feminina de várias partes do Brasil e em seu último demonstrativo que foi divulgado em 2021 apontou elevação de aproximadamente 30% no número de mulheres que afirmaram ter sofrido violência física. Já no caso de violência psicológica os números subiram 165% e violência moral ultrapassou os 200%. 

Em relação ao feminicídio – assassinato de mulheres em razão do gênero – segundo a Secretaria de Segurança Pública, também houve uma crescente nos registros nos últimos anos. Em 2021, na capital paulista, 33 mulheres foram vítimas de feminicídios. Já em 2022 os números saltaram para 41 e nos primeiros cinco meses deste ano foram registradas 16 mortes.

Disque 180 – Denuncie 

Para comunicar algum caso de violência doméstica ligue para a Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, através do 180. O telefone é de abrangência nacional. As denúncias podem ser feitas de forma gratuita e confidencial. A central funciona 24 horas, todos os dias da semana, inclusive nos fins de semana e feriados. 

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