Jornal Folha Regional

AgroGalaxy reduz níveis hierárquicos, fecha lojas e muda gestão regional de negócios

Welles Pascoal, que deixará o cargo de CEO da AgroGalaxy (foto: Divulgação)

Depois de alongar dívidas e fortalecer sua estrutura de capital, a AgroGalaxy, uma das maiores varejistas de insumos agrícolas do país, anunciou na manhã da última terça-feira (6) uma reorganização em seu modelo de gestão, marcada por redução de níveis hierárquicos, enxugamento de pessoal, fechamento de lojas e a implantação de uma nova divisão regional de atuação. A empresa também confirmou que Welles Pascoal deixará o cargo de CEO e será substituído, a partir de 1º de março, por Axel Labourt, que atualmente é o COO da companhia.

“É a conclusão de um processo que começou no primeiro trimestre do ano passado. O objetivo é sermos uma empresa com uma estrutura capaz de atravessar períodos conturbados como 2023 e, talvez, 2024”, afirmou Pascoal em teleconferência com jornalistas. A pandemia e a invasão russa na Ucrânia tumultuaram o mercado global de defensivos e fertilizantes, gerando grandes oscilações de preços. Em 2022, altas expressivas beneficiaram as empresas do segmento, mas no ano passado fortes quedas golpearam os resultados, também prejudicados pelo cenário mais difícil para os produtores de grãos, que enfrentaram problemas climáticos e retração das cotações.

Para ganhar agilidade no processo de tomada de decisões e se aproximar dos agricultores, a AgroGalaxy eliminou dois níveis hierárquicos entre o CEO e os consultores técnicos de campo e ampliou de dois para cinco o número de vice-presidentes de negócios, que agora têm mais autonomia. O ajuste gerou uma redução “líquida” de 80 posições de trabalho, levando em consideração que houve algumas contratações para dar suporte à nova divisão regional.

Antes organizada em duas torres (Sul e Norte), com quatro unidades de negócios em cada uma, a companhia passou a contar com cinco unidades de negócios – Sul (basicamente Paraná), Sudeste (parte do Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais), Cerrado-Oeste (Mato Grosso), Cerrado Leste (Goiás e Mapito) e Mato Grosso do Sul. No total, 14 Estados continuam a ser atendidos. Além disso, a AgroGalaxy continua a ter uma unidade de beneficiamento de sementes.

Nessa reorganização, 19 lojas estão sendo afetadas. Boa parte delas será fechada, e algumas estão sendo “redesenhadas”. Após alongar dívidas no valor de R$ 839 milhões, em setembro, e de anunciar uma injeção de R$ 188 milhões por parte de Fundos de Investimento em Participações Multiestratégia (FIP) geridos pela Aqua Capital, sua controladora, em dezembro, a AgroGalaxy já havia sinalizado a suspensão de sua expansão por dois anos e a redução do número de lojas.

Com a conjuntura adversa, a receita líquida da empresa caiu 14,7% de janeiro a setembro de 2023 ante igual período do ano anterior, para R$ 7 bilhões. O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado diminuiu 82,8%, para R$ 60,5 milhões, e houve prejuízo de R$ 442,5 milhões. Os resultados do quarto trimestre do ano passado ainda não foram divulgados, mas as perspectivas para 2024 são melhores, apensar das incertezas climáticas e da persistente queda dos grãos.

“Tivemos duas grandes feiras agro neste início de ano, com surpresas positivas. Fechamos muitas operações de barter [troca de insumos por colheitas futuras] com os produtores”, disse Labourt. Ele assumirá o timão da AgroGalaxy em pouco menos de um mês. A saída de Welles Pascoal está prevista desde que ele voltou ao cargo de CEO, no início do ano passado.

BDMG libera crédito de R$ 60 milhões para o setor do café na Safra 2023/2024

Os recursos do Plano Safra também já estão disponíveis para financiar projetos de silos, inovação e sustentabilidade

BDMG libera crédito de R$ 60 milhões para o setor do café na Safra 2023/2024 – Foto: Agência Minas

A Safra 2023/2024 já começou para o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). Nesta terça-feira (29), foram realizados os primeiros desembolsos com recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) em um total de R$ 60 milhões referentes a contratos de financiamento para o setor cafeeiro nas regiões Sul, Alto Paranaíba e Zona da Mata mineira.

Desde o último dia 21, empresas e cooperativas de produtores interessadas em financiar a comercialização, aquisição, capital de giro, armazenagem de grãos, inovação, entre outros, podem acessar os R$ 232,6 milhões destinados ao BDMG pelo Funcafé. Os recursos do Plano Safra, R$ 385 milhões, também já estão disponíveis para os clientes.

“Começamos, agora de forma oficial, a liberar os financiamentos do Funcafé, com o qual conseguimos garantir suporte a toda a cadeia produtiva do grão, um segmento de extrema importância para a economia do país”, diz Gabriel Viégas Neto, presidente do BDMG. “Nossa meta é repetir o desembolso de 100% desses recursos, pois sabemos de importância do crédito para a produção cafeeira”, completou.

Desde o ano safra 2018/2019, o BDMG desembolsa 100% dos recursos do Funcafé destinados ao banco. Além disso, de 2014 até agora são R$ 2 bilhões em crédito para a produção cafeeira por meio do Funcafé. No último período, encerrado em julho, os desembolsos do BDMG, que chegaram a R$ 264 milhões, financiaram a compra de 258 mil sacas de café. Quase 60% do total de recursos seguiu para o Sul de Minas, uma das principais regiões produtoras do estado.

Em 2022, a produção de café em Minas Gerais foi de 22 milhões de sacas, representando 43% da safra nacional. Para 2023, a estimativa é de 27,8 milhões de sacas, representando 50% da safra brasileira. O café é o principal produto das exportações mineiras, respondendo por quase 40% do volume.

Plano Safra

Já no Plano Safra, o BDMG disponibiliza R$ 385 milhões que também já podem ser contratados por empresas e cooperativas. Esse valor representa um aumento de 1.000% em relação ao período anterior. Esses recursos podem ser utilizados para financiar a construção de silos utilizados na armazenagem de grãos; a incorporação de inovação tecnológica nas propriedades rurais; apoio e fomento a setores de produção agropecuária; incremento à competitividade do complexo agroindustrial das cooperativas; capital de giro; e incentivo ao desenvolvimento da agropecuária irrigada sustentável, além da redução das emissões de gases de efeito estufa oriundas das atividades agropecuárias.

Nos últimos 12 meses, mais de um terço dos desembolsos do BDMG foi para o setor agro. Os recursos para financiamento seguem a lógica da economia estadual, com o agronegócio correspondendo a 22% do PIB mineiro no ano passado e a 36% das exportações totais de Minas Gerais nos sete primeiros meses de 2023.

Saiba quais os benefícios o Lago de Furnas trouxe para a cafeicultura desde a criação da represa em MG

Lago de Furnas trouxe benefícios para cafeicultores, conclui pesquisa da Unifal-MG — Foto: Reprodução EPTV
Lago de Furnas trouxe benefícios para cafeicultores, conclui pesquisa da Unifal-MG — Foto: Reprodução

Uma pesquisa feita pela Universidade Federal de Alfenas (Unifal-MG) apontou o impacto causado na agricultura depois da chegada do Lago de Furnas, na década de 1960.

Além de mudar a paisagem do Sul de Minas, a represa também mudou a economia, tornou a cafeicultura predominante e ainda traz benefícios para o cultivo do grão.

A Represa de Furnas é um lago artificial que foi formado para abastecer a Hidrelétrica de mesmo nome, que fica em São José da Barra (MG). Em 1963, terminou o processo de inundação que formou o lago. Esse processo mudou a vida de muitas famílias.

“O meu pai vivia em Barranco Alto, e lá a agricultura era mais em vagem, plantar arroz, feijão, essas coisas, planta branca. Aí veio o lago aí teve de mudar mais para os lugares altos que a água não pegasse, aí teve que mudar para o café. No começo era pequeno produtor, aí teve que ir para o café porque outras plantas brancas, milho, soja, era para produtores maiores. O café é mais trabalhoso, mas dá uma renda melhor”, disse o cafeicultor João Francisco de Lima.

Ir para terras em locais mais altos foi mais do que uma mudança de lugar, e sim uma alteração na economia da região.

“Eles tiveram que passar a cultivar o café. Foi uma transição muito brusca e também o impacto social, a gente tem que pensar também que essas pessoas deixaram de cultivar, deixaram suas propriedades para buscar outras alternativas com outros cafeicultores que já trabalhavam e os incentivaram eles a continuar para eles permanecerem na propriedade. Já teve uma quebra por conta do lago e se essa família não permanecesse, ela tivesse que mudar, iria desestruturando cada vez mais. Mas muitos realmente foram embora, não permaneceram”, explicou a mestre em geografia da Unifal-MG, Tamyris Maria Moreira Costa.

De acordo com a pesquisa, a estrutura do trabalho rural também mudou.

“A questão de gênero, a sucessão geracional também é muito delicada, porque quem trabalha na propriedade rural desde mais jovem, tendem a permanecer e esses jovens têm buscado outras alternativas, então às vezes eles não permanecem na propriedade ou saem para buscar estudo e não retornam. As mulheres também têm poucas alternativas de permanecer, a gente tem um número muito grande de homens, proprietários, trabalhando na zona rural e não as mulheres”, completou a pesquisadora.

Para o extensionista da Emater, Sebastião Homero Vieira, o ambiente que a empresa criou é uma característica marcante da produção cafeeira na microrregião de Alfenas.

“A represa cria um microambiente, um microclima mais úmido e faz com que evite a geada para o café. Se a represa estiver no nível máximo, evita geada na lavoura de cafeicultura. Com a altitude aqui é baixa, esse café adianta mais do que o normal, então a altitude baixa aumenta a temperatura e a umidade em função da represa”, explicou o extensionista.

Lago de Furnas trouxe benefícios para cafeicultores, conclui pesquisa da Unifal-MG — Foto: Reprodução EPTV
Lago de Furnas trouxe benefícios para cafeicultores, conclui pesquisa da Unifal-MG — Foto: Reprodução

“Então esse café amadurece mais cedo. Então o produtor com isso tem que colher o café mais cedo, é uma desvantagem, mas passa a ser uma vantagem para o produtor, ele colhei mais cedo, desocupa a planta mais cedo e ela está pronta para a próxima safra”

Benefícios que ajudam o produtor a driblar problemas como a seca.

“Toda a regação (sic) que a gente precisa fazer, água aqui nunca faltou, aqui nunca secou”, completou o cafeicultor João Petenuci. (G1)

Abertura da Safra Mineira de Café: governador de Minas e Ministro da Agricultura confirmam presença no evento

Pela primeira vez, as Regiões Cafeicultoras de Minas: Região do Cerrado Mineiro, Caparaó, Campo das Vertentes, Chapada de Minas, Região das Matas de Minas, Mantiqueira de Minas e Sul de Minas, se reúnem para a Abertura da Safra Mineira de Café, que acontece no dia 1º de junho, às 9h, na Coocacer em Araguari (MG).

Com presença confirmada do Governador Romeu Zema e do Ministro da Agricultura Carlos Fávaro, a Abertura Safra Mineira de Café entra na reta final de preparativos para receber mais de 600 representantes do setor, entre produtores rurais, empresários, estudantes e autoridades políticas das 55 cidades que compõem a Região do Cerrado Mineiro.

Uma mega estrutura repleta de atrações estará à espera dos participantes. Uma delas é o Espaço Casa de Café Cerrado Mineiro, um espaço aconchegante onde serão servidos cafés das regiões cafeicultoras de Minas Gerais para degustação.

Nesse espaço, o movimento “Elas no Café” juntamente com cafeicultores convidados, apresentarão cafés com o selo da Denominação de Origem da Região do Cerrado Mineiro, além de produtos mineiros artesanais como queijos e doces à venda.

E não para por aí: as pinturas do artista Júlio Monteiro são uma verdadeira declaração de amor ao Cerrado, e terão destaque garantido no evento. Em painéis de LED espalhados por diferentes ambientes, os visitantes poderão acompanhar a história vibrante da cafeicultura da Região do Cerrado Mineiro.

As atrações contemplam os cinco sentidos: paladar, olfato, tato, visão e audição. É por isso que a música ficará sob o comando do Conservatório Estadual de Música e Centro Interescolar de Artes Raul Belém, de Araguari.

Parcerias para fortalecimento da cafeicultura

A ação, inédita na cafeicultura mineira integra as regiões produtoras de café do estado, conecta a cadeia produtiva do café e fortalece a atividade, valorizando os esforços que promovem desenvolvimento e crescimento nos municípios em que a cultura está inserida, tornando o momento da colheita ainda mais singular.

O evento, que é uma realização da Região do Cerrado Mineiro, Prefeitura Municipal de Araguari e Ademinas, conta com patrocinadores e apoiadores que acreditaram na importância do evento. São eles: LD Celulose como Patrocinador Master; Sicoob Aracoop, Imepac Centro Universitário; Fuerza Segurança Privada e Sicoob Aracredi como patrocinadores Diamante; Coocacer Araguari, Nucooffe Syngeta Syngenta e Timac Agro como patrocinadores Ouro. O apoio governamental desta iniciativa conta com Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Governo de Minas Gerais, Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Deputado Federal Zé Vitor e Deputado Estadual Raul Belém. Apoiam de forma institucional o evento: Sebrae, Conab, Emater, Sistema OCB, Sistema OCEMG e Conselho Nacional do Café (CNC). O apoio cultural ficou a cargo da FAEC e do Conservatório Estadual e Centro Interescolar de Artes Raul Belém, de Araguari.

SOBRE O EVENTO

A abertura da Safra Mineira de Café é uma idealização da Coocacer, cujo evento encontrou na visão arrojada do Deputado Federal Zé Vitor, caminhos para ter a ideia inicial ampliada e expandida somando-se à atitude visionária da Região do Cerrado Mineiro, liderada por Francisco Sergio de Assis e Gláucio de Castro; da Prefeitura Municipal de Araguari, por meio Prefeito Renato Carvalho, em parceria com a Ademinas – Agência de Desenvolvimento de Minas Gerais para ser uma realidade. Acesse o site do evento e saiba mais: https://www.saframineiradecafe.com.br/

Viter e Morro Verde Fertilizantes ampliam produção em Minas Gerais

Foto: Reprodução

Unidade de negócios da Votorantim Cimentos expande parceria com uma das principais produtoras brasileiras de insumos agrícolas com bases minerais de fosfato, potássio e nitrogênio.

A Viter, unidade de negócios e marca de insumos agrícolas da Votorantim Cimentos, amplia sua parceria comercial com a Morro Verde Fertilizantes com o objetivo de aumentar a produção de calcário agrícola com alto teor de magnésio no estado de Minas Gerais. A parceria prevê a aquisição de equipamentos, melhorias e ampliações das estruturas de armazenagem e carregamento.

A Morro Verde é uma das principais produtoras brasileiras de insumos agrícolas com bases minerais de fosfato, potássio e é focada em oferecer soluções para a agricultura bioregenerativa de baixo carbono. A parceria com a Viter envolve o fornecimento de calcário agrícola produzido em Pratápolis (MG) e comercializado seguindo os elevados critérios de qualidade da marca Calcário Itaú – ampliando a gama de produtos disponíveis ao agricultor e buscando atender cada vez mais as necessidades e particularidades do solo de cada produtor.

“Estamos completando dois anos de parceria com a Morro Verde e pudemos confirmar que o agricultor da região tem a necessidade de um produto com elevados teores de magnésio juntamente com a qualidade de serviços e assistência que já são marcas registradas da Viter. Com os novos investimentos para ampliar essa parceria, fortalecemos também a estratégia da Viter de estar cada vez mais próxima do produtor rural”, afirma o gerente geral da Viter, Marcelo Giuliano de Sousa.

“A expansão da parceria junto a Viter, atesta a capacidade de execução, excelência e melhores práticas da Morro Verde. Para nós é uma grande honra servir os produtores rurais que buscam ampliar a soberania, o equilíbrio e a eficiência das lavouras brasileiras”, disse o presidente do Conselho de Administração da Morro Verde, Felipe Holzhacker Alves.

Líder na comercialização de calcário agrícola no Brasil e a única empresa com presença nacional, a Viter também atende o estado de Minas Gerais a partir da fábrica em Itaú de Minas, que produz o corretivo de solo Calcário Itaú há mais de 40 anos. Em maio, a Viter completa três anos como marca exclusiva de insumos e soluções agrícolas da Votorantim Cimentos. A nova identidade veio para reforçar a estratégia da companhia de ampliar a sua atuação no agronegócio, com investimentos, ampliação da capacidade de produção e novas linhas de produtos. Todas as informações sobre Viter podem ser encontradas no site www.viteragro.com.br

Sobre a Votorantim Cimentos

A Votorantim Cimentos é uma empresa de materiais de construção e soluções sustentáveis com mais de 13 mil empregados. O portfólio de materiais de construção vai além de cimentos e inclui concretos, argamassas e agregados. A companhia também atua nas áreas de insumos agrícolas, gestão de resíduos e coprocessamento. As unidades da Votorantim Cimentos estão estrategicamente próximas aos mais importantes mercados consumidores em crescimento e presente em dez países, além do Brasil: Argentina, Bolívia, Canadá, Espanha, Estados Unidos, Luxemburgo, Marrocos, Tunísia, Turquia e Uruguai. Mais informações em www.votorantimcimentos.com.br

Sobre a Morro Verde Fertilizantes

A Morro Verde é uma das principais produtoras brasileiras de fertilizantes focada em oferecer soluções para a bioeconomia e agricultura regenerativa e tem como objetivo ser uma empresa de fertilizantes carbono neutro.

Fundada em 2014 e atuando de forma verticalizada desde a mineração, plantas de beneficiamento e canais de distribuição em todas as regiões do Brasil, a Morro Verde conta com três unidades operacionais.

No portfólio inclui a produção e comercialização de fertilizantes 100% nacionais, oferecendo aos produtores rurais do Brasil os principais macronutrientes: fosfato, potássio, nitrogênio, calcário e magnésio.

Saiba mais em www.morroverde.mv I @morroverdefertilizantes

Contato: [email protected]

Morango movimenta mais de R$120 milhões por ano em Pouso Alegre

Foto: lavoura no bairro Cruz Alta 

Pouso Alegre (MG) produz morango o ano inteiro. O município é um dos maiores produtores da fruta no Brasil. A região do Sul de Minas concentra aproximadamente 85% de toda produção nacional. Toda a cadeia produtiva do morango, do plantio até a mesa do consumidor, são 251 hectares de plantação no município.

A tradição vem passando por gerações e envolve o trabalho de mais de 1000 famílias, movimenta fortemente a economia do município. Pouso alegre produz morango o ano inteiro, com as novas tecnologias, variedades da fruta e também o clima favorável da região.

Benefícios do morango para a saúde

Alimento protege contra cânceres e doenças inflamatórias, Além disso, o morango também tem fibras que combatem a prisão de ventre e a zeaxantina“, uma substância importante para a saúde dos olhos.

Vou brigar até o fim contra corte na Agricultura’, afirma ministra

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou na última quinta-feira (17), que vai brigar até o último momento contra os cortes no Orçamento de sua pasta para este ano. A redução de gastos em vários ministérios foi a forma encontrada pelo governo para engordar o caixa dos ministérios da Infraestrutura e do Desenvolvimento Regional, responsáveis pelo Pró-Brasil, o plano federal de investimentos em infraestrutura. No caso da Agricultura, o pedido é de corte de R$ 250 milhões.

“Não estou feliz com isso”, disse Tereza Cristina, que participou do Estadão Live Talks, evento realizado em parceria com a Tendências Consultoria Integrada. “Não é justo tirar dinheiro da Agricultura.”

Segundo ela, a medida poderia levar a Embrapa a ficar sem recursos. A pesquisa e a regularização fundiária, que são prioridades no governo, também seriam prejudicadas. “Estamos discutindo com o governo, e também levamos a questão para deputados e senadores”, disse. “Vamos brigar até o último momento. Eu sou pequenininha, sou quietinha, mas eu brigo duro.”

A live foi a segunda de uma série de debates organizada pelo Estadão para identificar as alternativas para o Brasil reaquecer sua economia após os estragos provocados pela pandemia do novo coronavírus. Tereza Cristina respondeu a perguntas da diretora-presidente da Tendências, Elizabeth Farina, e da jornalista e colunista do Estadão Eliane Cantanhêde.

Arroz

Questionada sobre a disparada dos preços de alguns itens de cesta básica nas gôndolas dos supermercados, em especial do arroz, Tereza Cristina avisou que, apesar dos esforços do governo em negociar com produtores e zerar tarifas de importação até dezembro, o atual patamar de preços só deve baixar mesmo a partir de 15 de janeiro, quando entrar a safra brasileira. “E tudo indica que será uma safra muito boa, pelo que estamos vendo. Teve aumento de área e deve ter de produtividade”, afirmou.

A ministra descartou que o governo vá intervir de forma a segurar artificialmente os preços no mercado para favorecer o consumidor. Segundo ela, o movimento de alta nos insumos deve-se a um aumento do consumo na pandemia, aliado às exportações e aos baixos estoques atuais.

Segundo ela, o que o governo pode e tem feito foi ampliar o acesso ao produto produzido no exterior, zerando a tarifa de importação de fora do Mercosul, o que ela destaca ser o suficiente para garantir o abastecimento interno. “Retirar a tarifa de importação é uma reserva técnica que o governo tem”, destacou. “Intervenção sobre preços é muito ruim. Sou absolutamente contra. Já vimos isso e nunca funcionou. Ao contrário, o preço acaba subindo.”

Questão ambiental

Um dia após se reunir com o vice-presidente Hamilton Mourão para discutir medidas do governo para coibir o desmatamento na Amazônia, a ministra da Agricultura disse que o meio ambiente e o agronegócio precisam caminhar juntos no Brasil. “O agronegócio bom é o que preserva.”

Questionada sobre a cobrança de empresas, organizações e investidores para que o governo intensifique sua atuação em torno da pauta ambiental, a ministra afirmou que, do ponto de vista da iniciativa privada, “o produtor sabe que conservação é fundamental para o seu negócio”. Do ponto de vista do governo, reiterou que o País já dispõe de legislação ambiental eficiente.

“O País tem bons exemplos, como o Código Florestal, que trouxe bom senso e equilíbrio”, afirmou. “Temos de ter a obrigação de cumprir a lei, isso é fundamental para o agronegócio.” Com relação aos “malfeitos” na área, referindo-se aos casos de desmatamento, ela afirmou que é preciso corrigir isso.

Como o Estadão mostrou, 230 organizações e empresas ligadas às áreas do meio ambiente e do agronegócio enviaram ao governo um conjunto de propostas para deter o desmatamento na Amazônia. Além disso, países da Europa já condicionaram a manutenção de compra de produtos brasileiros a mudanças na política ambiental.

Fonte: O Estado de S. Paulo.

Receber notificações de Jornal Folha Regional Sim Não