Jornal Folha Regional

Brasília tem 7 de setembro esvaziado, com pouco público, servidores e familiares dos militares

Brasília (DF), 07-09-2023 – Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao lado do Vice-presidente Geraldo Alckmin, participam do desfile Cívico-Militar de 7 de Setembro na Esplanada dos Ministérios em Brasília. Foto: Cadu Gomes/VPR| Foto: Cadu Gomes/VPR

Com o tema “Democracia, Soberania e União”, o Desfile de 7 de Setembro, em Brasília, foi marcado pela tímida reação do público nos momentos de execução dos hinos Nacional e da Independência. Metade das arquibancadas foi ocupada por servidores “convidados”, tanto do governo quanto do Distrito Federal. Na outra metade, apareceram famílias, a maioria de estudantes e militares que desfilaram e boa parte de eleitores do PT. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou no tradicional Rolls Royce e não discursou.

O gramado central da Esplanada dos Ministérios ficou mais cheio no final, com a exposicao de veículos e armamentos militares. Poucas pessoas vestiam a camisa amarela da seleção brasileira de futebol.

Nos últimos anos, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, a celebração da Independência levava mais gente, sobretudo de apoiadores, com caminhões de som, que foram vetados neste ano.

Apesar das arquibancadas ocupadas neste ano, o público vibrou pouco. Os momentos de maior interação do público se deram, especificamente, quando eram vistos no telão ou avistavam algum parente em marcha de uniforme.

Lira não apareceu

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), foi a ausência mais sentida entre as autoridades. Ministros do governo, poucos parlamentares e o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD), compareceram.

Desde maio, o governo tenta consolidar o apoio do Centrão na Câmara. Só nesta terça-feira (6), após três meses de negociação, a articulação política do Planalto conseguiu destravar uma reforma ministerial para contemplar o PP e o Republicanos no Executivo. Mesmo assim, foram oferecidas pastas menos importantes. André Fufuca (PP) vai assumir o Ministério dos Esportes e Silvio Costa Filho (Republicanos) comandará a pasta de Portos e Aeroportos.

Verde e amarelo distribuídos e vermelho vindo de casa

Pouco verde amarelo apareceu entre o público neste ano em que o vermelho também apareceu. Foto: Renan Ramalho/Gazeta do Povo

Assim como a primeira-dama, Janja, que vestiu vermelho e decidiu chamar atenção no evento ao fazer o “L”, muitos foram dos presentes foram vistos com bonés vermelhos com o nome de Lula e a estrela do PT. Predominavam, no entanto, roupas coloridas na plateia. A organização do evento fez a distribuição gratuita de bonés nas cores verde, amarelo, azul e branco e pequenas bandeiras do Brasil.

Além dos adereços, cartilhas com elogios às Forças Armadas foram entregues ao público. O conteúdo trazia os eixos que destacam, segundo o Governo Federal, a atuação do Exército, Marinha e Aeronáutica: Paz e Soberania; Ciência e Tecnologia; Saúde e Vacinação e Defesa da Amazônia. No governo Bolsonaro, os lemas eram: Deus, Pátria, Família e Liberdade.

Via, Gazeta do Povo

Troca da guarda dos palácios presidenciais ocorre no dia 12 dezembro; data da diplomação de Lula

Foto: CNN

Cerimônia ocorre a cada seis meses; mas desta vez tem um peso maior, pois militares mais alinhados com Bolsonaro serão substituídos, visando a segurança do presidente eleito

No mesmo dia em que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice Geraldo Alckmin (PSB) vão ser diplomando pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na próxima segunda-feira (12), o Exército está programando a troca da guarda dos palácios presidenciais.

Isso significa que todos os atuais militares que atuam na proteção das instalações palacianas serão substituídos. O Batalhão da Guarda Presidencial (BGP) ficará responsável pelos Palácios da Alvorada e Granja do Torto.

Já o Palácio do Planalto e o do Jaburu, residência do vice-presidente, ficarão a cargo do 1° Regimento de Cavalaria de Guardas – os Dragões da Independência.

Se realizada em outro momento, a troca da guarda seria uma cerimônia comum, que tradicionalmente ocorre a cada seis meses. Mas desta vez terá um peso simbólico.

Além da troca de quartéis, os militares que vão assumir os postos fazem parte de um novo contingente escolhido a dedo, pois ficará responsável pela segurança das instalações durante o governo que se inicia em 1° de janeiro.

Uma fonte do Exército Brasileiro explicou que, mesmo sendo proibido pelo Estatuto dos Militares, o setor de inteligência das Forças mapeou forte polarização política entre militares durante as eleições. Por isso, agora, por questão preventiva, alguns profissionais que faziam defesa explícita do presidente atual Jair Bolsonaro (PL) serão retirados da função de guarda palaciana e vão cumprir serviços nos quartéis.

A escolha dos novos “guardas” tem sido baseada no histórico de neutralidade ou no acúmulo de menções de bom comportamento dentro das unidades em que esses militares atuam. A regra vale para praças e oficiais.

Apenas a equipe que age em torno do presidente da República, a chamada “guarda azul” por não usar farda e ser ligada ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), não será trocada. Por se tratarem de seguranças específicos de Bolsonaro e da família dele, esses militares só deixarão as funções após o fim do mandato.

Alckmin anuncia 36 nomes para transição de governo; lista tem ex-ministros do PT

O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) anunciou 36 novos nomes que irão trabalhar na transição de governo até o final de dezembro. Alckmin coordena o processo por designação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os nomes confirmados nesta quinta-feira (10) integram seis áreas de atuação: Comunicações, Direitos Humanos, Igualdade Racial, Planejamento, Indústria e Mulheres.

A lista tem ex-ministros que integraram os governos petistas anteriores de Lula (2003 a 2010) e Dilma Rousseff (2011 a 2016), como Guido Mantega e Paulo Bernardo. Além disso, foram escolhidos nomes indicados por aliados da campanha de Lula. Germano Rigotto, que coordenou o plano de governo de Simone Tebet (MDB), será nomeado.

Ao todo, serão nomeadas 50 pessoas na equipe de transição. Haverá ainda colaboradores voluntários. A equipe terá o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) à disposição em Brasília (DF). O local é o mesmo que sediou a transição entre os governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL) em 2018.

Veja abaixo a lista completa anunciada por Alckmin nesta quinta:

O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) anunciou 36 novos nomes que irão trabalhar na transição de governo até o final de dezembro. Alckmin coordena o processo por designação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os nomes confirmados nesta quinta-feira (10) integram seis áreas de atuação: Comunicações, Direitos Humanos, Igualdade Racial, Planejamento, Indústria e Mulheres.

A lista tem ex-ministros que integraram os governos petistas anteriores de Lula (2003 a 2010) e Dilma Rousseff (2011 a 2016), como Guido Mantega e Paulo Bernardo. Além disso, foram escolhidos nomes indicados por aliados da campanha de Lula. Germano Rigotto, que coordenou o plano de governo de Simone Tebet (MDB), será nomeado.

Ao todo, serão nomeadas 50 pessoas na equipe de transição. Haverá ainda colaboradores voluntários. A equipe terá o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) à disposição em Brasília (DF). O local é o mesmo que sediou a transição entre os governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL) em 2018.

Veja abaixo a lista completa anunciada por Alckmin nesta quinta:

  • Paulo Bernardo (PR), ex-ministro do Planejamento de Lula e das Comunicações de Dilma
  • Jorge Bittar (RJ), ex-deputado federal especialista na área de telecomunicações
  • Cezar Alvarez (RS), ex-secretário do Ministério das Comunicações
  • Alessandra Ouro Fino (RJ), formada na Columbia University e especialista em economia e direitos humanos

Direitos Humanos:

  • Maria do Rosário (RS), deputada federal
  • Silvio Almeida (SP), advogado
  • Luiz Alberto Neuquetti (SP), doutor em economia
  • Janaina Barbosa de Oliveira (PR), movimento LGBTQI+
  • Rubens Linhares Mendonça Lopes (CE), setorial do PT da pessoa com deficiência
  • Elídio de Souza (SP), deputado estadual
  • Maria Vitória Benevides

Igualdade Racial:

  • Nilma Lino Gomes, ex-ministra de Igualdade Racial
  • Givânia Maria Silva, quilombola e doutora em sociologia
  • Douglas Belchior (SP)
  • Tiago Tobias (SP), advogado do coalização negra
  • Ieda Leal (SP)
  • Martius das Chagas (MG), secretário do Planejamento de Juiz de Fora
  • Preta Ferreira (SP), do movimento negro e movimento de moradia

Planejamento, Orçamento e Gestão:

  • Guido Mantega (SP), ex-ministro da Fazenda e do Planejamento e ex-presidente do Banco Central
  • Ênio Verri (PR), deputado federal
  • Esther Duek (RJ), economista e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Antonio Correa de Lacerda (SP), presidente do Conselho Federal de Economia

Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas:

  • Germano Rigotto (RS), ex-governador e ex-deputado
  • Jackson Schneider, executivo da Embraer e ex-presidente da Anfavea
  • Rafael Lucchesi (BA), diretor-geral do Senai Nacional
  • Marcelo Ramos (AM), deputado federal
  • Tatiana Conceição Valente (AM), especialista em economia solidária;
  • Paulo Okamoto, ex-presidente do Sebrae e do Instituto Lula
  • Paulo Feldmann (SP), professor da Universidade de São Paulo
  • André Ceciliano (RJ), presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro

Mulheres:

  • Anielle Franco (RJ), diretora do Instituto Marielle Franco
  • Roseli Faria (DF), economista
  • Roberta Eugênio, mestre em direito, pesquisadora do Instituto Alziras e ex-assessora de Marielle Franco
  • Maria Helena Guarezi (PR), ex-diretora de Itaipu
  • Eleonora Menicucci (SP), ex-ministra da Secretaria de Política para Mulheres
  • Aparecida Gonçalves (MS), ex-secretária Nacional da Violência contra a Mulher

Além deles, já haviam sido anunciados os nomes de Floriano Pesaro, coordenador-executivo; Gleisi Hoffmann, coordenadora de articulação política; Aloisio Mercadante, coordenador de grupos técnicos; e Rosângela da Silva, coordenadora da cerimônia de posse. Também já foram divulgados nomes que cuidarão dos grupos temáticos. Na área social, a senadora Simone Tebet, as ex-ministras Márcia Lopes e Tereza Campello e o deputado estadual por Minas André Quintão. Na economia, foram anunciados os nomes de André Lara Resende, Guilherme Mello, Nelson Barbosa e Pérsio Arida. Na área da saúde, os ex-ministros Alexandre Padilha (PT), Arthur Chioro (PT), José Gomes Temporão (PT) e Humberto Costa (PT).

Na questão do desenvolvimento regional, Randolfe Rodrigues anunciou em suas redes que participará. Na educação, o escolhido é o ex-ministro Henrique Paim, em anúncio feito pelo também ex-ministro Fernando Haddad. Na área de habitação, o deputado federal eleito Guilherme Boulos (PSOL) também já disse que irá participar.

Os integrantes do conselho político também já foram anunciados. São eles: o deputado federal Antônio Brito (PSD); Carlos Siqueira, presidente do PSB; Daniel Tourinho, presidente do Agir; Felipe Espírito Santo, integrante do PROS; Guilherme Ítalo, da direção do Avante; Jefferson Coriteac, vice-presidente do Solidariedade; José Luiz Penna, presidente do PV; Juliano Medeiros, presidente do PSOL; Luciana Santos, presidente do PCdoB; Wesley Diógenes, porta-voz da Rede; e o deputado federal Wolney Queiroz (PDT).

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