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Governo permite alistamento voluntário de mulheres no serviço militar

Governo permite alistamento voluntário de mulheres no serviço militar - Foto: reprodução
Governo permite alistamento voluntário de mulheres no serviço militar – Foto: reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou decreto que permite o alistamento de mulheres ao Serviço Militar Voluntário. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta quarta-feira (28).

O processo para que um cidadão faça parte do serviço militar possui três etapas: alistamento, seleção e incorporação.

Ao completarem 18 anos, todos os homens são obrigados a fazerem o alistamento, enquanto mulheres são proibidas.

Com a nova medida, as mulheres que quiserem se alistar terão essa opção ao completarem 18 anos. Para elas, a inscrição é voluntária.

O alistamento ocorre entre janeiro e junho de todos os anos. Mulheres já poderão se alistar no próximo ano.

A seleção atenderá aos critérios específicos definidos pelas Forças Armadas, com a realização de exames médicos, testes de aptidão e entrevistas.

As selecionadas serão incorporadas de acordo com as necessidades das Forças Armadas e têm o direito de desistir do serviço militar até o ato oficial de incorporação. Depois, o serviço militar se torna de cumprimento obrigatório.

As incorporadas passarão por um curso de formação básica antes de começar a exercer as funções gerais.

O decreto define ainda que as mulheres, ao serem desligadas do serviço, passarão a compor a reserva não remunerada das Forças Armadas, ou seja, não adquirirão estabilidade no serviço militar.

Projeto quer acabar com o alistamento obrigatório no serviço militar

A Câmara dos Deputados está analisando um projeto que quer acabar com a obrigatoriedade do alistamento no serviço militar. A ideia do Projeto de Lei (PL) 6/23 é tornar facultativo o ingresso no Exército, na Marinha ou na Aeronáutica. O texto altera a Lei do Alistamento Militar, que atualmente prevê, para fins de seleção ou regularização, a apresentação de todos os brasileiros no ano em que completam 18 anos.

Pela proposta, será facultada aos brasileiros a apresentação no serviço militar dos 18 aos 45 anos, quando serão alistados nas Forças Armadas, conforme regulamentação que será editada posteriormente, exceto na possibilidade de convocação geral expedida pelo Poder Executivo e devidamente fundamentada – como uma guerra iminente.

O PL 6/23 proíbe ainda a exigência de certificado de alistamento, de reservista, de isenção e de dispensa de incorporação para quaisquer atos particulares ou públicos, exceto para aqueles previstos em lei e inerentes às Forças Armadas ou de segurança. Os brasileiros que optarem por nãos e alistar não poderão sofrer sanções.

“A ideia é desburocratizar a vida dos jovens brasileiros ao tornar facultativo o alistamento, mantendo o serviço militar para aqueles que desejam se alistar ou então em caso de necessidade”, disse o autor da proposta, deputado federal Weliton Prado (Solidariedade-MG).

Na justificativa, o parlamentar afirmou que, com as mudanças, o Exército, a Marinha e a Aeronáutica poderão se concentrar em selecionar aqueles que realmente têm interesse no serviço militar. “Será mais um passo em direção à profissionalização completa das Forças Armadas”, completou.

Tramitação

O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Se for aprovado sem recurso contrário, pdoerá seguir diretamente para o Senado.

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