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Ambev troca envase de cerveja por água para ajudar vítimas no RS

Ambev troca envase de cerveja por água para ajudar vítimas no RS - Foto: divulgação/Ambev
Ambev troca envase de cerveja por água para ajudar vítimas no RS – Foto: divulgação/Ambev

A Ambev anunciou que suspendeu sua produção de cerveja na fábrica de Viamão, na grande Porto Alegre, para envasar água potável e doar à população atingida pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Segundo a companhia, serão cerca de 850 mil latas de água de 473 ml produzidas por dia no local. A distribuição iniciou na quarta-feira (8).

A água mineral está entre os itens básicos que têm enfrentado desabastecimento nos últimos dias. Apenas em Porto Alegre, por exemplo, na maioria dos 12 estabelecimentos visitados pela reportagem nesta terça-feira (7), a resposta foi a mesma: “Não temos água”.

Para fazer o envase do item, a Ambev afirma que precisou trazer de São Paulo alguns maquinários que adaptassem a fábrica. 

— Como uma empresa brasileira, estamos e estaremos sempre ao lado dos brasileiros em todas as situações — afirmou Jean Jereissati, presidente da companhia. 

Ambev troca envase de cerveja por água para ajudar vítimas no RS - Imagem: divulgação/Ambev
Ambev troca envase de cerveja por água para ajudar vítimas no RS – Imagem: divulgação/Ambev

A distribuição das latas de água será feita em parceria com a empresa Ball, da área de produção de latas de alumínio, que disponibilizou as latas de 473 ml. 

Na terça-feira (7), além da Ambev, a multinacional Lactalis Brasil, empresa de produtos lácteos, informou que passaria a envasar água ao invés de leite na unidade de Teutônia, no Vale do Taquari. Ao todo, mais de 1 milhão de garrafas serão distribuídas a comunidades atingidas pela enchente.

Fruki Bebidas afirmou, nesta terça, que já são mais de 25 mil embalagens de 5 litros de água mineral doadas, além de cerca de 2 milhões de litros de água potável doados em caminhão pipa para consumo. As entregas foram feitas em Lajeado, Estrela, Taquari,  Marques de Souza, Cruzeiro do Sul, Pouso Novo, Imigrante e outros municípios

Conforme boletim divulgado pela Corsan Aegea na tarde de terça, 606 mil imóveis encontravam-se desabastecidos, em 37 municípios, sendo a Região Metropolitana a mais afetada.

Ambev e Heineken avisam governo que preços das cervejas vão aumentar

A indústria cervejeira, liderada por Ambev e Heineken, já avisou ao Ministério da Fazenda e aos diversos Estados, que hoje pensam em elevar impostos do setor para reforçar o caixa, que não consegue mais segurar o preço da bebida.

Representados pelo Sindicerv, as fabricantes apresentaram um estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostrando que, desde 2019 até o fim de 2022, absorveram 52,8% do aumento dos custos de produção. O repasse aos preços foi, segundo a entidade, de 14%. O setor tem peso no cálculo da inflação medida pelo IPCA.

Essa política fez reduzir as já apertadas margens de lucro. Para as microcervejarias, o resultado foi pior: nada de retorno.

A entidade afirma que o aumento dos custos se deve à escassez de embalagens, alta nos preços de malte e lúpulo, insumos primordiais da cerveja, ambos importados em grande maioria.

Mesmo assim, a expectativa é fechar este ano com um aumento de 4,5% na produção e consumo da bebida, atingindo o patamar de 16,5 bilhões de litros.

Ambev anuncia que cerveja ficará mais cara a partir de segunda-feira

A cervejaria Ambev, dona de marcas como Skol, Brahma, Antarctica, Bohemia e Stella Artois, anunciou,  na noite desta terça (28), o aumento do preço das cervejas. No comunicado enviado a clientes e distribuidores, a cervejaria afirma que o reajuste vai seguir a variação da inflação, dos custos, câmbio e carga tributária.

Ainda segundo a Ambev, o reajuste pode variar entre regiões, marcas, embalagens e segmentos. A empresa concentra 60% de participação de mercado no mercado no país. No comunicado, a Ambev ainda diz que “reforçamos o nosso compromisso com a competitividade das nossas marcas no mercado, visando sempre a boa performance do volume de vendas da indústria”.

A Ambev não informou qual será a faixa de reajustes. A Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) disse que o aumento de preços deve ser alinhado com a inflação acumulada nos últimos 12 meses, em torno de 10%.

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