Jornal Folha Regional

Em menos de 6h, família arrecada R$ 172 mil para repatriar corpo de formiguense na Irlanda

Familiares da bibliotecária Bruna Fonseca, de 28 anos, abriram uma conta no GoFundMe e conseguiram levantar os fundos necessários para arcar com os custos do traslado do corpo dela para o Brasil. O valor da repatriação e do funeral fica em torno de 30 mil euros, o equivalente a cerca de R$ 172 mil.

A campanha arrecadou em menos de seis horas 30.073 euros, o que corresponde a R$ 172.947,49. O sepultamento será realizado em Formiga. A Prefeitura Municipal de Formiga informou que irá providenciar o transporte do corpo da jovem até a cidade quando ocorrer o desembarque no Brasil. Ainda não há data prevista para a chegada do corpo ao país.

“A Administração Municipal, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Humano, realizará o traslado do corpo da jovem Bruna Fonseca somente do aeroporto no Brasil (ainda não foi definido em qual será a chegada) até Formiga. Essa assistência é disponibilizada a todas as famílias formiguenses que necessitam desse tipo de apoio”, informou o Executivo por meio de nota.

O crime

Bruna viajou para fazer intercâmbio em Cork, na Irlanda, em setembro do ano passado. No dia de Ano Novo (1º), a formiguense foi encontrada morta em um apartamento na Liberty Street, na região central da cidade. O formiguense Miller Pacheco, ex-namorado da jovem, é o principal suspeito do crime. Ele viajou para a Irlanda em novembro. Segundo familiares, eles estavam namorando, mas ela terminou a relação e ele não aceitou o fim do relacionamento.

O homem de 29 anos está sob custódia das autoridades irlandesas desde domingo (1º) em uma prisão em Cork. Ele ficará no local até a segunda audiência, marcada para o dia 9 de janeiro. Durante a primeira sessão, realizada na segunda-feira no Tribunal Distrital de Cork, ele não deu declarações sobre o crime.

Segundo exame no corpo da vítima, ela foi espancada e morreu por estrangulamento. Há indícios de que houve uma “luta violenta” antes da morte da formiguense. Três membros da família e um amigo da vítima acompanharam a primeira audiência. A pena para homicídio na Irlanda pode chegar à prisão perpétua.

Segundo informações, o último contato de Bruna com a família em Formiga ocorreu nas primeiras horas de 2023. Ela fez uma chamada de vídeo e conversou com a irmã dela, Izabel Fonseca, e outros parentes. ‘Estamos vivendo um luto sem ser luto, sem saber, sem acreditar. Estamos vivendo um pesadelo. Ainda não caiu a ficha, porque não temos ela aqui”, desabafou a irmã.

O Ministério das Relações Exteriores, por meio da Embaixada do Brasil em Dublin, afirmou que está à disposição dos familiares para prestar a assistência cabível. (Jornal Tribuna)

Mulher é morta a facadas em Delfinópolis

Na última sexta-feira (27), após discussão um homem esfaqueou sua esposa em Delfinópolis (MG).

De acordo com as informações a mulher foi socorrida com vida pelo SAMU e encaminhada à um hospital de Passos (MG), porém, não resistiu aos ferimentos vindo a óbito.

Foto: Redes sociais.

Homem é condenado a 11 anos de prisão por assassinato; vítima encomendou a própria morte após ser acusada de matar a esposa em Passos

Adalberto Feitosa de Freitas Filho, de 46 anos, foi condenado a 11 anos e quatro meses de prisão pelo assassinato de Arnaldo José Lemos, morto em fevereiro de 2020 aos 70 anos de idade. O caso teve grande repercussão, já que a Polícia Civil e a Justiça concluíram que a vítima encomendou a própria execução.

Ele teria pago R$ 1,5 mil a Adalberto, dado instruções sobre como o crime deveria acontecer e ainda assistido sentado em um toco enquanto a própria cova era cavada. Após levar a primeira punhalada, a vítima ainda teria sobrevivido e insistido que o assassinato fosse concluído.

A condenação de Adalberto foi em um julgamento por Júri Popular realizado na Comarca de Peixe (TO), onde o crime aconteceu. A pena deve ser cumprida em regime fechado. Ele está preso preventivamente e vai continuar detido enquanto apresenta recursos à Justiça. Durante a audiência, o acusado confessou o crime. 

Durante as investigações, a polícia descobriu que o idoso assassinado era foragido da Justiça. Arnaldo Lemos era considerado suspeito da morte da esposa, Deyse Furtado, em Minas Gerais. Esta teria sido a motivação dele para encomendar o crime.

Após enterrar o corpo do idoso, Adalberto Feitosa pegou carona com um policial militar. O PM disse em depoimento que o homem aparentava estar bêbado. Ele acabou sendo identificado porque tentou descontar o cheque entregue pelo idoso morto em uma oficina na cidade de São Valério.

Arnaldo era procurado pela morte de Dayse Furtado, assassinada a facadas em Passos (MG), alguns dias antes da morte dele. De acordo com a Polícia Militar de Minas Gerais, o casal teria discutido na noite do crime. Dayse e Arnaldo namoravam há dois anos, mas moravam juntos há apenas seis meses quando tudo aconteceu.

Segundo a família da vítima, o relacionamento dos dois era conturbado. Ele sentia ciúmes da mulher por causa do trabalho dela como leiloeira. Testemunhas foram ouvidas na delegacia e confirmaram o relacionamento abusivo.

Apesar das reclamações, Dayse nunca denunciou o companheiro.

Bebê apanha até a morte por defecar muito e chorar à noite em Montes Claros

A pequena Maria Valentina, de apenas um ano e dois meses, era espancada por chorar durante a noite e por defecar muito. A menina pode ainda ter sido abusada sexualmente antes de morrer em casa em Montes Claros. Essa foi a conclusão do inquérito da Polícia Civil que indiciou os pais dela, um homem de 36 anos e uma mulher de 28, pelo crime. 

De acordo com o delegado Bruno Rezende, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (26),  a mãe contou que agrediu a filha pelo menos cinco vezes com murros e socos porque a criança chorava durante a madrugada do crime, no início de julho. A mulher disse que bateu por que queria que a filha dormisse. O pai negou as agressões, mas a mulher disse que o companheiro também bateu na criança e que ela viu ele fazer movimentos debaixo da cobertas aparentemente estuprando a filha. 

Maria Valentina morreu justamente em decorrência de espancamento. Ela teve costelas quebradas, lesões na alça intestinal e dilaceração no ânus. “Ouvimos os outros filhos do casal e ficou claro para a polícia as constantes agressões sofridas pelas crianças. Inclusive um deles chegou a questionar, durante o depoimento, que ficava sem saber se os pais gostavam dele porque eram constantes as agressões.Era comum também os dois saírem e deixarem as crianças sozinhas para usar drogas. Ficou caracterizado que os pais praticavam maus-tratos e abandono de incapaz com frequência”, disse o delegado, que contou ainda que a menina não tinha sequer certidão de nascimento o que demonstra o descaso dos pais com ela.

Os pais, a vítima e outros três irmãos dela dormiam no mesmo quarto e duas camas de solteiras que eram juntadas. O delegado informou que as lesões no ânus demonstram que a menina pode ter sido estuprada com conjução carnal ou com algum objeto introduzido nela.  “Há informações de que a criança defecava muito e usava muita fralda. A mãe perdia muito a paciência com isso, frequentemente”, complementou. Segundo o delegado não há índicios de que outros filhos tenham sido estuprados. 

Maria Valentina foi encontrada morta no dia 6 de julho, quando a mãe pediu socorro na rua para a menina. Na data, o pai fugiu do local. Ele disse aos policiais que que tomou uma cachaça em um bar e saiu em um mototáxi, já que tinha passagens pela polícia e ficou com medo. 

No dia do crime, a mãe contou aos militares que trocou a fralda da criança, deu mamadeira a ela e a colocou para dormir, durante a madrugada. A suspeita disse que também dormiu.  Na manhã do mesmo dia, ela disse ter sido acordada pelo seu pai, que é avô materno da criança, dizendo para que a neta estava morta.

A mulher saiu para a rua com a filha no colo pedindo para que chamassem a polícia, pois a menina estava morta. Os militares foram acionados para o local por vizinhos e levaram o corpo da criança para o Instituto Médico Legal (IML) de Montes Claros.

Como o pai da criança tinha fugido, a Polícia Militar montou uma operação para procurá-lo. O suspeito foi encontrado, já no fim da noite, no bairro Monte Carmelo, onde a irmã dele mora. Ele caminhava pela rua e, ao ver os policiais, tentou fugir e resistir a prisão, mas foi contido. Segundo a Polícia Militar, o homem teve a ajuda de três familiares para se esconder.

A suspeita já tinha passagem pela polícia por tráfico de drogas, receptação e abandono de incapaz. O homem já tinha sido condenado por estupro de vulnerável e tem passagens por ameaça, lesão corporal, furto, dano, roubo e homicídio.

Os dois foram indiciados por homicídio qualificado – por impossibilidade de defesa da criança, feminicídio – pela criança do sexo feminino ser parende deles, abandono de incapaz, maus tratos e estupro. Somadas as penas podem chegar a 48 anos de prisão, caso o casal seja condenado.

Filha que teve mãe assassinada escreve discurso emocionante sobre o caso

A pastora Elaine Aparecida Barros de Oliveira, que em 2020 estaria completando 53 anos, foi morta em fevereiro de 2017. O suspeito é o próprio marido, de 43 anos.

Elaine estava desaparecida desde o dia 24 de fevereiro, e foi encontrada no dia 27, em um canavial na saída de Passos para São João Batista do Glória (MG). O corpo estava envolvido em um lençol, com sinais de violência e sem as roupas intimidas, além de ter arames nos pulsos e pescoço.

O pastor, disse em depoimento que levou a mulher até um posto de saúde na Avenida da Moda e voltou em casa para buscar alguns documentos que ela teria esquecido. Quando voltou, segundo ele, não a encontrou mais. Ainda segundo o acusado, no momento do desaparecimento, ela estava com R$ 655 e na época se queixava de ameaças de um ex-namorado.

De acordo com a filha de Elaine, Karen Cristina Barros de Carvalho, de 33 anos, não houve velório, uma vez que o corpo já estava em avançado estado de decomposição, portando a família e amigos não tiveram tempo e nem como se despedirem de Elaine como gostariam.

Elaine e o marido estavam juntos a seis anos, e tinham aberto uma Igreja Assembleia de Deus Pentecostal a menos de um ano.

Karen postou um discurso comovente em suas redes sociais. Apesar de ter se passado três anos desde o crime, a família ainda se revolta por tal crueldade.

‘’Pois é, estão vendo o destaque ao lado? É o corpo da minha mãe, encontrado em decomposição há quase 4 dias em fevereiro de 2017. Ela foi covardemente assassinada pelo seu esposo que era ‘’pastor’’ aqui na cidade de Passos. Amarrada e deixada em um canavial. Minha mãe estava muito debilitada devido aos AVC’s que tinha sofrido, porém ele se recusava a morar comigo com medo de gerar escândalo pra igreja a saída dela de casa. Ela viveu 6 anos com esse cidadão que mal fazia o seu papel de homem. Sabe o que é mais engraçado? Muitas pessoas próximas dele, olham pra gente com cara ruim como se a gente tivesse espancado, sedado, matado e torturado ele, como ele fez com minha mãe. Ele está apenas preso!Em um país cujo as leis são consideradas fracas pra esse tipo de crime. Quem colocou ele na cadeia foram os depoimentos contraditórios dele, as evidências do crime com requintes de crueldade por motivos torpes e banais. Ele também tinha uma amante rs (só pra ressaltar, ela era amiga da minha mãe). Então não adianta me olharem de cara feia, nada do tipo. Quem perdeu foi eu, meus familiares e amigos, que realmente gostavam dela. A minha mãe foi assassinada, enterramos em um caixão lacrado com direito a 10 minutos de funeral com extremo mal cheiro. Dia 24 será o júri popular do meliante. Mas independente de qualquer coisa não desejo mais e nem menos do que ele merece, absolutamente nada trará minha mãe de volta. Eu sei que o acerto dele será diante de Deus na hora de prestar contas’’, publicou a filha de Elaine.

O acusado não confessou o crime, e vai a júri popular, que está marcado para acontecer no dia 24 de setembro, no Fórum de Passos.

‘’Minha mãe tinha sofrido alguns AVC’s, por que estava com uma depressão muito forte, devido a perda do meu irmão, que morreu afogado com 14 anos. Nos últimos três anos ela vivia por conta da igreja. Por diversas vezes, chamei ela para morar comigo, por que ficava mais fácil de cuidar dela, mas ela não ia com medo de gerar escândalo na igreja, por estar saindo de casa. Ela tinha um amor imenso pelas pessoas’’, disse Karen.

A filha ainda completou dizendo que no dia que acharam o corpo de sua mãe, o acusado falou que a culpa teria sido dela, por estar pregando para traficantes e andarilhos.

Por: Valter Junior

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