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Servidores da rede estadual, em estado de greve, fazem assembleia na quarta-feira

Servidores da rede estadual, em estado de greve, fazem assembleia na quarta-feira - Foto: Sindiedutec
Servidores da rede estadual, em estado de greve, fazem assembleia na quarta-feira – Foto: Sindiedutec

As trabalhadoras e trabalhadores na rede pública de educação em Minas Gerais realizam assembleia, com indicativo de greve, na próxima quarta-feira (29), às 14h, no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

O movimento reivindica o pagamento do Piso Salarial Nacional, valorização dos trabalhadores em educação, contra o desmonte da rede assistencial do IPSEMG e pelo fim dos ataques à educação pública, promovidos pelo governo Zema.

A assembleia geral dos servidores(as) da rede pública acontece após uma série de atos regionais e paralisações em todo o Estado que chamaram a atenção da sociedade para a realidade da escola pública mineira.

O valor do Piso Salarial Nacional em 2024 é de R$ 4.580,57. O valor básico praticado pelo governo de Minas para professores (as) em início de carreira (licenciatura plena) é de R$ 2.652,29, o que representa uma diferença de 57,90%, ou seja, R$ 1.928,28 de defasagem salarial ou quase o dobro do valor que deveria ser efetivamente pago. Além da defasagem salarial do pessoal do Magistério, trabalhadores (as) que atuam em outros serviços escolares, como limpeza e manutenção, cozinheiras e cantineiras, recebem menos de 1 salário mínimo. Apesar disto, o governo enviou à Assembleia Legislativa um Projeto de Lei propondo um reajuste de apenas 3,62% que não recompõe sequer as perdas inflacionárias do último período.

Assistência à saúde

Não bastasse a proposta de um reajuste ínfimo, também tramita na ALMG outro projeto que aumenta os custos do funcionalismo com a rede assistencial do IPSEMG, praticamente anulando um eventual reajuste. O projeto também propõe profundas alterações no sistema assistencial, como o que altera a regulamentação do IPSEMG de Lei Complementar para Lei Ordinária. Com tal mudança, futuras alterações das regras da assistência não necessitarão de maioria absoluta da ALMG, tornando a legislação do IPSEMG mais fácil de ser alterada e trazendo insegurança aos beneficiários.

Diante do atual cenário e do alto grau de descontentamento dos servidores da educação, a assembleia de quarta-feira vai decidir os rumos do movimento, entre os quais a possibilidade de deflagração de greve.

Cobrança de pedágio na BR-459, no Sul de Minas, é tema de audiência pública na Assembleia Legislativa

Cobrança de pedágio na BR-459, no Sul de Minas, é tema de audiência pública na Assembleia Legislativa – Foto: reprodução

A cobrança de pedágio na BR-459, no Sul de Minas, será tema de audiência pública nesta quinta-feira (26) na Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A reunião acontece a partir de 14h, no Palácio da Inconfidência.

Três novas praças de pedágio passaram a operar recentemente na região. Elas estão localizadas em Santa Rita do Sapucaí, Caldas e Senador José Bento. O valor das tarifas chega a R$ 9,20 para carros de passeio.

A discussão na ALMG acontece a pedido do deputado Rodrigo Lopes (União), que requereu o debate sobre os pedágios no Sul do estado, e da deputada Maria Clara Marra (PSDB), que incluiu no objetivo da audiência a discussão sobre a cobrança também na região do Triângulo Mineiro.

“O que se verificou com o início das operações de cobrança foram engarrafamentos que ultrapassam 2 mil metros de extensão, ausência de sinalização de pedágio e ineficiência no momento do pagamento”, afirmou o deputado no requerimento de audiência.

Foram convidados a participar da reunião o secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias, Pedro Calixto Alves de Lima, e representantes do Ministério Público, da Câmara dos Deputados e de entidades e prefeituras das regiões afetadas.

Praças de pedágio

As praças estão localizadas em Santa Rita do Sapucaí, Caldas e Senador José Bento. Elas começaram a funcionar no dia 9 de outubro. O primeiro dia de serviço foi marcado por congestionamento e até registro de batida na catraca.

No mesmo dia, a Prefeitura de Santa Rita do Sapucaí notificou a concessionária responsável pelos trechos da rodovia.

Além disso, a Câmara Municipal de Caldas aprovou uma moção de repúdio e apelo contra cobrança do pedágio aos moradores e trabalhadores de cidades de região.

O caso foi parar na Justiça de Santa Rita do Sapucaí, que pediu ao governo de Minas Gerais e à EPR Sul de Minas esclarecimentos sobre a situação da cobrança nos pedágios da BR-459. Tanto a empresa quanto o governo tinham até cinco dias para esclarecer os questionamentos da Justiça. A concessionária informou que por enquanto não havia sido notificada.

Assembleia aprova meta de orçamento do governo de MG para 2024; previsão é de rombo de R$ 6 bi

LDO foi votada em reunião extraordinário do plenário da ALMG nesta terça-feira (11) — Foto: Guilherme Dardanhan/ALMG

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou, nesta terça-feira (11), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024. O texto contém as metas e prioridades para a elaboração do orçamento estadual do ano que vem.

O Projeto de Lei (PL) 729/23, do governador Romeu Zema (Novo), foi aprovado em turno único pelo plenário, durante reunião extraordinária.

A proposta estima uma receita anual de R$ 113,65 bilhões, frente a uma despesa total prevista de R$ 119,71 bi. Os cálculos foram feitos pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag).

Com isso, o Executivo estadual prevê um déficit de R$ 6,06 bilhões, superior ao calculado para este ano pela Lei Orçamentária (LOA), de R$ 3,6 bi.

Ao considerar apenas o resultado primário, que exclui as receitas e as despesas de caráter financeiro e do Regime Próprio da Previdência Social (RPPS), o rombo deve ser de R$ 2,57 bilhões em 2024.

A mensagem do governador que acompanhou o PL também traz projeções de déficit primário de R$ 1,82 bilhão em 2025 e superávit primário de R$ 879 milhões em 2026.

Zema também disse que se mantém a tarefa de equacionar os gastos públicos com a arrecadação, diante do atual contexto econômico e da rigidez orçamentária, uma vez que 90,84% da receita fiscal de 2024 já estão comprometidos com verbas de caráter obrigatório.

O texto foi aprovado com 20 das 179 emendas apresentadas pelos deputados, a emenda do governador e uma subemenda que contempla outras 18 sugestões de mudanças dos parlamentares.

Riscos nas despesas

Antes de ser votado, o projeto da LDO foi analisado pela Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da ALMG.

Em relatório, a comissão afirmou que, sob o ponto de vista das despesas, o principal risco envolve o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), pois o serviço da dívida foi calculado considerando a homologação da adesão, o que ainda não ocorreu.

“Conforme o Anexo de Riscos Fiscais, o impacto estimado para o risco da não homologação é de R$ 11,67 bilhões, caso em que se prevê a providência de abertura de créditos adicionais a partir da Reserva de Contingência e/ou anulação de dotação de despesas discricionárias”, descreve um trecho do parecer.

O projeto de lei que autoriza o estado a aderir ao Programa de Acompanhamento e Transparência Fiscal (PAF) foi aprovado em 2º turno no dia 7 de julho. O texto permite a celebração de aditivos aos contratos de refinanciamento de dívidas firmados com a União e é um requisito para a adoção do RRF.

No entanto, de acordo com o Executivo estadual, o PL deveria ter sido aprovado e sancionado até o dia 30 de junho, para evitar o pagamento de R$ 16,4 bilhões ao governo federal.

O governo de Minas já foi notificado pela União sobre o descumprimento da obrigação contratual.

“Se confirmada a nulidade, Minas Gerais terá que arcar com uma dívida de R$ 16,4 bilhões, o que significaria o colapso das contas públicas com riscos inclusive de comprometer a manutenção do pagamento em dia de servidores e fornecedores, impactando também a prestação de serviços públicos”, disse o estado, em nota.

Assembleia de MG aprova em 1º turno aumento de 258% para Zema

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou, na 3ª feira (4.abr), o projeto de lei 358/23, que aumenta em 258% o salário do governador Romeu Zema (Novo) e de outros funcionários do Estado. A matéria, aprovada na forma de substitutivo em primeiro turno, deverá ser analisada novamente para, então, ser votada no Plenário.

Se aprovado, o salário de Zema passará de R$ 10,5 mil para R$ 41,8 mil, enquanto a remuneração do vice-governador, Mateus Simões (Novo), chegará a R $37,6 mil. O pagamento dos secretários de Estado, por sua vez, passará para R$ 34,7 mil e o dos secretários adjuntos, para R$ 31,2 mil.

Segundo o projeto, todos os aumentos serão feitos de forma escalonada, atingindo o valor cheio apenas em fevereiro de 2025:

Governador 

  • R$ 37.589,96 a partir de 1º de abril de 2023; 
  • R$ 39.717,69 a partir de 1º de fevereiro de 2024; 
  • R$ 41.845,49 a partir de 1º de fevereiro de 2025. 

Vice-governador 

  • R$ 33.830,96 a partir de 1º de abril de 2023; 
  • R$ 35.745,92 a partir de 1º de fevereiro de 2024; 
  • R$ 37.660,94 a partir de 1º de fevereiro de 2025.

Secretários de Estado 

  • R$ 31.238,19 a partir de 1º de abril de 2023; 
  • R$ 33.006,39 a partir de 1º de fevereiro de 2024; 
  • R$ 34.774,64 a partir de 1º de fevereiro de 2025. 

Secretários adjuntos de Estado 

  • R$ 28.114,37 a partir de 1º de abril de 2023; 
  • R$ 29.705,75 a partir de 1º de fevereiro de 2024; 
  • R$ 31.297,18 a partir de 1º de fevereiro de 2025.

Na votação, os parlamentares acataram a justificativa de Zema, que disse que os valores não são reajustados desde 2007 e que o aumento seria uma recomposição das perdas decorrentes da inflação. Para o cálculo, foram utilizados como referência os salários de desembargadores do Tribunal de Justiça e deputados estaduais.

Os membros da oposição, por outro lado, consideraram incoerente a atitude do governador. O grupo alegou que, ao mesmo tempo em que defende um grande aumento do próprio salário e dos de assessores diretos, Zema adota uma política de “arrocho salarial para os servidores, não pagando nem o piso da educação”. 

Assembleia aprova PEC de tombamento e cotas mínimas dos Lagos de Furnas e Peixoto

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou, em primeiro turno, a Proposta de Emenda à Constituição que determina o tombamento dos Lagos de Furnas e Peixoto, com o estabelecimento das cotas mínimas. A PEC 52 é uma maneira de retomar o uso múltiplo das águas, não só para geração de energia, mas para garantir outras atividades econômicas no reservatório, como pesca e turismo.

A proposta é do deputado Cleiton Oliveira, o professor Cleiton (PSC), e foi aprovada durante reunião extraordinária semi-presencial nesta quarta-feira (25). A matéria inclui, na Constituição Estadual, o Reservatório de Furnas entre as unidades de conservação do estado.

Em relação a cota mínima, os valores estabelecidos são de 762 metros para o Lago de Furnas e 663 metros para o Peixoto. A cota era um pedido antigo de grupos que estão nas cidades do entorno e dependem diretamente dos lagos.

Dos 59 deputados da comissão especial, 58 votaram a favor do tombamento dos lagos. Somente um deles votou contra, Guilherme Cunha (Novo). Após críticas nas redes sociais, Guilherme afirmou que considera a PEC “ruim”, por atender a benefícios concentrados e se tratar de uma medida ineficaz.

A produção da EPTV, afiliada da Rede Globo, entrou em contato com a assessoria de Furnas Centrais Elétricas, responsável pela gestão do lago. A empresa informou que é a concessionária federal responsável pela operação e manutenção da UHE Furnas, que segue operando normalmente conforme despacho do Operador Nacional do Sistema (ONS). Furnas ainda reforçou que cumpre estritamente as disposições do contrato de concessão e as determinações dos órgãos de regulação e gestão dos setores elétrico e hídrico nacionais.

Fonte: G1.

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