Um médico foi agredido enquanto trabalhava, na última quinta-feira (5), na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Passos (MG). Dr. Gabriel Araújo denunciou o episódio de violência sofrido no exercício da profissão e fez um apelo por mais respeito e segurança nos atendimentos de urgência.
‘’Venho, por meio desta, manifestar meu mais profundo repúdio e indignação diante do lamentável episódio ocorrido durante meu plantão na UPA’’, publicou o médico.
O profissional relatou que enquanto exercia suas funções como médico plantonista, foi surpreendido por uma atitude extremamente agressiva por parte de uma paciente que, insatisfeita com a conduta clínica do médico, proferiu ofensas verbais e partiu para agressões físicas, chegando a arremessar objetos — incluindo um computador — dentro da unidade. ‘’Tal comportamento colocou em risco não apenas a minha integridade, mas também a de outros pacientes e profissionais presentes’’.
Segundo o médico, a situação se agravou ainda mais quando outros pacientes na unidade, sem sequer conhecer os detalhes do atendimento, passaram a incentivar a agressora a continuar com os ataques, criando um clima de tensão e hostilidade generalizada. ‘’Foi necessária a intervenção do segurança da UPA para conter a paciente e restaurar minimamente a ordem no local’’.
Dr. Gabriel disse que atua sempre com base em critérios técnicos, éticos e humanos. No atendimento à referida paciente, ele informou que priorizou a investigação da dor torácica relatada, por se tratar de um sintoma que pode indicar risco de vida, como infarto ou outras condições cardíacas graves. Ele informou que a paciente permaneceria em observação para, em seguida, dar continuidade à investigação da dor lateral. ‘’Essa conduta está totalmente respaldada pelos protocolos médicos e visa justamente preservar a vida e a saúde do paciente’’.
O médico contou que ao explicar a situação, a paciente interpretou como negligência, o que não corresponde com a realidade.
‘’Nenhum profissional da saúde deve ser agredido ou desrespeitado por exercer sua função com seriedade e compromisso. Atitudes como essa são inaceitáveis e precisam ser denunciadas com firmeza. Não podemos permitir que a violência seja naturalizada no ambiente de saúde’’, relatou.