Baby Pap: nova tecnologia traz esperança para recém-nascidos prematuros da Santa Casa de Passos – Foto: reprodução
A Santa Casa de Misericórdia de Passos (MG) adquiriu essa semana um importante reforço para a UTI Neonatal: o Baby Pap, também conhecido como CPAP Bolha. O equipamento é fundamental para minimizar complicações respiratórias nos primeiros dias de vida de recém-nascidos prematuros, prevenindo a necessidade de ventilação mecânica invasiva. Com isso, aumenta a sobrevida dos bebês e reduz o risco de complicações e mortalidade, garantindo um suporte respiratório menos agressivo e mais seguro para os pequenos pacientes.
O CPAP Bolha é uma tecnologia inovadora que funciona por meio da aplicação contínua de pressão positiva nas vias aéreas do recém-nascido. Diferente da ventilação mecânica invasiva, que demanda intubação, o Baby Pap utiliza uma bolha de água para regular a pressão do fluxo de ar, promovendo a troca gasosa de maneira menos traumática e reduzindo os riscos de infecções associadas ao uso de ventiladores mecânicos.
A aquisição do Baby Pap foi viabilizada pelo Edital Social – Sicoob Nossocrédito, uma iniciativa que busca apoiar projetos de impacto social nas áreas de atuação da cooperativa. O edital prioriza ações alinhadas à promoção do cooperativismo e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, garantindo que os recursos investidos beneficiem diretamente a comunidade.
Por meio do Sicoob Nossocrédito, foi possível viabilizar a compra do equipamento, no valor de R$ 37.600,00.
A Santa Casa de Passos reitera seu compromisso com a excelência no atendimento neonatal, garantindo mais segurança e qualidade de vida para os pequenos pacientes e suas famílias. Com a incorporação do Baby Pap, a instituição dá mais um passo na modernização de seus serviços, reafirmando seu papel como referência em saúde na região.
A fonoaudióloga e CEO da Clínica Life, Juliana Gomes, explica como terapias especializadas auxiliam na comunicação, coordenação motora e qualidade de vida dos pacientes.
Girl with Down Syndrome holding a big red paper heart on a yellow background
No dia 21 de março, é celebrado o Dia Mundial da Síndrome de Down, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) para reforçar a importância da inclusão, do acesso a tratamentos especializados e da conscientização sobre a condição. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a incidência da trissomia do cromossomo 21 ocorre em aproximadamente 1 a cada 1.000 nascidos vivos no mundo. No Brasil, o Ministério da Saúde estima que cerca de 300 mil pessoas tenham a síndrome.
A Síndrome de Down é uma alteração genética causada pela presença de um cromossomo extra no par 21, impactando aspectos físicos, motores e cognitivos do desenvolvimento. Em muitos casos, o diagnóstico é feito ainda durante a gestação, por meio de exames como a ultrassonografia morfológica e o cariótipo fetal. No entanto, há situações em que os pais recebem a notícia somente após o parto, o que pode gerar dúvidas e insegurança sobre os cuidados necessários.
A informação e o acolhimento são fundamentais nesse momento, ajudando as famílias a compreenderem que a criança pode ter um desenvolvimento pleno, estudar, socializar e conquistar autonomia. “A estimulação adequada e o acesso a terapias especializadas são essenciais para que a criança se desenvolva com qualidade de vida. Quanto mais cedo o acompanhamento começa, maiores são os benefícios no longo prazo”, explica Juliana Gomes, fonoaudióloga especializada em transtornos de linguagem e CEO da Clínica Life.
A importância da estimulação precoce
A estimulação precoce tem um papel essencial no desenvolvimento motor, cognitivo e emocional da criança com Síndrome de Down. Ela engloba uma série de terapias que auxiliam no fortalecimento muscular, na aquisição da linguagem, na coordenação motora e na autonomia nas atividades diárias.
A fonoaudióloga Juliana Gomes destaca que muitas crianças com a condição apresentam hipotonia muscular, uma flacidez que afeta a mastigação, a deglutição e a fala. “O trabalho fonoaudiológico é fundamental para fortalecer os músculos da face, facilitando a comunicação e a alimentação da criança. Além disso, a terapia auxilia na melhor articulação das palavras contribuindo para aquisição de fala e linguagem”, explica.
Além dos exercícios, outra estratégia utilizada para potencializar a comunicação da criança é a Comunicação Alternativa e Aumentativa (CAA), que pode incluir o uso de gestos, figuras, pranchas de comunicação e aplicativos específicos. “A comunicação alternativa facilita a interação da criança com os pais e com o mundo ao seu redor, permitindo que ela expresse vontades, sentimentos e necessidades antes mesmo de desenvolver a fala”, ressalta Juliana, que também é especialista no assunto.
A terapia ocupacional também tem um papel essencial na conquista da autonomia nas atividades diárias, como segurar um copo, usar talheres e brincar de forma independente. “Nos primeiros anos de vida, essas habilidades são estimuladas para que a criança desenvolva maior independência e participação na sociedade”, acrescenta Juliana. A especialista reforça que outras áreas da saúde podem ser fundamentais no acompanhamento, como fisioterapia, para fortalecimento muscular global, e psicologia, para favorecer a adaptação e o desenvolvimento socioemocional.
Juliana destaca que o momento ideal para iniciar as terapias é o mais cedo possível, garantindo que a criança tenha suporte desde os primeiros meses de vida. “O mais importante é que os pais busquem informação e apoio especializado assim que o diagnóstico for confirmado. Quanto antes começarmos a estimulação, mais impacto positivo teremos no desenvolvimento da criança”, orienta.
Atriz de Passos desenvolve espetáculo teatral para bebês de 6 meses a 4 anos – Imagem: divulgação
A atriz, dramaturga e moradora de Passos (MG) Helena Amaral desenvolveu um projeto teatral voltados para bebês. O espetáculo “O Menino e o Mundo das Coisas” terá apresentação única no dia 6 de abril, às 16h, no espaço Canto de Passarinhar.
De acordo com a atriz e dramaturga, o projeto, concebido e realizado com recursos próprios, é um convite à experiência sensorial e à comunicação visual e corporal voltada para bebês e crianças de até 4 anos.
“Esse público-alvo é portador de uma cultura própria. Os bebês percebem o mundo de maneira singular. O teatro pode ser uma ponte sensível para essa descoberta”, afirma Helena, que é artista multifacetada com uma trajetória que transita entre a atuação, a escrita e a pesquisa teatral.
Helena ressalta que o projeto vem de uma pesquisa aprofundada sobre o assunto desde o ano passado, que culminou na realização da peça. “Essa peça é direcionada para bebês de 6 meses a 4 anos, que compreende a fase que eu estou priorizando, que seria o nível de compreendimento da dramaturgia que foi criada neste espetáculo”, aponta.
Segundo a artista, esse tipo de abordagem e formato de teatro é muito novo e recente no Brasil. “Nas grandes cidades e metrópoles já acontecem essas apresentações. Em Franca, interior de São Paulo, teve uma apresentação sobre esse evento, que serviu para aprimorar meus conhecimentos sobre o assunto”, afirma.
Helena afirma acreditar que a arte é importante e deve ser acessível desde os primeiros meses de vida. O espetáculo dialoga com o universo dos pequenos por meio do teatro de objetos, explorando formas, texturas, cores e movimentos para estimular a curiosidade e a imaginação. Criado especialmente para a primeira infância, ‘O Menino e o Mundo das Coisas’ propõe um encontro poético entre a cena e os espectadores, respeitando os tempos e as sensibilidades do público infantil”, aponta a atriz.
“A apresentação única no Canto de Passarinhar promete uma experiência delicada e imersiva, reforçando a importância da arte no desenvolvimento infantil”, disse Helena.
A apresentação única acontece no Canto de Passarinhar, localizado na rua Deputado Lourenço de Andrade, 29, no centro de Passos. Para mais informações sobre a precificação do espetáculo e como funciona, o interessado pode entrar em contato pelo telefone: (35) 9902-3635.
Via: Clic Folha
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