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Projeto de lei prevê ‘botão de pânico’ nas escolas de Cássia

Projeto de lei prevê ‘botão de pânico’ nas escolas de Cássia – Foto: divulgação

O projeto de lei sobre o dispositivo de segurança, conhecido como “botão do pânico”, deu entrada na última terça-feira (27), na Câmara Municipal de Cássia (MG). O projeto é de autoria do vereador Luis Adriano de Souza (Priminho) e idealizado pelo professor e jornalista Sullivan Domiciano, a título de colaboração. Segundo a Câmara, a matéria segue para pareceres das comissões, antes da votação em plenário.

Para Sullivan, o dispositivo de segurança passaria a ser autorizado e disponibilizado aos diretores das escolas municipais do município, com o objetivo de instituir medida de segurança preventiva nas escolas, conferindo ainda proteção aos professores, alunos, pais e funcionários.

“A violência é um problema social que está presente em toda a sociedade, sendo assim, é preciso criar mecanismos para coibi-la, já que os índices de violência nas escolas do nosso estado e de todo o Brasil têm crescido, além de criar políticas para evitá-las. É necessário apresentar ferramentas para combatê-la”, enfatizou.

“Deste modo, com a implementação desta medida, o fornecimento do botão do pânico aos diretores, a violência contra a comunidade escolar será reduzida, efetivando à segurança pública. Pela importância do tema em exposição, o projeto merece da atenção”, disse Sullivan.

De acordo com o projeto o “botão do pânico” só deve ser usado pelo diretor escolar, quando constatado “perigo iminente”, violência e/ou desastres nas escolas.

Conforme ainda o projeto, ao ser acionado o botão do dispositivo dispara um alarme para o Centro de Operações da Defesa Civil do município, que aciona imediatamente a Polícia Militar, que desloca uma viatura para atender a ocorrência em caráter de urgência e emergência.

Segundo o vereador Priminho, o projeto sendo aprovado, o Poder Executivo deve regulamentar a nova lei no prazo de 60 dias contados da publicação. Segundo ele, o projeto é importante para a proteção de todos. “É um dispositivo eficiente e que deixa os pais e a comunidade escolar mais tranquilos”, afirmou. (Clic Folha)

Proposta de instalação de botão de pânico em escolas avança na ALMG

O Projeto de Lei que obriga a instalação de “botões de pânico” nas escolas mineiras recebeu parecer favorável na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em reunião realizada na última quarta-feira (26). A proposta agora segue para análise nas comissões de Educação e Segurança antes de chegar para votação em plenário.

Para ser aprovado, o projeto (PL 587/19), de autoria do deputado Douglas Melo (PSD), recebeu alterações e um substitutivo, que é uma proposta de texto alternativo, apresentado pelo deputado Bruno Engler (PL) na Comissão.

A preocupação do parlamentar era garantir que a proposta não extrapolasse os limites de atuação do governo estadual e criasse obrigações para as prefeituras e também para as escolas particulares que compõem a rede de ensino do Estado.

“O projeto original merecia ajustes sobre a pena de ser inválido por inconstitucionalidade”, avaliou o deputado. Diante disso, Bruno Engler sugeriu que, ao invés de criar uma lei, fosse proposta uma alteração na Lei  Lei 23.366, de 2019, que criou a Política Estadual de Promoção da Paz nas Escolas. O parlamentar resumiu a proposta do deputado Douglas Melo em dois novos incisos para a legislação já existente: 

  • IV – previsão, nos planos de prevenção e enfrentamento da violência nas escolas da rede pública estadual, de instalação de dispositivos de segurança capazes de acionar, de forma instantânea, as unidades táticas e de policiamento da Polícia Militar mais próximas, para a adoção das medidas necessárias;
  • V – realização de palestras e treinamentos, por profissionais especializados, para capacitar os alunos e os profissionais de educação das escolas da rede pública estadual para a prevenção e o enfrentamento da violência de que trata esta lei.”.

Os demais parlamentares da Comissão concordaram com a proposta de Bruno Engler e o substitutivo foi aprovado.

Pânico

A proposta foi elaborada pela primeira vez ainda em 2019, após o massacre na Escola Raul Brasil, em Suzano, na grande São Paulo, quando o ataque de um adolescente deixou dez mortos na instituição. No início deste mês de abril o tema voltou à pauta após ataques e ameaças a escolas em todo o país.

De acordo com a justificativa de Douglas Melo, a intenção é garantir que em cada escola da rede estadual existam dispositivos, como alarmes, instalados em diversos pontos das instituições – como sala dos professores, direção e cozinhas – para que toda a comunidade escolar consiga acionar a polícia rapidamente em casos de urgência. 

Durante entrevista para o programa Café com Política da Rádio Super 91,7 FM, na terça-feira (18), o parlamentar comentou a proposta. 

Criação do botão de pânico em escolas pode se tornar realidade em Minas

A criação do botão de pânico nas escolas do Estado foi proposta em um Projeto de Lei protocolado na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na última terça-feira (11). O objetivo é facilitar a comunicação das instituições de ensino,  da rede pública ou privada, com as autoridades policiais. A proposição foi elaborada diante do massacre registrado no Brasil recentemente e de outras ameaças de ataque e visa ser uma ação imediata ao momento vivido.

“Estamos passando por uma fase onde todos estão amedrontados depois do ocorrido na creche em Blumenau. Cada parlamentar tem uma ideia que pode contribuir, mas, de fato, precisamos de ações imediatas. O botão de pânico nada mais é do que dar segurança aos professores, supervisores e alunos”, afirma o deputado estadual Enes Cândido (PP), autor da proposição.

O parlamentar informa que a iniciativa prevê o botão em todas as escolas, da rede pública ou privada. “Assim que acionado, um som será emitido e a segurança, polícias ou mesmo empresa contratada pelas instituições particulares, vão saber que algo está acontecendo”. O botão não é somente para casos de massacre, mas válido para incêndios, por exemplo.

“Pensamos no botão de pânico, pois no momento do pânico, será que a pessoa vai conseguir acionar a polícia via telefone? O botão deverá ser instalado em uma sala reservada, em um local estratégico que possibilite o acionamento sem colocar em risco a segurança tanto de funcionários quanto de alunos”, complementa Cândido.

Cândido ressalta que o policiamento nas escolas é uma iniciativa válida, mas que o momento pede celeridade. “Vamos ter que mudar a política de segurança nas portas das escolas, porém, em determinado tempo curto não dá para ter 100% de policiamento nas portas das escolas. Temos que pensar em formas de possibilitar a comunicação das escolas com o externo”.

O deputado ainda ressaltou que para se ter o policiamento almejado nas instituições de ensino será preciso a realização de concurso e aquisição de viaturas. “É demagogia falar que da noite para o dia vamos conseguir resolver a situação. Queremos tentar auxiliar, pois, repito, o que temos percebido é o medo na comunidade escolar. Quando falamos em escola, estamos lidando com o futuro da sociedade”, destaca. 

A tramitação da proposição é explicada pelo parlamentar. “Após ter sido protocolado, o projeto é recebido no plenário. Vou pedir para que seja recebido com urgência e a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) possa avaliar a constitucionalidade o quanto antes. Não podemos esperar. As ações não podem ficar apenas em apresentações. É momento de celeridade”, conclui.

Análise do governador

Ainda sobre o tema segurança nas escolas, um PL foi aprovado em segundo turno na ALMG, nesta quarta-feira (12). O texto do deputado estadual sargento Rodrigues (PL) propõe que o Estado adote medidas para a promoção de atividades relacionadas com a defesa civil e com a prevenção e a mitigação dos efeitos de acidentes e de atos violentos. 

“A segurança pública é ponto sensível e temos que trazer tranquilidade para que os professores possam dar aula e garantir a integridade física das crianças e adolescentes. É dever do Estado zelar por isso. O projeto que aprovamos e enviamos ao governador Romeu Zema permite ações de proteção contra desastres e sinistros e também atos de violência”, afirma o deputado.

O parlamentar defende ainda a contratação de militares da reserva para atuar na segurança das escolas. “Ele já tem o nohall e vai fazer reciclagem para exercer as atividades no ambiente escolar. O que aprovamos [texto em segundo turno] abre leque para trabalhar melhor a proteção no ambiente escolar e passou pelas comissões da Casa e referendada”.

O texto segue para análise de Zema que poderá optar pela sanção ou veto do texto.

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