Jornal Folha Regional

Prefeitura interdita cânions de Capitólio neste fim de semana

Prefeitura interdita cânions de Capitólio neste fim de semana – Foto: reprodução

A Prefeitura de Capitólio (MG), informou que vai interditar os cânions no Lago de Furnas na próxima sexta-feira (10) e no sábado (11). A medida, segundo o município, acata uma determinação da Marinha do Brasil. 

“O município comunica a população e demais pessoas interessadas, que por base na portaria emitida pela Marinha do Brasil, visando à segurança da navegação nos cânions de Capitólio, em coordenação com a prefeitura de Capitólio e com o apoio do Parque Mirante dos Cânions, de forma programada e preventiva, fará a interdição dos Cânions de Capitólio entre os dias 10 e 11 de novembro”, informou.

Segundo a nota, a interdição ocorre para a manutenção “do atrativo por equipe de geólogos”. “Contamos com a compreensão e colaboração dos empresários, turistas e população”, pediu a cidade.

Imagens mostram momento em que ‘cabeça d’água’ atinge Canyons de Capitólio

A ROTTA\\MG, fanpage dedicada ao turismo regional, com foco no Lago de Furnas e Serra da Canastra, divulgou um vídeo onde mostra o exato momento em que uma ‘cabeça d’água’ atinge a cachoeira dos Canyons de Capitólio (MG).

Devido às chuvas que atingem todo o país nas últimas semanas, o fenômeno é recorrente em diversas quedas d’águas da região.

A cabeça d’água pode ser entendida como um fenômeno meteorológico causado pelo aumento rápido e repentino do nível de água em rios. Ela ocorre quando uma grande quantidade de chuva cai em partes superiores de uma cachoeira ou ao longo de um curso d’água. Com isso, os banhistas são surpreendidos pela força da água, que sobe rapidamente, e dificulta a saída do corpo hídrico. As cabeças d’água ocorrem principalmente no verão, quando as chuvas são mais fortes.

Apesar de lindo, o fenômeno é extremamente perigoso, e na maioria das vezes fatal. Por isso, empresários, profissionais e moradores da região do Lago de Furnas, aconselham a não se aventurar próximo de cachoeiras nesses tempos.

Vídeo: Canyons em Capitólio está liberado para visitação após 81 dias fechados

Quem disse que Minas não tem mar? O Lago de Furnas é um verdadeiro paraíso e recebe milhares de turistas mensalmente que realmente procuram belezas naturais, hospitalidade é uma boa culinária.

Nesta quarta-feira (30), após 81 dias fechados, os Canyons de Capitólio (MG), foi liberado para visitação seguindo alguns protocolos de segurança. 

Um píer foi instalado na entrada dos Canyons e três balizamentos, do 1⁰ balizamento – o qual está o pier, somente 5 embarcações poderão adentrar, do 2⁰ até o 3⁰ balizamento somente uma embarcação poderá fazer o tour pelos Canyons. Todos os turistas e marinheiros deverão estar de capacetes, coletes salva vidas e o som da embarcação deverá estar desligado.

As medidas foram tomadas após estudos de geólogos e autoridades locais e estaduais. A prefeitura de Capitólio está apenas seguindo todas as determinações.

Um geólogo foi contratado e antes de liberar as visitações, o profissional estará visitando os Canyons e as condições estando em ordem, as embarcações poderão ter acesso.

Confiram a matéria completa com o prefeito de Capitólio Cristino Geraldo da Silva (PP) e o secretário de turismo Lucas Arantes.

Canyons e Parque Mirante dos Canyons serão reabertos

Geólogos da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade Federal de Goiás (UFG) recentemente iniciaram um mapeamento de risco na região dos Canyons em Capitólio (MG). O município, em parceria com o Governo de Minas e várias entidades, lançou o programa “Reviva Capitólio – Viva o Mar de Minas” com intuito de resgatar com segurança as atividades turísticas da região, que sofre com a queda no setor, o qual é o principal gerador de emprego e renda das cidades às margens do lago.

Segundo informações, nesta terça-feira (15), o prefeito de Capitólio, Cristiano Gerardão (PP), irá se reunir com os empresários do setor turístico — restaurantes, pousadas, marinas, entre outros — e com os geólogos responsáveis pelo mapeamento para apresentar o plano de ação para o turismo no município.

Os profissionais divulgarão a ATA de relatório, que constará a liberação, com restrições, dos Canyons e do Parque Mirante dos Canyons, tudo isso, após a reunião, que acontecerá na Delegacia Fluvial de Furnas (DelFurnas) da Marinha do Brasil, a qual deverá decidir como funcionará a visitação.

Possivelmente, no início da próxima semana já será liberado a entrada das duas áreas.

Empresários promovem campanha para retomada do turismo na região do Lago de Furnas

Empresários da região do Lago de Furnas estão promovendo um projeto para ‘reviver’ o turismo local após o acidente nos canyons. O objetivo da ação é trazer proprietários de agências do Brasil todo para mostrar que o turismo regional está funcionando normalmente. Os representantes recolherão material para apresentar aos clientes. 

A idealizadora do projeto é a empresária Vivian da Vivi Tur. Ela apresentou a ideia ao Bruno Maia, também empresário, o qual cedeu as informações a Redação do Jornal Folha Regional. Além de abraçar o projeto, Bruno conversou com os prestadores de serviços locais

Os empresários aprovaram a ideia e cederam os espaços nós atrativos. Com isso, conseguiram montar um roteiro completo, mostrando que Capitólio segue funcionando com segurança. 

‘’Isso vai ser um trabalho de formiguinha, mas vamos conseguir. Donos de agência e empresários do setor turísticos, se vocês quiserem vir estão convidados, será uma honra para gente. Todos os locais gratuitos. Queremos trazer um ônibus com 64 pessoas, estamos correndo atrás’’, disse o empresário Bruno. 

Para participar do projeto e visitar a região, todas as agências e empresários do ramo precisam possuir CNPJ ou Cadastur. Será permitido apenas dois representantes por agência. Duas pessoas serão disponibilizadas para auxiliar no material a ser elaborado para as agências. 

Cronograma

A execução do projeto será nos dias 22 e 23 de fevereiro. Os ônibus sairão da Barra Funda, em São Paulo, às 21h, pelo Terminal Turístico Plataforma 5 ou 6. E também de Campinas, às 22h, pelo Largo do Pará. 

O café da manhã e almoço serão servidos no Restaurante do Turvo, no Hotel Farol de Minas e no Restaurante Prosa do Mineiro. Os representantes farão o novo roteiro do passeio de lancha e visitarão pontos como: Complexo Capivara, Trilha do Sol, Mirante de Furnas e Cascata Eco Parque. 

O valor do pacote completo fica R$ 225,00 reais via pix ou R$ 240,00 reais no cartão de crédito. Para fazer as reservas falar com a Vivian pelo telefone (11) 9 9699-9642 ou com o Claudeir, pelo número (11) 9 4031-1896.

Nota

Junto a nota de divulgação, os idealizadores deixaram uma mensagem aos proprietários das agências de turismo. Confira:

Passamos por momentos difíceis, uma tragédia que mudou a visão de Capitólio, uma fatalidade que por muitas mídias e lacradores da internet foi usada para a busca de Ibope e likes trazendo muitas inverdades sobre o nosso turismo.

Vocês que trabalham trazendo pessoas para cá sabem da seriedade das várias empresas que trabalham com Turismo Receptivo em Capitólio e queríamos convidar vocês a estarem voltando, para mostrar aos seus clientes que nosso turismo continua com a mesma seriedade e de forma mais segura, seguindo normas rígidas de segurança.

Gostaríamos de convidar sua agência para participar dessa ação com filmagens, fotos para divulgar para o maior número de clientes possíveis e mostrar que Capitólio continua com seu turismo com ainda mais organização e segurança.

Juntos com nossos parceiros vamos coletar material para divulgação em nossas agências para os nossos clientes e mostrar que em Capitólio há inúmeros atrativos turísticos e isso irá ajudar a trazer o turismo de volta para Capitólio. 

Queremos ver Capitólio com aquele mesmo brilho de um passeio de lancha pelo Mar de Minas, uma vista do pôr do sol no mirante da Hidrelétrica, as águas das cachoeiras que lavam e purificam a energia de todos os que vêm nos visitar.

Convidamos vocês a estarem vindo a Capitólio fazer parte deste evento de grande importância e JUNTOS POR CAPITÓLIO  volte a ser um dos maiores destinos turísticos do Brasil”.

Parceiros do evento

  • ROTTA\\MG
  • Capivara
  • Trilha do sol
  • Restaurante do turvo
  • Náutica do turvo
  • Prosa do mineiro 
  • Hotel farol de minas 
  • Prefeitura de Capitólio 
  • Mirante Canyons 
  • Eco park

Lago de Furnas: o antes e depois de um turismo responsável

Imagens cedidas pelo Wellington, proprietário da empresa de turismo Vip Passeios.

A estruturação de um grupo de trabalho para tratar o turismo na região do Lago de Furnas e Lago de Peixoto – ‘Mar de Minas’ foi assunto da reunião que aconteceu no último dia 14 de janeiro, em Belo Horizonte (MG). Estavam presentes o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, as prefeituras de Capitólio, São José da Barra e São João Batista do Glória, além das polícias militar e civil, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Marinha do Brasil, Instâncias de Governanças Regionais (IGR’s), Sebrae, Fecomércio e sociedade civil.

O principal objetivo do planejamento, de acordo com Lucas Arantes Barros, secretário de Desenvolvimento Econômico Sustentável de Capitólio,  é fazer com que os turistas tenham ainda mais segurança para realizar seus passeios, além dos profissionais serem cada vez mais capacitados.

Pensando no bem-estar dos turistas, foi criada a primeira ação do grupo de trabalho, que será chamado de “Reviva Capitólio – Viva o Mar de Minas”, que consiste na realização de um vasto diagnóstico, com laudos técnicos e geológicos, dos órgãos competentes dos cânions e áreas interditadas.

Vale ressaltar que o planejamento do grupo seguirá em quatro etapas: a primeira é o diagnóstico detalhado, geológico e estrutural do local. Já a segunda fase, será o ordenamento, regulamentação de uso e ocupação dos cânions e suas águas, por parte dos municípios, visando a segurança dos usuários, trabalhadores e turistas. O terceiro momento, será a formação, informação e qualificação dos agentes públicos e privados, bem como usuários e turistas, sobre uso seguro da área. E, por último, vai ser  o reposicionamento de Capitólio e Mar de Minas como destino seguro dentro e fora do estado com projetos de marketing e promoção.

Para Arantes, o planejamento está sendo feito de maneira técnica, com apoio de instituições renomadas, várias cidades, governo de Minas, entre outros. “Isso, em conjunto com a participação da comunidade, faz com que o planejamento seja ainda mais bem aceito e funcione de forma eficaz e eficiente”, disse.

Conforme informado por Leônidas Oliveira, Secretário de Estado de Cultura e Turismo, as medidas de segurança já foram adotadas pelas autoridades competentes e,  a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) está em contato constante com a Prefeitura de Capitólio e demais órgãos envolvidos.  Além disso, em breve, será implementada a Rede Integrada de Proteção ao Turismo, que terá expandido o raio de atuação, que antes seria restrita à Capitólio e, agora, abordará toda a região. A iniciativa integra a Polícia Militar de Minas Gerais, Secult, prefeituras, além da cadeia produtiva do turismo e a comunidade em geral para promover a segurança pública, a cultura, o turismo e, assim, estimular a geração de emprego e renda na cidade.

Ainda assim, Arantes explicou que Capitólio já havia editado regras para a visitação nos Cânions. “De acordo com decreto Municipal, não era permitido que as pessoas usassem a área para banho, não era possível fundear as lanchas, havia tempo de permanência no local, número máximo de embarcações, restrições de uso de som e de velocidade no local. Estamos trabalhando, junto aos municípios vizinhos, Circuito Nascentes das Gerais e Canastra e governo de Minas para que novas medidas sejam tomadas, principalmente com relação ao controle de entrada no local”.

Em relação à importância do turismo de Capitólio e região,  “conforme dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), em relação à renda média gerada, em 2020, o Turismo de Capitólio teve uma representatividade de 23,28% em relação ao total da renda média gerada no município e 0,17% de representatividade em relação à renda média gerada ligada ao Turismo de Minas Gerais. Além disso, o destino é um dos mais procurados em Minas Gerais. Por meio da plataforma desenvolvida pela Sentimonitor, o destino foi o 3º mais mencionado em 2021, nas redes sociais e internet. O turismo de natureza é o principal segmento da região e representa 89% do total das menções em 2021 (janeiro a novembro)”, contou Oliveira.

Leônidas ainda revelou que especialistas e geógrafos  já deram andamento na realização de um diagnóstico, com laudos técnicos e geológicos, dos órgãos competentes dos cânions e áreas interditadas, mas, não há data prevista para o fim dos trabalhos.

CAPITÓLIO E REGIÃO E SUA REPRESENTATIVIDADE

O primeiro contato com o turismo de Capitólio e região deixa a maioria das pessoas encantadas como foi o caso de Augusto Baeta, engenheiro civil e empresário. “Me apaixonei por Capitólio e região, que representam para mim segurança, tranquilidade, qualidade de vida, aconchego, beleza ,  ao mesmo tempo, desafio de construir aqui o resto da minha vida”.

O primeiro contato  que  Baeta teve com a cidade de Capitólio foi em 2014,  através da Construtora que estava lançando um residencial, em Escarpas do Lago. Segundo o entrevistado, ele ficou encantado com o empreendimento e com a região, tanto que adquiriu uma unidade, que foi entregue no segundo semestre de 2016. Com isso, ele fez vários investimentos em 2017, 2018, 2019 e, atualmente, investe ainda.

“Desde 2016, tenho visto e vivido o crescimento do turismo na região. Assim, não só Capitólio, como as outras cidades que fazem parte do complexo de turismo da região, apresentam ótimas oportunidades de investimento”, contou. 

Além disso, Augusto deixa a seguinte mensagem aos que pretendem empreender na região de Capitólio, “ainda há muito o que explorar e com criatividade e competência, podemos contribuir para transformar ainda mais a região em um polo de turismo nacional e internacional. E com retorno de investimento super  viável e gratificante”, aconselhou.

Vale lembrar que “apenas a região dos cânions – local do acidente está interditada para as investigações. Todo o restante do Lago de Furnas está liberado para o turismo, assim como todos os outros atrativos na região da Canastra e nos municípios próximos, como São José da Barra e São João Batista do Glória”, enfatizou o Secretário de Estado Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira.

NOTA OFICIAL DA ASCATUR

A reportagem do Jornal Folha Regional entrou em contato com  a Associação dos Empresários de Turismo de Capitólio (Ascatur) para uma entrevista, e a associação emitiu um comunicado oficial como resposta.  Leia a nota a seguir:

“Estamos comprometidos com a verdade, com a ciência, e com a segurança de nossos turistas e profissionais da área. Seguimos aguardando e acompanhando as elucidações das causas do ocorrido que estão sendo feitas pelos órgãos competentes, dentre eles, Polícia Civil, Polícia Federal, Ministério Público, Marinha, Bombeiros, Governo e Universidades parceiras. Todos unidos em prol de um Turismo Responsável, tanto para quem reside quanto para quem visita nossa querida região. A ASCATUR vem atuando diretamente no desenvolvimento de um turismo responsável e sustentável de Capitólio e região, e sempre teve em busca de parceiros e alternativas para o crescimento e fortalecimento de toda a cadeia produtiva do turismo. Mesmo sendo um destino com pouco tempo de operação turística, em parceria com Poder Público, com a Marinha do Brasil e o Sistema S (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE –  Serviço Nacional de Aprendizagem Rural  – SENAR –  e Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC), várias são as medidas de segurança que já foram tomadas ao longo dos últimos anos, como por exemplo, no passeio de lancha pelo Lago de Furnas, nos Cânions (um dos pontos de visitação), já não era permitido atracar embarcações e banhar-se no local. Toda a prestação de serviço náutico, pilotos e embarcações atendem os pré-requisitos exigidos pelo Município e Marinha do Brasil, tais como, habilitação profissional, treinamentos específicos e avaliação especial, além de serem acompanhados constantemente pela fiscalização dos órgãos competentes. Lidamos neste momento com os reflexos do ocorrido que abalou profundamente Capitólio e Região. Nos preocupamos com o presente e com o futuro das famílias que dependem não só do lago, mas do turismo para sobreviverem. Somos um povo resiliente pela própria natureza, temos um pedacinho no mundo abençoado por Deus, vários atrativos turísticos em um só lugar, belezas naturais, uma gastronomia incrível e os mais variados tipos de meios de hospedagem. Capitólio é e permanecerá sendo um destino lindo, acolhedor e com inúmeras alternativas para nossos turistas. A região oferece uma gama de atrações e várias atividades, que promovem a vivência e um contato único com a natureza. São paisagens exuberantes, várias cachoeiras a serem exploradas no passeio de 4×4, voo de balão, turismo rural, esportes de aventura, diversos roteiros de trilhas e parques ecológicos nos arredores da cidade, que transformam nossa região em um lugar e uma experiência inesquecível. Além disso, o Lago de Furnas é um dos maiores lagos artificiais do mundo com uma enorme área navegável e com várias opções de lazer e diversão. Nós, diretoria e nossos associados da ASCATUR, estamos 100% engajados em contribuir para o fortalecimento do setor turístico de Capitólio e região e temos o compromisso de caminharmos para sermos referência mundial num turismo responsável e sustentável ofertando sempre experiências inesquecíveis para todos que nos visitam.”

Por Fábio Henri.

Governo identificou ‘500 áreas em risco iminente’ após acidente em Capitólio

O ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, afirmou que após a tragédia em Capitólio (MG), o Serviço Geológico do Brasil, empresa pública vinculada à pasta, identificou “500 áreas em risco iminente” de desabamento. A informação foi dada ao Fantástico, da TV Globo.

Durante a entrevista, ele também falou que há a possibilidade de que seja feito um adendo na lei que obrigue vistorias em áreas remotas, onde ficam cânions, falésias, cavernas e cachoeiras. Isso porque, atualmente, pela lei, inspeções como essas só precisam ser feitas em áreas urbanas.

“Não resta dúvidas, isso porque já vamos disponibilizar 500 áreas em risco iminente. Quero fazer isso o mais rápido possível, para ontem. Para que a gente possa cada vez mais oferecer mais segurança ao turista, envolver os estados e municípios, que são lá na ponta, na capilaridade”, afirmou o ministro.

O ministro e secretários de Turismo se encontraram virtualmente para traçar diretrizes e adotar medidas de precaução. 

Ainda segundo Gilson Machado, o governo vai oferecer um curso de capacitação para condutores do turismo náutico, além de querer incentivar o registro de todos os operadores turísticos do país.

Capitólio: embarcações envolvidas no acidente passam por perícia; 20 pessoas prestaram depoimento

As embarcações envolvidas no acidente em Capitólio passaram por perícia na última segunda-feira (17). O trabalho da Polícia Civil ocorreu no Clube Náutico, em São João Batista do Glória (MG). A polícia informou ainda que 20 pessoas foram ouvidas no inquérito que investiga a queda do paredão.

O foco, neste momento, é tentar entender o que provocou o deslocamento da rocha e, principalmente, se era possível ter previsto a tragédia.

Um dos cânions atingiu quatro embarcações, com pelo menos 34 pessoas, no sábado (8), e causou dez mortes. Todas as vítimas foram identificadas pela Polícia Civil.

Dentro do curso das investigações, uma equipe de peritos da Polícia Civil, especialistas em geologia e um perito da Polícia Federal, também especialista da área, foram até o município na última quarta-feira (13).

Investigação

De acordo com o delegado que preside as investigações, Marcos Pimenta, os trabalhos de apuração serão pautados na ciência e, por isso, polícia tem buscado apoio de especialistas.

“O foco agora não é procurar culpados e, sim, respostas para que se evite, se for possível, que outras placas caiam”, disse. Ele afirmou que será investigado se houve alguma ação que provocou a aceleração da ruptura da rocha e, caso isso tenha ocorrido, ao fim do inquérito haverá indiciamento. Mas, para Pimenta, é cedo para apontar eventuais responsabilidades.

De acordo com o delegado, a expectativa é que o laudo pericial seja concluído dentro de 30 a 40 dias, mas não há previsão para conclusão do inquérito. Segundo ele, não foi realizada análise sismológica do local, mas, se os peritos que estão em Capitólio indicarem necessidade, o estudo será feito.

Para a realização de análises das causas do acidente, segundo o delegado, a polícia entrou em contato com a Sociedade Brasileira de Geologia e também com professores da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), além de outros especialistas.

Entre as pessoas ouvidas pela polícia, estão vitimas, donos de lancha e prefeitos da região. Nesta sexta, três pessoas de uma família que estavam em uma das embarcações atingidas prestaram depoimento na capital. Também foram realizadas oitivas em AlpinópolisPiumhi e Rio de Janeiro.

De acordo com o delegado, há previsão de que duas das lanchas que afundaram sejam retiradas do Lago de Furnas.

Queda da Rocha

Rodrigo Alves dos Anjos, 40 anos. Marinheiro experiente, extrovertido e conhecido por cativar os turistas nos passeios. Era ele quem pilotava a embarcação com seis pessoas da mesma família, outro marinheiro, um casal de namorados.

O passeio familiar, que reuniu parentes de vários locais, foi programado para ser um dia de descontração, já que eles não se viam desde o Natal, segundo Alessandra Soares, familiar das vítimas. Todos eles já tinham costume de visitar os famosos cânions do Lago de Furnas, exceto o casal de namorados, que fazia o passeio pela primeira vez.

Por lá, as paisagens são deslumbrantes. Por conta do barulho dos motores das embarcações, que são muitas, a movimentação da água, somado ao ruído de turistas e quedas d’água, só mesmo os olhos ficam atentos. Pouco se escuta.

Tentativa de aviso

Ocupantes de uma lancha mais distante de onde Rodrigo estava, perceberam pedras rolando cânion abaixo, se assustaram quando rapidamente as pedras começaram a cair em maior volume e começaram então a gritar para que as lanchas posicionasse logo abaixo do cânion, saíssem de lá.

A lancha de Rodrigo, no entanto, não teve a mesma sorte. Ela foi diretamente atingida pelo enorme paredão, que ainda sem causa identificada, caiu e matou as 10 vítimas.

Peritos da Polícia Civil e Federal chegam a Capitólio para auxiliar investigação

Uma equipe de peritos da Polícia Civil, especialistas em geologia e um perito da Polícia Federal, também especialista da área, visitaram a região dos cânions, em Capitólio (MG). Os trabalhos executados fazem parte das investigações e já estavam previstos, como mencionado pelo delegado responsável pelo inquérito, Marcos Pimenta.

A equipe chegou de helicóptero e pousou em São José da Barra (MG), na última quinta-feira.

O foco, neste momento, é tentar entender o que provocou o deslocamento da rocha e, principalmente, se era possível ter previsto a tragédia. Há, neste momento, três investigações paralelas: da Polícia Civil, do Ministério Público e da Marinha do Brasil. A ideia é a mesma: de quem é a responsabilidade de fiscalizar o local do acidente que também deixou 27 feridos.

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Piumhi, instaurou um inquérito civil para apuração os fatos do acidente que matou dez pessoas


Segundo o delegado regional de Passos que responde por Capitólio, Marcos Pimenta, já foram ouvidas, até o momento, diversas pessoas, incluindo prefeitos da região, vítimas leves e usuários do local.

“Primeiramente a Polícia Civil acolheu os familiares. Posteriormente nós conseguimos fazer a identificação formal das 10 vítimas possibilitando assim o enterro digno. Concomitante a essa ação nós temos três grupos de trabalho, um com sede em Alpinópolis, outro na Delegacia de Piumhi e no núcleo de Passos. Já ouvimos diversas pessoas, usuários do local, vítimas leves, o prefeito de Capitólio e o prefeito de São José da Barra já prestaram depoimentos, declarações, apresentaram documentações. A Polícia Civil fará um estudo técnico no local com ajuda de geólogos visando no final das investigações, verificar se houve ou não, responsabilidade de terceiros, se alguma obra prejudicou a rocha, mas é muito prematuro, temos que ter cautela e o nosso foco inicial foi acolher as vítimas e possibilitar um enterro digno”, pontuou.

Quanto ao apoio de geólogos, o delegado informou que será uma incumbência da perícia criminal, em Belo Horizonte, que avalia quando o profissional poderá deslocado para a região de Capitólio.

“Hoje mesmo eu falei com geólogos da Universidade Federal de Ouro Preto, temos um contato também da Sociedade Brasileira de Geologia, então a Polícia Civil não poupará esforços para exaurir todo e qualquer questionamento visando que caso tenhamos algumas rochas dessas características nós possamos evitar que isso aconteça no Mar de Minas, que é um local de riqueza do mineiro, é uma área linda de turismo, nós não podemos deixar que aconteça novamente”, disse.

Via: Clic Folha.

Última vítima internada após acidente em Capitólio tem alta em Passos

O jovem de 26 anos, que estava internado na Santa Casa de Passos (MG), após o acidente no Lago de Furnas, em Capitólio (MG), recebeu alta na manhã desta quarta-feira (12). Dos 27 feridos, ele é o último a deixar o hospital.

Segundo a Santa Casa, o marinheiro passou por um procedimento cirúrgico na face na última terça-feira (11). Os familiares estiveram em Passos para acompanhar a saída do jovem. Eles moram em Pimenta (MG).

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