por Luciene Garcia
Diversas irregularidades apontadas pelos candidatos teriam sido verificadas; MPE abriu procedimento de investigação

Dois candidatos que fizeram a prova para Conselheiros Tutelares em Cássia (MG), procuraram o Ministério Público Estadual (MPE) para denunciar possíveis irregularidades que teriam acontecido. A prova foi aplicada na FAMA (Fundação Ana de Melo Azevedo) no dia 14 de junho de 2023, às 20h, pelo presidente do CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente), Atílio Oliveira Vitorelli. Dezesseis candidatos fizeram a prova.
Em entrevista ao Jornal Folha Regional, os candidatos disseram que em contato ao MPE, ambos alegaram que as provas não estavam em envelope lacrado, não tinha gabarito para marcar as respostas, tendo que marcar as respostas no próprio caderno de prova e as provas foram identificadas com a assinatura dos candidatos.
Outras supostas irregularidades apontadas foram que não tinha como saber se os cadernos de provas já não estavam preenchidos para beneficiar alguém, até porque, não foi uma banca especializada que aplicou as provas. Que ao sair da sala de prova, ouviu duas Conselheiras Tutelares citando, que a prova aplicada, foi quase igual a prova no processo de escolha passada. Que das 5 conselheiras que atuam hoje no Conselho Tutelar de Cássia, quatro delas se classificaram.
E continua a denúncia dos dois candidatos: que o senhor Atílio soltou o gabarito as 21h10, no mesmo dia de aplicação das provas e divulgou uma lista de classificados, às 7h25 de 15 de julho de 2023, dia seguinte ao de aplicação das provas, antes de terminar o prazo de interposição de recursos. Que não sabem, no momento, todas as qualificações das possíveis testemunhas, mas que a lista de candidatos já está publicada. Outro fato, é que a prova de informática foi aplicada, também, pelo senhor Atílio, que não tem formação técnica em informática. Na prova de informática também aconteceu irregularidades, onde duas candidatas teve mais de uma chance para salvar o documento, quando na verdade deviam ter sido desclassificadas. Que todo processo é centralizado todo no presidente do CMDCA.
Procurado por nossa reportagem, o presidente do CMDCA, Atílio Vitorelli, diz não ter sido informado de nada ainda. “Não tive conhecimento, só depois que o MPE me citar é que saberei e farei a minha defesa”.
As denúncias também foram encaminhadas para a CGU (Controladoria Geral da União) e para o CONANDA (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente).
Segundo o MPE, o caso está em diligência e em segredo de Justiça, mas que apura o caso.
