Jornal Folha Regional

Nova subestação da Cemig reforça sistema elétrico no Sul de Minas

Nova subestação da Cemig reforça sistema elétrico no Sul de Minas - Foto: divulgação/CEMIG
Nova subestação da Cemig reforça sistema elétrico no Sul de Minas – Foto: divulgação/CEMIG

Com investimento de R$ 29 milhões da Cemig, o Sul de Minas recebe mais uma subestação de energia (SE), que vai reforçar o sistema elétrico da região.

A nova SE Guapé 2 proporciona uma oferta adicional de 15 MVA ao sistema e vai beneficiar diretamente os municípios de Guapé e Ilicínea, além de contribuir para o alívio da carga e melhoria do fornecimento em Boa Esperança, fomentando a geração de emprego e renda.

O Gerente de Expansão e Manutenção da Alta Tensão da Distribuição Leste, Ramon Cavalini Furiati, destaca que esse investimento tem alta relevância para o município e para a região, pois otimiza significativamente os níveis de tensão e possibilita novos empreendimentos, garantindo a qualidade do fornecimento e o atendimento aos atuais e futuros clientes.  “A companhia está ampliando a disponibilidade, a confiabilidade e a segurança na oferta de energia, contribuindo para o desenvolvimento econômico de Minas Gerais. Além disso, o sistema elétrico fica cada vez mais robusto e resiliente, capaz de suportar as novas demandas da população”, afirma o engenheiro da companhia.

Maior plano de investimentos da história

A instalação da nova SE e as obras de ampliação da infraestrutura de linhas e redes de distribuição energia no município de Guapé fazem parte de um volumoso pacote de obras. Por meio do Programa de Desenvolvimento da Distribuidora (PDD), a Cemig está investindo R$ 23 bilhões na rede de distribuição que atende mais de 9 milhões de clientes em todo o Estado até 2027.

Esse é o maior plano de investimentos da história na Cemig e contempla a construção de novas unidades e modernização de subestações existentes, totalizando mais de 200 entregas pelo Programa Mais Energia, além da conversão de cerca de 30.000 km de redes elétricas rurais monofásicas em redes trifásicas pelo Programa Minas Trifásico, instalação de dupla alimentação nos municípios, regularização do fornecimento de energia e instalação de medidores inteligentes.

Região Oeste de Minas recebeu R$ 266 milhões em investimentos da Cemig no 1º semestre

Em todo o estado, foram mais de R$ 2,4 bilhões investidos na melhoria do sistema elétrico

Alisson Guedes, superintendente de de Engenharia da Distribuição da Cemig – Vídeo: divulgação

A Cemig segue intensificando os seus investimentos em Minas Gerais e, somente no primeiro semestre de 2024, destinou mais de R$ 2,4 bilhões na melhoria das instalações no estado, valor que é 43% superior aos recursos destinados no mesmo período do ano passado, quando foi aportado R$ 1,7 bilhão.  Somente na região Oeste, a Cemig investiu R$ 266 milhões em sua rede de distribuição. Até o final deste ano, a empresa planeja investir R$ 6,2 bilhões em Minas Gerais. 

O grande destaque do plano de investimento da Cemig no primeiro semestre foi a área de distribuição de energia, que recebeu a destinação de quase R$ 2 bilhões. Neste período, a empresa entregou 9 novas subestações (SEs) de energia, reforçando ainda mais o sistema elétrico da companhia.

Em junho passado, a Cemig inaugurou, em Belo Horizonte, a centésima subestação do Programa Mais Energia, que está ampliando a oferta de energia e a confiabilidade do sistema para os mais de 9 milhões de clientes. 

Para conectar novas cargas e manter a liderança de Minas Gerais no segmento de geração distribuída no Brasil, a Cemig destinou R$ 205 milhões em infraestrutura na sua área de concessão. Por meio da Gasmig, foram investidos R$ 118 milhões para ampliar sua presença em gás natural canalizado no estado.

Em suas linhas de transmissão, a Cemig aportou R$ 105 milhões. Em busca de ampliar e modernizar o seu parque gerador – que é 100% limpo e renovável – a empresa investiu R$ 57 milhões.

Foco no cliente

O presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi Filho, destaca o fortalecimento do programa de investimentos da empresa e o foco na melhoria do atendimento à população mineira.

“A Cemig está realizando o maior plano de investimentos da sua história em Minas Gerais. Ao longo de dez anos, a empresa está investindo cerca de R$ 50 bilhões no estado. Apenas nos seis primeiros meses de 2024, foram R$ 2,4 bilhões e mais de 80% deste valor foi para o segmento de distribuição, onde estão alocados nossos mais de 9 milhões de clientes. E vamos fazer ainda mais para garantir uma rede elétrica moderna, resiliente e que seja a indutora do desenvolvimento de Minas”, afirma. 

Neste ano, a Cemig atualizou o plano de investimentos para o ciclo 2024-2028. Neste ciclo, a companhia está investindo R$ 35,6 bilhões, sendo que, deste total, R$ 23 milhões estão sendo destinados para o setor de distribuição. Já entre 2019 e 2023, a companhia aportou R$ 13,5 bilhões em Minas Gerais. 

Governo de Minas e Cemig lançam editais do Natal da Mineiridade 2024

Governo de Minas e Cemig lançam editais do Natal da Mineiridade 2024 - Foto: Renata Garbocci
Governo de Minas e Cemig lançam editais do Natal da Mineiridade 2024 – Foto: Renata Garbocci

O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), e a Cemig, divulgaram, nesta terça-feira (6/8), dois editais que têm o objetivo de selecionar projetos culturais, a serem realizados em Belo Horizonte e nas cidades do interior do estado, que trabalham a temática natalina.

As iniciativas inscritas e aprovadas nos chamamentos públicos farão parte da programação do Natal da Mineiridade Cemig 2024. Ao todo, serão destinados R$ 10 milhões, o dobro do valor disponibilizado no edital do ano passado. As inscrições são gratuitas e começaram às 14h desta terça no site da Cemig.

Durante o lançamento dos editais, a diretora de Comunicação e Sustentabilidade da Cemig, Cristiana Kumaira, falou sobre a importância desses incentivos para o fortalecimento do setor de cultura em Minas, além do impacto positivo na ampliação e democratização do acesso às práticas artísticas no estado.

“Reforçando seu compromisso com a cultura e o desenvolvimento sustentável, a Cemig ampliou em 100% o apoio ao Natal em Minas, atendendo os projetos voltados para o Circuito Liberdade, na capital, mas com grande e especial atenção ao interior de Minas”, ressaltou.

“Percebemos, nos últimos anos, o quão significativo é para esses municípios esse apoio, esse incentivo. O quanto isso impacta nas cidades, movimentando o turismo e o comércio local, o que coloca Minas como um destino importante nesta época de Natal”, afirmou a diretora.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, afirmou que o Natal deste ano será um importante momento para o encontro de todos na celebração da mineiridade.

“Serão disponibilizados recursos para projetos na Praça da Liberdade, no Palácio da Liberdade, para as cidades da região metropolitana e o interior de Minas”, listou.

“Todas as regiões poderão apresentar projetos, para que os recursos sejam distribuídos por toda Minas Gerais e não fiquem concentrados somente em Belo Horizonte e cidades do entorno. Esse investimento em dobro vai permitir uma maior participação, atendendo mais municípios mineiros”, destacou.

Rotas turísticas

Além de ressaltar a iluminação do Palácio da Liberdade, que será contemplado pela primeira vez na iluminação de Natal no edital específico para a Praça da Liberdade e entorno, o secretário destacou outra novidade: a criação das rotas do Natal da Mineiridade Cemig.

“Nesta época do ano, há um fluxo muito grande de turistas, que vão ao interior de Minas Gerais e circulam nas cidades decoradas com iluminação. São turistas que vêm de outros estados e até internacionais, visto que nós somos hoje o estado que mais cresce no turismo nacionalmente. Então, nós vamos fazer as rotas do Natal da Mineiridade Cemig”, explicou.

“As pessoas poderão, por meio de um catálogo, saber quais praças, quais pontos, quais lugares elas poderão visitar. Seja em Belo Horizonte, porque não será apenas a Praça da Liberdade, seja a região metropolitana e cidades do interior, criando um circuito da Mineiridade no Natal”, acrescentou Oliveira.

Governo de Minas e Cemig lançam editais do Natal da Mineiridade 2024 - Foto: Renata Garbocci
Governo de Minas e Cemig lançam editais do Natal da Mineiridade 2024 – Foto: Renata Garbocci

Dois editais

No primeiro edital (Chamamento Público 001/2024), serão destinados R$ 4 milhões para o projeto de curadoria que ficará responsável pela programação e ocupação da Praça da Liberdade, do Palácio da Liberdade e arredores, tanto no Natal quanto no Ano Novo.

Será selecionada a iniciativa que apresentar a melhor proposta de atrações para serem realizadas no período de 2/12/2024 a 6/1/2025 nesses espaços.

Os interessados podem inscrever a proposta até às 23h59 do dia 18/8.

É importante que os proponentes desse edital apresentem projetos que contemplem a decoração para o Palácio da Liberdade e para a Praça da Liberdade com temas natalinos tradicionais; iluminação predial e da praça; presença do Papai Noel para foto e recebimento das famílias; apresentações artísticas e musicais, entre outras atrações previstas no documento.

Depois do período de inscrição dessas propostas, a Cemig fará, até o dia 27/8, reuniões on-line com os pré-selecionados para análise das iniciativas. O resultado será divulgado em 29/8.

Já para o segundo edital (Chamamento Público 002/2024), estão previstos R$ 6 milhões para projetos a serem executados em Belo Horizonte e em cidades das diferentes regiões mineiras.

Do valor total do segundo edital, R$ 2,5 milhões serão para as atrações realizadas na capital mineira (área central e regiões periféricas) e nas cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Os outros R$ 3,5 milhões serão disponibilizados para as ações promovidas no interior do estado.

As atrações a serem patrocinadas deverão ser relacionadas com temática natalina, incluindo decoração e ações culturais, tais como apresentações musicais, teatrais, dança, artes visuais e/ou outras manifestações.

Para esse edital, serão dois períodos de inscrição: o primeiro prazo tem início nesta terça-feira (6/8) e termina às 23h59 do dia 25/8. O segundo período começa em 30/9 e termina às 23h59 do dia 8/10.

Critérios

Podem ser incentivados, por meio desses editais de Chamamento Público voltados para o Natal da Mineiridade, pessoa física e/ou jurídica, com ou sem fins lucrativos, cujos projetos com foco nas comemorações natalinas sejam aprovados na Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais (Leic).

Para seleção e aprovação das propostas, serão utilizados critérios como: cumprimento dos requisitos; apresentação do custo; adequação e aderência em relação ao tema Natal da Mineiridade; exequibilidade da proposta; relação com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU); criatividade e inovação; realização de parcerias e articulação da rede; e acessibilidade e inclusão.

Cemig está substituindo medidores de energia em Passos, São José da Barra, Alpinópolis, Carmo do Rio Claro e região

Serviço é gratuito e visa trocar medidores antigos por equipamentos mais modernos e tecnológicos

Equipes da Cemig estão visitando unidades consumidoras em Passos e outros municípios da região sudoeste de Minas, trocando medidores de energia antigos por equipamentos mais modernos e tecnológicos. Caso os clientes recebam a visita de técnicos da companhia, no intuito de trocar o medidor de energia instalado, saiba que a ação é legítima e faz parte dos serviços de rotina da empresa. Somente no ano passado, foram trocados mais de 600 mil medidores, e é importante saber que essa ação está sendo intensificada em 2024.

A iniciativa acontece em toda a área de concessão da Cemig. Na região sudoeste, a ação está sendo realizada nos municípios de Passos, Itaú de Minas, Fortaleza de Minas, São João Batista do Gloria, Pratápolis, Cassia, Capetinga, Delfinópolis, Ibiraci, Claraval, São Sebastião do Paraiso, São Tomás de Aquino, Jacuí, Alpinópolis, São José da Barra, Conceição Aparecida e Carmo do Rio Claro. O objetivo da ação, que não tem custo para o cliente, é manter o parque de medidores renovado, com equipamentos modernos e que proporcionam mais agilidade e segurança do processo de medição e leitura, além de facilitar o acompanhamento por parte dos consumidores.

A substituição dos medidores está amparada pelo artigo 228 da resolução Aneel 1000, de 07/12/2021, que prevê que a distribuidora “é responsável por instalar, operar, manter e arcar com a responsabilidade técnica e financeira dos medidores e demais equipamentos de medição para fins de faturamento em unidade consumidora e em distribuidora a ela conectada”.

De acordo com Marcelo Moreira Correia, engenheiro da Cemig, todo medidor possui um tempo de vida útil. Por isso, a Cemig busca otimizar seus equipamentos, substituindo medidores antigos por aparelhos que utilizam tecnologia recente e que apresentam maior exatidão. “Uma das principais vantagens é que o novo medidor traz mais segurança na obtenção dos dados e agilidade aos leituristas na coleta de dados para o faturamento. Para o cliente, o equipamento moderno oferece mais facilidade no acompanhamento do consumo mensal”, explica.

Tem dúvidas em relação à visita dos técnicos?

Veja como identificar os profissionais da Cemig

Para que a Cemig possa realizar este trabalho, é importante que o cliente libere o acesso dos técnicos da companhia ao medidor em sua residência. No entanto, a Cemig destaca que os clientes devem sempre estar atentos: apesar do objetivo da empresa ser modernizar o processo de leitura e facilitar o acompanhamento pelos consumidores, estelionatários podem se aproveitar dessa ação de troca dos medidores e tentar aplicar golpes alegando estar realizando este tipo de serviço, mas com o intuito de entrar nas casas utilizando o nome da companhia.

A Cemig alerta que nenhum colaborador da empresa está autorizado a cobrar por esse tipo de serviço ou solicitar qualquer documento ou dados bancários. A empresa recomenda que o morador exija sempre a identificação daqueles que se apresentam em nome da companhia.

Todos os funcionários da Cemig ou de empreiteiras a serviço da companhia usam crachá de identificação e uniforme, além de veículo caracterizado como “A serviço da Cemig”. Também vale destacar que os clientes cujos medidores serão trocados podem entrar em contato com a companhia pelo telefone 116 para confirmar a legitimidade do serviço.

Cemig registra aumento de 50% no número de clientes desligados por pipas em maio

Cemig registra aumento de 50% no número de clientes desligados por pipas em maio - Foto: reprodução
Cemig registra aumento de 50% no número de clientes desligados por pipas em maio – Foto: reprodução

O número de clientes da Cemig que teve o serviço de energia interrompido por ocorrências causadas por pipas aumentou em 50% em maio, quando comparado aos quatro primeiros meses de 2024. No mês passado, quase 53 mil unidades consumidoras da companhia foram prejudicadas pela brincadeira em 214 incidentes com a rede de distribuição da empresa.

Se somados os cinco primeiros meses deste ano, esse tipo de brincadeira já prejudicou mais de 150 mil clientes da Cemig em 672 ocorrências no sistema elétrico. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foram registrados 289 incidentes provocados por pipas, com 73 mil unidades consumidoras interrompidas. 

O engenheiro eletricista da Cemig, Demetrio Aguiar, destaca que soltar pipa não é o problema. O especialista alerta que a brincadeira deve ser feita em locais descampados e sem uso de linhas cortantes, pois quando uma linha de papagaio é cortada, o vento carrega aleatoriamente o aparato, que pode cair sobre redes elétricas ou vias públicas, provocando acidentes ou interrupções no fornecimento de energia.

“Soltar pipa é uma atividade lúdica e que as crianças e jovens gostam muito. Mas é importante que se tenha consciência de que a brincadeira deve ser realizada em áreas abertas e sem rede elétrica, pois pode causar acidentes graves ou provocar interrupções no fornecimento de energia e prejudicar muitos clientes”, afirma.

Demetrio Aguiar lembra que, apesar de o período de férias escolares ainda não ter começado e os ventos ainda não serem os mais propícios para as brincadeiras, as ocorrências no sistema elétrico da Cemig já são relevantes.

“A partir de junho essa brincadeira tende a se intensificar, pelo aumento dos ventos em função da transição entre outono e inverno, além da proximidade com as férias escolares do meio do ano. E em julho isso se potencializa muito mais. Por isso, é importante que os pais e responsáveis estejam atentos para que não haja acidentes com os jovens e também ocorrências no sistema elétrico”, explica.

Resgate perigoso

Outra situação que também deve ser evitada é o resgate de pipas presas à rede elétrica. Essa ação é muito arriscada e pode causar acidentes graves. “As redes de distribuição e transmissão, bem como as subestações da Cemig, são construídas dentro de padrões das normas técnicas brasileiras com características e distanciamento que são seguros. Dessa forma, a aproximação indevida para retirar pipas presas à rede e o uso de cerol e linha chilena são os principais motivos de acidentes com a rede elétrica da companhia”, comenta.

Importante destacar que, ao longo do ano, a Cemig realiza campanhas de segurança e conscientização sobre os riscos de se soltar pipas próximas das redes elétricas em escolas, entidades e veículos de comunicação.

Linhas cortantes são proibidas por lei

Essas linhas são muito perigosas e podem causar acidentes fatais. No mês passado, um homem de 23 anos morreu ao ser cortado por uma linha chilena na MG-010, em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

A lei 23.515/2019 proíbe a utilização de cerol ou linha chilena no estado. Essa legislação, que veda a comercialização e o uso de linha cortante em pipas, papagaios e similares, está em vigor desde dezembro de 2019. A multa para quem for flagrado vendendo linhas cortantes varia de R$ 5.279,70 a R$ 263,98 mil (em casos de reincidência). Já quando a linha cortante apreendida estiver em poder de criança ou adolescente, seus pais ou responsáveis legais serão notificados da autuação e o caso será comunicado ao Conselho Tutelar.  

Além da legislação, engenheiro da Cemig alerta para o fato de que o uso do cerol pode transformar uma simples linha de papagaio em material condutor e provocar choque elétrico ao entrar em contato com a rede. Além disso, muitas crianças amarram as pipas com arames e fios. “São materiais altamente condutores e que acabam sendo energizados quando tocam os cabos da rede de energia, causando o choque elétrico”, afirma.  

As linhas cortantes também representam perigo para outras pessoas. “Quando alguém utiliza uma linha cortante, ela pode romper os cabos de energia e causar acidentes graves para quem está brincando ou com outras pessoas. Nunca se deve usar cerol ou linha chilena neste tipo de brincadeira”, alerta o especialista.  

Conta de luz fica mais cara a partir desta terça-feira em Minas Gerais

Conta de luz fica mais cara a partir desta terça-feira em Minas Gerais - Foto: reprodução
Conta de luz fica mais cara a partir desta terça-feira em Minas Gerais – Foto: reprodução

A conta de luz fica mais cara em Minas Gerais a partir desta terça-feira (28). O reajuste aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é de 6,70% nas tarifas residenciais da Cemig Distribuição. Para consumidores atendidos em alta tensão, como as indústrias, o impacto médio será de 8,63%. A alta vai atingir aproximadamente 7,8 milhões clientes residenciais.

Segundo a Cemig, do valor cobrado na tarifa, apenas 25,8% ficam na Companhia e se destinam a remunerar o investimento, cobrir a depreciação dos ativos e outros custos. Os demais 74,2% são utilizados para cobrir encargos setoriais (16,7%), tributos pagos aos Governos Federal e Estadual (20,9%), energia comprada (26,7%), encargos de transmissão (9,4%) e receitas irrecuperáveis (0,5%).

Os impostos arrecadados na tarifa de energia, como taxa de iluminação pública, ICMS, PIS e Cofins são repassados integralmente para as prefeituras, além dos governos Estadual e Federal, ressaltou a Companhia.

Os consumidores irão perceber o reajuste na tarifa na fatura de junho, com vencimento em julho. Em junho, os consumidores pagarão uma parte do consumo ocorrido antes de 28 de maio, ainda conforme a tarifa antiga, e a outra parcela do consumo já com o novo valor.

Trabalhadores do setor de energia solar protestam contra o Governo Federal e a Cemig

Trabalhadores do setor de energia solar protestam contra o Governo Federal e a Cemig - Foto: divulgação
Trabalhadores do setor de energia solar protestam contra o Governo Federal e a Cemig – Foto: divulgação

Trabalhadores de empresas do setor de energia solar fizeram um protesto, nesta segunda-feira (27), contra o Governo Federal e a Cemig alegando falta de interesse do poder público em alavancar projetos na área. A manifestação ocorreu em frente ao Minascentro, local onde foram realizadas as primeiras reuniões preparatórias do G-20 do setor de energia.

“Há um bloqueio para projetos de produção de energia solar”, declarou Wedson Silva, representante da Frente Mineira de Geração Distribuída (FMGD), que reúne empresários e trabalhadores do setor.

De acordo com o vice-governador de Minas Gerais, Professor Mateus (Novo), que participou da abertura do encontro do G-20 do setor de energia, o papel essencial da Cemig é trabalhar na distribuição e não na geração.

“Nós temos 99,5% de geração de energia limpa em Minas Gerais. Então, não é verdade que não há investimentos em energia limpa”, disse, em entrevista coletiva antes do início do encontro no Minascentro.

O ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, ainda não chegou ao local do evento.

Aneel aprova reajuste médio de 7,32% nas tarifas da Cemig

Aneel aprova reajuste médio de 7,32% nas tarifas da Cemig - Foto: reprodução
Aneel aprova reajuste médio de 7,32% nas tarifas da Cemig – Foto: reprodução

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou, nesta terça-feira (21), em reunião ordinária do órgão regulador do setor elétrico, a nova tarifa da Cemig Distribuição. Os cerca de 7,8 milhões clientes residenciais da companhia terão um reajuste de 6,70% na conta de energia. Conforme previsto no contrato de concessão, o valor passa a valer a partir de 28/5 e terá duração de um ano.

O anúncio da tarifa da companhia é sempre feito pela Aneel na reunião da terça-feira anterior ao dia do início da vigência, que é a data definida para o reajuste das tarifas da Cemig D, conforme determina o contrato. Importante destacar que as tarifas de todas as distribuidoras brasileiras são definidas pelo órgão federal.

“As distribuidoras cumprem um papel que vai além de simplesmente entregar a energia. São esses agentes que sustentam o fluxo financeiro do setor, afinal, as concessionárias de distribuição fazem a interface com os usuários de energia elétrica, arrecadando, por meio das faturas, todo o montante necessário para financiar a operação do sistema.”, explica o gerente de Tarifas da Cemig, Giordano Bruno Braz de Pinho Matos.

Do valor cobrado na tarifa, apenas 25,8% ficam na Cemig Distribuição e se destinam a remunerar o investimento, cobrir a depreciação dos ativos e outros custos. Os demais 74,2% são utilizados para cobrir encargos setoriais (16,7%), tributos pagos aos Governos Federal e Estadual (20,9%), energia comprada (26,7%), encargos de transmissão (9,4%) e receitas irrecuperáveis (0,5%). Os impostos arrecadados na tarifa de energia, como taxa de iluminação pública, ICMS, PIS e Cofins são repassados integralmente para as prefeituras, além dos governos Estadual e Federal.

Reajuste está abaixo da inflação nos últimos cinco anos

O reajuste da Cemig está abaixo do acumulado da inflação dos últimos cinco anos. Enquanto o valor da tarifa da companhia foi reajustado em 27%, o IPCA no período foi de 32%.

O cliente da Cemig vai perceber o reajuste total a partir da fatura de junho com vencimento em julho de 2024. Em junho, os consumidores pagarão uma parte do consumo ocorrido antes de 28 de maio, ainda conforme a tarifa antiga, e a outra parcela do consumo já com o novo valor.

Cemig contribui para restabelecimento de energia no Rio Grande do Sul

Cemig contribui para restabelecimento de energia no Rio Grande do Sul - Foto:
Cemig contribui para restabelecimento de energia no Rio Grande do Sul – Foto:

A Cemig intensifica o apoio nas ações realizadas para colaborar com a recuperação do Rio Grande do Sul. Na última segunda-feira (13), a companhia enviou unidades móveis de geração de energia e veículos especiais para apoiar a Equatorial CEEE, empresa que atende à região metropolitana de Porto Alegre, capital do estado, no restabelecimento de energia. 

Técnicos e engenheiros da companhia foram para o RS reforçar os recursos mobilizados pela distribuidora local, além de cinco modernos geradores e cinco quadriciclos do tipo UTV. 

Na semana passada, a companhia já havia disponibilizado um helicóptero para apoio na recuperação do sistema elétrico do estado do Sul, que continua atuando por lá. 

Com potência de 500KVA cada, os cinco geradores poderão abastecer cerca de 2,5 mil residências de médio porte. 

Já os quadriciclos fora-de-estrada do tipo UTV (sigla em inglês para Utility Vehicle Task) são ideais para utilização em locais onde não é possível transitar com o veículo normal ou 4 x 4, principalmente no período chuvoso, facilitando o serviço das equipes de campo e reduzindo o tempo de atendimento das manutenções emergenciais. 

Além de levar os colaboradores em áreas de difícil acesso, os UTV também vão contribuir para o transporte de equipamentos e materiais.

Força-tarefa   

Os técnicos e engenheiros da Cemig que fazem parte da comitiva vão atuar junto às equipes da Equatorial Energia na instrução de como instalar e operar os equipamentos.

O presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi Filho, destaca que “neste momento tão difícil para a população do Rio Grande do Sul, a Cemig está se solidarizando e disponibilizando estes importantes recursos para auxiliar no restabelecimento do fornecimento de energia para a região impactada pela ação da chuva. Vamos apoiar no que for possível para o restabelecimento do sistema elétrico no Rio Grande do Sul ”, afirma o executivo.

Helicóptero

O helicóptero da Cemig enviado para auxiliar a distribuidora RGE desde 3/5 permanece na atividade. Além do piloto, também um técnico de manutenção de aeronaves trabalha na ação. 

O transporte aéreo vai permanecer na região por tempo indeterminado e está realizando vários sobrevoos transportando técnicos locais e equipamentos, conforme a necessidade da distribuidora do Rio Grande do Sul. Já foram realizadas, até o momento, pela aeronave da Cemig,  34 horas de voo e inspecionados cerca de 200 quilômetros de rede elétrica no RS. 

O parque de ativos da Cemig inclui dois helicópteros, vinte UTVs e 14 unidades móveis de geração, utilizados no dia a dia na operação, manutenção e expansão do sistema de distribuição. Estas tecnologias estão de prontidão para realizar atendimentos. 

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, enviou um comunicado à Cemig destacando o seu auxílio à Rio Grande Energia. 

“Nesse momento, a ajuda da Cemig, com apoio de aeronave especializada para resgate de pessoas isoladas no estado do Rio Grande do Sul, decorrente das chuvas intensas, será de muita relevância, e mostra a união do setor para o enfrentamento de grave crise climática, sem precedentes em nosso país. No contexto da Sala de Crise criada pela Aneel, por meio da PRT 131/2024, daremos ciência à Diretoria da Agência para eventuais autorizações e reconhecimento de custos que sejam necessários pela regulação setorial”, destaca. 

Federalização de Cemig, Copasa e Codemig pode abater 20% da dívida de Minas

A federalização de Cemig, Copasa e Codemig para abater parte dos cerca de R$ 165 bilhões da dívida de Minas com a União ainda é uma incógnita — Foto: Flavio Tavares
A federalização de Cemig, Copasa e Codemig para abater parte dos cerca de R$ 165 bilhões da dívida de Minas com a União ainda é uma incógnita — Foto: Flavio Tavares

A federalização da Cemig, da Copasa e da Codemig poderia abater apenas 20% da dívida de Minas Gerais com a União. A estimativa foi feita por especialistas em Ciências Econômicas de acordo com o valor de mercado e a participação acionária do Estado em cada uma das estatais sugeridas como alternativa pelo presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD), para amortizar a dívida, que, hoje, está próxima a R$ 165 bilhões.

Para Ricardo Machado Ruiz, professor da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Cemig, Copasa e Codemig, se federalizadas, renderiam R$ 34 bilhões ao Estado. “Com sorte”, pontua Ricardo. “Se o governo vender a Cemig (para a União), consegue entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões. A Copasa, por exemplo, dá mais uns R$ 4 bilhões. Com a mina de nióbio, a Codemig, embora não haja uma precificação, auditada e pública, de quanto valha, pode chegar a R$ 20 bilhões.”

Ruiz observa que, ao fim do ano, a dívida de Minas com a União, que chegaria a R$ 170 bilhões corrigida por um IPCA de 4%, mais uma taxa nominal de juros de 4%, seria de R$ 135 bilhões caso as três estatais sejam federalizadas. “Isso basicamente diz o seguinte: a participação do Estado na Cemig, na Copasa e na Codemig não consegue fazer uma redução estrutural da dívida de Minas Gerais”, aponta o professor, que pondera, no entanto, que os números são uma “percepção frágil” dos ativos.

Em participação no podcast Stock Pickers, do Infomoney, o economista-chefe da Warren Investimentos, Felipe Salto, chegou a estimar que, juntas, Cemig, Copasa e Codemig valeriam R$ 17 bilhões. Procurado, ele diz que foi apenas uma conjectura, mas para raciocinar sobre a “ineficácia” da estratégia. “Mesmo que (a federalização de Cemig, Copasa e Codemig) valesse o dobro, no agregado, ainda assim estaria distante do valor da dívida”, emenda o ex-secretário de Fazenda e Planejamento de São Paulo.

Questionado se considerava a federalização eficaz apenas caso toda a dívida fosse abatida, Salto pondera. “Acho que esta discussão está meio fora de lugar, do ponto de vista do governo de Minas. Não vejo uma estratégia anunciada, valores etc. O que o Estado ganha? Quanto cairia o serviço da dívida? O espaço fiscal seria usado para quê? Resolve-se o problema fiscal grave com o qual Minas está às voltas há bastante tempo?”, indaga.

A um mês do fim do prazo dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para a carência do pagamento do serviço da dívida, a viabilidade da federalização de Cemig, Copasa e Codemig ainda é uma incógnita. Apesar de o modelo ser estudado em um grupo de trabalho da Secretaria do Tesouro Nacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não teriam tocado no assunto durante a reunião com o governador Romeu Zema (Novo) o último dia 6.

Governo Zema estima até R$ 40 bilhões com federalizações   

A estimativa de amortização com a federalização da Cemig, da Copasa e da Codemig é mais otimista entre interlocutores do governo Zema do que entre especialistas. A expectativa é que, juntas, as estatais possam render até R$ 40 bilhões, ou seja, 25% da dívida do Estado com a União. A Cemig valeria R$ 6 bilhões, a Copasa, R$ 4 bilhões, e a Codemig, R$ 30 bilhões – o ex-secretário de Fazenda Gustavo Barbosa chegou a dizer que ela valeria R$ 25 bilhões conforme estudo da corretora Goldman & Sachs.

Ruiz lembra que, apesar de haver a percepção de que o Estado poderia arrecadar, como com a Cemig, por exemplo, a sua participação acionária é restrita. “A Cemig é um ativo de R$ 50 bilhões. As pessoas acham que o governo teria R$ 50 bilhões, mas qual é o problema? O governo é dono só de 17,04% da empresa, que é muito endividada, inclusive”, aponta o professor de Ciências Econômicas da UFMG, que acrescenta que a solução para a dívida deve ser “extramercado”, ou seja, política. 

Além de sugerir a federalização, Pacheco propõe a criação de um novo programa de refinanciamento da dívida dos Estados com a União. O Refis permitiria que o saldo fosse dividido em até 144 meses, ou seja, em 12 anos. A adesão a ele impediria os Estados de entrarem no Regime de Recuperação Fiscal (RRF) e pedir a suspensão do pagamento da dívida, como já fez Minas.

Ao ser perguntado se o parcelamento do restante da dívida, em um programa similar ao RRF, depois da federalização, como propôs Pacheco, não seria uma alternativa, Salto é cauteloso. “É preciso analisar os termos do novo acordo, se ocorrer nessa linha, para entender as contrapartidas. Não podemos incorrer nos mesmos erros do passado, de renegociar e deixar as contrapartidas em segundo plano”, diz o economista-chefe da Warren Investimentos. 

Mudança de indexador está na pauta

Após Haddad prometer que apresentaria uma proposta para renegociar a dívida dos Estados com a União até o fim deste mês, há a expectativa que o ministro da Fazenda se reúna com os governadores na próxima terça-feira (26/3). Está na pauta a mudança do indexador, que, desde 2014, é formado pela soma do IPCA à taxa nominal de juros de quatro pontos percentuais. Entretanto, ele é limitado à Selic, a taxa básica de juros, que, hoje, é de 11,25%. 

Em novembro do ano passado, os governadores dos Estados do Sul e do Sudeste apresentaram a Haddad uma proposta para que a dívida seja corrigida de acordo com a meta da inflação. De acordo com a projeção do Conselho Monetário Nacional, a meta para 2024 e 2025 é de 3%. Além disso, os governadores propuseram a revisão do estoque da dívida. O vice-governador Mateus Simões (Novo) chegou a dizer que, dos R$ 156,57 bilhões da dívida à época, R$ 23,5 bilhões eram por conta do indexador. 

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