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Namorado de ciclista atropelada em Delfinópolis abre campanha por justiça

Namorado de ciclista atropelada em Delfinópolis abre campanha por justiça - Foto: redes sociais
Namorado de ciclista atropelada em Delfinópolis abre campanha por justiça – Foto: redes sociais

O namorado da ciclista Laís Saes, que foi morta um passeio na zona rural de Delfinópolis (MG), anunciou que segue com investigações particulares e criou um link de campanha para contratar um advogado para auxiliar no caso. O acidente aconteceu na última quinta-feira, 30, na BR-464, a 32 quilômetros do município. A Polícia Civil de Minas Gerais segue investigando o caso.

“Se a gente deixar nas mãos da polícia local talvez nunca se resolva e a gente nunca vai saber o que aconteceu”, disse Vinicius Moretti, que afirma ainda que Lais não teria sofrido uma queda e sim uma colisão.

Ele pede justiça e reforçou que continua com investigações paralelas para juntar provas e entender melhor os fatos ocorridos na Serra da Canastra.

De acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais, Laís estava em uma subida no momento do acidente, quando uma UTV, uma espécie de veículo offroad, semelhante a um quadriciclo, passou pelo grupo de ciclistas

Segundo a polícia, a ciclista estava sozinha no trecho e foi encontrada ferida por pessoas que passavam pelo local.

A ciclista ainda foi socorrida pelo Samu, mas chegou ao hospital municipal sem vida.

Testemunhas disseram ter visto um veículo em alta velocidade na região na hora do acidente. A Polícia Civil segue a investigar o caso para entender as condições que o atropelamento ocorreu. Até o momento o dono do veículo não foi localizado.

O corpo da ciclista foi levado ao Posto Médico Legal em Passos e encaminhado para Jundiaí, onde foi velada no último sábado, 1º de junho, e, em seguida, foi levada para a cremação em Itatiba, no interior paulista.

Carreira

Nascida em Jundiaí, no interior de SP, Laís foi campeã paulista de ciclismo de estrada em 2021, na categoria Elite, pela Indaiatuba Cycling Team, equipe de Indaiatuba, cidade paulista onde a atleta morava nos últimos anos. Laís também conquistou a disputa feminina da oitava edição da Brasil Ride Road em 2021, prova de ciclismo de estrada eleita uma das dez melhores da América do Sul no gênero.

Além disso, Lais acumulava o feito de ter sido a primeira mulher a pedalar a subida do Pico do Jaraguá, ponto mais alto da cidade de São Paulo

A Federação Paulista de Ciclismo emitiu uma nota de pesar pela morte da ciclista, que em 2021, foi campeã paulista de ciclismo de estrada na categoria elite. (Clic Folha)

Ciclista morre atropelado após se desequilibrar em rodovia no Sul de Minas

Um ciclista de 38 anos morreu atropelado após se desequilibrar na BR-265, em Jacuí, no Sul de Minas, na última terça-feira (11). O motorista alegou que tentou desviar da vítima, no entanto, a roda traseira acabou atingindo a cabeça de Eder Hernandes Batista da Silva.

De acordo com a Polícia Militar (PM), o condutor do veículo disse que trafegava pela altura do km 596 quando Silva acabou se desequilibrando e caindo da bicicleta. A vítima foi parar na pista de rolamento e foi atropelada.

Conforme registrado na ocorrência, o motorista conseguiu evitar que a roda traseira passasse sobre o ciclista, no entanto, a traseira atingiu a cabeça de Silva. A vítima utilizava capacete de segurança e foi socorrida até o hospital. A equipe médica informou que o ciclista chegou morto à unidade de saúde.

Os militares não identificaram irregularidades no veículo que atropelou Silva e o liberou para o motorista. A bicicleta foi entregue a uma testemunha. A perícia da Polícia Civil realizou os trabalhos no local do acidente.

Ciclista de Varginha morre após ser atingido por carro na Fernão Dias, em Campanha

Um ciclista de 45 anos morreu após ser atingido por um carro na Fernão Dias, nas proximidades de Campanha (MG), no último sábado (24). O homem morava em Varginha (MG) e foi identificado como Reinaldo Orlando. Ele era representante comercial de uma rede de remédios. A vítima deixa esposa e três filhos.

Conforme a Polícia Rodoviária Federal, o acidente aconteceu no km 771, sentido São Paulo, próximo a uma rede de restaurantes às margens da rodovia.

O homem estava em um grupo de três ciclistas quando um acidente envolvendo dois carros aconteceu, sendo que um dos veículos atingiu a vítima. Os outros dois ciclistas sofreram ferimentos leves e foram levados ao Hospital São Sebastião, em Três Corações (MG).

As causas do acidente ainda serão investigadas. Os dois motoristas dos carros não se feriram. Uma mulher que estava em um dos veículos teve ferimentos leves e foi socorrida.

O acidente causou congestionamento que chegou a dois quilômetros de fila. As pistas foram completamente interditadas após o acidente.

Segundo a Arteris, concessionária que administra a Fernão Dias, a pista Sul, sentido São Paulo, teve a faixa direita e o acostamento interditados por 30 minutos. A via foi liberada posteriormente.

Ciclista ‘deficiente’ de Passos vence prova nacional

Fisioterapeuta, economista, bancária, portadora de deficiência e vencedora de uma prova nacional de ciclismo. A trajetória da passense Cayra Netto mal cabe dentro dos seus 32 anos. É muita história pra pouca idade.

Um dos capítulos mais importantes desta narrativa foi escrito no último dia 15. Cayra foi vencedora do Desafio Brou na categoria PCD (Pessoas com Deficiência), competindo com homens e mulheres. A prova ocorreu no município mineiro de Sete Lagoas. Foram cinco horas pedalando em uma trilha XCO (descidas técnicas, trilhas estreitas, caminhos rochosos e até obstáculos artificiais, como rampas) de 6,5 Km. O desafio era completar seis voltas.

Seis quedas

No dia anterior, durante o reconhecimento da trilha, Cayra caiu seis vezes. Não era só pela ansiedade. O coração estava dividido entre realizar um sonho ou estar presente no batizado da pequena Elisa, sua sobrinha. O acolhimento do irmão Renan foi decisivo para ela competir. “Ele me disse que a Elisa teria muito orgulho de mim no futuro, quando soubesse que eu competi”, relembra a ciclista. A competição começaria às 09h15min do domingo.

Treinador/ Batedor/ Anjo da Guarda

Todo o percurso da mais nova passense a despontar no ciclismo foi acompanhado por Bruno Toledo. “O Bruno é um anjo na minha vida”, resume Cayra. Além de anjo, são dele as funções de treinador e “batedor” nas competições. Quando ela pensou que não conseguiria vencer o Desafio Brou, ele surgiu na retaguarda. “A Cayra sobe como se fosse uma menina com duas pernas. É inacreditável. Espero que ela nunca pare”, diz Bruno, cheio de orgulho.

Sem fêmur

Cayra nasceu sem o fêmur direito. Não viveu o drama de uma amputação. Não conheceu a vida de outra forma. Começou a usar prótese aos 10 meses de idade. Na infância, trocava de próteses quatro, cinco vezes ao ano por causa do crescimento acelerado.

Sempre fez atividade física

Não pode engordar porque o sobrepeso comprometeria a mobilidade. Além de pedalar quatro vezes na semana, faz musculação nos outros três dias. O ciclismo “pra valer” é recente em sua vida. Há 18 anos não subia em uma bicicleta. Decidiu recomeçar durante a pandemia – nesta época, nada mais adequado que atividades físicas ao ar livre. Treze de maio de 2021. Foi a data do seu primeiro pedal, com 23 Km percorridos. “Sofri pra burro”, relembra.

Unidos

A paixão pelo pedal foi instantânea. “A bicicleta não me machuca. Ela me leva a lugares a que eu jamais pensei que iria. Na bicicleta, você passa a prestar atenção a coisas que não veria se estivesse de carro.”

A união entre os ciclistas também fez a diferença. “No ciclismo eu vi o quanto as pessoas se ajudam. Eu me encontrei”.

Preconceito

Aos quatro anos, Cayra foi à missa com a mãe. Na época, usava uma prótese sem articulação. Na hora de se ajoelhar, dobrou a perna e a prótese permaneceu esticada. Alguém quis ajudá-la a se levantar. “Ela não quis ajuda. Olhou para a pessoa com aquele olhar de ‘não precisa’”, conta a mãe, Ana Sílvia de Oliveira.

Luto

Ana Sílvia plantou na filha a semente da proatividade e da aceitação do que não pode ser mudado. Aos 17 anos, teve Cayra. Nos exames pré-natais, o médico não identificou a ausência do fêmur direito. Não houve tempo para a mãe adolescente se acostumar à ideia ao longo da gestação. Só descobriu a deficiência do bebê quando estava com a filha nos braços. “A dor é meio que um luto. Mas tem que ter data de validade. Tem que acabar”, diz a Ana Sílvia.

104 viagens

Superado o impacto inicial, era hora de tomar uma atitude. Ana Sílvia foi em busca de tratamento para a filha. Os médicos eram categóricos em dizer que o bebê não iria andar. Durante os 10 primeiros meses da vida de Cayra, Ana Sílvia fez 104 viagens tentando buscar solução. Encontrou a resposta na PUC de Campinas. Uma prótese boa, funcional e cara.

Rifas

Ana Silvia, que já estava divorciada do pai de seus filhos, não perdeu tempo. Além das doações, foram muitos os eventos beneficentes de arrecadação e dinheiro para pagar as próteses – de bailes a rifas. “Todas as vezes eu que tive que pagar. Este mesmo Estado que quer incluir, não inclui as despesas. Como falar em inclusão, se o poder público não dá suporte?”, questiona Ana Sílvia.

Piedade

Ana Sílvia não titubeia para nomear a característica da filha. Cayra é “deficiente”. Sem rodeios. Sem politicamente correto. E não há nada de errado nisto. O erro, para ela, é tratar o deficiente com pena. “O olhar do outro é de piedade. Isto não deveria existir. A Cayra é a prova viva disto”, afirma, reforçando que a postura da família é fundamental na emancipação da pessoa com deficiência. “O grupo familiar pode criar uma camada de proteção. Mas o deficiente não precisa ser protegido a todo momento. Ele deve saber que, se precisar, tem suporte.”

Prótese, não! Perna:

Na casa de Cayra e Ana Sílvia não existe a palavra prótese. O aparelho está tão incorporado à vida da atleta que foi substituído pela palavra perna. É parte de seu corpo.

“Não fui poupada por ser deficiente. Devo muito à minha mãe. A nossa limitação está na nossa cabeça. Enxerguei isto na competição”, diz Cayra, que foi convidada a integrar a Federação Mineira de Ciclismo e já mais tem mais três provas em vista.

Por: Lívia Ferreira – Verboraria.com.br

Carro que participava de racha atropela e mata ciclista em Pouso Alegre

Um homem, de 59, morreu pós ser atropelado na tarde do último domingo (4), na BR-459, em Pouso Alegre (MG). Francisco, mais conhecido como Chico, estava de bicicleta no acostamento quando foi atingido por um carro em alta velocidade.

Segundo informações da Polícia Militar, testemunhas disseram que o motorista do carro Astra participava de um racha com outro carro. O motorista tentou ultrapassar outro veículo, quando atingiu o ciclista. Francisco foi arremessado para fora da pista e sua bicicleta ficou destruída.

O motorista do Astra fugiu do local do acidente.

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